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ϟ CAPÍTULO 029 ϟ
as cartas vermelhas

HERMIONE E PHOENIX DESCERAM do trem juntas, após o mesmo parar na estação de Hogsmeade, e agora estavam caminhando em direção das carruagens que levariam os alunos para o castelo. As meninas sorriram e acenaram de longe para Hagrid, antes do homem se afastar com os novos alunos para a viagem de barco. Junto a Neville, Seamus e Dean, elas embarcaram em uma das carruagens mágicas.

Todos, em instantes, já estavam distribuídos pelo salão principal. Já com os uniformes - que trocaram ainda no trem -, os alunos colocaram os chapéus pretos e pontiaguados de bruxos, que eram usados nas celebrações, e logo esperaram a cerimônia de seleção começar. Phoenix estava sentada entre Fred e Hermione, batucando os dedos na mesa e olhando a todo momento para a porta de madeira, esperando que Harry e Ron aparecessem em algum instante, enquanto o discurso anual do diretor Dumbledore e a cerimônia de seleção se iniciavam.

As escolhas das casas dos alunos do primeiro ano começaram, assim chamando um pouco da atenção de Phoenix. Ela aplaudia sempre que uma casa era gritada pelo chapéu seletor. Sorriu ao ver Teddy Tonks se juntar ao pessoal da Lufa-Lufa, assim como Ginny Weasley se sentava junto aos grifinórios. Dois alunos foram para a Sonserina; e uma menina de cabelos bem claros e louros, parecendo bem perdida em sua própria imaginação, foi escolhida para a Corvinal.

No fim de toda a seleção, o jantar foi servido magicamente em todos os pratos. Phoenix se envolveu ao seu purê de batata e suco de abóbora, enquanto conversava distraidamente com Hermione. Ela, uma vez ou outra, colocava um pedaço de bacon dentro da capa, onde Missy estava escondida - sabia que ela não poderia estar ali, mas também não era como se gostasse de seguir a regra correta -.

Após o final do jantar, as meninas pegaram a nova senha da sua comunal e entram na mesma, junto com os demais alunos da Grifinória. Phoenix e Hermione subiram as escadas e foram até a última porta do corredor dos dormitórios femininos, a qual era apenas delas; viram também que agora a placa em cima da porta estava marcando "segundo ano", junto aos seus nomes. Entraram e arrumaram suas coisas em cada lado do quarto.

Depois, ficaram acordadas até um pouco mais tarde, conversando e comendo os doces que Phoenix tinha escondido no fundo de seu armário. Ela também estava com sua guitarra em mãos, fazendo alguns rifes baixos - e que também estavam abafados com o feitiço que colocaram na porta -, sentada em sua cama, enquanto Hermione lia um livro, deitada de barriga pra baixo ao seu lado.

As duas se olharam, franzindo o cenho, quando houve batidas em sua porta. Descalça e ainda com o instrumento em suas mãos, Phoenix se levantou e foi abrir a porta. Mas, para sua surpresa, não encontrou ninguém do outro lado.

一 Oi! - de repente Harry e Ron saíram de debaixo da capa da invisibilidade, assustando a menina. Os dois riram, enquanto ela tentava uma expressão brava, mas não conseguiu.

一 O que estão fazendo aqui?! - ela perguntou, puxando os dois para dentro e fechando novamente a porta.

一 Afinal, como chegaram na escola?! Seus pais te trouxeram? - Hermione também perguntou, enquanto os dois se sentavam na cama ao seu lado. Phoenix voltou para a sacada da janela.

一 Na verdade... não. - Ron respondeu, brincando com Missy. 一 Usamos o carro do meu pai, e viemos voando até aqui.

一 Vocês o que?! - as duas garotas perguntaram. Phoenix estava rindo, e Hermione com a expressão bem séria.

Então Ron e Harry contaram todos os detalhes da aventura para as amigas, de como haviam chegado em Hogwarts naquela noite. Usando o carro voador do senhor Weasley, os garotos acabaram presos no meio do Salgueiro Lutador, além de serem vistos por alguns civis trouxas em Londres.

ㅡ Meu pai não encontrou a gente na plataforma, e o senhor Weasley também não encontrou o carro. Então logo chegou uma mensagem de Dumbledore. - Harry continuou. ㅡ Meu pai teve que vir aqui, para ver também se estávamos bem, e chegou na hora em que Snape estava pedindo nossa expulsão, então vocês imaginam o clima que ficou. Mas, no final, McGonagall apenas nos deu uma semana de detenção e disse para jantarmos na sua sala. - concluiu.

一 Queria ter ido nessa loucura. - Phoenix disse descontraída, ainda tocando sua guitarra. Hermione a olhou indignada. 一 Qual é?! Eles voaram em um carro!

一 E foram vistos pelos trouxas! - Hermione começou a bronca. Os três olharam com tédio para ela. 一 Fora a semana de detenção que pegaram!

一 É só uma semaninha. - Ron deu de ombros, comendo caramelos junto a Missy. 一 Não esquenta, Mione! Bem... - ele parou pensar por um instante, e depois fechou o sorriso. ㅡ O senhor Potter também ficou bravo com a gente.

ㅡ Sério? O padrinho James?! - Phoenix franziu o cenho.

ㅡ É, sei o que está pensando, Nix. - Harry começou. ㅡ Mesmo sendo algo que ele certamente gostaria de fazer junto ao Pads e o Moony, meu pai disse que o quê fizemos foi errado. E ainda disse que ser vistos por trouxas não era exatamente o problema, e sim a gente se machucar naquela queda.

ㅡ Ainda disse que podíamos aguardar pelas mensagens de nossas mães pela manhã. E nem quero saber o que isso significa! - Ron completou.

Phoenix soltou um riso franco, negando com a cabeça, quando novamente Hermione começou com o discurso de que James estava certo, assim assumindo seu papel de única sensata do grupo. Os garotos ficaram por mais um tempo, antes de voltarem para seu próprio dormitório com ajuda da capa de invisibilidade. Hermione também se deitou em sua cama, mas ficou observando Phoenix, que ainda estava no mesmo lugar - sentada com a guitarra nos braços, olhando para fora da janela -.

一 Você toca bastante essa música. É sua preferida? - perguntou por fim.

一 É sim. - Phoenix parou por um momento, rindo fraco, e se virando para a amiga. 一 "It's my life" tem um grande significado para mim. - suspirou, e logo olhou para a amiga. 一 Além da letra ser algo que me representa, ela também foi a primeira que aprendi a tocar. - completou sorrindo.

一 Nunca ouvi essa música.

一 Eu tenho ela em um dos meus discos... talvez possa te mostrar algum dia! - Phoenix sorriu, se levantando e guardando o instrumento. Depois, também se deitou em sua própria cama e puxou sua coberta. 一 Boa noite, Mione.

一 Boa noite, Nix. - Hermione respondeu, e não demorou até as duas estarem dormindo.

🌔

No dia seguinte, durante o café da manhã, Hermione e Phoenix estavam lendo juntas a edição do Profeta Diário. Na capa, a cena de um carro voador era o destaque da notícia. A Black deu uma pequena risada, antes de voltar a atenção para sua torrada cortada em quatro pedaços, cada uma com um acompanhamento diferente, ainda ouvindo a amiga repreender os amigos por causa do feito no dia anterior.

Phoenix se assustou quando Trizz, a coruja-orelhuda da família Black, aterrisou em sua frente, deixando dois envelopes caírem ali, quase em cima de seu prato. A menina sorriu, dando um pedaço de suas torradas ao animal, e pegou o envelope branco e a pequena barra de chocolate - presa junto ao pergaminho -, que estava endereçado para si, antes de olhar o outro envelope em mãos.

一 Ah não... - Harry murmurou, pegando o papel vermelho em mãos. 一 É para mim. - disse, engolindo em seco no mesmo instante.

一 Eu também recebi um. - Ron falou apavorado.

一 É melhor abrirem. - sugeriu Neville, com um sussurro tímido. 一 Vai ser pior se não abrir. Minha avó um dia me mandou um e eu não dei atenção... foi horrivel!

一 O que é isso? - Hermione perguntou. 一 É uma carta qualquer, não?

一 Não. Isso é um berrador. - Phoenix respondeu, também olhando os envelopes.

一 E o que fazem?

一 Você vai ver... - a Black murmurou. 一 É melhor abrirem um de cada vez. - sugeriu aos garotos.

Harry engoliu em seco e, lentamente, retirou o selo da carta, que no mesmo instante se tornou uma boca normal, onde uma voz em instantes ecoaria. Hermione estava supresa ao descorir o que era o berrador, e Phoenix estava de olhos fechados, aguardando o que aconteceria em seguida.

一 HARRY.JAMES.POTTER! - a voz, carregada de raiva, de Lily Potter ecoou pela folha, dizendo lentamente o nome do garoto. 一 ONDE VOCÊ ESTAVA COM A CABEÇA, QUANDO DECIDIU SAIR VOANDO COM UM CARRO PELO CÉU TROUXA, EM PLENA LUZ DO DIA?! ISSO FOI UMA DECISÃO TOTALMENTE HORROROSA! - a voz era em um tom alto, mas que não chegava a chamar muita atenção no restante do salão. Apenas os mais próximos na mesa da Grifinória haviam se virado para a cena. Harry estava de olhos arregalados, vermelho de vergonha, e ouvindo atento toda a mensagem de sua mãe. 一 VOCÊS DOIS NÃO PODIAM ESPERAR ATÉ ALGUÉM APARECER PARA AJUDAR?! IRÍAMOS RESOLVER DE UMA FORMA MAIS SENSATA! - disse Lily, logo depois um suspiro profundo também ecoar por ali. ㅡ EU NÃO VOU ADMITIR ALGO NESSE NÍVEL NOVAMENTE. SE EU RECEBER MAIS UMA CARTA DE HOGWARTS, SOBRE SEUS MAUS COMPORTAMENTOS, IREI TE TRAZER PARA CASA NO MESMO INSTANTE! ESTAMOS ENTENDIDOS, HARRY POTTER?! - Harry acenou em concordância, mesmo que sua mãe não pudesse ver aquele gesto. Então, no final daquela mensagem, o envelope se fechou novamente e virou mil pedacinhos, que logo entraram em chamas, no mesmo instante em que caíram na mesa.

一 Bom... não foi tão ruim. Foi? - Hermione diz, ainda de olhos arregalados. 一 É melhor abrir o seu, Ron. Ele parece que vai... explodir? - ela completou, olhando incerta para o envelope tremendo nas mãos do Weasley.

Trêmulo, o ruivo tornou a olhar para seu próprio envelope de berrador novamente. Esse já estava com fumaças saindo pelos cantos do papel e tremia na mão do garoto. Ele abriu o selo, então um estrondo foi ouvido por todos no salão, fazendo os pratos e talheres tremerem nas mesas, no mesmo instante que a boca monstruosa, de dentes pontiagudos, se formava na frente do Weasley.

一 RONALD WEASLEY! - a voz alta e estridente da senhora Weasley chamou a atenção de todos no salão, que logo se calaram em atenção. Ron arregalou os olhos e engoliu em seco. 一 COMO SE ATREVEU A ROUBAR AQUELE CARRO?! ESTOU TOTALMENTE DESGOSTOSA! SEU PAI ESTÁ ENFRENTANDO UM INQUÉRITO NO TRABALHO, E É TUDO CULPA SUA! SE VOCÊ SAIR MAIS UM DEDINHO DA LINHA, VAMOS TRAZÊ-LO DIRETO PARA CASA! - gritou. ㅡ Ah, e Ginny, querida... - o tom de voz da mulher diminuiu subitamente, com a carta se virando na direção da mais nova Weasley. 一 Parabéns por ter entrado na Grifinória. Seu pai e estamos orgulhosos de você!

Ao finalizar, aquele berrador fez a mesma coisa que o anterior, se rasgou em centenas de pedacinhos, que logo pegaram fogo sob a mesa. O salão estava em um súbito silêncio, com algumas pessoas soltando risinhos baixos, e deixando Ron ainda mais vermelho naquele momento, quando viu vários olhares virados em sua direção.

一 E isso minha amiga... - Phoenix murmurou para Hermione. 一 Isso é um berrador. Um dos melhores! - disse, disfarçando o riso ao ver que os amigos ainda estavam com cara de espanto.

Mas, a Black fechou seu sorriso rapidamente, logo se estressando ao notar que as pessoas nas outras mesas do salão ainda olhavam para o ruivo, fazendo comentários com os colegas sentados ao seu lado e alguns também não disfarçavam as risadas. Revoltada, ela se levantou do banco, batendo com força a mão na mesa, e mantendo-a apoiada por ali enquanto encarava todos. Aquele barulho e movimentos chamaram muita da atenção no salão para a garota.

ㅡ PERDERAM ALGO POR AQUI? - ela perguntou em alto e bom tom, que todos nas outras mesas puderam lhe escutar. ㅡ O SHOW ACABOU! AGORA, VOLTEM AO QUE ESTAVAM FAZENDO E DEIXEM ELE EM PAZ! - concluiu, se sentando novamente, quando todo o salão voltou ao normal; com desvios de olhares e murmuros altos novamente. ㅡ Bando de fofoqueiros! Eu hein... - bufou contrariada, levando seu cálice de suco até a boca. Ron, mesmo ainda com vergonha, riu fraco e agradeceu com um meio sorriso a atitude da amiga.

🌔

Após a aula de Herbologia com a Professora Sprout, onde Hermione e Phoenix haviam ganhado - cada uma - dez pontos para a Grifinória, e Neville acabar desmaiando com o grito das mandrágoras, que estudavam naquela aula, o grupo da casa vermelha seguiu para dentro do castelo, onde se juntariam aos alunos da Sonserina para a primeira aula de Defesa Contra as Artes das Trevas.

Phoenix estava com o cenho franzido, em uma careta, enquanto observava o professor Lockhart descer as escadas da sala de uma forma dramática, enquanto nomeava cada uma das suas conquistas, que, segundo ele, conquistou com o mérito do "seu belo sorriso sedutor". A garota olhou para Dean, quem era sua dupla na aula daquela vez, e os dois seguraram uma risada - como os demais alunos na sala faziam, e outros até mesmo não se conteram aos risos fracos e disfarçados -.

一 Agora, é meu dever ensinar vocês a se defenderem contra a pior criatura que existe no mundo mágico. - começou o professor, tocando a varinha na gaiola ao seu lado. 一 Apenas... não gritem! Isso pode assutar elas. - Lockhart retirou o pano vermelho, revelando as criaturinhas que estavam dentro das grades.

一 Diabretes da Cornualha. - admirou Seamus, entre uma risada. 一 Elas são mesmo assim... perigosas? - Phoenix e outros alunos também riram, não achando as criaturas nem um pouco assustadoras.

一 Não tenha tanta certeza assim. - disse Lockhart, sacudindo um dedo, aborrecido, para Seamus. 一 Esses bandidinhos podem ser diabolicamente astutos!

Os diabretes eram azul-elétrico e tinham uns vinte centímetros de altura, os rostos finos e as vozes tão agudas que pareciam um bando de periquitos fazendo algazarra. No instante em que a cobertura foi retirada, eles começaram a falar e a voar de maneira rápida e excitada, a sacudir as grades e a fazer caras esquisitas para as pessoas mais próximas.

一 Certo, então vamos ver o que vocês acham delas! - disse Lockhart em voz alta, e abriu a gaiola.

Foi um pandemônio. Os diabretes disparavam em todas as direções como foguetes. Dois deles agarraram Neville pelas orelhas e o ergueram no ar, o pendurando no lustre de ferro no teto. Phoenix arregalou os olhos, se defendendo de umas das criaturas, lançando ela com o livro até o outro lado da sala.

Ela segurou uma risada, quando a diabrete atingiu com tudo o rosto de Draco Malfoy, que a tentava tirar dali. A Black, fugindo a tempo de não ser descoberta da atitude que - infelizmente - não havia sido feita por mal, levantou da sua carteira, ainda afastando as criaturas com o livro em mãos, e se escondeu embaixo da mesma.

一 Vamos, vamos! Reúnam eles, reúnam eles! São apenas diabretes! - gritou Lockhart. Ele enrolou as mangas, brandiu a varinha. 一 Peskipiksi Pesternomi! - e berrou.

Não ouve nenhum efeito nas diabretes, então o homem simplesmente correu para fora da sala, gritando que a tarefa que tinham era trancar todas elas de volta na gaiola. Ron e Phoenix, que agora estavam escondidos juntos, se olharam com expressões completamente indignadas nos rostos.

一 O que fazemos agora? - o ruivo perguntou aos amigos, abanando seu livro na sua frete.

Hermione e Phoenix, depois de muito pensar juntas, trocaram um olhar cúmplice e logo estavam acenando em concordância com a cabeça - deixando os dois garotos totalmente confusões ao seu lado -. As duas se levantaram, ambas com as varinhas apontadas para cima, em direção às criaturas no alto.

一 Immobilus! - gritaram, e logo todas as diabretes estavam congeladas e flutuando no ar.

As meninas sorriram e bateram um high-five com as mãos em comemoração. Enquanto Hermione as trancavam de volta na gaiola, Phoenix correu até estar debaixo do lugar onde Neville estava pendurado; ela o desceu do lustre com a ajuda de um feitiço de levitação, para que o amigo pudesse chegar em segurança no chão.

一 Porque sou sempre eu? - perguntou o garoto chateado, após chegar ao solo, ganhando dois tapinhas nas costas e sorriso confortantes da amiga.

¡notes!

A Lily mandando um berrador
pro Potter ia ser épico, por isso
que fiz. E super consegui imagi-
nar essa cena KKKKK 🗣

E como superar o "RONALD
WEASLEY!" da tia Molly? KKKK

A música que a Phoenix falou,
para quem não conhece, é "It's
my life" do Bon Jovi. E se forem
atrás, vão perceber que essa real-
mente é uma música que representa
ela, por isso coloquei 🤝🏻

O que estão achando da história?
Comentem aí teorias, e também
o que esperam do futuro de
Blizzard, prometo reagir a todos! ⚡

Espero que tenham gostado.
Até o próximo capítulo! ❤

𝐭𝐚𝐥𝐤𝐢𝐧𝐠 𝐭𝐨𝐨 𝐭𝐡𝐞 𝐦𝐨𝐨𝐧 🐺