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𝟭𝟭𝟬. a shot of firewhiskey;

🌕

ϟ CAPÍTULO 110 ϟ
uma dose de uísque de fogo

DOIS DIAS SE PASSARAM DESDE QUE James havia visitado o Largo Grimmauld. As coisas pareciam as mesmas naquela casa, com os jovens ainda sendo vigiados pelos Comensais da Morte do lado de fora e passando a lidarem com a rotina repetitiva no lado de dentro.

Phoenix havia encontrado uma forma de se ocupar durante o tédio em esperarem alguma notícia de Monstro, que até então também não havia retornado; a garota visitava os cômodos da Mansão, parando várias vezes por mais tempo no quarto de Sirius e Regulus - onde Hermione também se ocupava em pesquisas sobre qualquer pista que pudessem ter sobre as outras Horcruxes -. Haviam também chegado ao porão, onde uma enorme biblioteca guardava muitas variedade de livros, a maioria sendo sobre Artes das Trevas.

Naquela manhã, a Black havia passado muito tempo naquela biblioteca, antes de finalmente decidir subir e ir ao encontro dos amigos outra vez. Estava caminhando pelo corredor da Mansão, o qual ainda não havia visitado nenhum cômodo presente por ali.

Analisando as portas ao passar, a garota assumiu sua curiosidade ao abrir uma delas, a mais conservada e com linhas prateadas em seus detalhes. Phoenix analisou o cômodo feminino, com seus móveis incrivelmente conservados - parecendo bem mais que o restante da casa -, e também organizado.

Ainda que o quarto estivesse parecendo mais conservado e arejado que o restante da casa, ele ainda assumia que perteceu à uma Black no passado. O brasão da família estava posto em cima da cama, as paredes eram brancas, mas com detalhes verde e pratas espalhados por todo o quarto - inclusive na seda das cortinas da cama e da janela -.

Phoenix havia se sentado no banquinho da penteadeira do quarto, observando-a como algumas presilhas ficaram abandonadas por ali, assim como as caixas de joias vazias e o espelho em sua frente - o qual aparentava estar desgastado pelo tempo, deixando seu reflexo embaçado -. Olhando a foto grudada no canto dele, a Black reconheceu imediatamente qual havia sido a dona daquele quarto no passado.

A família composta por um homem de cabelos negros e olhos cinzentos; sua mulher de longos cabelos louros e olhos azuis possuía uma expressão tão arrogante quanto a sua, estava parada ao seu lado. Tinham três filhas: as duas mais velhas pareciam gêmeas, mas suas alturas e cabelos mostravam o contrário. A maior tinha seus cachos bagunçados e tão escuros quanto os cabelos do pai; já sua irmã tinha os cabelos castanhos. E a mais nova era uma cópia menor da mãe: cabelos louros e olhos azuis.

Phoenix sustentou seu olhar na jovem Narcissa Black na foto, antes de se virar novamente para o quarto, dando um pequeno suspiro. A garota analisou por alguns segundos, e estava pronta para deixá-lo outra vez, mas algo chamou sua atenção.

Notou que embaixo da cama uma das tábuas do chão estavam desníveladas. Phoenix se levantou para analisar melhor, achando aquilo realmente estranho; pois, mesmo que toda a casa estivesse abandonada, nenhum outro lugar do chão estava daquela forma (apesar dos rangidos).

Phoenix se agachou e tocou a tábua, que realmente estava solta. A garota a puxou e se surpreendeu ao perceber que se tratava de uma espécie de esconderijo; ela ligou sua varinha e achou uma caixa dentro do buraco. A Black a puxou e subiu outra vez, sentando-se na cama para analisá-la.

A cor rosa do objeto já estava bastante desbotada, agora, parecendo com a cor branca. O nome de Narcissa escrito em relevo em cima já estava apagado e com falhas também. Phoenix tirou uma grande camada de poeira de cima da caixa, antes de finalmente abri-la. Observou que o interior guardava diversas cartas e objetos (principalmente pulseiras da amizade e presentes feitos a mão).

Phoenix pegou um dos montes de cartas e leu os remetentes e destinatários. Se surpreendeu ao ver que se tratavam de cartas de Andromeda para Narcissa, e vice-versa - claramente cartas que não foram entregues -. A garota se lembrou da Tonks lhe contando que alguns anos atrás seu contato com a irmã mais nova ainda era frequente, mas isso mudou com o tempo.

Porém, aquelas cartas não foram exatamente as quais chamaram sua atenção. No momento em que lia os remetentes daquele monte, o que havia ficado na caixa atraiu sua atenção; e ao ler o nome, Phoenix deixou tudo de lado e os tomou em sua mão.

ㅡ "De: Melyssa B. McCarthy. Para: Narcissa B. Malfoy." - Phoenix leu baixinho a última carta amarrada naquele laço.

O desfazendo com cuidado, a garota leu as demais cartas. Todas de Melyssa, sendo uma parte de quando ainda assinava apenas como Boffin. Phoenix sabia que era muita invasão de privacidade, mas sua curiosidade estava falando mais alto que sua razão naquele momento, então logo a garota estava abrindo as cartas e lendo a perfeita caligrafia de Melyssa.

Muitas das cartas eram dos tempos de Hogwarts das mulheres, quando se correspondiam nas férias. Em outras, falavam sobre alguma reunião dos Comensais da Morte. Melyssa também dizia seu ponto de vista sobre tudo aquilo, em como não se sentia mais bem naquele ambiente e ansiava pela liberdade.

Em outra parte das cartas, Melyssa já havia fugido para Nova Iorque com John. Ela contava para sua amiga como estava sua vida por lá, e claramente se notava no tom de sua escrita que estava muito mais animada. Disse à Narcissa sobre o começo do seu jardim de flores e como John havia encontrado um novo hobbie: desenhar pessoas da vila, sentado em frente de casa.

Em muitos trechos de outras cartas, Phoenix leu com um sorriso sua mãe descrevendo sobre sua gravidez. Como descobriu, como eram os sintomas, e respondeu sua amiga que estava feliz e animada que teriam bebês na mesma época, assim, no futuro, talvez pudessem ser amigos.

Phoenix não resistiu à uma gargalhada com a ironia dessa parte.

Logo voltou a ler as cartas, chegando em outra parte de uma delas:

ㅤㅤ"Eu já escolhi um nome, Cissa! John e eu decidimos apenas um para menina, não conseguimos chegar em um acordo para menino. É como se já tivéssemos uma certeza, sabe? Nos referimos ao bebê como "nossa florzinha" sem nem mesmo notarmos!

ㅤㅤEntão decidimos, como nada mais justo, que teremos nossa Violet. Nossa pequena e doce Violet, que foi desejada há tempos por mim e pelo pai dela. Estou tão ansiosa para conhecê-la, Cissa!

ㅤㅤE veja só! Novamente me refiro à ela com a certeza que seja ela."

Phoenix sorriu, e sem perceber havia se emocionado. Releu aquela carta várias vezes, antes de, com muito custo, deixá-la junto ao monte das outras, logo pegando uma nova para ler.

Aquela, porém, não era feliz como a maioria das anteriores. Melyssa contava com detalhes o que Bellatrix havia feito consigo e seu bebê. Não escondeu nada, e também não pareceu com algum tipo de irritação ou mágoa com Narcissa por conta de Bellatrix (e nem deveria, afinal, eram irmãs, mas isso não significava que eram iguais).

Sua angústia ficou transparecida naquelas palavras escritas na carta, e Phoenix sentiu cada uma delas. Preferiu até mesmo não terminar de ler aquela, logo passando para as últimas que restavam; a garota sentiu seu peito aliviado ao ver que aquelas contavam mais momentos especiais dos McCarthy's dentro dos próximos quase dois anos com Violet.

Ao ver que havia chegado à última carta, a garota se surpreendeu; havia passado muito tempo naquele quarto. Sorriu ao pegar o papel, abrindo-o e logo notando algo: a caligrafia perfeita de Melyssa ainda estava presente naquela caneta dourada no pergaminho pardo, porém, entre elas haviam gotas que se secaram ao papel.

Phoenix viu que no meio daquela carta também havia uma foto. Era ela quando bebê, dormindo de lado em seu berço, com a boquinha um pouco aberta; estava coberta com uma simples manta cor de rosa e agarrada àquele velho coelho de pelúcia - que ainda estava novo na fotografia -.

Sorrindo com a foto, e ainda não entendendo as manchas no papel, a garota começou a ler aquela carta:

ㅤ"Querida Cissa,

ㅤㅤComo vão as coisas? Devo dizer que, apesar das circunstâncias, nós três vamos muito bem! Sempre a mesma rotina, mas estamos bem. Anseio para chegar o dia em que tudo isso finalmente vá acabar, para que possamos tomar uma xícara de chá enquanto observamos as crianças brincarem.

ㅤㅤEu revejo sempre a foto que mandou do Draco com o presente que o enviamos; ficamos felizes de ver que ele adorou aquele dragão de pelúcia, tanto quanto Violet adorou o Senhor Bunny - o coelho que você a presenteou no primeiro aniversário, em abril; eu o nomeei, mas o sorriso da florzinha foi a aprovação final que o nome seria aquele -.

ㅤㅤEla está tão forte, Cissa. Tão saudável, e cada vez mais esperta. Adoro ouvir suas gargalhadas quando John e eu estamos nas nossas formas animagas; às vezes nos transformamos apenas para ouvir esse som. É o melhor do mundo, o meu favorito!

ㅤㅤO som de sua risada se tornou minha memória feliz para executar meu patrono, Cissa.

ㅤㅤSinto muito que não possamos viver realmente o que sonhamos: criar nossos filhos juntos, para que fossem amigos tão próximos quanto nós. Às vezes me culpo por isso, afinal, decidi começar essa nova vida escondida nas sombras. Mas... simplesmente não podia deixar que Violet crescesse num mundo com Voldemort nos dominando.

ㅤㅤSe fazia mal para nós, imagine para ela?

ㅤㅤEla já terá mal o suficiente para sua vida como consequência, e me dói pensar que isso é apenas minha culpa também.

ㅤㅤMinha intenção não era essa ao escrever essa carta. Sinto muito. Apenas quis mandar um alô. Dizer que sinto sua falta... e que já sinto saudades da última vez em que nos vimos, antes do aniversário de Vi.

ㅤㅤEntendo que as coisas andam difíceis, mas eu gostaria que não fossem. Eu gostaria de mudar o mundo com minhas próprias mãos, acabar com todo o mal, apenas para ter você ao meu lado todos os dias outra vez, Cissa.

ㅤㅤEsse outono parece mais frio, você não acha? Ainda não acabou outubro e o quintal de casa já está todo coberto por neve. John comentou que a nevasca desse ano também foi adiantada. Tudo parece diferente, mas não controlamos o clima, não é mesmo?

ㅤㅤBem... eu preciso ir. Mas não quero ir. É a primeira vez que escrevo para você e não sei como finalizar, Cissa. Ando bem emotiva esses últimos dias, e tem piorado desde ontem. Deve ser apenas aquela semana que nós mulheres odiamos (mas... se for um irmãozinho para Violet... já pensou? Eu amaria! John e eu temos planejado isso, então será uma notícia recebida com muita empolgação e amor quando acontecer).

ㅤㅤNos veremos muito em breve, minha amiga. Eu sinto isso. Eu quero isso!

ㅤㅤEu amo você, Cissa. Sinta meu abraço bem apertado em você! E depois o compartilhe com meu pequeno Draco, sinto saudades do meu afilhado também.

(ps: em Lucius você pode dar um beliscão. John está mandando dar dois!).

Um beijo da sua amiga,
Melyssa B. McCarthy

New York City, NY, EUA
10/28/1981."

Phoenix contemplou a carta em suas mãos totalmente em êxtase, entendendo do que se tratava aquelas manchas no papel: lágrimas de Narcissa. Provavelmente a mulher havia a relido diversas vezes após o acidente, chorando com as palavras melancólicas na última carta de sua amiga.

Ler a data havia feito Phoenix se emocionar ainda mais, como estava durante toda sua leitura. Apenas alguns dias antes do dia trinta e um; e em alguns momentos era como se Melyssa sentisse que algo estava estranho. Não apenas o clima, como ela comentou.

Phoenix também havia dado pequenos sorrisos com a carta, como Melyssa comentando animada sobre ansiar que Violet e Draco fossem amigos, e como ela própria adorava o afilhado. E isso também havia lhe surpreendido, mas não tanto. Eram apenas cenários "estranhos" para que se imaginasse sendo quem ela é hoje e tendo a rivalidade com o Malfoy.

Quando Melyssa disse que estava estranha naquela semana, Phoenix se arrepiou e chorou. Por um momento passou o pensamento de: e se... sua mãe estivesse realmente grávida? Ela nunca saberia. Os McCarthy's morreram sem saber que teriam um novo filho? Pensou em como seria Violet (ela) com um irmãozinho.

E para esses pensamentos não lhe machucassem ainda mais, ela decidiu aceitar o mesmo pensamento que Melyssa teve: talvez fosse apenas aquela semana ruim para todas as mulheres. Phoenix sabia o que era lidar com elas (e ainda teve o desprazer de algumas das suas coincidirem com as semanas de lua cheia; era um pesadelo!).

Phoenix suspirou, olhando mais uma vez sua fotografia e dando um pequeno sorriso. Se controlou no desejo de guardá-la consigo, mas sabia que não era justo com Narcissa. Apenas voltou a fechar aquela carta e juntá-las com as demais, da mesma forma que havia encontrado. Outra vez estavam dentro da caixa, e a Black tornou a colocá-la no esconderijo.

Entendeu o porquê estavam ali, e ainda teve tempo de pensar o porquê Narcissa as guardavam ali durante todos esses anos. Era por uma razão óbvia, Phoenix concluiu; certificando que estavam tudo no mesmo lugar, a garota deixou aquele quarto, tornando a fechar a porta.

🌔

Phoenix ainda estava com a emoção em seu rosto, mas limpou um pouco das lágrimas com a manga de seu suéter e sorriu novamente, enquanto descia as escadas. Notou que toda a tarde daquele dia havia se passado, já que agora finalmente era noite, e com isso notou que havia passado muito mais tempo do que imaginou no quarto de Narcissa; foi então à procura de seus amigos e namorado.

Ao entrar na sala onde dormiam, Phoenix notou do que se tratava o som que vinha escutando desde as escadas: Ron e Hermione estavam sentados de costas para porta, e a Granger ensinava algumas notas para o Weasley no piano; eles riam absortos de sua presença ali.

A Black tornou a fechar a porta com cuidado, ainda sorrindo com a interação dos amigos e tomando cuidado para não fazer nenhum som e os atrapalharem. Ela continuou descendo as escadas em busca de Harry. Foi até a cozinha, onde sabia que o garoto estaria; passava todo o tempo de plantão em frente às coisas de Monstro, na esperança que o elfo retornasse.

Ao entrar no cômodo, notou que a vigília do garoto estava diferente do que os últimos dois dias. As luzes da cozinha estavam apagadas, e a única iluminação vinha da lereira acessa com uma pequena chama. Harry estava sentado na outra ponta da mesa, observando a sombra projetada em sua frente pelo fogo.

Phoenix continuou indo em sua direção, parando e abaixando os ombros ao notar a garrafa na frente do namorado. Era um firewhisky que ficava na sala de jantar, a única garrafa que havia restado das bebidas dos Black; a garota se lembrava dela lacrada, mas viu que agora o líquido já estava pela metade.

ㅡ Hazz... - Phoenix começa amorosamente, o abraçando pelos ombros por trás da cadeira. Ela suspirou, antes de completar: ㅡ Você nunca gostou disso, amor.

ㅡ Percebi que não é tão ruim. - Harry diz, com o olhar ainda fixo no fogo. Phoenix observou seu perfil, enquanto acariciava seus cabelos. ㅡ Na terceira vez você nem sente mais o gosto. - o rapaz completou murmurando, balançando o copo em sua mão.

Phoenix suspirou, depois de observá-lo naquela posição por alguns segundos. A garota então se levantou, apenas para se sentar na perna do namorado, que concedeu aquele espaço. Tomando o copo de sua mão, a Black virou o restante do líquido sem fazer careta, antes de novamente olhar para o garoto.

Ela o olhou fixamente, enquanto continuou com as mãos em seus cabelos; Harry deu um pequeno sorriso para sua namorada, com a mão repousada em sua cintura. O Potter não desviou os olhos da Black, que os viu por fim se encheram de lágrimas.

Phoenix deu um triste suspiro, enquanto o abraçava e deixava que desabasse em seu ombro. Beijou seus cabelos e o apertou naquele abraço, demonstrando que estaria ali o tempo que precisasse, em silêncio. Ela sentia por o ver daquela forma, mas já suspeitava os motivos.

Harry havia ficado em silêncio desde o momento em que James havia deixado a Mansão Black; o seu trio respeitou, mas estavam preocupados. Phoenix estava preocupada. Queria que o garoto falasse qualquer coisa, mas ele desviava o assunto sempre que tentava o começar.

ㅡ Desculpa... - Harry disse, ao levantar a cabeça. As lágrimas escorriam pelo rosto, e Phoenix usou seus polegares para limpá-las.

ㅡ Não ouse pedir desculpas. Não há nada pelo que pedir desculpas, Hazz! - ela disse. ㅡ Tudo tem sido tão difícil, meu amor, principalmente para você! Tudo bem se precisar desabafar às vezes. - completou.

Phoenix deitou a cabeça no ombro de Harry, com uma das mãos no cabelo do garoto e a outra entrelaçada à sua. Deixou um beijo singelo no pescoço do Potter, ouvindo-o dizer novamente, após alguns segundos em silêncio:

ㅡ Minha mãe está grávida, Nix. E não vamos estar lá dessa vez. - ele disse baixinho, com pesar. ㅡ Com tudo o que está acontecendo, o risco deles estarem correndo perigo mesmo escondidos está me assustando. E ainda penso que... - um suspiro escapou de seus lábios antes de continuar: ㅡ Penso, e se toda essa guerra demorar ou nunca terminar? Se eu nunca mais voltar para minha família e não tiver nem a chance de conhecer meu irmão?

ㅡ Harry, ei, amor! - Phoenix levantou sua cabeça, segurando com urgência o rosto do namorado e virando-o com delicadeza em sua direção. ㅡ Primeiro, todos estão bem em casa! Sua mãe está segura, e você fez bem em negar que Prongs ficasse com a gente! - ela disse. Seus olhos se encheram de lágrimas, após o medo nos olhos de Harry refletirem em seus próprios. ㅡ E essa guerra vai acabar um dia, ela não vai durar para sempre. Vamos encontrar as Horcruxes, e Voldemort vai ser destruído! E então voltaremos para nossa casa. Você pode ter medo o quanto quiser, Hazz, eu julgaria se não estivesse! Mas, saiba que não vai passar por isso sozinho. Eu estou aqui, amor! Estou com você. Sempre.

Harry olhou para ela com uma sombra de sorriso nos lábios, enquanto o rosto se molhava ainda mais com as lágrimas silenciosas que escorriam. Phoenix, também emocionada e sorrindo, se aproximou e uniu levemente seus lábios, comprovando toda sua promessa.

ㅡ Você é minha calmaria no meio dessa bagunça toda, Nix. - Harry sussurrou, quando desprenderam seus lábios e mantiveram-se perto pelas testas coladas.

Phoenix olhou nos lábios de Harry, sorrindo e outra vez o beijando carinhosamente. Continuou sentada em suas pernas ao se separem, mas tomou a varinha em mãos e conjurou outro copo, que logo encheu de firewhisky.

Os dois brindaram e viraram juntos aquela dose, enquanto ficaram naquele silêncio reconfortante e olhando o fogo. Em algum momento o silêncio foi tomado de conversas; Phoenix contando o que havia visto no quarto de Narcissa, e depois os dois relembrando alguns cenários - de sua infância e momentos em Hogwarts -, enquanto aquela garrafa de firewhisky se esvaziava ainda mais rápido.

Em algum momento, Phoenix havia se sentado na cadeira ao lado de Harry, e os dois riam com seu último copo sendo cheio. Não se lembraram até quando o tomaram, mas em certo momento o líquido havia terminado; a lareira também foi apagada e os dois silenciados, quando se debruçaram na mesa e ali mesmo adormeceram - com as mãos entrelaçadas em sua frente -.

Phoenix notou tudo aquilo quando acordou horas depois, já pela manhã. Se levantou dolorida e confusa, se espreguiçando e relambrando o que havia acontecido. Olhou para Harry, que agora estava sentado na cadeira em sua frente e com uma edição do Profeta em mãos.

ㅡ Bom dia, Hazz. - ela disse, ainda com a voz sonolenta.

ㅡ Bom dia! - Harry sorriu para ela por cima do jornal. ㅡ Acordei tem alguns minutos. Fui ver Ron e Mione, afinal, ficamos aqui ontem, e eles também já estão de pé. Devem descer logo. - avisou.

ㅡ E como você está? - Phoenix perguntou, depois de dar a volta na mesa e beijar o rosto do Potter.

ㅡ Com um pouco de dor de cabeça, mas aposto que é apenas a ressaca. - Harry riu. ㅡ Obrigado, amor. - disse simples, olhando a namorada com um pequeno sorriso. Phoenix correspondeu, dando-lhe outro beijo.

ㅡ Acho que vou fazer um forte café. Papai Six sempre dizia que isso curava qualquer coisa, principalmente ressacas! - ela comentou sorrindo, indo até o fogão.

Enquanto a água fervia, Phoenix foi até o banheiro para trocar suas roupas e fazer suas higienes matinais. Voltou para à cozinha a tempo de finalizar seu café. Aproveitou para perguntar para Harry:

ㅡ Esse é o Profeta que seu pai deixou?

ㅡ Sim. - o garoto respondeu. ㅡ Não o olhei por esses dias, mas hoje fiz. E sabe o que tem aqui? Uma matéria sobre a vida de Dumbledore. Rita contando sobre Ariana, a irmã dele.

ㅡ Dumbledore tinha uma irmã?! - Phoenix pareceu surpresa ao se sentar na mesa outra vez, carregando duas xícaras brancas. ㅡ Eu nunca soube...

ㅡ E tem mais. No dia do casamento de Gui e Fleur, Muriel estava conversando comigo. Ela disse que o irmão de Dumbledore o culpava pela morte da irmã, eles até brigaram no enterro! - o Potter continuou. ㅡ Eles também moraram em Godric's Hollow, onde tudo aconteceu. Conheciam Batilda Bagshot também.

ㅡ A autora de 'História da Magia'?!

ㅡ Sim! Minha mãe me disse uma vez que ela era nossa vizinha por lá, e sempre ia tomar chá com ela durante a tarde. - Harry continuou. ㅡ Eu acho que devíamos visitá-la em alguma oportunidade. Batilda parece conhecer bem Dumbledore, e talvez possa nos contar mais coisas.

ㅡ Acha que ela está em condições? Dizem que anda bem debilitada pela a idade. - Phoenix disse.

ㅡ Não podemos deixar de tentar.

Phoenix concordou silenciosamente, pensando que seria uma experiência ir até Godric's Hollow. Mesmo ouvindo diversas histórias, os dois jovens nunca haviam ido de fato conhecer o lugar, nem mesmo para retornar à antiga casa dos Potter's (que sabiam estar destruída). Nunca, na verdade, tiveram aquela vontade; sabiam que as lembranças da última vez que estiveram ali não eram muito boas para seus pais.

🌔

Mais tarde naquela manhã, antes do horário do almoço, o grupo ainda estava reunido naquela velha cozinha. Ron brincava com seu desiluminador, Harry ainda repetia sua leitura ao Profeta, e as garotas folheavam novamente as anotações de Regulus Black, acreditando que tenham deixado passar qualquer mínima pista sobre o paradeiro das outras Horcruxes de Voldemort.

O silêncio do ambiente foi quebrado de repente por um forte estampido, seguido de sons de altos gritos e discussões. O quarteto pulou de seus lugares, se virando na direção dos sons do outro lado da cozinha; o número de pernas que apareceram embolados na porta despertou sua atenção, onde finalmente se lembraram do que se tratava.

Monstro estava agarrado no rosto de Mundungo, que andava com dificuldades por isso, e por conta do segundo elfo agarrado em suas pernas. Todos caíram bem em frente do grupo de grifanos.

ㅡ Harry Potter! - Dobby cumprimentou o garoto, enquanto Monstro, que se desvencilhava de Mundungo, fazia uma profunda reverência para Phoenix e crocitava:

ㅡ Monstro retornou com o ladrão Mundungo Fletcher, minha senhora.

Mundungo levantou-se com dificuldade e sacou a varinha; Hermione, no entanto, foi mais rápida que ele:

Expelliarmus!

A varinha de Mundungo saiu voando pelo ar e a garota a recolheu. De olhos arregalados, o bruxo se atirou em direção à escada: Ron derrubou-o e Mundungo bateu no piso de pedra com um ruído abafado.

ㅡ Quê? - berrou, contorcendo-se em tentativas para se livrar das garras de Ron. ㅡ Que estão querendo mandando dois elfos domésticos idiotas atrás de mim?! Que brincadeira é essa, que foi que eu fiz? Me solte! Me solte, ou...

ㅡ Você não está em posição de fazer ameaças, Mundungo! - disse Harry. E, atirando o jornal para o lado, atravessou a cozinha em poucos passos e se ajoelhou ao lado de Mundungo, que parou de lutar aterrorizado.

ㅡ Dobby só queria ajudar! Dobby estava no beco diagonal quando viu Monstro, o que deixou Dobby bastante curioso. - o elfo começou a explicar, em pé ao lado de Monstro em cima da mesa. ㅡ E então, Dobby ouviu Monstro citar o nome de Harry Potter. E depois! Dobby viu Monstro falando com o ladrão Mundungo!

ㅡ Você ajudou muito bem, Dobby. - Phoenix sorriu para o elfo.

ㅡ Senhorita Black! - Dobby se aproximou dela e apertou sua mão. Phoenix correspondeu sorrindo. ㅡ Dobby agradece o elogio! E fica realmente feliz com ele.

ㅡ Eu não sou ladrão! - ouviram Mundungo reclamando e se viraram para a cena. O homem se levantou do chão junto com os outros dois, ainda tendo a varinha de Harry apontada em seu rosto.

ㅡ Não é ladrão?! - Phoenix deu um largo passo até o homem, ameaçando-o. ㅡ Por que tem saqueado a minha propriedade então, Mundungo?! Levando as coisas do meu pai como se fossem suas!

ㅡ Black... eu não sou ladrão! - Mundungo repetiu, com um riso nervoso. Phoenix avançou outra vez. Recuando, dando volta na mesa, o bruxo explicou apavorado: ㅡ Sou um vendedor... de objetos raros e fantásticos!

ㅡ Corta essa! - Ron debochou. ㅡ Todo mundo sabe que você é um ladrão, Mundungo.

ㅡ Senhor Weasley! - Dobby cumprimentou admirado. ㅡ Que bom ver o senhor novamente!

ㅡ Tênis maneiro, Dobby! - Ron apertou sua mão com um sorriso, apontando para as botinhas que o elfo usava.

Dobby pareceu inteiramente surpreso e agradecido com o sincero elogio. Phoenix sorriu pequeno com sua reação, logo olhando para o outro elfo que chamava sua atenção:

ㅡ Monstro pede desculpas pela demora em trazer o ladrão, minha senhora. - o elfo crocitou em pé ao seu lado na mesa. Ouví-lo lhe tratando com tanta formalidade ainda era uma surpresa, mas Phoenix estava sabendo aproveitar a sensação. ㅡ Fletcher sabe como evitar ser capturado, tem muitos esconderijos e cúmplices. Mesmo assim, Monstro acabou encurralando o ladrão.

ㅡ Você fez um ótimo serviço, Monstro! - a Black disse, e o elfo fez uma nova reverência para si.

ㅡ Certo, temos algumas perguntas para lhe fazer. - disse Harry a Mundungo, que imediatamente se encolheu na poltrona em que havia se sentado, assustado com a varinha que ainda estava sendo apontada no meio do seu rosto. ㅡ Quando você limpou esta casa de tudo que tinha valor... - o Potter começou, mas Mundungo interrompeu-o.

ㅡ Sirius nunca ligou para aquela lixaria...

Phoenix iria avançar e retrucar, mas um par de pezinhos apressados chamou sua atenção. Ela teve tempo apenas de virar sua cabeça, vendo um lampejo de cobre reluzente, seguido de uma batida metálica e ressonante e um grito de dor: Monstro tinha corrido até Mundungo, acertando-o na cabeça com uma caçarola enferrujada.

ㅡ Tira ele daí! Tira ele daí! Ele devia ser preso! - berrou o bruxo, se encolhendo quando Monstro tornou a erguer a caçarola de fundo pesado.

ㅡ Monstro, não! - a Black gritou, correndo para também conter o elfo.

Os braços finos de Monstro estremeceram sob o peso da caçarola que segurava no alto.

ㅡ Só mais uma vez, minha senhora Phoenix, para dar sorte!

Ron riu. E Phoenix estremeceu os lábios para evitar fazer o mesmo.

ㅡ Precisamos dele consciente, Monstro, mas, se houver necessidade de atacá-lo outra vez, deixarei você fazer as honras da casa. - ela disse.

ㅡ Muito obrigado, minha senhora. - Monstro disse com uma reverência, e recuou alguns passos, seus grandes olhos claros ainda pregados em Mundungo, com repugnância.

ㅡ Quando você limpou esta casa de todos os itens de valor que conseguiu encontrar - começou Harry novamente ㅡ, levou um monte de coisas do armário da cozinha. Havia ali um medalhão.

Ele olhou para seus companheiros, sentindo sua boca ficar repentinamente seca. Ron, Hermione e Phoenix retribuiram o olhar com tensão e excitação refletindo em seus olhos.

ㅡ Que foi que você fez com ele? - o Potter perguntou.

ㅡ Por quê? Tinha valor?! - perguntou Mundungo interessado.

ㅡ Você o guardou! - gritou Hermione.

ㅡ Não, não guardou. - Phoenix disse com perspicácia.

ㅡ Ele está imaginando se poderia ter pedido mais dinheiro por ele! - Ron concluiu.

ㅡ Mais? - respondeu o bruxo. ㅡ Praticamente entreguei aquele troço de graça. Não tive escolha!

ㅡ Como assim? - Ron perguntou.

ㅡ Estava vendendo coisas no Beco Diagonal e uma mulher chegou pra mim e começou a perguntar se eu tinha licença para negociar artefatos mágicos. Uma desgraçada metida. Ia me multar, mas gostou do medalhão e disse que ia levar e deixar barato daquela vez e que eu me desse por feliz.

ㅡ Quem era a mulher? - quis saber Harry.

ㅡ Não sei, uma megera do Ministério.

Mundungo parou para pensar um instante, enrugando a testa. Se esticando para enxergar o Profeta Diário jogado na mesa, disse:

ㅡ Aqui! - apontou a matéria da contracapa do jornal. ㅡ Mulher pequena. Laço de fita na cabeça. E...

ㅡ Cara de sapa. - Phoenix sussurrou junto a ele, ao ver a foto de Umbridge seguindo a matéria:

MINISTÉRIO BUSCA REFORÇOS
começa uma nova era em Hogwarts

Harry deixou cair a varinha: o objeto bateu no chão e soltou faíscas vermelhas, que voaram diretamente para a direção das sobrancelhas de Mundungo, que pegaram fogo.

Aguamenti! - gritou Hermione, e um jato de água saiu de sua varinha e cobriu o bruxo, que cuspia água e se engasgava.

Harry ergueu os olhos e viu o seu próprio choque refletido nos rostos do grupo. Suas cicatrizes no dorso de sua mão direita pareciam estar formigando outra vez, e Phoenix apertou-a como se soubesse exatamente disso.

¡notes!

só queria confirmar, para ajudar
na depressão de vocês, que sim...
a melyssa estava grávida quando
morreu 😭

e o harry bebendo foi um ponto
que pensei muito antes de botar...
mas, caramba, pensem como ele
estava se sentindo! você tem uma
guerra nas costas e descobre que
a mãe está grávida e você não vai
poder acompanhar, apenas se manter
preocupado à distância se sua família
está em segurança *choro compulsivo*

mas precisamos abrir um parêntese
para haenix e como eles são fofos.
amo os dois e como sempre são
a âncora um do outro em qualquer
momento 🥺💘

comentem o que acharam desse
capítulo! e digam: como acham
que seria a história se os McCarthy's
tivessem sobrevivido assim como
os jily? (ex: se a Bellatrix tivesse
sido presa antes do dia 31?)

Espero que tenham gostado.
Até o próximo capítulo! ❤

𝐭𝐚𝐥𝐤𝐢𝐧𝐠 𝐭𝐨𝐨 𝐭𝐡𝐞 𝐦𝐨𝐨𝐧 🐺

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