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𝟬𝟵𝟲. Narcissa's memories;

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ϟ CAPÍTULO 096 ϟ
as memórias de narcissa

COM O NOVO ANO QUE SE INICIAVA, os alunos regressavam para Hogwarts de suas férias. Harry, Phoenix e Hermione estavam andando pelo corredor naquela manhã, enquanto procuravam por Ron; os primeiros contavam o que havia acontecido em sua noite de Natal - e a visita do Ministério que haviam recebido nos Potter's - para a Granger.

ㅡ Eu sinto muito pela mudança de casa de vocês. - a garota disse. ㅡ Mas, por um lado, é bom. É para a segurança de todos vocês, não?

ㅡ Sim... - Phoenix respondeu. Ela tinha seus fones repousados no pescoço, já que antes escutava suas novas fitas ganhadas de Louis. ㅡ Mas não podemos evitar aquele sentimento momentâneo de tristeza por estar nos mudando do lugar onde passamos toda nossa vida.

ㅡ O que também é compreensível! - a Granger disse com um sorriso para os amigos.

Os três avançaram naquele corredor, que no momento estava cheio de alunos; entre eles, sentado em um banco em frente à uma janela, estava Ron. Ele era rodiado por Lilá, que estava agarrada em seu braço e contemplando o colar colocado no pescoço do garoto.

ㅡ Com licença, eu preciso vomitar! - Hermione disse, se virando para voltar para o corredor em que vieram.

ㅡ E eu vou com ela! - Phoenix disse, torcendo o nariz e olhando mais uma vez para o casal.

Phoenix logo alcançou a amiga e estava ao seu lado, enquanto caminhavam outra vez por aquele corredor. Antes que pudessem iniciar uma conversa, um aluno havia abordado a Black e lhe entregado um pergaminho enrolado. As duas se aproximaram para ler, surpreendendo-se ao perceber que vinha de Dumbledore.

ㅡ Dumbledore quer te ver agora?! - Hermione franziu o cenho. ㅡ Mas acabou de retornar das férias de Natal... e achei que estivesse viajando!

ㅡ Talvez ele tenha chegado e tenha algo importante para me dizer. - Phoenix disse incerta. ㅡ É melhor eu ir até lá.

ㅡ Então, vamos! - Hermione disse, agarrando o braço da amiga.

ㅡ Talvez isso demore, Mione, se caso ele decidir me mostrar mais memórias na penseira. - a Black apontou enquanto caminhavam.

ㅡ Eu não me importo! Vou estar te esperando quando sair. - a Granger sorriu.

As duas caminharam apressadamente pelo castelo, logo entrando no corredor do escritório de Dumbledore. Hermione se sentou em um banco em frente, enquanto observava Phoenix ditar a senha e subir a escada giratória.

A garota deu dois toques na porta, entrando assim que ouviu a confirmação do mais velho. Ela o encontrou no lugar de costume: atrás de sua mesa, com a penseira descansando em sua frente e refletindo o brilho prateado no teto do escritório. Phoenix se aproximou, também notando que a aparência do diretor estava ainda mais abatida desde a última vez que se viram.

ㅡ Como vai, Phoenix? - mesmo com os poréms, Dumbledore tentou transparecer seu bom humor de sempre.

ㅡ Bem. O senhor?

ㅡ Estou bem também. - Dumbledore sorriu. ㅡ Bem, Phoenix... hoje eu não pretendo enrolar muito, então vamos direto ao assunto. - ele começou, suspirando. ㅡ As memórias que tenho para te mostrar são mais tensas que as últimas. Você verá Bellatrix lhe almadiçoando no ventre de Melyssa, a morte de seus pais... e nessas memórias também terá mais respostas sobre sua maldição. - o mais velho a observou, tendo certeza que Phoenix estava antenta, antes de continuar: ㅡ Eu preciso saber: você realmente deseja vê-las, e está pronta para isso?

ㅡ Sim, senhor. - Phoenix disse de cabeça erguirda, não vacilando em sua resposta.

ㅡ Está bem. - Dumbledore disse, após encará-la para ter certeza que não iria ponderar. Ele colocou as memórias na penseira e olhou para a garota. ㅡ Você sabe o que fazer, Phoenix. - disse calmamente.

Phoenix olhou para o homem, antes de encarar a penseira e suspirar fundo. Fechando os olhos, a garota se curvou e mergulhou sua cabeça naquelas memórias, sentindo a leve sensação de seu corpo estar sendo transportado pelas mesmas.

Assim que abriu os olhos, Phoenix notou que as memórias não estavam mais alteradas, já que ouvia com clareza as duas vozes vindas dela. Franzindo o cenho, a garota se aproximou das duas mulheres que conversavam naquele canto isolado da Mansão Black; a mais nova pôde reconhecer imediatamente Melyssa, e arregalou os olhos ao perceber quem era a mulher que estava em sua companhia.

Uma imagem de uma Narcissa Malfoy um pouco mais jovem apareceu para Phoenix, que ainda estava muito surpresa com a revelação. Era ela a melhor amiga de sua mãe, e quem teve o rosto alterado em todas as outras memórias que havia visto. Se lembrando da fala de Dumbledore, a Black se perguntou o porquê da Malfoy ter aceitado lhe 'doar' aquelas lembranças.

E enquanto ainda encarava as duas, que pareciam conversar com certa angústia de serem encontradas, a garota tinha seu cérebro trabalhando em fração de segundos, com todas as peças se encaixando de uma única vez. Todos os olhares de Narcissa para ela pareciam finalmente fazerem sentido agora. Phoenix se lembrou também que alguém havia pedido para Dumbledore manter Violet (ela) em segurança, e aquele alguém era Narcissa.

Phoenix ainda estava em total confusão sobre o porquê a mulher estar, de certa forma, ajudando-a descobrir sobre seu passado. Ela tentou afastar sua expressão de surpresa, enquanto novamente voltava a atenção para a conversa de Narcissa e Melyssa.

ㅡ John e eu queremos sair disso. - sua mãe sussurrou. Seus olhos estavam cheios de lágrimas. ㅡ Isso nunca foi para nós. Nunca pudermos escolher se queríamos ou não isso... - ela disse, erguendo a manga do casaco. Phoenix se arrepiou ao ver a marca negra viva em seu braço esquerdo. ㅡ Mas agora podemos escolher a hora de sair.

ㅡ Ele não vai permitir que façam isso de uma forma amigável, Lyssa! - Narcissa mostrou seu medo à amiga. Ela suspirou. ㅡ Isso vai acabar de um jeito ruim...

ㅡ Nós apenas queremos uma vida normal, Cissa. Queremos criar nossos filhos longe desse preconceito de sangue, não concordamos com ele! Hoje não mais. Percebemos que não faz nenhum sentido! - Melyssa disse. ㅡ Você deveria vir conosco...

ㅡ Não posso. - a Malfoy negou, agora também pouco emocionada. ㅡ Meu pais ainda estão aqui. E tenho Lucius... não cabe apenas a mim essa decisão! - Melyssa suspirou, olhando sentida para a amiga. ㅡ Se essa for sua decisão final... saibam que estou dando o meu apoio para vocês do jeito que eu puder. - ela deu um pequeno sorriso.

ㅡ Obrigada! - Melyssa disse, a puxando para um abraço urgente.

Phoenix observou as duas naquele abraço, enquanto sentia a memória em volta de si mudando.

Estava em uma sala aconchegante; Phoenix observou o fogo baixo na lareira, com as fotos espalhadas em cima da mesma, e também se localizou ao observar através da janela. Estava dentro da casa de seus pais, durante algum final de tarde de primaveira em Nova Iorque. Ela ouviu algumas vozes e se virou em direção ao sofá.

Melyssa estava sentada na poltrona ao lado do maior estofado; John estava atrás de si, com as mãos tocando seus ombros. Os dois sorriam ao observar a mulher sentada em sua frente. Phoenix olhou-a, não percebendo o sorriso pequeno escapar de seus lábios ao ver Narcissa ninando a pequena Violet em seus braços com tanto carinho - a mulher tinha sua barriga do final da gestação bem visível por baixo do casaco de viagem -.

ㅡ Ela é tão linda... - a Malfoy comentou sorridente, acariciando o rostinho da bebê. ㅡ Oi, anjinho! - ela sussurrou.

ㅡ Parece que Violet gostou de você, Cissa. - John disse.

ㅡ É claro que a florzinha iria gostar de sua madrinha... - Melyssa disse, sorrindo no mesmo instante que a amiga lhe olhou em surpresa. Phoenix havia se virado ao mesmo tempo, com a mesma reação. ㅡ É a melhor que ela poderia ter. - a McCarthy aumentou o sorriso.

Phoenix desviou sua atenção da mãe para Narcissa outra vez, ainda com a surpresa presente em seu rosto. A Malfoy sorriu emocionada, olhando outra vez para a criança em seus braços e a abraçando com cuidado.

A garota permaneceu encarando aquela cena ainda imóvel, não conseguindo absorver por completo tudo o que estava descobrindo naquelas poucas memórias. Outra vez sentiu o cenário mudar, e permaneceu da maneira que estava: estática e apenas deixando seu corpo se mover sozinho com as lembranças.

Porém, assim que o novo cenário se metalizou em sua volta, a garota assustou-se levemente e deu um passo para trás. Estava outra vez em seu quarto de bebê, mas claramente algum tempo antes da memória anterior, já que Melyssa ainda estava grávida. Phoenix não conseguiu focar naquele fato, já que o grito agonizante da mulher era a única coisa que havia chamado sua atenção.

Phoenix também ouviu aquela risada fria, agonizante e maníaca que tanto lhe assombrava em seus sonhos nos últimos tempos. Ela fechou o cenho em completa raiva, quando se virou para o lado e viu Bellatrix Lestrange saindo da sombra e passando bem ao seu lado, caminhando na direção de Melyssa. Sua aparência mais jovem não conseguia esconder que seus traços já apresentavam um pouco de insanidade.

SOLTA ELA! - Phoenix se virou para trás, vendo John amarrado no chão; seu rosto coberto de ferimentos e lágrimas de pavor, que caíam ao olhar o sofrimento da esposa.

ㅡ E porque eu faria isso?! - Bellatrix perguntou, erguendo o queixo de Melyssa com a varinha. A mulher soava frio, enquanto permanecia com seus punhos amarrados naquela poltrona. A Lestrange sorriu. ㅡ Acharam que poderiam trair o Lorde das Trevas e saírem como os campeões? Acharam que conseguiriam viver uma vida perfeita, se simplesmente esquecessem tudo o que já viveram com ele?!

Novamente ela estava lançando um feitiço com sua varinha. Phoenix estava com olhos arregalados, notando a áurea dourada que cobria a barriga de Melyssa; não era um Crucius, mas pela maneira que a mulher se contorcia e gritava a dor parecia ser igual - ou pior -. Seus gritos se misturavam com os de John, que constantemente pedia para Bellatrix parar.

ㅡ O que está fazendo?! O QUE ESTÁ FAZENDO COM ELAS?! - ele gritou, se debatendo no chão, tentando sair do lugar, mas parecia imóvel através de algum feitiço.

ㅡ Está matando meu bebê... Está matando meu bebê! - Melyssa disse entre o choro, se contorcendo sob o feitiço. ㅡ Por favor... minha filha... - ela soluçou, fechando os olhos para gritar outra vez.

ㅡ Não estou matando sua ratinha! - Bellatrix disse, parando de uma única vez. Melyssa arfou, deixando a cabeça tombar com o cansaço, mas logo sendo obrigada a encarar a mulher em sua frente. ㅡ A morte dela até seria um castigo grande para vocês, mas ainda não é a hora. Em vez disso, deverão lidar com a culpa da maldição que sua filha vai carregar por toda a vida! - ela sorriu em meio à outra risada.

ㅡ O que fez com ela?! - John perguntou outra vez.

ㅡ Lancei uma maldição de sangue em sua filha, McCarthy. - Bellatrix disse naturalmente. Ela passou a ponta dos dedos na barriga de Melyssa, que gritou indicando o quão sensível o lugar parecia estar. ㅡ Ela vai crescer com licantropia, um mal que a acompanhará para toda vida. Em toda lua cheia, ou então quando a raiva estrema alcançar, sua filha se transformará na pior das criaturas, e então viverá assim até seus vinte e cinco anos completar. - ela sorriu diante do olhar assustado que Melyssa lhe lançou. ㅡ Se tiver sorte e até lá conseguir da maldição se livrar, o que acho impossível, porque vão precisar da ajuda dessa varinha para isso, ela pode tentar levar uma vida normal a partir daí. Se não... para sempre um espelho a lembrará do monstro que se tornou. - a Lestrange deu outro risinho, se afastando da mulher.

ㅡ Não... - John sussurrou. Estava apavorado e horrorizado com as coisas que havia escutado. ㅡ Sua vadia! Ela não tem culpa de nada disso!

ㅡ Tem razão, a culpa é apenas de vocês! - Bellatrix gritou, o calando. ㅡ Deveriam ter permanecido ao lado de Lorde Voldemort, assim nada disso estaria acontecendo com vocês e nem com sua ratinha. Ou devo dizer... - ela sorriu, se agachando ao lado do homem. ㅡ Sua monstrinha!

ㅡ Sua vadia insana! - John gritou novamente, tentando avançar para cima de Bellatrix, mas ela já havia se levantado outra vez.

Phoenix não estava controlando mais suas lágrimas com aquela última lembrança, com o descobrimento que poderia permanecer no corpo da fera branca em alguns anos. Ela ofegou, sentindo seu coração acelerado, e arrepiou ao ouvir a risada de Bellatrix novamente ecoar no quarto, após a fala de John.

Aquela lembrança começou a se desfazer, com a garota vendo Bellatrix aparatando do quarto, Melyssa chorando na poltrona e John logo correndo para abraça-la. Phoenix focou naquela última cena, sentindo um pequeno aperto em seu peito, enquanto mais e mais lágrimas surgiam em seu rosto.

Phoenix tentou controlar suas lágrimas, mas a partir daquele momento não conseguiu mais. As palavras de Bellatrix ainda ocupavam sua mente; o fato de que aos vinte e cinco anos permaneceria para sempre como um lobo havia lhe atingido no peito como um Avadra Kedavra. Descobrir que sua licantropia era uma maldição de sangue havia sido um choque e tanto.

Ela apenas observou em silêncio a nova memória que surgia. Outra vez estava na sala daquela casa. Melyssa e John estavam dançando para Violet, que estava com um mordedor na boca e rindo dos pais, sentada no sofá em frente à eles vestindo um macacão de abóbora, já que era dia das bruxas. Phoenix observou a cena de sua família também dando um pequeno sorriso em meio às lágrimas.

Simultaneamente com John, a garota se virou para a janela da sala. A rua naquele momento estava deserta e os sons da noite eram os únicos barulhos que ouviam. Mas, de repente, o único poste que estava aceso também se apagou e um forte vento frio balançou as cortinas de cetim.

ㅡ Querido? - Melyssa chamou levemente o marido, notando que ele havia percebido algo de errado.

Antes que pudesse responder, John ouviu a campainha da casa tocar.

ㅡ Didinha? - Violet olhou para a mãe e riu.

Mas, Phoenix observou que sua mãe não correspondeu a mesma emoção. Estava tensa, e observava John alcançar sua varinha em cima da mesa de centro e caminhar até que pudesse observar através do olho-mágico da porta. O homem ofegou e deu um passo para trás, se virando para falar com Melyssa.

Foram frações de segundos que tudo aconteceu.

A boca de John ficou aberta e sua fala nunca saiu dali; assim que se virou para sua esposa, um forte feitiço atingiu a porta, estourando a mesma. O corpo do homem foi arremessado para trás, e Melyssa foi rápida ao pensar em se colocar em cima de Violet para protegê-la. O silêncio foi cortado pelo choro assustado da criança e das tosses de John, que tentou se levantar diante de toda fumaça e poeira formada.

ㅡ John! - Melyssa correu até ele, com Violet em seus braços, e ajudou-o a se levantar.

Os dois se viraram para o portal da porta, arregalando os olhos ao ouvirem a risada tão conhecida de Bellatrix. A mulher caminhava lentamente ao entrar na casa, girando a varinha nos dedos, sorrindo como se tudo fosse uma grande diversão para si.

ㅡ Vai, proteja Violet e chame ajuda! - John disse para a esposa, se colocando na frente dela para protegê-la de um feitiço.

Melyssa não pensou em contradizer, apenas saiu correndo da sala e se trancou no quarto da filha, enquanto a ninava em seus braços. Phoenix quis ficar para observar o duelo de seu pai, o qual parecia estar se saindo bem, mas algo lhe puxou até o quarto.

Ela entrou e viu a mãe sentada em frente ao berço, enquanto acalmava Violet recém colocada ali. Os lampejos de feitiços entravam pela fresta da porta, e a mulher se assustava a cada vez que via um deles serem da cor verde escuro. Se controlando, Melyssa se virou para a bebê e passou a mão em seus cabelos louros.

ㅡ Mamãe está aqui, está bem, florzinha? - ela disse, ao mesmo tempo que puxava a varinha, que prendia os cabelos, com dificuldades pela mão trêmula.

Melyssa conjurou um patrono e gravou uma mensagem simples, mas objetiva, no mesmo: "Ela está aqui", e ordenou para que a furoa prateada saísse do quarto, como se ela soubesse exatamente para onde ir. Phoenix observou tudo em silêncio, ainda em um misto de lágrimas de pavor, angústia e tristeza, sabendo exatamente o que estava prestes a acontecer e como tudo acabava. Voltou a ver a mãe falar consigo, e novamente sentiu o aperto em seu peito.

A porta se abriu com urgência, e as duas no lado de dentro se assustaram. John entrou e trancou novamente a porta, correndo para a esposa e filha; beijou demoramente a testa da mais nova, e depois tocou os lábios de Melyssa, antes de grudar sua testa à da mulher.

ㅡ Eu lancei um impedimenta nela, mas não vai durar muito. - John disse. Melyssa observava com lágrimas nos olhos todos os ferimentos do marido. ㅡ Se isso for acontecer... quero que estejamos juntos. - ele completou em meio às lágrimas.

Melyssa o observou, soltando um soluço dolorido. Os dois voltaram a se beijarem, assustando-se quando ouviram sua casa sendo destruída no andar de baixo. A mulher o soltou com muita dificuldade, voltando para sua filha no berço e dando um sorriso triste, enquanto ainda mais lágrimas se juntavam em seu rosto.

ㅡ Violet, mamãe ama você... - ela começou, sussurrando e com a voz totalmente embargada em meio às próprias lágrimas, tentando limpar as da garotinha. ㅡ O papai ama você... - John ouviu, tocando com carinho o outro lado do rosto da mais nova. Ela havia parado, atenta nos pais, mas ainda com seu pequeno rostinho com algumas lágrimas silenciosas. ㅡ Fique segura, minha florzinha! - Melyssa disse, se levantando para também beijar a testa da filha.

Phoenix ficou imóvel enquanto observava tudo, e não teve nenhuma reação quando a porta daquele quarto também foi arrebentada com uma explosão.

O choro de Violet começou a ser alto e assustado outra vez, e agora John duelava com Bellatrix ali dentro. Melyssa correu para ajudá-lo, mas os dois tiveram suas varinhas arrancadas de suas mãos pela Lestrange de uma única vez. E no segundo seguinte, quando o casal se olhou, esticando os braços para suas mãos se tocarem, o flashe verde e o grito de "Avadra Kedavra" preencheram o quarto.

Os corpos de John e Melyssa McCarthy caíram no chão em um baque surdo, bem em frente do berço de sua filha, com suas mãos próximas o bastante para se tocarem. O choro assustado de Violet ficou congelado em suas orbes sem vidas, e aquela visão foi a última que tiveram da garotinha, além do pensamento assustador de que, talvez, ela teria o mesmo fim que eles.

Porém, tudo o que Phoenix viu no segundo seguinte foi Bellatrix dando sua risada maníaca enquanto olhava para a criança no berço. Ela não se aproximou e nem lançou nenhum feitiço sob Violet, apenas deu um outro sorriso, se sentindo vitoriosa e com sua missão concluída, e então desaparatou dali.

Phoenix soltou o ar de seus pulmões. Olhou para o corpo de seus pais e sentiu novamente aquele sentimento de sufoco e luto em seu peito; Ela pensou que toda sua presença havia acabado ali, quando viu tudo em sua volta lentamente escurecer, mas novamente uma memória surgia.

Ela não pôde deixar de franzir o cenho em confusão, se perguntando o que viria agora, já que ainda estava no mesmo lugar: no seu quarto de bebê, com os corpos dos pais caídos no meio do local. A única diferença era o choro de Violet, que agora estava mais baixo e em pequenos choramingos; seus soluços se misturavam aos fracos chamados por "Papa" e "Mama", enquanto as mãozinhas seguravam na grade do berço.

Phoenix desviou sua atenção da criança ao ouvir sons vindos da sala. Era uma pessoa correndo sob os destroços, pulando eles e subindo a escada em largos passos. Assim que a pessoa apontou no batente do quarto, ela se segurou ali e ofegou, enquanto a Black ficava surpresa.

ㅡ Não... - Narcissa colocou a mão na boca, não controlando as lágrimas ao ver a cena. Violet voltou a chorar um pouco mais alto ao ver a mulher. ㅡ Não, não, não! - a Malfoy se abaixou no chão, também olhando a bebê, e pegou o corpo de Melyssa em seus braços. ㅡ Lyssa... - ela sussurrou, juntando sua testa com a fria da amiga. ㅡ Eu sinto muito! Eu sinto muito! Me desculpe, Lyssa... - disse soluçando, a voltando com cuidado para o chão.

Narcissa se levantou e foi até Violet, a pegando nos braços e acalmando a garotinha. A mulher a colocou encostada em seu peito, fechando os olhos e beijando a testa da afilhada, antes de outra vez olhar o corpo dos pais da mesma no chão. A Malfoy chorou outra vez, antes de olhar para a outra pessoa que se aproximava daquele quarto.

Phoenix estava tão distraída observando Narcissa, pela primeira vez sentindo alguma compaixão em relação a mulher, e a forma que ela estava tratando Violet, que nem percebeu a nova presença na cena. Quando olhou para o portal, se surpreendeu ao encontrar o diretor Dumbledore.

ㅡ Recebi sua mensagem... - Dumbledore disse para a mulher, levemente atordoado depois que olhou para Melyssa e John. ㅡ Eu sinto muito.

ㅡ Precisa me prometer que vai cuidar dela. - a Malfoy o interrompeu, olhando para Violet. ㅡ Me prometa que vai cuidar para que Violet fique escondida e que nada aconteça à ela!

ㅡ Senhora Malfoy, devido às circunstâncias, e em questão de meios legais, você tem a guarda da garota. - o diretor explicou cautelosamente.

ㅡ Eu sei, mas... - Narcissa deixou outro soluço escapar, enquanto abraçava Violet outra vez. ㅡ Não posso... Bellatrix faria mal a ela se visse Violet em minha casa. E tudo pioraria se descobrissem que eu ainda me vinculava a eles. - ela disse, olhando novamente em súplica para o homem. ㅡ Tudo o que eu posso fazer é isso, te pedir que cuide de Violet. E não deixe que saibam que ela é quem é. Ela vai ficar mais segura assim. - a mulher completou, olhando para a afilhada e sorrindo triste, ao vê-la já calma em seus braços e dar o primeiro sorriso das últimas horas.

ㅡ Eu farei isso, Narcissa. - Dumbledore disse, depois de muito tempo em silêncio observando-as. Narcissa o olhou, em um mudo agradecimento naquele gesto.

Ela voltou-se para Violet, abraçando novamente a garotinha e fazendo questão de demorar naquele gesto, e também no beijo que deixava em seus cabelos. Depois, a Malfoy a colocou com cuidado de volta em seu berço, se afastando de coração partido ao ver a bebê esticando novamente os braços para si.

A Malfoy apenas sorriu triste, deixando novamente as lágrimas caírem ao se afastar e ouvir o choro da bebê ficando alto outra vez. Narcissa olhou para os corpos dos amigos, sussurrando mais uma série de desculpas, antes de deixar o quarto sem ser capaz de olhar outra vez para Dumbledore. Phoenix correu para acompanhá-la na saída, parando ao perceber que o cenário em sua volta estava desaparecendo.

Sua última visão foi Narcissa se encostando levemente na parede das escadas, enquanto chorava silenciosamente de costas para si. Phoenix podia ver seus ombros se movendo e podia ouvir seus baixos soluços doloridos. E aquilo, a Black precisava confessar, havia a deixado com o coração em pedaços.

🌔

Phoenix ofegou ao se afastar da penseira e ver que estava outra vez no escritório de Dumbledore, de frente ao mesmo. Ela se levantou e colocou as mãos no rosto, enquanto chorava cada vez mais intensamente; ao olhar para o diretor, que permanecia em silêncio e respeitando seu tempo, a garota sentiu uma grande raiva crescer dentro de seu peito repentinamente.

A Black apertou os punhos, ofegando e sentindo seus batimentos cada vez mais acelerados. Seu choro estava intenso, mas agora silencioso. O olhar que tinha sob Dumbledore era de grande raiva, e a calma do homem e todo seu silêncio apenas fizeram a garota fechar ainda mais seu cenho.

ㅡ Isso... - ela apontou para a penseira, enquanto tentava engolir o choro. ㅡ Isso me respondeu muitas perguntas, mas também me deixou com ainda mais dúvidas. A principal, e acho que mais importa no momento, é porque esperou quase dezessete anos para me contar essas coisas?! - Phoenix disse, quase gritando com sua raiva. ㅡ Porque não me disse que eu poderia ficar presa no corpo do lobo ainda no terceiro ano, quando tivemos a primeira conversa sob minha maldição? Porque não disse tudo isso quando... quando... quando eles estavam aqui?! - a Black ofegou, chorando outra vez.

Dumbledore não a interrompeu, e nem mesmo se incomodou com toda aquela raiva. Ela era compreensível e o homem entendia que Phoenix precisava do momento de desabafo, por isso permaneceu em silêncio durante.

Foi só quando a garota demonstrou abertura, depois de um tempo em silêncio, que ele finalmente falou:

ㅡ Eu esperei que estivesse em um momento mais maduro para lhe contar essa notícia, Phoenix. - começou ainda calmo. ㅡ Afinal, como se diz uma coisa assim para uma criança de treze anos?

ㅡ Da mesma forma que explicaram para uma de cinco anos que ela iria se transformar em uma fera em todas as luas cheias! - Phoenix gritou. Ela fechou os olhos, se controlando. ㅡ Eu apenas queria a verdade, e tive. Mas... queria que meus pais estivessem aqui comigo quando isso acontecesse. - a Black disse em meio ao choro. ㅡ Eu mandaria uma carta para Remus e Sirius contando sobre tudo, e os dois me confortariam e me apoiariam. E talvez arrumariam uma solução para essa merda!

Phoenix tampou o rosto outra vez, soltando um alto soluço. Estava apavorada. Estava com uma dor dentro de si que não saberia descrever. Seu peito se apertava a cada vez que se lembrava das lembranças que havia visto naquele dia. O medo crescia e as perguntas vinham ao pensar sob o fato de permanecer para sempre como um lobo.

Como seria? Ainda teria sua consciência humana, ou ela lhe deixaria após um tempo? E onde viveria?

ㅡ Eu... - ela voltou a dizer, afastando todos aqueles pensamentos precipitados. ㅡ Só estou com medo. E me sentindo culpada por todos eles. Melyssa, John, Remus, Sirius... - a garota ditou, soluçando baixinho. ㅡ Eles estão mortos! E a culpa é minha!

ㅡ Não é sua culpa, Phoenix. - Dumbledore disse, após um pequeno silêncio. Ele se aproximou da mesa para continuar: ㅡ Seus pais morreram te protegendo, e te amando mais do que qualquer coisa nesse mundo!

ㅡ E mais quantas pessoas eu vou perder assim?! - a garota perguntou. Ela voltou ao silêncio, antes de prosseguir: ㅡ E como vai ser daqui para frente nesses próximos anos? Como vou contar para meus amigos?! Para o Harry... - Phoenix diminuiu o tom. ㅡ Na verdade... acho melhor que eu fique sozinha nisso. Seria melhor e menos dolorido para todos eles, não?

ㅡ Phoenix, me escute... - Dumbledore disse, se levantando e dando a volta em sua mesa. ㅡ Eu quero que se acalme, está bem? Sei que é um pedido tolo nesse momento, mas quero que se acalme e não deixe esses pensamentos ruins lhe consumirem agora. - ele olhou para a garota em sua frente. ㅡ E mais... você tem amigos aqui. Você não está sozinha, e nem deve ficar sozinha. - o diretor completou.

Phoenix o observou, abaixando o olhar e se acalmando em suas lágrimas. Suas mãos levemente se abriram na lateral de seu corpo, e aos poucos sentiu sua respiração se controlando.

ㅡ Eu sinto muito por ter achado que esperar e jogar todas essas coisas de uma vez em você seria a melhor opção. - Dumbledore disse. ㅡ Mas... preciso dizer que ainda há mais uma coisa para ser dita. Quero que volte aqui depois das aulas, se estiver bem para isso.

ㅡ Eu estarei. - Phoenix respondeu.

Seus olhos estavam cheios de lágrimas outra vez, mas a garota não as derramou. Dumbledore a observou lhe encarando, antes de abaixar a cabeça e correr para fora do escritório, sem nada mais dizer.

A Black desceu as escadas correndo e chegou no corredor, não parando quando Hermione lhe chamou. A garota percebeu a amiga vindo às presas atrás de si, obviamente preocupada com o que havia acontecido para seu transtorno. Mas Phoenix não sabia se estava em condições de conversar, então apenas seguiu até o banheiro feminino e se trancou em uma cabine.

ㅡ Nix! - Hermione entrou ali poucos instantes depois, correndo até bater em sua porta. ㅡ O que houve?!

ㅡ Eu... - Phoenix soluçou, sentada com suas costas na porta e as pontas dos pés apoiados no vaso sanitário. ㅡ Eu quero ficar sozinha. - completou, abaixando a cabeça e chorando.

ㅡ Me deixe entrar! - a Granger pediu.

ㅡ Mione... por favor!

ㅡ Está bem! - Hermione suspirou depois de um silêncio. Phoenix observou sua sombra debaixo da porta, percebendo que a amiga havia se sentado do outro lado. ㅡ Eu não posso entrar, mas também não irei sair daqui. - disse decidida. ㅡ Se lembra? Foi isso que fez comigo no primeiro ano.

ㅡ Eram situações diferentes... - Phoenix disse, com a voz abafada.

ㅡ Exatamente! - Hermione exclamou. Também já estava emocionada agora. ㅡ Naquela vez ainda não éramos amigas tão próximas, mas mesmo assim você ficou. Agora nós somos melhores amigas. Irmãs, como você diz! - a Granger fungou baixinho seu nariz. ㅡ Não ouse me pedir para sair daqui, ir embora, porque não vou até que esteja bem! - completou, apoiando a cabeça na porta.

Phoenix deu um sorriso curto em meio às lágrimas, enxugando um pouco o rosto na manga do uniforme e imitando o gesto da amiga. Depois de um pouco de silêncio, ela finalmente disse:

ㅡ Eu quero ficar sozinha, mas é bom estar sozinha com você. Obrigada por ficar, Mione.

ㅡ Eu nunca vou te abandonar. Somos nós contra o mundo, Nix. - a Granger respondeu. ㅡ Seja o que for que tenha acontecido, vamos passar por isso juntas, está bem? Como sempre foi!

Phoenix deu outro sorriso, voltando a apoiar a cabeça na porta. Outro suspiro escapou de seus labios e a garota continuou deixando as lágrimas silenciosas escorrerem em seu rosto naquele momento.

🌔

Phoenix saiu daquela cabine no banheiro minutos mais tarde de seu diálogo com Hermione; estava mais calma, mas ainda sem vontade de conversar e explicar qualquer coisa à amiga. E a Granger respeitou seu silêncio, mesmo que estivesse ainda mais preocupada com ele estendendo-se durante todo o dia.

A Black ficou em silêncio nas aulas, pensando em tudo o que havia descoberto nas primeiras horas daquela manhã. Seus amigos a observaram revirando sua comida na hora do almoço e tentaram mais uma vez fazer com que a garota conversasse consigo, mas a mesma não conseguiu fazer nada além de chorar silenciosamente durante a refeição.

Em certo momento, o trio apenas 'desistiu' de arrancar qualquer informação de Phoenix. Ficaram ao seu lado e respeitaram seu silêncio. A garota agradeceu o gesto mentalmente, ainda se sentindo reconfortada por tê-los ao seu lado independente de tudo.

No final das aulas, quando a sineta do último turno tocou, Phoenix deixou a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas antes mesmo de Snape os liberarem; ela saiu correndo, e em pouco tempo estava outra vez em frente à porta do escritório de Dumbledore.

Entrou quase sem esperar a confirmação do mais velho, e o encontrou em sua habitual cadeira. Phoenix caminhou com menos pressa até sua frente, agora sentindo a ansiedade silenciosamente tomar conta de seu corpo, fazendo seus passos até aquele ponto do escritório saírem mais lentos do que desejava.

ㅡ Sente-se, Phoenix. - Dumbledore convidou calmamente. Phoenix fez. ㅡ Não quero mais prolongar isso para você, então vou ser direto. Você viu que Bellatrix lhe atingiu com a licantropia como uma maldição de sangue. Isso quer dizer que se transformaria nas luas cheias e em alguns casos fora dela, e depois aos seus vinte e cinco anos permaneceria para sempre no corpo do lobo.

ㅡ Eu entendi bem essa parte, senhor. - Phoenix murmurou, após o silêncio.

ㅡ Bom. E lembra também que Bellatrix disse que livrando-se da maldição antes dessa idade você poderia continuar vivendo uma vida normal, certo?

ㅡ Lembro. E tenho certeza que ela também disse, debochando, que isso seria impossível. - a Black completou: ㅡ A varinha de Bellatrix que deveria ser usada para isso acontecer, e aposto que ela nunca iria fazer a retirada de bom grado.

ㅡ Não exatamente. - Dumbledore disse. Logo quando viu o cenho da garota se franzir, ele completou: ㅡ Há uma chance de retirar sua maldição, Phoenix.

A garota abriu a boca, logo fechando-a outra vez. Ficou imóvel naquela cadeira e sentiu seu coração errando uma batida no compasso. Por um pequeno segundo, viu uma pequena chama de esperança passar diante de seus olhos.

ㅡ Você vai entender tudo. - Dumbledore continuou. ㅡ Mas, não sou eu quem vou explicar isso para você.

Phoenix virou-se para trás, onde o diretor apontava levemente. Ela ficou surpresa ao ver Narcissa se aproximando deles, após se levantar de uma cadeira que estava no canto afastado do escritório; a Black culpou sua ansiedade por não deixar seus instintos perceberem a outra presença na sala.

ㅡ Boa noite, Black. - a mais velha cumprimentou, parecendo, por um momento, na mesma guerra interna que a garota.

Um lado de Phoenix quis usar sua frieza com a mulher, a tratando como sempre tratou. Mas, rapidamente, sua consciência lembrou-a de todas as memórias que havia visto, principalmente as daquele dia, e também o fato de todas serem de Narcissa.

E também era estranho para a Black pensar, que em outra realidade, se as coisas tivessem acontecido diferentes, naquele momento Narcissa seria madrinha de Violet McCarthy; e com certeza (de acordo com o pouco que viu na penseira) a trataria com um imenso carinho e cuidado.

ㅡ Boa noite. - Phoenix respondeu baixinho, ainda sem jeito com aqueles pensamentos.

O silêncio voltou a cair na sala. Phoenix olhou novamente para Dumbledore, antes de pensar em perguntar algo para a Malfoy:

ㅡ Porque está me ajudando?

ㅡ Por Melyssa. - a mulher respondeu após muito encarar a garota. ㅡ Nós eramos amigas muito antes de começarmos a falar. Sei como ela se sentiu quando teve que ver você receber a maldição sem nem mesmo nunca ter lhe visto ou pegado no colo. - continuou: ㅡ Tudo o que Lyssa pensava, além de como seria todas suas transformações e sua vida ligada à elas, era como contaria a você quando a última chegasse.

ㅡ Então porque não ficou com Violet? - Phoenix franziu o cenho. ㅡ Se importava mesmo com sua amiga, deveria ter feito um esforço para cuidar da filha dela, não é? Ou cuidar de um monstro fugia do padrão de perfeição dos Malfoy's?! - a garota perguntou em um momento de raiva.

ㅡ Você não entenderia, mas tudo o que fiz foi pensando em te manter a salvo! - Narcissa disse. Seus olhos brilhavam com as lágrimas que tanto controlava. ㅡ Se eu te levasse para minha casa, no momento seguinte Bellatrix lhe mataria. Ela saberia que seria você! E seus pais não ficaram conhecidos como os Comensais que traíram Lorde Voldemort por outro motivo. - a Malfoy suspirou. ㅡ Depois que seus pais fugiram naquela reunião, Voldemort ficou furioso e ameaçou qualquer um que ainda mantesse contato com os dois. Se Ele descobrisse que continuei me encontrando com seus pais, e ainda decidi cuidar da filha deles, você estaria em um perigo ainda maior. Fora o que poderia acontecer com minha própria família!

Phoenix ouviu tudo sem olhar para Narcissa, permanecendo de cabeça abaixada e com a vergonha aos poucos lhe invadindo. Suas lágrimas de raiva caíram e não podiam ser evitadas; a Black apenas estava uma bagunça de sentimentos, e gostaria de colocar um ponto final em todos eles de uma única vez.

ㅡ Por anos fiquei sem notícias suas, mas por escolha própria. - Narcissa começou outra vez, após o silêncio. ㅡ Tentei te apagar da minha memória, mas não me orgulho disso! Eu ainda me perguntava se estava bem, e também me culpava por não ter lutado um pouco mais por vocês três.

Phoenix levantou o olhar para a Malfoy, surpresa ao vê-la chorando no momento. A mulher disfarçou, logo continuando:

ㅡ Quando te encontrei no beco diagonal anos atrás, percebendo que era a criança bastarda que meu primo havia adotado, eu tive um misto de emoções. - ela disse. ㅡ Surpresa por notar o quanto você é idêntica à Melyssa, exceto pelos olhos de John. E depois senti raiva momentânea ao perceber que já estava crescendo com a personalidade de Sirius. - a Malfoy completou rapidamente: ㅡ Mas minha raiva não era exatamente por isso, e sim por saber que estava tão próxima... mas ainda continuava tão distante. Se as coisas fossem diferentes em minha família, eu ainda poderia ter tido contato com você de alguma forma!

Phoenix, surpresa, refletiu sobre aquilo, enquanto ela e Narcissa permaneciam em um momento de troca de olhares. A garota tentou procurar uma ironia nas palavras da mulher, um momento em que ela voltaria à sua postura fria, mas não conseguiu encontrar; a Malfoy estava sendo totalmente sincera em suas palavras e lágrimas.

ㅡ E ainda acho que isso tudo foi por vingança, ego e apenas crueldade de Bellatrix. - Narcissa disse. Phoenix levantou as sombrancelhas diante das palavras da mulher se referindo à própria irmã. ㅡ Você não tinha nada haver com a luta de seus pais, não merecia isso. Minha irmã fez tudo o que fez para se mostrar submissa ao Lorde das Trevas. - completou.

ㅡ E acha que ela vai querer retirar a maldição se você pedir, é por isso que está aqui? - Phoenix perguntou.

ㅡ Não é assim que vai se livrar da maldição. E nem vai precisar encontrar Bellatrix. - Narcissa disse.

ㅡ Não estou entendendo. - Phoenix murmurou, olhando levemente na direção do diretor, que até o momento acompanhava a conversa em silêncio.

ㅡ Bellatrix disse que precisaria da varinha que lançou o feitiço, mas não que era necessariamente a sua. - Dumbledore disse.

ㅡ Naquele noite, Bellatrix não usava a varinha dela. Ela estava sendo procurada e rastreada pelos aurores, então não queria se arriscar. - Narcissa tomou a palavra. ㅡ Mas, obcecada pela missão que havia recebido diretamente do Lorde das Trevas, ela levou a minha varinha no lugar, mesmo tendo reclamado que ela não lhe obedecia em alguns momentos.

Phoenix teve um pequeno momento de realização, ao entender o propósito da conversa. Ela olhou diretamente para Narcissa outra vez, enquanto a mulher lhe mostrava o objeto que havia retirado do casaco.

ㅡ Foi minha varinha que foi usada, e dela que precisa para se livrar da sua maldição, Black. - ela disse. ㅡ Eu sei que vai ser difícil confiar, mas eu estou me oferecendo para fazer isso. Por Melyssa e John... e Violet. - ela continuou, quando as duas novamente estavam se olhando.

A garota ficou em silêncio, perdida nos próprios pensamentos e tirando um instante para processar tudo o que havia acabado de ouvir nos últimos minutos. Suas lágrimas pararam de cair, a fazendo limpar o rosto e dar um longo suspiro antes de dizer - ainda sem encarar Narcissa diretamente -:

ㅡ Se isso for realmente acontecer... como seria?

ㅡ A remoção da maldição deve ocorrer em uma noite de lua cheia. - Narcissa respondeu, continuando quando a garota ficou confusa: ㅡ Minutos antes da transformação, e de preferência você deve irritar os sentimentos do lobo durante a semana, para que ele fique bem irritado. O feitiço vai torturar ele e de alguma forma o matará, então devo avisar que não vai ser um processo simples e muito mesmo que não lhe causará dor!

ㅡ Acho que não é algo anormal para mim. - a Black murmurou. Suspirou outra vez, antes de completar: ㅡ Eu preciso pensar, está bem? Não que não quero me livrar da maldição, mas preciso de um tempo para processar tudo.

ㅡ É compreensível, Phoenix. - Dumbledore disse. ㅡ Acho melhor enviar uma carta para Lily e James os colocando a par da situação. Mesmo sendo uma decisão exclusivamente sua, eles ainda têm o direito de saber por serem seus atuais responsáveis. - a garota assentiu.

ㅡ Sei que é estranho precisar confiar em mim, Black... - Narcissa chamou sua atenção outra vez. ㅡ Mas, acredite, isso também é estranho e arriscado para mim! Hoje eu sei que você se tornou outra pessoa, então quero que fique claro que estou fazendo isso por grande parte apenas por Melyssa! - ela fez questão de dizer, e por um instante sua 'pose superior Malfoy' estava diante da Black outra vez.

ㅡ Eu sei. - Phoenix disse. ㅡ Mas, mesmo assim... - ela suspirou, antes de completar quase em um sussurro: ㅡ Queria te dizer... obrigada.

Narcissa a encarou, dando um rígido aceno de cabeça e suspirando ao desviar o olhar outra vez.

ㅡ E obrigada pela caixa, Narcissa. - Phoenix sussurrou, quando a atenção da mulher outra vez. Em um suspiro a garota completou: ㅡ Eu fiquei me perguntando quem havia me enviado aquilo, mas agora eu entendo. Obrigada. - disse mais uma vez baixinho.

Narcissa a encarou outra vez em silêncio, e Phoenix não pôde decifrar sua expressão. Era um misto de nostalgia, medo e arrependimento de algo que a garota nunca poderia entender. Ainda naquele silêncio, a mulher desviou o olhar cheio de lágrimas após respondê-la um baixo "Não há o que agradecer".

Phoenix a observou olhando para Dumbledore, também parecendo incômodada ao fazer aquilo, e dizer que "aguardava respostas", antes de seguir para a lareira do escritório e desaparecer diante das chamas verdes, após lhe lançar outro demorado olhar.

A Black soltou um longo suspiro, passando as mãos no rosto e se colocando de pé outra vez. Ela olhou para o homem em sua frente, percebendo como ele parecia cansado e totalmente sem energia; estava assim há semanas, mas parecia ter piorado durante o período daquela manhã e até aquele momento.

ㅡ Sinto muito a forma que falei com o senhor mais cedo... - a garota disse em um fino de voz.

ㅡ Não, Phoenix, eu quem devo me desculpar por demorar trazer a verdade para você. - o diretor disse.

ㅡ Agora entendo porque fez. - a Black deu um curto sorriso. ㅡ Obrigada mais uma vez! - Dumbledore correspondeu o fraco sorriso.

ㅡ Espero sua resposta nos próximos dias, para marcarmos o dia que o ritual irá acontecer. - disse, então completou: ㅡ Phoenix, se lembre que não está sozinha nisso, está bem? - o homem a olhou por cima dos óculos de meia-lua. ㅡ Uma boa noite, senhorita.

Phoenix correspondeu com um sorriso de lábios fechados e um aceno, ainda absorvendo as palavras do diretor. Ela deixou a sala em silêncio, e permaneceu assim enquanto descia a escada giratória; ao chegar no corredor, notou que a noite já havia caído completamente e o castelo estava em total silêncio.

🌔

Phoenix caminhou em silêncio até o corredor do sétimo andar, subindo as escadas em total silêncio e perdida em seus pensamentos. Poderia dizer que ainda estava em certo estado de transe, enquanto repassava tudo que havia visto na penseira naquela manhã e também a conversa da última hora com Narcissa.

Ao parar em frente ao quadro da Mulher Gorda, notou a mulher lhe recebendo com um bocejo e cara mau humorada por ter sido acordada àquela hora. Phoenix entrou na comunal ignorando os seus resmungos, subindo diretamente para seu dormitório.

Entrou com cuidado, esperando encontrar Hermione já adormecida, mas teve uma surpresa com a cena que encontrou. Sua amiga dormia tranquilamente em sua própria cama, com Bichento em seus pés; mas, não era a única no dormitório.

Harry estava deitado de barriga para baixo na cama de Phoenix, com o óculos caindo de seu rosto e Missy encolhida no travesseiro acima de si. Ron estava sentado no batente da janela, com a cabeça apoiada na mão, e o braço apoiado no joelho em cima das almofadas - um pouco de baba saía de sua boca, e seu baixo ronco indicava seu sono tranquilo naquele momento, apesar da posição -.

Phoenix substituiu sua surpresa por um pequeno sorriso, logo se sentindo mal por notar que os amigos lhe esperaram acordados até quando puderam. Ela ficou em uma pequena crise se deveria ou não acordá-los; mas, enquanto pensava, o corpo de Ron pareceu se relaxar ainda mais no sono, fazendo seu rosto escapar da mão e o acordar assustado.

ㅡ Nix! - o garoto exclamou, um tanto alto, e isso acabou acordando Harry e Hermione também.

A garota se despertou, e em poucos segundos estava se levantando para correr até a amiga e abraçá-la, enquanto o Potter ainda se levantava sonolento e ajeitava os óculos. Phoenix deu outro curto sorriso os observando, enquanto correspondia com urgência o abraço da Granger.

ㅡ Tudo bem, agora chegou a hora de nos dizer o que está havendo. - Hermione disse, a guiando para sentar na cama junto aos garotos. ㅡ Você evitou falar durante todo o dia, mas isso está nos deixando preocupados, Nix!

ㅡ Foi algo que viu na penseira? - Harry perguntou. Phoenix suspirou fundo antes de concordar.

ㅡ Dumbledore me mostrou as últimas lembranças. Quando meus pais morreram, quando Bellatrix me deu a maldição... e descobri quem era o rosto misterioso nas lembranças anteriores. - ela deu outro suspiro. ㅡ Era Narcissa.

ㅡ A Malfoy?! - Ron perguntou surpreso, assim como os outros estavam.

ㅡ Sim. - Phoenix disse. ㅡ Ela e minha mãe eram amigas desde que eram bebês. Narcissa quem deu as lembranças para que Dumbledore me mostrasse, foi quem o pediu para manter Violet em segurança... e também é quem Melyssa escolheu para ser sua madrinha.

ㅡ Está brincando! - Ron disse chocado. ㅡ Isso é...

ㅡ Chocante. - Phoenix completou. ㅡ Acredite em mim, eu sei! - ela suspirou.

ㅡ Disse que descobriu mais sobre sua maldição? - Hermione despertou o silêncio, mas Phoenix permaneceu daquela forma.

ㅡ Nix...? - Harry a chamou com cuidado. Assim que se olharam, o garoto se sentiu com o peito apertado ao ver que a garota segurava lágrimas em seus olhos. ㅡ O que descobriu? - perguntou, se aproximando e tocando levemente sua mão repousada sob a perna, quando percebeu que a Black estava apertando levemente o punho.

ㅡ Bellatrix me colocou em uma maldição de sangue. - ela disse baixinho.

ㅡ Como assim...? - Ron perguntou com a voz falha. Era como se sabia a resposta, mas queria garantir que talvez apenas tivesse entendido errado.

ㅡ Bellatrix me transformou em uma Maledictus. - Phoenix disse. Ela sorriu triste, em uma forma de conter as lágrimas, com a reação dos amigos. ㅡ Me transformo nas luas cheias, mas quando completar meus vinte e cinco anos... posso ficar presa para sempre no corpo de um lobo. - a Black observou o silêncio dos amigos, completando antes que tivessem tempo de fazer com ela e assimilar aquilo como uma tragédia: ㅡ Mas, há uma forma de reverter.

ㅡ Tem?! - Hermione perguntou surpresa, mas também esperançosa.

ㅡ A maldição pode ser tirada com a varinha que a lançou. Quando ouvi Bellatrix dizendo isso na lembrança perdi as esperanças, já que sabia que ela nunca faria isso. - Phoenix começou. ㅡ Mas Narcissa explicou que sua irmã estava com a varinha dela quando me almadiçoou no ventre da minha mãe.

ㅡ Então isso significa que a Malfoy poderia tirar a maldição. - Hermione concluiu, e a Black assentiu. ㅡ E ela disse que faria isso?!

ㅡ Sim! - Phoenix disse. ㅡ Apenas por consideração à Melyssa e John, mas sim.

ㅡ Mas... e por você? - Ron perguntou. ㅡ Afinal de contas, você disse que ela é a madrinha de Violet... e de alguma forma você é a Violet.

ㅡ Não, eu sou Phoenix Lupin-Black. Narcissa sabe disso. - ela disse. ㅡ Sabe também que no fundo eu ainda seja a Violet, mas apenas em aparência. Minha forma de pensar, estilo de vida e outras coisas nunca foram dela.

ㅡ E porque ela não cuidou de você naquela noite? - o Weasley ainda perguntou, com bastante cuidado. ㅡ Não quero dizer que queria que tivesse outra vida, é que... - tentou explicar, mas sua amiga deu um sorriso compreensível:

ㅡ Eu sei, Ron. Também fiz essa pergunta por um momento. - Phoenix disse em um suspiro. ㅡ A resposta é que Bellatrix poderia me encontrar nos Malfoys, e ela saberia quem eu seria. Assim como Voldemort. - explicou. Os amigos se olharam compreensíveis, enquanto ouviam a amiga completar: ㅡ Ele ameaçou todos que pensarem em continuar convivendo com meus pais...

ㅡ Se descobrisse que Narcissa estava cuidando de você, descobriria sobre a amizade com Melyssa. E não só vocês duas estariam em risco, mas Lucius e Draco também. - Hermione completou. Sua amiga confirmou com um sorriso, feliz por tê-la sempre em sintonia consigo.

O silêncio se formou por um instante. Os quatro continuaram a se encarar, e Phoenix percebeu que, mesmo ouvindo que havia uma chance de se livrar da maldição, os amigos ainda lhe olhavam com pesar.

ㅡ E como você está com tudo isso? - Harry perguntou.

ㅡ Com medo. - Phoenix confessou baixinho, de cabeça baixa. ㅡ E também com mil e uma coisas na cabeça.

ㅡ E... você vai se livrar da maldição? - o Potter tornou a perguntar. A garota lentou o olhar para ele, percebendo a súplica oculta em sua calma.

ㅡ Eu quero conversar com seus pais antes. - disse. ㅡ Não que esteja esperando que tomem essa decisão por mim, ou... que eu esteja ponderando não fazer isso. - ela engoliu em seco. ㅡ Eu só... quero conversar com eles, sabem?

ㅡ A gente entende, Nix. - Hermione disse, tocando a mão da amiga. ㅡ Estamos aqui com você também, sabe disso, não é mesmo? - ela deu um sorriso.

ㅡ Eu sei. - Phoenix sorriu emocionada. ㅡ Sempre estão... e me sinto mal por terem que dormir dessa forma me esperando até tarde! - ela deu uma pequena risada.

ㅡ Acabou sendo uma noite do pijama! - Ron disse com humor.

ㅡ Sem mim? E com você dormindo no parapente da janela?! - a Black riu.

ㅡ Detalhes. - o Weasley encolheu os ombros.

ㅡ Mas agora podemos fazer direito, já que você chegou. - Hermione disse, ganhando a atenção dos três amigos. Ela deu um sorriso.

As garotas haviam transfigurado dois colchões extras para Ron e Harry, enquanto os dois conjuravam seus pijamas do próprio dormitório. Em poucos minutos todos haviam usado, um por um, o banheiro para se trocarem e estavam prontos para dormir, separados em suas camas. Após dizerem boa noite, as luzes foram apagadas outra vez.

Phoenix deu um longo suspiro e ficou olhando para o dorsel da cama, enquanto ouvia que Ron havia novamente pegado no sono; levantou a cabeça levemente do travesseiro e viu que logo Hermione também estava do mesmo jeito em sua cama. A Black se virou no colchão, já que estava sem sono, e acabou olhando para baixo de sua cama - não evitando o pequeno sorriso que surgiu em seu rosto -.

ㅡ Sem sono? - Harry, que também ainda estava acordado e virado em sua direção, perguntou baixinho.

ㅡ É. - Phoenix respondeu, mordendo o interior da boca antes de ter coragem de dizer: ㅡ Pode subir aqui? - sussurrou, se afastando para o lado e dando espaço em seu colchão.

Harry a olhou surpreso, ponderando por um segundo se deveria ou não; apenas quando Phoenix bateu novamente a mão ali, foi que o garoto afastou a própria coberta e subiu para a cama da garota. Os dois ficaram de frente um para o outro, sem se tocarem, e acabaram sorrindo novamente.

ㅡ Por que está sem sono? - Harry perguntou, enquanto não podia evitar observar todo o rosto da garota. Phoenix percebeu o gesto e ruborizou suas bochechas.

ㅡ Como disse, mil e um pensamentos na minha cabeça. - ela sussurrou. Estar tão próxima de Harry fez seu coração acelerar, e também podia ouvir as altas batidas do mesmo. ㅡ E acho que foi muita coisa para mim absorver em apenas um dia.

ㅡ Entendo. - o Potter disse. Sua mão levantou, tirando com cuidado uma mexa do cabelo da garota, que havia caído em seu rosto. Os dois sorriram.

ㅡ E você, porque está sem sono? - Phoenix perguntou, agora também vidrada em observar o rosto de Harry. Ele sorriu pequeno.

ㅡ Não estou sem sono, apenas estava esperando você me chamar para sua cama. - ele respondeu. A Black revirou os olhos.

ㅡ Idiota. - sussurrou. Sem perceber, estavam um pouco mais próximos e Harry a abraçou com cuidado, enquanto abafava a risada em seus cabelos.

ㅡ O motivo não foi só esse... - o Potter disse. Phoenix ergueu o olhar para seu rosto, outra vez revirando os olhos. ㅡ Eu também estive preocupado com você.

ㅡ Não precisa. Eu estou bem, Hazz! - Phoenix foi sincera. Ela viu o garoto lhe olhando um pouco incerto; se aproximou mais um pouco e rapidamente deixou um selinho curto e rápido em sua boca. ㅡ Eu te prometo. - ela sussurrou, sentindo seu rosto totalmente tomado pela vergonha.

Harry ainda lhe olhou em total surpresa, mas não demorou para corresponder o sorriso da garota. Ele a abraçou outra vez, um pouco mais apertado, beijando seus cabelos e sentindo que Phoenix também lhe abraçava, acomodando o rosto em seu peito. Suas pernas se enroscaram levemente, e a Black sorriu ao ter seu ouvido colado no peito do garoto.

Podia ouvir o quanto o coração do Potter estava acelerado, assim como o seu. A sintonia das batidas descompassadas chegou aos seus ouvidos em perfeita harmonia, e a garota sorriu outra vez.

Naquela posição tão casual e confortável, que demonstravam serem o ponto de equilíbrio e calmaria que sempre precisariam um no outro, Phoenix e Harry adormeceram finalmente. Ainda com seus sorrisos serenos presentes em seus rostos.

¡notes!

MDS DO CÉU!!! foi tanta
coisa nesse capítulo que
nem sei por onde começar
(help

enfim... já era óbvio a narcissa
ou foi uma surpresa? (e não
preciso dizer que fiz uma
pequena mudança na personalidade
dela "do canon" para encaixar
aqui né?)

E SIM, A NIX VAI CONSEGUIR
SE LIVRAR DA MALDIÇÃO 🥺
isso vai ser mais explicado no
próximo capítulo, numa cena
doida que criei, então aguardem!
(obs: é por isso que não fiz
nenhum dos outros amigos dela
animagos, eu sabia que ela não
iria até o final com a licantropia :)

E acho que essa é a conclusão
do plot maior da história: a
licantropia da nix! o que vocês
acharam? acho que foi um
plot com vários pontos doidos,
pontos 🤯 e com detalhes que
me emocionaram (como a
história dos McCarthy's, acho
que eles seriam pais tão bons </3

E O FINAL DE HAENIX???? AAA
spoiler: não ia ter. mas comecei
a escrever e pensei "e se...?". pois
bem, então tomem! (eles já estão
muito casalzinho, só faltam tornar
oficial mesmo 😩).

agora me digam vocês o que
acharam do capítulo. eu não
consigo comentar sobre todas
as partes, mas quero saber se
vocês tiveram uma favorita (e
também se há alguma teoria
para os próximos capítulos 👀).

Espero que tenham gostado.
Até o próximo capítulo! ❤

𝐭𝐚𝐥𝐤𝐢𝐧𝐠 𝐭𝐨𝐨 𝐭𝐡𝐞 𝐦𝐨𝐨𝐧 🐺

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