𝟬𝟱𝟯. the unforgivable curses;
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ϟ CAPÍTULO 053 ϟ
as maldições imperdoáveis
A PRIMEIRA AULA DA MANHÃ SEGUINTE, para os alunos do quarto ano, era Defesa Contra as Artes das Trevas. Todos já estavam reunidos na sala, ouvindo atentamente todas as palavras de seu novo professor, Alastor Moody. Phoenix, que estava como sempre sendo dupla de Hermione, prestava atenção na apresentação e forma de falar do homem, chegando a conclusão que ele talvez fosse mesmo biruta.
ㅡ Quando se trata de Artes das Trevas... - ele começou a dizer. ㅡ Eu acredito em uma abortagem rápida! - um pedaço de giz caiu no suporte da lousa. ㅡ Então, algum de vocês sabem me dizer quantas Maldições Imperdoáveis existem?
ㅡ Três, senhor. - Hermione respondeu em um tom baixo, já que o silêncio havia continuado, e ninguém havia feito menção de responder a pergunta do professor.
ㅡ E porque se chamam assim?
ㅡ Porque são imperdoáveis. - Phoenix disse, respondendo, e ajudando a amiga. ㅡ São proibidas pelo Ministério. Se você usar qualquer uma delas...
ㅡ Vai ganhar uma passagem apenas de ida para Azkaban, correto! - completou o professor, após rabiscar a lousa. ㅡ Dumbledore acha que são muito jovens para aprenderem sobre elas, mas eu discordo! Precisam saber com o que estão lidando, saber o que iram enfrentar! - disse com um tom alto aos alunos. ㅡ Então, alguém aqui conhece os nomes de tais Maldições?
Vários braços se ergueram hesitantes na sala. Phoenix e Hermione trocaram um olhar rápido, antes de também erguerem os seus. Até mesmo Ron estava com sua mão ao alto, e foi para ele que Moody deu a chance de responder a primeira pergunta.
ㅡ Meu pai um dia me falou de uma... - começou o garoto, sem muita certeza. ㅡ Chamada de Maldição Imperius!
ㅡ Ah, sim... - disse Moody satisfeito. ㅡ Seu pai certamente conheceria essa. Certa vez, ela deu ao Ministério muito trabalho. Talvez isso lhes mostre o porquê!
Moody abriu a gaveta da sua mesa e tirou um frasco de vidro, onde três enormes aranhas pretas corriam dentro dele. Ron se encolheu ligeiramente na sua carteira, e seus amigos perceberam o seu medo percorrer por um instante em seu corpo - o Weasley detestava aranhas -. O professor então meteu a mão dentro do frasco, apanhou uma aranha e segurou-a na palma da mão, de modo que todos os alunos na sala pudessem vê-la. Apontou a varinha para o inseto e murmurou “Imperio!”.
A aranha saltou da mão de Moody para um fino fio de seda e começou a se balançar para a frente e para trás como se estivesse em um trapézio. Esticou as pernas rígidas e deu uma cambalhota, partindo o fio e aterrissando sobre a mesa, onde começou a plantar bananeiras em círculos. Moody agitou a varinha, e a aranha se ergueu em duas patas traseiras e saiu dançando um inconfundível sapateado. Todos riram, com exceção do professor.
ㅡ Acharam engraçado, é? - rosnou ele. ㅡ Vocês gostariam se eu fizesse isso com vocês?
As risadas pararam quase instantaneamente. A dupla de melhores amigas, que até então não estavam achando aquela aula engraçada - como todos -, novamente trocaram um olhar em silêncio. Não podiam negar que estavam um pouco desconfortáveis com o assunto das Imperdoáveis, pois sabiam que ao aprender uma naquela aula... aprenderiam todas.
ㅡ Eu poderia fazê-la saltar pela janela, se afogar, se enfiar pela garganta de vocês abaixo... - disse o professor, controlando os movimentos da aranha, que estava na palma de sua mão, com a varinha. ㅡ Muitos bruxos e bruxas, há alguns anos atrás, alegaram que só obedeceram as ordens de Você-sabe-quem, porque estavam controlados pela Maldição Imperius. Mas! Tem um problema... como descobrimos os metirosos? - Moody, olhando para toda a sala novamente. ㅡ Me digam outra, outra!
Para a surpresa de muitos, a mão de Neville havia se erguido naquele momento. O garoto só se voluntariava a dar informações nas aulas de Herbologia - que, como havia dito muitas vezes para a Black e seus amigos, era, sem dúvidas, sua matéria favorita e que se saía melhor -. Ele próprio também parecia surpreso com sua tamanha ousadia no momento.
ㅡ Longbottom, certo? - o professor perguntou, com seu olho mágico girando para verificar a folha de chamada. ㅡ Qual Maldição você conhece?
ㅡ A Maldição Cruciatus. - disse Neville, numa voz fraca, mas clara.
Phoenix e Harry trocaram um discreto e rápido olhar, com a garota suspirando triste. Neville não sabia disso, mas aquela dupla conhecia sua história e o que havia acontecido com seus pais. Mas, como prometeram a sua família, nunca contaram ao amigo sobre a descoberta - seria muito insensível da parte deles -.
Logo após o final do primeiro ano, após voltarem para casa, enquanto jantavam e falavam sobre seus colegas de turma, seus pais contaram que os Longbottom haviam sido torturados até a insanidade por aquela Maldição Cruciatus - e Neville cresceu com sua avó por esse motivo -. Haviam sido colegas de escola, lutado juntos durante a guerra, e por isso conheciam sobre Frank e Alice Longbottom.
E no ano passado, quando Phoenix descobriu sobre a origem de sua maldição e a bruxa que havia a lançado, a menina ainda soube que Bellatrix, junto com mais bruxos das trevas, foi quem também torturou os Longbottom. E isso apenas aumentou o ódio da garota pela Lestrange.
ㅡ Isso! Venha... - Moody o levou até sua mesa, onde pegou uma nova aranha no frasco. ㅡ Ela é bem desagradável... é a maldição da tortura! - o homem disse a turma. ㅡ Crucio! - murmurou, apontando a varinha para a aranha.
Na mesma hora, as pernas da aranha se dobraram sob o corpo, ela virou de barriga para cima e começou a se contorcer horrivelmente, balançando de um lado para outro. Phoenix fechou os olhos por um instante, desviando o olhar da cena. Com sua audição, podia ouvir os mínimos barulhos que a aranha fazia, e diria que ela estava gritando e clamando por ajuda, se essa tivesse voz.
A garota sentiu um arrepio em seu corpo ao pensar que talvez tenha sido aquilo que havia acontecido com Melyssa e John, antes de morrerem. Bellatrix havia os torturado também, ela sabia. E pela primeira vez sentiu aquela torturante dor da perda, imaginando o sofrimento dos pais.
Phoenix voltou a atenção para Moody, que ainda não havia afastado a varinha. A aranha na mesa do seu professor começou a estremecer e a se debater violentamente, e a Black não se conteve mais em ficar calada. Ela se levantou, arrastando a cadeira em um alto estrondo, e os punhos se fecharam automaticamente.
ㅡ Pare! - gritou finalmente, atraindo a atenção de todos.
Ela não estava com os seus olhos postos na aranha, ou em seu professor, mas sim em seu amigo Neville. As mãos do garoto se agarravam à carteira diante dele, os nós dos dedos brancos, seus olhos arregalados e horrorizados. Moody continuava a torturar a aranha, sem parecer ver o incômodo de Longbottom - ou simplesmente ignorando o mesmo -.
ㅡ PARE! - Phoenix gritou de verdade dessa vez, com o peito arfando. Hermione precisou segurar sua mão, para a menina se acalmar e não se transformar bem ali no meio da sala. ㅡ Está fazendo mal a ele! Não vê isso?! Pare! - disse desesperada ao professor.
Moody parecia ter saído de um transe. Olhou para o garoto ao seu lado, e depois para a Black. Ele ergueu a varinha, e as pernas da aranha se descontraíram, mas ela continuou a se contorcer. O homem pegou a aranha, saiu de seu lugar e a colocou sobre a carteira das garotas. Phoenix tinha lágrimas nos olhos, ainda respirava profundamente e apertava seus punhos.
ㅡ Pode me dizer a última Maldição, Black?
Phoenix negou com a cabeça, apertando as pontas dos dedos de Hermione. Ela não olhava diretamente nos olhos do professor - seja o mágico ou o real -, mas sim para trás dele, onde Neville ainda estava parado estático, apoiado sobre a mesa.
ㅡ Avada Kedavra. - Hermione sussurrou em um fino tom de voz, quase inaudível, ao lado deles.
ㅡ Ah... - exclamou Moody, outro sorrisinho torcendo sua boca enviesada. ㅡ A última e a pior. Avada Kedavra... a maldição da morte!
Um silêncio inundou a sala, e inesperadamente o professor ergueu a sua varinha até o corpo da aranha na carteira das garotas. Ele gritou "Avada Kedavra!", e um relâmpago ofuscante de luz verde e um rumorejo, como se algo vasto e invisível voasse pelo ar. Instantaneamente a aranha virou de dorso, sem uma única marca, mas inconfundivelmente morta.
Phoenix ofegou, finalmente caindo sentada de volta em sua carteira. Ela deixou uma única lágrima escorrer de seu rosto, enquanto ouvia várias das alunas abafando gritinhos, ao mesmo tempo que o restante da sala ainda permanecia em choque. Neville também havia voltado ao seu lugar, evitando qualquer olhar à cena recém feita.
ㅡ Nada bonito. - Moody disse calmamente. A Black o encarou, sentindo raiva de sua tamanha calmaria com tudo. ㅡ Nada agradável. E não existe contramaldição. Não há como bloqueá-la. Somente uma pessoa no mundo já sobreviveu a ela, e está sentada bem aqui na minha frente.
Quase todos na sala haviam seguido o olhar do professor, e assim permaneciam olhando para Harry Potter. Era claro que não precisavam olhar para saberem que o professor se referia a ele, ao "garoto-que-sobreviveu-a-você-sabe-quem", todos conheciam sua história. E tamanha atenção havia deixado o garoto desconfortável.
ㅡ Avada Kedavra é uma maldição que exige magia poderosa para lançá-la. - continuou Moody. ㅡ Vocês podem apanhar as varinhas agora, apontá-las para mim, dizer as palavras e duvido que consigam sequer que o meu nariz sangre! Mas isto não importa. Não estou aqui para ensiná-los a lançá-la. - disse, voltando ao seu lugar na frente da sala. ㅡ Agora... essas três maldições, Avada Kedavra, Imperius e Cruciatus, são conhecidas como as Maldições Imperdoáveis. O uso de qualquer uma delas em um semelhante humano é suficiente para ganharem uma pena de prisão perpétua em Azkaban...
Phoenix não disse nada até o final da aula, nem mesmo ouviu as palavras ditadas pelo professor. Seu pergaminho estava em branco, com apenas uma ou duas das primeiras linhas escritas. Não era só ela que havia se abalado com aquela aula, mas parecia ter sido uma das únicas que se afetaram de verdade com a demonstração real das últimas duas maldições.
Quando a sineta finalmente tocou, a Black jogou de qualquer forma suas coisas na mochila e se apressou a sair da sala. Seus amigos a seguiram, e no corredor, perceberam a garota soltar um longo suspiro e se acalmar finalmente.
ㅡ Você está bem? - Harry perguntou, tocando levemente o ombro da amiga.
ㅡ Estou... - ela respondeu, enquanto começavam a descer as escadas.
ㅡ Vocês viram a cara do... - Hermione parou de falar, assim que encontraram Neville parado em um canto sozinho. ㅡ Neville? - ela o chamou de mansinho.
ㅡ Ah! - disse ele, a voz mais aguda do que habitualmente. ㅡ Aula interessante, não foi?
ㅡ Nev... você está bem? - Phoenix perguntou, mesmo que já soubesse a resposta que teria.
ㅡ Ah, claro, estou ótimo! - balbuciou o garoto, na mesma voz aguda. ㅡ Que será que tem para comer? Eu... eu tenho que ir.
Ele saiu correndo, e o grupo olhou na direção do seu último olhar assustado dado antes de partir. Os três viram professor Moody vindo em sua direção, com um som seco e metálico estranho ecooando por ali. Phoenix cruzou os braços e desviou o olhar. Os quatro ficaram em silêncio, observando-o apreensivos, mas quando o homem falou, foi com um rosnado bem mais baixo e gentil do que tinham ouvido até então.
ㅡ Está tudo bem com o Longbottom? - Moody perguntou, olhando na direção do garoto que estava a frente na escada.
ㅡ Ele vai ficar. - Harry respondeu seco, quase que em um tom de desafio.
ㅡ Vocês têm que saber. Parece cruel, mas vocês têm que saber...
ㅡ Não parece ser cruel... é cruel! - Phoenix começou. ㅡ E tem um único motivo para se chamarem Maldições Imperdoáveis, que o senhor mesmo disse. - completou, saindo na frente, sem deixar espaço para qualquer fala do mais velho.
Harry e Hermione também saíram, após olharem constrangidos para o professor. Havia sobrado Ron, que engoliu em seco ao ver o olho mágico girando completamente, até estar pregado em sua direção.
ㅡ Phoenix... ela também vai ficar bem. - ele disse nervosamente, trantando de sair rapidamente dali, alcançando a tempo os seus amigos.
No final da escada, Harry e Ron resolveram olhar para cima novamente, se encarando assustados ao notar que Moody ainda estava no mesmo lugar, parado no meio da escada, encarando a saída deles. Os meninos ignoraram o fato, seguindo apressados as amigas em direção ao salão principal para jantarem.
🌔
O restante da semana passou rápido, e logo a quinta-feira havia chegado. Os alunos estavam eufóricos desde cedo para colocarem seus nomes no tão aclamado Cálice de Fogo, que estava posto no cento do salão principal, exibido para todos. Os mais velhos que iam em sua direção eram recebidos por aplausos dos colegas, que estavam ali prestiando todos que iriam colocar o nome no cálice, assim, os dando um minuto de glória.
Phoenix não fazia idéia do que estava fazendo ali, no meio de todos aqueles gritos, palmas e grande barulho. Era dia de lua cheia, e sua cabeça estava explodindo, além de sua audição estar três vezes mais sensível a toda gritaria no lugar. Mas, a Black queria ver aquilo, ainda mais depois de passar quase a semana interia ajudando Fred e George a prepararam uma poção de envelhecimento.
ㅡ Eu já disse para sair daqui! - Hermione disse pela milésima vez, sem tirar os olhos de seu livro, após perceber a amiga mais uma vez grunhindo diante do barulho.
ㅡ E eu disse que quero ficar! - Phoenix suspirou, voltando a jogar o braço para trás, apoiado na mesa onde a amiga estava sentada - enquanto ela ficava no banco, com seu uniforme desleixado e sentada a vontade; totalmente o oposto de Hermione -.
ㅡ Depois não diga que não avisei! - a Grager murmurou.
Phoenix balançou a cabeça, imitando a amiga em uma careta, olhando para o outro lado do salão, onde Ron e Harry estavam em pé. Os três riram; e os garotos ainda mais, quando a Black levou um tapa fraco da amiga na nuca - após a mesma, obviamente, perceber sua imitação nada discreta -.
Uma nova onda de aplauso invadiu o salão, e a Black nem teve tempo de tampar os ouvidos ou disfarçar o incômodo, pois se surpreendeu com quem entrava ali. Ela se sentou ereta no banco, de bochechas coradas, quando viu um grupo de lufanos entrando naquela bagunça no salão.
Os meninos comemoravam com Cedric Diggory, que acabava de colocar seu nome no Cálice de Fogo. Dentre os amigos que lhe abraçavam, estava Louis Miller, com quem Phoenix trocou cartas o verão todo, e agora trocava olhares pelos corredores. Os dois sorriram um para o outro, e a Black ainda continuou com o sorriso bobo, enquanto acompanhava o lufano pelo fundo do salão, onde ele e os amigos pararam para conversar.
ㅡ Ei, Nix... tem um negócio aqui. - Hermione esticou o braço, tentando tocar a boca da amiga, e soltou uma risada ao ver que a mesma franzia o cenho confusa. ㅡ Acho que é baba!
ㅡ Cala a boca, Granger! - Phoenix grunhiu, dando um leve tapinha na mão da amiga, e desviando o olhar. ㅡ Cuidado para você não babar agora!
As duas voltaram a olhar o novo grupo que entrava em marcha no salão, bem mais organizados que o anterior e também silenciosos. Os alunos de Durmstrang acompanham Viktor Krum, quem iria colocar o nome no Cálice. Quando ele fez, olhou bem na direção de Hermione e deu um discreto sorriso, com os lábios fechados.
ㅡ Ui ui, esses olhares... - Phoenix provocou, levando agora um livro no braço, de uma amiga totalmente corada.
ㅡ Não começa, Black. - Hermione murmurou, tornando a abrir o livro e esconder o rosto no mesmo. Phoenix riu ainda mais.
A Black sorriu e balançou a cabeça, quando ouviu duas vozes conhecidas entrarem aos gritos animados pelo salão, levantando todos os grifinórios que ali estavam. Fred e George vieram cumprimentando todos, até pararem em Phoenix, a obrigando fazer o toque de amizades deles, antes de puxar a menina para cima.
ㅡ Bom pessoal, conseguimos! Terminamos a poção de envelhar nessa manhã! - Fred disse.
ㅡ Nossa melhor amiga, super inteligente e que gosta muito da gente, Phoenix Black... - George falou, em um tom mais alto para que todos no salão ouvissem - e Phoenix entendeu o que ele queria fazer, e abaixou a cabeça irritada ao ver os lufanos atentos neles -. ㅡ Ela foi quem nos ajudou em tudo! - houve mais uma onda de comemoração alta, o que fez a Black olhar com raiva seus melhores amigos.
ㅡ Não vai funcionar! - Hermione cantarolou, e os gêmeos correram para se colocar ao seu lado.
ㅡ E porque não? - perguntou George. ㅡ Disse que foi a Nix quem fez tudo. Ela sabe o que está fazendo.
ㅡ Não confia no potencial dela, Granger? - perguntou Fred, provocando a amiga.
ㅡ Não é isso! - Hermione olhou indignada para ele. ㅡ Dumbledore não é tolo! Estão vendo aquela linha no chão? - ela apontou para a linha azul quase invisível, que estava rodeando o pé do pedestal do Cálice. ㅡ É uma linha etária. Foi o próprio Dumbledore que planejou!
ㅡ E daí? - os gêmeos disseram. Phoenix segurou a risada. Hermione olhou indignada para eles mais uma vez.
ㅡ E daí... que um gênio como Dumbledore não se deixará enganar por uma simples poção do envelhecimento!
ㅡ Relaxa, Mione... Nix já nos avisou que isso vai funcionar. - Fred sorriu, se levantando junto ao irmão.
ㅡ Ou, ou, ou! Espera aí! - a Black interrompeu. Os gritos pararam um pouco para a ouvir. ㅡ Eu disse que iria ajudar vocês a fazerem a poção, e ajudei. Mas, não disse em momento algum que ela iria realmente funcionar ao propósito! - ela exclamou. ㅡ Isso realmente não é eficaz, e Dumbledore realmente não é um bruxo tolo e burro! - Hermione levantou uma sombrancelha para os gêmeos, sorrindo orgulhosa da amiga. ㅡ Se houver danos colaterais, juro que não me responsabilizo por nada!
ㅡ Certo, Alpha! - Fred bateu continência na testa, provocando, e a Black quase avançou em seu pescoço.
ㅡ Péssimo dia para provocações, Weasley. - ela falou, em sussurro-rosnado.
ㅡ Se algo acontecer, não digam que não avisamos! - Hermione, de volta ao seu livro, alertou, enquanto todos viam os gêmeos tirarem a tampa dos frasquinhos em suas mãos.
ㅡ Okay, meninas! - os dois disseram juntos e reviraram os olhos.
ㅡ Pronto, Fred?
ㅡ Pronto, George!
Os gêmeos viraram o líquido esverdeado na boca e logo pularam para dentro da linha etária. Nada aconteceu. Enquanto todos em sua volta comemoravam, Phoenix e Hermione se olharam supresas, com a Black murmurando um "ㅡ Não acredito que realmente deu certo!" para a amiga. Mas, foi apenas os Weasley colocarem seus nomes no Cálice, que uma forte explosão aconteceu.
O Cálice havia jogado seus pergaminhos com seus nomes para fora, assim como seus corpos foram lançados a quase dois metros para o fundo do salão. Phoenix e os outros alunos correram até os gêmeos, e assim que os viu, a garota foi a primeira a soltar uma alta risada.
ㅡ Até que a idade fez bem a vocês! - ela caçoou, gritando por cima das risadas.
ㅡ Você nos disse...
ㅡ Que não me responsabilizava pelos danos colaterais. - Phoenix os interrompeu, rindo ainda mais. ㅡ Primeira regra, sempre escutem a Mione, meninos!
Fred e George fecharam a expressão para a amiga, enquanto resolveram culpar um ao outro por aquele "desastre", o que fez os dois saírem rolando pelo chão do salão, trocando socos e causando ainda mais risadas de sua melhor amiga e de todos os outros alunos no salão; até o momento em que McGonagall apareceu ali e acabou com aquela confusão, mandando os gêmeos Weasley's para a enfermaria.
🌔
O dia seguiu normalmente, com mais alunos colocando seus nomes no Cálice - já que aquela era a última noite para o feito, pois no próximo jantar iriam escolher os campeões -. Fred e George foram mantidos sobre cuidados de Madame Pomprey na enfermaria durante todo o dia, até que sua idade normal voltassem e todos os cabelos brancos saíssem de seus rostos.
Quando a noite começou a cair, Phoenix já estava pronta novamente para enfrentar uma dolorosa noite na Casa dos Gritos. Ela estava terminando de fechar sua capa, para ir até a enfermaria, quando percebeu Hermione te observando do outro lado do quarto.
ㅡ Tem certeza que não posso ir? Já disse que não vejo problema de te esperar na enfermaria.
ㅡ Mione, nós já conversamos... - Phoenix suspirou. ㅡ Você ficar acordada lá durante a noite toda não vai adiantar! Isso não vai ajudar a noite passar mais depressa para você, muito menos para mim! - ela disse, enquanto recolhia o mapa. ㅡ Se quer me ajudar com os ferimentos, pode ir pela manhã, depois de descansar um pouco, está bem?
ㅡ Tudo bem. - Hermione suspirou, correndo e abraçando a amiga. ㅡ Bom... - a menina iria falar "se cuida", mas pareceu desistir, e apenas deu um sorriso sem graça.
ㅡ Eu vou! - Phoenix respondeu a pergunta não feita, mas desejada, da amiga.
Phoenix desceu as escadas do dormitório rapidamente, indo até o salão comunal, que aquela hora ainda estava bem vazio. Harry e Ron estavam no sofá, mas a menina não foi até lá, apenas esperou seu melhor amigo parada no meio da sala. O Weasley ainda sentado, deu o mesmo sorriso de Hermione, o que também pareceu que havia ficado sem saber o que dizer no momento, e apenas acenou levemente para a amiga.
ㅡ Até amanhã, ruivo. - Phoenix quem disse, tentando manter o bom humor e sorrindo em correspondência, antes de sair junto ao Potter.
Phoenix estava na última hora antes da transformação, nem forças ou paciência para conversar ela tinha; então, como das outras vezes, aquele percurso foi feito em silêncio de ambas partes. Na enfermaria, tudo que a Black fez foi cumprimentar rapidamente Madame Pomprey, colocar suas coisas na maca ao lado do quadro e sair através dele.
ㅡ Aí! - Harry se assustou, quando estava prestes a também sair pelo quadro, e olhou em direção ao autor daquela voz.
Era George, que estava sentado junto ao irmão em uma das macas - já sem tanta barba em seu rosto, mas ainda com rugas e cabelos brancos -, quem havia o chamado. Phoenix nem havia notado eles dois ali, ou então não teve forças nem para piadas ou conversas, por isso eles chamaram apenas Harry.
ㅡ Sabemos que vai fazer isso, mas não custa avisar...
ㅡ Cuida dela, gracinha! - Fred completou, com a expressão bem séria, uma forma que Harry podia jurar nunca ter visto os dois se dirigirem a si.
ㅡ Eu vou! Vocês sabem disso. - o Potter respondeu, por fim saindo e deixando Madame Pomprey fechando o quadro atrás de si.
Dentro da Casa dos Gritos, Harry chegou no segundo andar em meio a sua transformação para o cervo. Phoenix já havia começado a se transformar, e seus gritos ecoavam pelo quarto junto aos sons agonizantes e assustadores de seus ossos se quebrando. Parecia mais alto a cada segundo. Parecia que cada músculo se esticava com violência, seus tendões queriam sair de sua pele, e suas garras fincavam com força em sua pele.
Sua transformação parecia estar mais dolorida do que nas últimas vezes. Quanto mais ela crescia, mais o lobo também crescia, e isso a fazia sofrer cada vez mais em suas transformações. E Harry não podia fazer nada, do que além ficar ali a ajudando como podia até o amanhecer, que ele esperava chegar logo.
As horas pareceram se arrastar, até o céu negro começar a se colorir com tons laranjas do amanhecer. Quando os primeiros raios de sol entraram pela janela quebrada, Phoenix voltou a consciência. Ainda deitada no meio do quarto, encolhida em seu frágil corpo, murmurando a cada vez que a dor por ele aumentava.
Seus ossos latejavam e seus músculos pareciam que haviam sido pisoteado por diversos gigantes. Phoenix trincava os dentes a cada mínimo movimento que fazia na tentativa de se sentar no chão. Estava fraca, e sentiu o quarto dando uma volta completa em torno de si, com sua visão ficando turva logo em seguida.
Ela iria cair deitada outra vez, mas logo o cervo usou suas galhadas para segurá-la. Phoenix o usou de apoio, para finalmente se levnatar, ainda com dificuldades, do céu. Foram alguns segundos sem se mover, ainda apoiada no animago no meio do quarto, e apenas tendo certeza que as pernas não falhariam. A garota tentou sair sozinha, mas novamente foi forçada a se apoiar nas galhadas.
ㅡ Qual é, posso fazer isso sozinha! - Phoenix murmurou com a voz rouca. O cervo bufou, a ignorando. ㅡ Chato. - ela sussurrou, quando começou a se arrastar para sair do lugar. Não protestou novamente, e continuou com um de seus braços apoiados na galhada do cervo.
Phoenix estava mancando, e desceu as escadas da Casa dos Gritos com um pouco de dificuldades. Como imaginava, o botão da árvore já estava imobilizado e haviam duas figuras lhe esperando no lado de fora.
ㅡ Não acredito que realmente ficaram acordados, quando disse que não precisava! - a Black resmungou, enquanto Ron a ajudava sair do buraco da árvore e apoiava seu outro braço em seu ombro.
ㅡ E eu realmente não acredito que você realmente achou que a gente simplesmente iria conseguir dormir tranquilos! - o garoto rebateu, em um tom bem sério. Phoenix bufou.
ㅡ Os hematomas e feridas estão maiores... - Hermione analisou a amiga rapidamente, enquanto os garotos a seguravam. ㅡ As transformações estão ficando piores. - concluiu, suspirando com pesar.
ㅡ Eu sei disso... - Phoenix disse. Sua voz estava fraca e a respiração pesada. Os olhos também estavam pesados com o cansaço, e a garota havia amolecido o corpo nos braços dos amigos. ㅡ Papai Moony disse que isso poderia acontecer. Estou crescendo, afinal...
Phoenix se interrompeu no meio de sua frase, e arregalou os olhos. Ela empurrou Ron levemente para o lado e se soltou de Harry, caindo de joelhos em frente a um arbusto. Hermione correu e se abaixou ao lado da amiga, segurando seu cabelo enquanto ela vomitava todo o jantar da noite anterior que estava em seu estômago - e até mesmo o que não estava -.
ㅡ Merda. - Phoenix murmurou, suspirando fundo, e um pouco envergonhada.
ㅡ Olha a língua! - Hermione disse.
ㅡ Desculpa... - a Black disse, mas não se referindo a amiga. ㅡ Isso realmente não deveria acontecer... não com vocês me olhando. - ela completou, aceitando a mão dos amigos para se levantar.
ㅡ Acho que algumas coisas vão mudar agora, Nix. Está tudo bem. - Hermione disse a ela.
Phoenix observou seus amigos parados em sua frente. Hermione e Ron lhe olhavam quietos, mas com as expressões não escondendo suas preocupações. E Harry, mesmo ainda em forma de cervo, estava como eles. A Black odiava ter que incomodá-los com tanto cuidado e preocupação que faziam questão de terem consigo.
ㅡ Não queria vocês nisso, vocês sabem né? - ela disse de uma vez. ㅡ Olha só! Nem conseguem esconder que estão preocupados! Não precisam...
ㅡ Para com isso! - Ron começou. Ele passou o braço de Nix em volta de seu ombro outra vez, sentindo que a amiga cairia a qualquer momento. ㅡ Somos seus amigos, e estamos juntos nessa. E, mesmo se nos obrigasse, não deixaríamos de nos preocupar contigo. - ele sorriu fraco.
ㅡ Ron está certo. - Hermione disse, também sorrindo para a amiga. Harry, que também havia voltado para o lado da Black, esfregou seu nariz no rosto da garota, a fazendo sorrir. ㅡ Estamos com você. Aceite isso de uma vez, sua cabeça dura!
ㅡ Está bem. - Phoenix murmurou, abaixando o olhar envergonhado. ㅡ Amo vocês, okay?
ㅡ A gente te ama também, Nix. - Hermione lhe deu um beijo na testa, sem se importar com o estado que a amiga estava. ㅡ Vamos para a enfermaria logo, antes que a Poppy venha atrás de nós.
Eles riram juntos, enquanto começavam a marchar em direção à passagem. Ron e Harry iam no tempo de Phoenix, precisando a segurar com mais cuidado pelo caminho. A garota havia se entregado ao cansaço, e precisou lutar com as dores para não desmaiar com os amigos lhe segurando.
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Foi quando o quarteto finalmente atravessou o quadro da passagem e Phoenix avistou a enfermaria, que ela não resistiu e acabou desmaiando. Harry havia se transformado e a pegado em seus braços, antes de colocá-la com cuidado em uma maca indicada por Madame Pomprey.
ㅡ Ela desmaiou pelas dores, isso é normal. - a enfermeira disse, começando os feitiços de cura no corpo da garota.
Enquanto Hermione a ajudava, além de explicar que a amiga também havia vomitado, Fred e George também se aproximaram daquela maca. Eles não conteram o olhar arregalado e o choque momentâneo ao ver o estado do corpo de sua melhor amiga, que estava cheia de hematomas e pequenos cortes.
ㅡ Ela vai ficar bem?! - Fred perguntou baixo, para o irmão mais novo.
ㅡ Vai. Ela sempre fica. - Ron respondeu, sorrindo fraco.
Pomprey e Hermione haviam cuidado dos ferimentos de Phoenix, e pediram para que eles a deixassem descansar.
Então, um pouco mais de uma hora depois puderam perceber Phoenix acordando outra vez. Ela abriu com dificuldades seus olhos, tentando se acostumar com a claridade das luzes, suspirou fundo ao sentir uma pequena pontada de dor em sua cabeça. Antes mesmo de tentar se levantar vários rostos apareceram em seu campo de visão.
ㅡ Como está, querida? - Phoenix ouviu primeiro a voz doce e preocupada de Madame Pomprey. ㅡ Seus amigos disseram que vomitou...
ㅡ Eu estou bem. - Phoenix disse em um fraco murmúrio, enquanto se sentava com a ajuda da mais velha. ㅡ Acho que vou ter que parar de jantar antes das transformações. - ela suspirou.
ㅡ Aí você vai comer três vezes mais do que já come nas manhãs seguintes. - a garota se assustou com aquela voz, e ainda mais como Fred estava... velho.
ㅡ A poção realmente envelheceu vocês. - ela disse, tentando soar humorada, e ouviu as risadas fracas de seu grupo.
ㅡ Dumbledore realmente não estava para brincadeira. - George disse.
ㅡ Eu avi...
ㅡ Se você dizer que nos avisou mais uma vez, Mione, eu juro que vou te fazer beber o resto que sobrou da poção! - George interrompeu a Granger, cruzando os braços emburrado, e todos riram ainda mais.
ㅡ Phoenix, não tente sair do nosso assunto! - a enfermeira disse, fazendo a Black suspirar por ter sido pega na dispersão. ㅡ Tem certeza que está bem?
ㅡ Estou, tia Poppy. - ela sorriu fraco. Sentiu os cortes pequenos no rosto e os hematomas se contrariem com o gesto. ㅡ Eu juro! - ainda completou, quando Pomprey continuou a olhando desconfiada.
ㅡ Tudo bem, então apenas tome essa poção para dores e outra para despertar, e então estão liberados. - Pomprey disse gentil, entregando pequenos frasquinhos para os quatro amigos - e um extra para Phoenix -.
ㅡ E é por isso que não ligo de ficar a noite acordado! - Ron disse para a Black, após tomarem a poção para despertar. ㅡ Isso aqui realmente funciona! - ele completou, se sentindo completamente acordado com o efeito instantâneo da poção. Seus amigos riram.
ㅡ Obrigada, Poppy. - Phoenix sorriu, dando um beijo na bochecha da mais velha, antes de descer da maca com a ajuda de Harry. ㅡ E vejo vocês no jantar... velhinhos. - debochou para os gêmeos.
ㅡ Ela nos chamou de 'velhinhos'?! - Fred fez a pergunta, indignado, para o irmão.
ㅡ Pode apostar que sim, Fred. - George respondeu, em um suspiro dramático; e tudo que eles puderam ouvir, foram as risadas abafadas do quarteto, que já se afastavam no corredor da enfermaria.
¡notes!
O começo do capítulo: 🥺😪😭
O meio: ☺🥺😝😪😂😭
O final: ☺😝😂
bem-vindos as minhas histórias,
nelas nós vamos de 0 a 100 em
uma única linha. quem sabe, sabe.
Enfim, mas precisava dessa
parte da Nix, para entenderem
como estão as transformações
dela, e como estão mais "fortes"...
sorry. Juro que nossa Nix não vai
sofrer para sempre! Apenas...
esperem!
Deixem seus comentários
sobre o capítulo, opiniões
e teorias - amo ver teorias
gente, façam! - ⚡
Espero que tenham gostado.
Até o próximo capítulo! ❤
𝐭𝐚𝐥𝐤𝐢𝐧𝐠 𝐭𝐨𝐨 𝐭𝐡𝐞 𝐦𝐨𝐨𝐧 🐺
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