🌕

ϟ CAPÍTULO 112 ϟ
sob influência da horcrux

PHOENIX OLHAVA PARA A SUA MÃO trêmula que segurava o braço de Ron. Seus dedos estavam cheios de sangue, e ela percebia que estava chorando, com os ouvidos zumbindo e fora de órbita. Estava começando a se sentir enjoada com a cena do braço estrunchado do amigo, que murmurava de dor e se debatia na grama bem em sua frente.

ㅡ Nix... Nix! - Hermione lhe chamou, e foi então que percebeu que realmente estava atordoada. O som voltou para seus ouvidos de uma única vez, e foi só então que Phoenix notou que os resmungos de Ron estavam ainda piores do que pareciam.

ㅡ Oh Merlin... - a Black ofegou, mexendo-se atordoada em busca de algo que pudesse fazer para ajudar.

Hermione havia gritado para Harry pegar algo em sua bolsa e o garoto fez, enquanto também olhava em choque para o estado do melhor amigo. Phoenix se levantou para trocar de lugar com Hermione, e se obrigou a manter suas pernas firmes para andar; olhou novamente para suas mãos cobertas com o sangue do Ron e tremeu mais uma vez.

ㅡ O que aconteceu?! - Harry perguntou, correndo para ela ao perceber sua oscilação. ㅡ Pensei que iríamos para o Largo Grimmauld.

ㅡ E íamos! - Hermione disse.

ㅡ Mas... Ron e eu fomos seguidos, ele estrunchou quando aparatamos... - Phoenix disse baixinho. ㅡ Quando cheguei lá no Largo percebi que Yaxley havia parado na praça. Ele viu o Largo, sabia que não poderíamos voltar!

ㅡ Vai melhorar... vai melhorar! - Hermione colocou o Ditamno na ferida, e logo Ron parou de se mexer. ㅡ Ele desmaiou.

ㅡ Eu... eu deixei Yaxley penetrar a proteção do Feitiço Fidelius. - Phoenix disse de repente, ainda chorosa. ㅡ Entreguei a ele o segredo, e por cima ainda fiz com que Ron estrunchasse. Estraguei tudo, não?

ㅡ Não, Nix! Não diga isso, amor. - Harry a olhou. ㅡ Se alguém tem culpa de Yaxley nos seguir, esse alguém sou eu.

Harry levou a mão ao bolso e tirou o olho mágico de Olho-Tonto. Hermione se encolheu, horrorizada.

ㅡ Umbridge tinha cravado o olho na porta da sala para espionar as pessoas. Eu não podia deixá-lo lá... mas foi assim que eles souberam que haviam intrusos no Ministério.

ㅡ Onde estamos? - Phoenix perguntou rouca para Hermione, não conseguindo processar nenhuma resposta para Harry.

ㅡ Na floresta que foi realizada a Copa Mundial de Quadribol. - a Granger respondeu. ㅡ Acham que devemos ir para outro lugar?

ㅡ Não. Aqui está bom, por enquanto. - Harry quem respondeu. Phoenix concordou silenciosamente ao seu lado.

ㅡ Ótimo. Nix, pode me ajudar? - Hermione perguntou, erguendo a varinha para a copa das árvores.

ㅡ O que vão fazer? - Harry perguntou.

ㅡ Se vamos ficar, melhor proteger nosso espaço para não termos nenhuma outra visita dos Comensais. - Phoenix explicou, se recuperando e agarrando com determinação a varinha ao caminhar até o lado de Hermione.

ㅡ Você pode ir montando a barraca que está na minha bolsa, Harry. - pediu Hermione.

ㅡ Barraca?! - o garoto franziu o cenho.

🌔

Phoenix e Harry haviam levado Ron para dentro da barraca e o colocado na cama debaixo de um dos beliches. O garoto ainda continuou grogue por todo o restante da manhã, despertando para valer apenas quando a tarde chegou; dizia que o braço, agora apoiado em uma tipoia improvisada, ainda latejava um pouco.

Os quatro estavam sentados em volta da mesa da barraca; haviam comido apenas alguns cogumelos que Hermione havia colido na floresta e cozinhado. Haviam esquecido de estocar comida, pois pensaram que voltariam para a Mansão Black naquela manhã.

Analisavam em silêncio o Medalhão de Slytherin em sua frente. Era do tamanho de um ovo de galinha. Uma letra "S" floreada, engastada com pedrinhas verdes, lampejou sombriamente à luz difusa que se infiltrava pelo teto de lona da barraca.

ㅡ Há alguma chance de alguém tê-la destruído desde que esteve na posse de Monstro? - Ron perguntou esperançoso. ㅡ Quero dizer, temos certeza de que continua sendo uma Horcrux?

ㅡ Acho que sim. - respondeu Hermione, tomando o medalhão nas mãos e examinando-o atentamente. ㅡ Haveria algum sinal de dano se o conteúdo tivesse sido magicamente destruído.

ㅡ Acho que Monstro tinha razão. Temos que descobrir como abrir essa coisa para podermos destruí-la. - Phoenix disse, passando o medalhão para Harry, após também analisá-lo.

Harry também o revirou várias vezes, enquanto os amigos o observavam. Tentava encontrar algum ponto que fizesse as portinhas de ouro se abrirem. Depois de não obter sucesso, passou aos outros três, que também tentaram de tudo para abrir o medalhão.

ㅡ Você consegue senti-lo, Harry? - perguntou Ron com a voz abafada, ao apertar o objeto na mão.

ㅡ Como assim?

Ron passou-lhe a Horcrux outra vez. Instantes depois, Harry pensou ter entendido o que ele queria dizer. Estaria sentindo o sangue pulsar em suas veias, ou havia alguma coisa no medalhão batendo como um minúsculo coração metálico?

ㅡ Que vai fazer com isso? - Phoenix perguntou.

ㅡ Guardá-lo em segurança até descobrirmos como destruí-lo. - respondeu Harry e prendeu a corrente ao pescoço, deixando o medalhão pender, oculto, sob suas vestes.

ㅡ Acho que devíamos nos revezar para vigiar a barraca por fora. - Hermione disse, se pondo de pé e se espreguiçando. ㅡ E também teremos que pensar em alguma decente coisa para comer...

ㅡ Não! Você fica aqui. - Phoenix disse para Ron, se levantando, rapidamente, ao mesmo tempo que ele, quando seu rosto adquiriu um feio tom verdoso.

Enquanto Phoenix ajudava Ron a voltar para a cama, Hermione saiu para a primeira vigia. A Black voltou em seguida para Harry, suspirando e sentando ao seu lado, repousando sutilmente sua mão sob a do namorado.

ㅡ Tudo bem? - ela perguntou com um sorriso curto, tentando soar naturalmente. Mas, no fundo, gostaria de acrescentar "Está sentindo algo por conta da Horcrux?" à sua pergunta.

ㅡ Estou bem, Nix. - Harry respondeu com o mesmo sorriso, por sorte, não percebendo a preocupação da namorada. Ou apenas soube disfarçar como ela.

No restante daquela tarde, Harry, Hermione e Phoenix se revezaram com as vigias no lado de fora da barraca. Quando a noite caiu, com o garoto novamente naquele turno, as outras duas conversavam com Ron do lado de dentro aos sussurros.

ㅡ Vocês acham que a Horcrux está fazendo algum efeito e Harry não quer contar? - a Black perguntou com preocupação, olhando para a lona na entrada da barraca.

ㅡ Acho que a gente notaria isso, Nix. - Hermione tentou acalmá-la.

ㅡ Harry não sabe o que está fazendo, não é? - o Weasley comentou, após o silêncio cair sob eles. Phoenix suspirou, desviando seu olhar e abaixando a cabeça.

ㅡ Nenhum de nós sabemos, Ron. - Hermione disse, dando o fim aquela conversa.

Foi realmente o fim da conversa, pois outro som chamou a atenção deles. Vinha de Harry, parecendo com resmungos sem sentidos, que tão bem eles conheciam. Phoenix foi a primeira a se levantar e correr para fora da barraca, encontrando o namorado desmaiado contra a lona.

ㅡ Harry... - ela tocou seu rosto pálido e soado. ㅡ Harry! Harry! - disse mais alto, chacoalhando seu ombro, vendo Harry se despertar no instante seguinte.

Ele abriu os olhos, olhando confuso para os lados, notando que Hermione também estava ali, e se ergueu ao encontrar Phoenix em sua frente. A garota estava numa expressão de preocupação ocupando todo seu rosto.

ㅡ Sonho... - Harry disse, sentando-se depressa, tentando agir com inocência. ㅡ Devo ter cochilado, desculpa.

ㅡ Sei que foi sua cicatriz, não tente me esconder isso! - Phoenix disse. ㅡ Percebo no seu rosto!

ㅡ Estava tentando espiar a mente de Vol...

ㅡ Não diga esse nome! - Ron gritou de dentro da barraca.

ㅡ Ótimo! - Hermione retorquiu, irritada pela interrupção. ㅡ Então, a mente de Você-sabe-quem!

ㅡ Não quis que acontecesse! - defendeu-se Harry. ㅡ Foi um sonho! Você consegue controlar o que sonha, Hermione?

ㅡ Harry! - Phoenix o chamou. Estava tentando evitar que outra discussão sobre aquele fato começasse, então escolheu ir ao óbvio: ㅡ O que viu?

ㅡ Ele encontrou Gregorovitch, e acho que o matou, mas antes... - Harry parecia agitado, mais irritado. ㅡ Perguntou sobre... Ele quer algo que estava com Gregorovitch. Não sei o quê, mas parecia desesperado por isso. É como se sua vida dependesse disso!

Phoenix e Hermione trocaram um olhar. A Black se virou para Harry, em um suspiro, então disse:

ㅡ Eu assumo daqui.

ㅡ Posso terminar a vigia! - Harry protestou.

ㅡ Não, não pode. Você está exausto. Vá se deitar. Agora!

Phoenix se sentou ali, decidida, e Harry observou-a em silêncio. Mesmo ainda não aprovando aquilo, o Potter seguiu o pedido da namorada e entrou outra vez na barraca, aos suspiros. Hermione os observou em silêncio, lançando outro olhar para a amiga, antes de seguir o garoto para dentro.

🌔

Já na manhã seguinte, o grupo havia decidido que era melhor não pararem em um lugar só por muito tempo. Portanto, Hermione e Phoenix desfizeram seus feitiços de proteção em volta do acampamento, enquanto Ron e Harry apagavam todas as marcas e impressões no solo que pudessem indicar que haviam acampado ali. Em seguida, desaparataram para a periferia de uma pequena cidade comercial.

Depois de armarem a barraca ao abrigo de um pequeno arvoredo que cercaram com feitiços defensivos, Harry arriscou uma saída sob a Capa da Invisibilidade até o vilarejo para procurar alimentos. Sua tentativa, porém, não saiu conforme planejara. Mal acabara de entrar na cidade quando um frio anormal, uma névoa baixa e um repentino escurecimento do céu o fizeram estacar, congelado.

ㅡ Mas você sabe conjurar um Patrono genial! - Ron protestou quando Harry voltou à barraca de mãos vazias, sem fôlego, dizendo uma única palavra: "dementadores".

ㅡ Não consegui... produzir um. Não quis aparecer...

Phoenix franziu o cenho, pensativa com a informação.

ㅡ Continuamos, então, sem comida. - o Weasley suspirou frustado.

ㅡ Fique quieto, Ron. - cortou-o Hermione. ㅡ Harry, que aconteceu? Por que acha que não conseguiu conjurar o seu Patrono? Ontem você fez isso perfeitamente!

ㅡ Não sei.

Ron chutou o pé de uma cadeira.

ㅡ Quê? - rosnou para Hermione, que lhe olhava em repreensão. ㅡ Estou morrendo de fome! Depois que quase morri de tanto sangrar, só comi uns dois cogumelos!

ㅡ Então vá e abra caminho à força entre os dementadores! - Hermione retrucou.

ㅡ Eu iria, mas estou com um braço na tipoia, caso você não tenha reparado!

ㅡ Muito conveniente.

ㅡ E que quer dizer...

ㅡ É claro! - Phoenix exclamou, dando um tapinha na testa e fazendo os dois se calarem de susto. ㅡ Harry, me dê o medalhão! - pediu impaciente, estalando os dedos para o namorado ao ver que não reagiu. ㅡ Anda! Você ainda está usando a Horcrux!

Ela estendeu as mãos e Harry tirou a corrente de ouro pela cabeça. No momento em que o objeto desencostou de sua pele, Phoenix percebeu como o garoto parecia com o semblante mais leve.

ㅡ Melhor? - perguntou.

ㅡ Muito melhor! - Harry respondeu.

ㅡ Hazz... - ela começou, apertando a Horcrux em sua mão e olhando o garoto um tanto preocupada. ㅡ Você não acha que foi possuído, acha?

ㅡ Quê? Não, Nix! - o Potter exclamou, na defensiva. ㅡ Lembro-me de tudo que fizemos enquanto estive usando o medalhão. Eu não saberia o que fiz se estivesse possuído, não é? Ginny já contou que, às vezes, ela não conseguia se lembrar de nada.

ㅡ Bem, talvez seja melhor não o usarmos. Podemos simplesmente guardá-lo aqui na barraca. - disse Hermione, contemplando o pesado medalhão na mão da amiga.

ㅡ Não vamos deixar essa Horcrux jogada por aí. - disse Harry, com firmeza. ㅡ Se a perdermos, se a roubarem...

ㅡ Ah, 'tá bem, 'tá bem! - Phoenix disse, colocando o medalhão no próprio pescoço e escondendo-o por baixo do suéter.

ㅡ Mas vamos nos revezar, assim ninguém irá usá-la por muito tempo. - Hermione acrescentou.

ㅡ Ótimo. - disse Ron, irritado. ㅡ Agora que já acertamos isso, será que podemos comer alguma coisa?

ㅡ Tudo bem, mas vamos procurar em outro lugar. - propôs Hermione, lançando um olhar rápido para Harry. ㅡ Não tem sentido ficar aqui, sabendo que os dementadores estão atacando.

Eles acabaram pernoitando em um extenso campo de uma propriedade rural isolada, na qual obtiveram ovos e pão. Não estavam roubando, já que Hermione havia deixado uma saca de dinheiro no galinheiro onde pegaram os ovos.

Com os estômagos finalmente cheios, também sentindo-se um pouco mais animados, o grupo pode notar que a fome realmente mudava seu humor. Todos eles, felizmente, nunca experimentaram a sensação de passarem alguma necessidade em sua vida aquele ponto, e naquele momento estavam sendo gratos por aquilo.

Porém, Phoenix conseguiu comparar a sensação de estar com fome com as vezes em que estava em seu período de lua cheia. Sempre que sua vez de usar a Horcrux coincidia com os horários em que não conseguiram comida ao longo daquela semana, a garota parecia bem mais agitada e irritada; sensível ao ponto dos amigos lhe dizerem estar em uma sensação de déjà vu.

Ela sabia que era verdade, pois também se sentia daquela forma. Percebeu que estar com a Horcrux era como reviver a sensação de pré-transformação. Seu corpo doía, estava pálida e durante a noite tinha pesadelos. Phoenix pensou que aquilo fosse apenas coisas da sua cabeça, tendo delírios pela falta de comida, mas por fim entendeu que o Medalhão de Slytherin realmente estava lhe trazendo "efeitos colaterais".

Assim como em Hermione, Harry e Ron, mas de formas diferentes. E assim como Phoenix, eles escondiam ou não percebiam boa parte deles por conta própria.

Naquela noite, uma com a névoa fria do outono recém chegado, Phoenix estava sentada do lado de fora da barraca. Do lado de dentro, ouvia o rádio de Ron ligado mais uma vez no canal secreto que estavam anunciando os nomes dos bruxos e bruxas desaparecidos e mortos naquelas últimas semanas; cada dia a lista aumentava ainda mais. A Black acompanhava silenciosamente, no fundo, tendo o mesmo desejo que o amigo: não ouvir nenhum nome conhecido sendo anunciado por ali.

A garota suspirou, apertando os braços ainda mais contra o corpo. Havia assumido a primeira vigia da noite, e mais uma vez usava a Horcrux escondida por baixo do seu suéter de quadribol da Grifinória. Ela olhou para cima, observando o céu estrelado e com uma lua brilante.

Phoenix encarou o astro, como se pudesse sentir algo quente percorrer por todo seu corpo, arrepiando-o. Sentia sua respiração pesada e cada vez mais sua visão turva. Ela ofegou, desviando o olhar e passando a mão no rosto; aquilo estava a assustando, como se estivesse tendo um pesadelo enquanto estava acordada.

ㅡ Phoenix!

A garota olhou para a entrada da barraca, notando Ron parado ao seu lado com uma expressão de quem a chamava mais tempo do que parecia. Phoenix disfarçou, pigarreando e perguntou:

ㅡ Que foi, Ron?

ㅡ Acho que ficaria de olho se fosse você. - o garoto disse friamente, apontando o queixo na direção em frente deles.

Phoenix franziu o cenho, se virando e notando que Hermione e Harry vinham caminhando e conversando de volta para barraca. Haviam saído rapidamente para pescarem alguns peixes na beira do rio que ficava em frente onde acampavam e a Black estava os observando até minutos atrás.

Ainda com o cenho franzido, voltou ao Weasley, dizendo:

ㅡ Não diga isso. E não coloque coisas inexistentes na sua cabeça, Ronald. - Phoenix suspirou. ㅡ E nem tente fazer isso comigo. Eu confio de olhos fechados em Hermione e amo o Harry!

ㅡ Eu só estou dizendo. - Ron disse. ㅡ Me dê, é a minha vez de usá-la. - ele apontou a Horcrux.

Phoenix pela primeira vez ponderou em tirá-la; achou que talvez aquela insegurança e ciúmes do amigo aumentassem ainda mais com o objeto. Porém, também não poderia afirmar nada no momento, então apenas puxou a corrente de suas vestes e a passou para Ron.

O Weasley a colocou no próprio pescoço, voltando para dentro da barraca no instante em que Hermione e Harry chegavam pertos deles.

ㅡ O que foi? - a Granger perguntou, notando a saída rápida do Weasley.

ㅡ Nada. - Phoenix sorriu curto.

ㅡ Eu vou entrar para cozinhar isso. Chamo vocês quando estiver pronto. - Hermione avisou aos amigos, entrando na barraca com os peixes e mais alguns cogumelos na mão.

Harry esperou a amiga estrar para a barrca, então se sentou no chão na frente de Phoenix, colocando a cabeça sob as pernas da garota. O Potter fechou os olhos e suspirou fundo ao senti-la passar levemente os dedos por seus cabelos, como se estivesse necessitando daquilo; ainda deitado, ele abriu os olhos e a percebeu com o olhar em algum ponto longe dali.

ㅡ Você está bem? - Harry perguntou baixo, ganhando sua atenção.

Phoenix abaixou a cabeça até ele, suspirando disfarçadamente e sorirndo em seguida. Acenou com a cabeça, também dizendo:

ㅡ Acho sim. Temos que estar, não é?

ㅡ É. - Harry concordou, desviando o olhar para o céu. ㅡ Estive pensando nos meus pais... na minha mãe e no bebê principalmente. - o Potter confessou de repente, depois de um breve silêncio. ㅡ Acho que é por isso que ela não queria que eu soubesse.

ㅡ Mas, Prongs tem a língua maior que a boca, não acha? - Phoenix disse com humor, sorrindo ao ver que arrancou uma curta risada do namorado. ㅡ Acho que se ele tivesse vindo conosco teria soltado de qualquer forma. Também estaria preocupado, afinal. Então acho que as coisas ainda seriam as mesmas.

ㅡ É, tem razão. - Harry disse.

ㅡ Ei, não se preocupe. Aposto que Melzita está cuidando de tudo na sua ausência. - Phoenix avisou. Ela sorriu ao perceber que havia arrancado mais uma risada fraca, mas sincera, do namorado.

Harry pegou sua mão, que havia parado com as carícias no cabelo e repousado em seu ombro, e agora entrelaçava a ponta de seus dedos das mãos direitas, onde suas alianças estavam.

ㅡ Eu só quero acabar isso logo e voltar para casa. - Harry sussurrou, com um suspiro cansado escapando de seus lábios. ㅡ Mas não fazemos idéia de onde as Horcruxes estão!

ㅡ Vamos achá-las, Hazz. Logo! - Phoenix disse, e novamente eles se olharam. ㅡ Tudo em seu tempo, para que as coisas voltem a serem como antes.

ㅡ Não sei o que faria sem você aqui comigo. - o Potter sussurrou, após levantar rapidamente e voltar a olhá-la. Phoenix sorriu.

ㅡ Precisaria estar seguindo em frente, amor. É o Harry Potter! Todo o mundo bruxo precisa de você.

ㅡ É, mas eu preciso apenas de uma pessoa nesse mundo todo. - ele disse, a olhando-a nos olhos e sorrindo. ㅡ E por isso não sei o que faria se não tivesse você comigo, Nix.

Phoenix sorriu outra vez, correspondendo ao abraço do garoto, o sentindo beijar seus cabelos, antes de segurar seu rosto e delicadamente beijar seus lábios. Os dois sorriram outra vez, antes de entrelaçar suas mãos e entrar na barraca.

🌔

O jantar foi feito em completo silêncio entre o grupo, bem mais desconfortável que os outros dias. Nenhuma palavra dita, e o clima parecia mais frio e tenso dentro daquela tenda. O único som que os acompanhava era o do balançar das copas das árvores na floresta em sua volta - o que indicava que uma chuva estava se aproximando -.

Agora, ainda no silêncio, o quarteto estava distribuído pela tenda. Ron estava calado no outro cômodo, brincando com seu desiluminador. Hermione estava sentada na mesa lendo um livro, parecendo bem concentrada nisso. E Phoenix estava cortando o cabelo de Harry - ou tentando fazer aquilo -, usando as poucas experiências que tinha depois de ver sua madrinha cortá-lo a vida inteira.

ㅡ Hazz, fique quieto! - Phoenix murmurou, concentrada para não errar o corte na nuca do garoto.

ㅡ Aí meu Deus! - atrás deles, na mesa, Hermione exclamou.

ㅡ O que?! - Harry perguntou, franzindo o cenho e tocando a cabeça, no momento em que Phoenix se afastou.

ㅡ O que foi, Mione? - a Black perguntou.

ㅡ Nix! Harry! - a Granger olhava extasiada para os dois, como se tivesse acabado de fazer sua melhor descoberta. ㅡ A espada de Gryffindor... ela foi feita por duentes!

ㅡ Brilhante...? - Harry disse, mas claramente era o único confuso. Phoenix ao seu lado colocava uma expressão de realização no rosto.

ㅡ Harry! - Hermione virou um livro para ele, feliz por Phoenix ter entendido. ㅡ Ferrugem e sujeira não afetam a lâmina, ela só absorve o que lhe fortalece!

ㅡ Eu... eu ainda não...

ㅡ Harry, você já destruiu uma Horcrux! - Phoenix o interrompeu, agora na mesma animação que Hermione. ㅡ Na câmara secreta, lembra?

ㅡ Com a presa do basilisco, é. - Harry concordou. ㅡ A menos que Hermione diga que tem um estoque delas na bolsinha dela...

ㅡ Harry! Por favor! - Phoenix riu, o segurando no rosto e quase o balançando para que seu raciocínio entrasse em sintonia com os delas. ㅡ Não está entendendo?! Na câmara secreta você matou o basilisco com a lâmina de Gryffindor. Ela está impregnada de veneno de basilisco!

ㅡ A espada só absorve o que a fortalece! - o garoto murmurou, finalmente compreendendo.

ㅡ Isso, Harry! - Hermione disse. Phoenix sorriu e o deu um selinho, antes de voltarem a atenção para a garota mais velha. ㅡ É por isso que Dumbledore a deixou para você...

ㅡ Ela pode destruir Horcruxes! - Harry concluiu, tendo a confirmação das garotas. ㅡ Vocês são brilhantes!

ㅡ Não, Mione descobriu isso. - Phoenix disse, sorrindo para a amiga. ㅡ Ela é a parte lógica, capaz de observar e descobrir o que ninguém consegue ver.

ㅡ Só tem um problema nisso...

Antes que Harry pudesse completar sua frase, os três se surpreenderam com a luz do cômodo sendo apagada. Ao se virarem para o lado, Ron devolvia as chamas aos lampiões e se aproximava, dizendo:

ㅡ A espada foi roubada, como ouvimos os duentes dizendo aquela noite. - Ron disse, num tom bastante frio. ㅡ É, eu ainda estou aqui.

Ele se referia ao episódio de duas noites atrás, quando acampavam em outra floresta e um grupo acendeu uma fogueira do outro lado dos feitiços de proteção. Descobriram que Ted Tonks, o pai de Teddy e Nymphadora, estava fugindo do Ministério; com ele também estava Dean Thomas, o que havia deixado o grupo surpreso. Dois duentes os acompanhavam, e foram quem contaram que a espada que estava atualmente no gabinete do diretor de Hogwarts era falsa.

ㅡ Vocês três podem continuar o que estão fazendo. - Ron voltou a dizer. ㅡ Não quero atrapalhar nada.

ㅡ Qual é o problema? - Harry perguntou, se virando para o amigo.

ㅡ Nenhum, de acordo com você. - Ron disse.

ㅡ Se tem algo para dizer, diga logo, Ron! - o Potter continuou.

Phoenix e Hermione se olharam, ouvindo o tom de voz dos garotos subindo. Também ouviram os 'ploques' finos no teto da barraca, indicando o início da chuva.

ㅡ É, eu vou desembuchar. - Ron disse: ㅡ Não esperem que eu fique agradecido por ter mais uma coisa dessas para procurar! É só juntar mais essa à lista do que você ignora.

ㅡ Eu ignoro? - rebateu Harry. ㅡ Eu é que ignoro?!

Ploque, ploque, ploque: a chuva caía mais forte e pesada; chapinhava no rio e na margem coberta de folhas a toda volta, matraqueando pela escuridão.

ㅡ Não é que eu não esteja me divertindo a valer aqui. - replicou Ron. ㅡ Sabem, com esse braço aleijado e nada para comer, e o rabo congelando toda noite. Eu só esperava, entende, depois de ficar andando em círculos algumas semanas, que a gente tivesse conseguido alguma coisa!

ㅡ Ron... - Hermione chamou, mas com a voz tão baixa que o garoto poderia fingir que não tinha ouvido por causa da forte percussão da chuva na lona da barraca.

ㅡ Pensei que soubesse no que estava se metendo, quando aceitou vir comigo.

ㅡ É, eu também! - Ron respondeu Harry.

ㅡ Então, qual é a parte que não está correspondendo às suas expectativas? - o Potter perguntou. Agora a raiva sobreveio em sua defesa. ㅡ Você achou que íamos nos hospedar em hotéis cinco estrelas? Encontrar uma Horcrux por dia? Achou que voltaria para passar o Natal com mamãe e papai?!

ㅡ Harry... - Phoenix também chamou, se aproximando e tentando evitar que continuassem.

ㅡ Pensamos que você soubesse o que estava fazendo! - berrou Ron, seu tom sobressaltando a voz da garota. Hermione fechou os olhos, assustada por um instante. ㅡ Pensamos que Dumbledore tivesse lhe dito o que fazer, pensamos que você tivesse um plano de verdade!

ㅡ Você sabe exatamente tudo o que Dumbledore me disse! - Harry também gritou. Phoenix o tocou no braço, tentando o fazer recuar, mas foi em vão. ㅡ E, caso você não tenha reparado, achamos uma Horcrux...

ㅡ É, e estamos tão próximos de nos livrar dela como estamos de encontrar as outras: em outras palavras, não estamos próximos de porcaria nenhuma!

ㅡ Ron... por favor, tira! - Hermione se aproximou, tentando puxar a Horcrux de seu pescoço, mas o garoto a afastou. ㅡ Você não estaria falando isso se não estivesse usando isso! - ela tentou outra vez, mas o Weasley empurrou suas mãos novamente.

ㅡ Estaria, sim! - retorquiu Harry. ㅡ Vocês acham que não os notei cochichando às minhas costas? Acham que eu não percebi que era isso que pensavam?!

ㅡ Harry, não estávamos...

ㅡ Não minta! - Ron jogou na cara de Hermione. ㅡ Você também disse, disse que estava desapontada, disse que pensou que ele tivesse mais em que se basear do que...

ㅡ Não foi assim que ela disse! - Phoenix defendeu. ㅡ Pare já com isso, vocês dois! - ela gritou.

A chuva martelava a barraca, as lágrimas escorriam pelo rosto de Hermione e Phoenix, e a excitação delas de minutos antes desaparecera como se nunca tivesse existido, como um fogo de artifício de curta duração que espoucara e morrera, deixando tudo escuro, molhado e frio.

ㅡ Então, por que ainda está aqui? - Harry perguntou para Ron.

ㅡ Não tenho a mínima ideia.

ㅡ Então, volte para casa!

ㅡ Harry, não! Para... - Phoenix disse. ㅡ Por favor, Ron, tire a Horcrux, pare com isso! - pediu chorando.

ㅡ Talvez eu volte mesmo. Ou continue fingindo que todos estão bem, como vocês estão fazendo! - Ron gritou, desviando da garota.

ㅡ Ron, pare!

ㅡ Não vou me preocupar com minha família. - o Weasley continuou. ㅡ Tudo bem para vocês, não é? Com os seus pais em segurança e fora do caminho...

ㅡ Meus pais estão mortos, Ron! - Phoenix berrou.

Houve silêncio, com apenas o barulho da chuva caindo mais forte na teto da barraca. As lágrimas escorriam dos olhos de Phoenix, que encararava Ron em sua frente - não com ódio, apenas com medo pelos efeitos que a Horcrux estava causando em seu melhor amigo; e, no fundo, se sentindo culpada por tê-la entregado a ele -.

ㅡ Eu sei porque fica toda hora com aquele maldito rádio ligado, Ron. - ela continuou, com o tom alto e firme, que no momento estava se misturando às lágrimas. ㅡ Eu o ouço todas as noites junto com você, desejando não ouvir os nomes de Fred, George, dos meus padrinhos... e nem de nenhuma outra pessoa importante para mim, e toda sua família está inclusa nisso! - em um soluço ela continuou: ㅡ Eu posso não estar morrendo de sarapintose no meu quarto, ou ter protegido meus pais de outra forma... Pode ter parecido que vim para essa missão de mãos vazias, mas não vim, Ron!

ㅡ É, e porque não?!

ㅡ Porque meus padrinhos e Melinda estão correndo perigo! - Phoenix gritou por cima da frase de Ron, que havia saído como deboche. Naquele momento, a garota desejou arrebentar o colar da Horcrux em seu pescoço com as próprias mãos. ㅡ Eles são minha família. Assim como considero seus pais e irmãos parte dela também. Como considero você! - ela soluçou, apontando no peito do garoto e finalizando: ㅡ Vocês são a única família que eu tenho agora, e a última coisa que quero nessa vida é perder algum de vocês também. Eu sei exatamente como está se sentindo, Ron!

ㅡ Não, não sabe! - Ron gritou, tentando se aproximar.

Phoenix deu um passo para trás, surpresa e começou a chorar, ao mesmo tempo que Harry havia agido e avançado em Ron. Os dois trocaram alguns tapas e puxões nas camisas, até por fim Hermione conseguir os separarem com um feitiço escudo entre eles.

ㅡ Vai embora! Vai logo, já que é isso que tanto quer! - Harry gritou para Ron. ㅡ Vai embora!

Ron olhou para ele, arrancando a Horcrux e a jogando no chão. Phoenix abaixou os ombros e balançou a cabeça, vendo o amigo pegar a mochila jogada na cadeira e parando em frente à entrada da tenda.

ㅡ E você? - perguntou para Hermione. ㅡ Vai vir comigo ou vai ficar?

ㅡ Não posso, Ron... - a garota disse com lágrimas nos olhos. ㅡ Prometemos que iríamos com Harry até o fim!

ㅡ Tudo bem. - Ron ajeitou a mochila no ombro. Antes de sair, olhou novamente para Phoenix; ponderou por alguns segundos, mas por fim disse, parecendo não ser o que realmente desejava: ㅡ Eu te avisei, não?

ㅡ Ron... não... Ron! - Phoenix disse baixinho, chorando ao vê-lo deixando a tenda. Ela se virou de costas, se sentando em uma das camas do beliche.

Hermione havia saído correndo atrás de Ron, gritando seu nome. Harry foi até a namorada, com cuidado, e se sentou ao seu lado; ao contrário do que pensou, Phoenix deitou a cabeça em seu ombro e continuou chorando baixinho ali, enquanto o abraçava.

ㅡ Ele foi embora! - Hermione voltou, dizendo em meio ao choro. ㅡ Desaparatou!

Harry a observou indo até a "cozinha", provavelmente para chorar também. Olhou novamente para Phoenix, a vendo esconder o rosto em seu pescoço, onde chorou com um pouco mais de intensidade agora. O garoto permaneceu em silêncio, passando a mão nas costas da namorada e a aconchegando naquele abraço - ele segurava as próprias lágrimas nos olhos, que seu orgulho momentâneo não as deixariam cair agora -.

🌔

We're all weeping now,
weeping because
There ain't nothing we
can do to protect you

Phoenix estava deitada na mesma cama que antes estava sentada com Harry. Sob si, com a ajuda da varinha, havia feito um feitiço para aparecer diversos passarinhos amarelos sob sua cabeça; estava os observando em silêncio, enquanto também os controlavam com sua varinha.

Já fazia uma hora ou mais que Ron havia ido embora. A chuva voltou a ser fraca, e agora quase não escutavam os pingos sob o teto da barraca. O silêncio entre eles ainda era presente; Hermione era a única que ainda chorava silenciosamente - enquanto ouvia o rádio que o garoto deixou para trás; agora estava em um canal que tocava músicas -.

O, children
Lift up your voice, lift up your voice
Children
Rejoice, rejoice

Phoenix virou sua cabeça na cama, olhando para a amiga, sentada no pequeno degrau da cozinha, abraçada ao corpo e deixando as lágrimas caírem no joelho. A Black suspirou, finalizando seu feitiço e se levantando da cama. Se aproximou com cuidado, notando que Harry também estava na cozinha; sentado em frente ao livro da Granger, o olhando parado na mesma página desde a hora que havia sido aberto.

A Black tornou a olhar para sua amiga, que agora virava a atenção para si; a mais nova deu um fraco sorriso, mas que foi caloroso para Hermione, e estendeu a mão para que ela se levantasse.

Hey little train! We are all jumping on
The train that goes to the kingdom
We're happy, ma, we're having fun
And the train ain't even left the station

Phoenix estendeu sua mão e puxou a Horcrux que Hermione havia prendido ao pescoço, logo a colocando em cima de uma cadeira próxima.

ㅡ Podemos guardar isso por enquanto. - a Black disse, se virando para o rádio e aumentando o volume um pouco.

Elas se olharam outra vez, enquanto a Black as levavam para o meio da sala, e a Granger tentou sorrir.

ㅡ Nix...

ㅡ Vamos, é como se estivéssemos em Hogwarts. - Phoenix disse. ㅡ O que fazíamos quando tínhamos um dia difícil? Quando precisávamos esquecer tudo?

ㅡ Nix... - Hermione alertou outra vez.

ㅡ Mione! - Phoenix a interrompeu, enquanto balançava lentamente suas mãos. ㅡ O que fazíamos?

ㅡ Dançavamos. - Hermione respondeu baixinho, logo completando: ㅡ Mas agora é diferente! Não é um dia difícil após um monte de lições! E nem estamos no nosso dormitório aconchegante... e isso nem é ABBA!

ㅡ Ainda bem que lembrou dessa parte, é a mais importante! - Phoenix apontou, contendo o sorriso ao ver que havia arrancado um sorriso da amiga. ㅡ Vamos, mas isso ainda é a gente. Não é tão diferente assim! - ela continuou, girando a amiga no lugar.

Hey, little train! Wait for me!
I once was blind but now
I see have you left a seat for me?
Is that such a stretch of the imagination?

Hermione abaixou os ombros, ainda olhando desanimada para sua amiga. Phoenix a fazia se movimentar pela sala, balançando seus braços e a girando. A Granger por fim estava deixando ser levada, deixando um sorriso escapar e acompanhando o entusiasmo da melhor amiga.

Phoenix a girou mais uma vez, enquanto fazia seus corpos se aproximarem sem se tocarem nos passos de dança descontraídos e sem uma sincronia. A música ainda tocava, e as garotas aproveitaram daquele momento para se lembrarem exatamente como faziam em seu dormitório em Hogwarts.

Hey, little train! Wait for me!
I was held in chains but now I'm free
I'm hanging in there, don't tou see
In this process of elimination

Harry havia aproximado a cadeira para observá-las, acompanhando sua dança com um sorriso no rosto. As risadas de Hermione e Phoenix, após tanto tempo, realmente pareciam espontâneas e verdadeiras, e elas estavam realmente se divertindo.

As gargalhadas e passos giratórios pela sala estavam aquecendo a barraca, que pela primeira vez no outono havia se transformado em um ambiente aconchegante. Haviam bloqueado por um momento todos os problemas, preocupações e brigas, e estavam se permitindo um pouco de diversão espontânea.

Afinal, antes de serem bruxos que estavam prestes a derrotarem Voldemort e se tornarem salvadores para seu mundo, eles eram apenas adolescentes.

Adolescentes cansados e sobrecarregados, mas que ainda precisavam agir como adolescentes normais pelo menos mais uma última vez.

Hey, little train! We are all jumping on
The train that goes to the kingdom
We're happy, ma, we're having fun
It's beyond my wildest expectation

¡notes!

odeio essa briga, e odiei adaptar
para o ron e a nix. irmãos brigam,
mas eles não pecisavam levar tudo
ao pé da letra não 😭

e a última parte do capítulo, a parte
da dança, eu realmente precisei
colocar. e não tinha como NÃO deixar
esse momento ser de hernix; elas
realmente tiveram esses momentos
de dança no dormitório... então faria
sentido, certo?

o que acharam desse capítulo?
triste? sim... mas pelo menos
tivemos mimos haenix (que agem
como um casal casado ainda
estando noivos, e eu amo eles 😭)

Espero que tenham gostado.
Até o próximo capítulo! ❤

𝐭𝐚𝐥𝐤𝐢𝐧𝐠 𝐭𝐨𝐨 𝐭𝐡𝐞 𝐦𝐨𝐨𝐧 🐺