ㅤㅤ┃PROLOGUE
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ϟ PRÓLOGO ϟ
em seu novo lar
31 de outubro de 1981
O QUE ANTES ERA UMA GRANDE mansão bruxa, de escultura grande e mobilizada por móveis de valores altos, agora havia se tornado ruínas sombrias pelo simples fato que o hall de entrada estava apagado, sem cor, e totalmente silencioso. E ruínas pelo detalhe de que, no altar superior, havia acontecido uma batalha, a qual levou a vida do casal que vivia por ali.
O casal McCarthy era conhecido em todo mundo bruxo, e naquela noite haviam mudado ainda mais a forma com que deixariam seu legado por ele.
Vinham de famílias respeitadas, que seguiam as tradições de sangue dos bruxos, e mexiam com alta magia negra. Há gente que acreditava que aquele era um casamento arranjado, para o legado de suas famílias continuarem, mas Melyssa e John se amavam de verdade. E unidos por esse amor, tomaram a decisão juntos de abrir mão de qualquer crença e trair o maior bruxo das trevas, e atual ameaça que existia no momento.
Os McCarthy's eram os últimos que carregavam aquele nome, o qual seus antecedentes carregaram com orgulho participando, todos, do grupo de Comensais da Morte, seguidores de Voldemort. Mas eles não queriam aquilo. Queriam apenas viver uma vida normal, sem participar de toda aquela guerra que se iniciava.
E o fato de acabarem, ambos, mortos naquela noite, foi de que abandonaram e traíram as ordens de Voldemort, assim fugindo do país e apagando seus rastros. Mas, foram encontrados, de princípio, e uma grande maldição foi lançada em sua filha primogênita, a qual ainda estava no ventre de Melyssa. E agora, a mesma bruxa que haviam os encontrado a um ano e sete meses atrás, voltou para terminar o que começou.
John tentou lutar, protegendo sua esposa e filha, mas foi atingido por uma única maldição da morte em seu peito, caindo sem vida no chão do quarto decorado com coisas infantis. Melyssa, que estava encolhida no canto do cômodo, olhando para sua filha no berço - a qual estava acordada, chorando de medo, mas observando tudo com seus grandes e atentos olhos azuis -, gritou e olhou para a bruxa que se aproximava. A mulher estava sem sua varinha, então apenas fechou os olhos e sentiu a maldição atingir seu corpo.
A única coisa que ela havia escutado, antes de fim partir para sempre, foi o choro assustado de sua filha, e a risada maníaca e fria da bruxa que havia tirado sua vida.
A assassina fugiu antes mesmo das autoridades chegarem, sem nem menos olhar novamente na direção do bebê que havia ficado ali. Não importava se a menina estava viva, o prazer de saber do mal que passaria em seu futuro era maior do que teria em matar aquela pequena criaturinha. Então simplesmente fugiu, já que agora o casal traidor de seu lorde estava morto, e isso já bastava para si.
Os aurores do ministério chegaram horas depois na casa. A bebê ainda murmurava baixinho quando foi apanhada nos braços de uma auror, e acolhida pela mesma. Junto a todos esses funcionários, haviam dois outros bruxos presentes ali.
O bruxo de vestes longas e expressão neutra, mas não escondendo seu horror e extrema preocupação diante de tudo o que acontecia no mundo bruxo naquela noite, andava entre os destroços do quarto, enquanto acompanhava a auror partir do cômodo com a bebê em seus braços. O homem suspirou, então observou os dois corpos começarem a ser movidos. A mulher ao seu lado também se encontrava com uma expressão de horror em seu rosto, enquanto observavam a cena em silêncio.
Albus Dumbledore era um bruxo respeitado. Havia criado a Ordem da Fênix para lidar com Voldemort e seus seguidores, e por isso sabia de ataques como aquele. Mas, naquele caso soube do assassinato bem antes, pois estava ajudando os McCarthy, que haviam o procurado quando decidiram abandonar Londres e os Comensais. Dumbledore era o fiel do segredo de sua localização, mas não havia adiantado nada naquele caso.
一 Dumbledore... - chamou a mulher, em um fino e baixo tom de voz. 一 Isso... isso foi Você-sabe-quem que fez?
一 Não diretamente, McGonagall. - respondeu, em poucas palavras, o bruxo. 一 Foi apenas um mensageiro que fez isso. Provavelmente, quem lançou a maldição na menina. - explicou o homem.
一 E ela não a matou por que?
一 Porquê sabia que as suas condições fariam isso no futuro. - Minerva levou a mão a boca, horrorizada com aquilo que ouvia.
一 Onde ela está agora? - ela perguntou, talvez, com certa urgência e preocupação. Dumbledore deu um pequeno sorriso para a mulher, pedindo que o seguisse para fora da casa.
Descendo as longas escadas, atravessando a enorme sala e chegando no jardim bem cuidado da mansão, onde as autoridades estavam investigando o sinal de Magia das Trevas nas redondezas, para encontrar o suspeito, Dumbledore e McGonagall encontraram com uma figura muito conhecida para eles.
Um homem de estrutura muito maior que as dos dois bruxos, com suas longas barbas escondendo o pequeno sorriso em seus lábios, segurava um pequeno pacotinho de panos rosas em seus enormes braços, e se encontrava encostado em uma motocicleta mágica, enquanto a auror que havia levado a menina até ele tinha um leve sorriso no rosto diante a cena.
Quem visse o homem daquele tamanho, talvez se assustaria em um primeiro momento. Mas, depois que se conhece Hagrid, você percebe que ele é a pessoa mais dócil e inofensiva da Terra. E vendo ele brincando e fazendo aquela bebezinha rir naquele momento tão frágil, você sabia exatamente que o guarda-caça de Hogwarts nunca faria mal para alguém.
A mulher que o acompanhava acenou para ele e cumprimentou os dois que se aproximavam, os deixando a sós e avisando que precisaria voltar para dentro. Dumbledore parou diante de seu amigo e funcionário, sorrindo da forma que ele lidava com a menininha.
一 Professora McGonagall. - Hagrid acenou, se abaixando um pouco para que ela pudesse ver a menina em seus braços. 一 Ela é adorável, não é? - perguntou, sorrindo ao ver a pequena se agarrando em seu dedo e brincando com o mesmo, enquanto soltava gargalhadas adoráveis de bebê. 一 Tão pequenininha! - o homem disse, depois de soltar uma risada fraca observando a bebê. Ela estava, com sua doce inocência infantil, já calma, alheia a todo o mal que ocorria em sua volta.
McGonagall abaixou um pouco os panos para ver o rosto da bebê, e sorriu quando as grandes orbes azuis lhe encararam. A garotinha olhou com atenção a mulher, parecendo curiosa com a nova presença, e então riu, chacoalhando seus bracinhos e fazendo sons de bebês. A bruxa mais velha se derreteu, achando aquela cena muito adorável, sorriu outra vez para ela, e então se afastou, antes de acariciar a bochecha farta da menina.
一 Realmente, Hagrid. - Minerva concordou, um meio sorriso ainda brincando em em seus lábios finos. 一 O que pretende fazer com ela, Albus? Não podemos simplesmente deixá-la sob cuidados trouxas, sabe disso. - disse ao homem, que permanecia parado ao lado deles.
一 Tenho em mente o que fazer com a criança, McGonagall. - respondeu ele. 一 Agora, há outro lugar que precisamos ir esta noite. - Dumbledore completou, trazendo a seriedade de volta ao rosto da bruxa.
🌔
Todo o mundo bruxo estava em meio a uma grande guerra, que acontecia por causa de Voldemort e seu reinado. Muitas mortes, antes daquela noite de outubro, já haviam acontecido em todo o país. Havia surgido uma profecia, que dizia que alguém iria nascer para derrotar o bruxo das trevas. E todos acreditavam que ela se referia a Harry Potter, o filho de Lily e James Potter.
Eles estavam escondidos em Godric Hollow's, mas também foram encontrados. Nesse caso, os Potter foram procurados pessoalmente por Voldemort. Por sorte tiveram tempo para bolar um rápido plano para escaparem. Mas, o choro de Harry havia indicado que precisavam agir muito mais rápido.
Chegaram no quarto do pequeno o encontrando desesperado no berço, enquanto Voldemort parecia desacordado do outro lado do cômodo. James o acordou e desceu para a sala, sendo seguido obviamente, e começou a duelar com o bruxo das trevas, para que houvesse tempo de Lily enviar uma mensagem em busca de ajuda, enquanto tentava se esconder com Harry.
Não demorou para a ajuda chegar. Outros membros da Ordem - incluindo seus melhores amigos, Sirius e Remus - e mais aurores apareceram na rua. Antes de entrarem na casa, encontraram com a pessoa que havia entregado os Potter na tentativa de fugir.
Assim que abateu a pessoa, Remus Lupin se surpreendeu ao encontrar com Peter Pettegriew, amigo de todos eles e quem era o fiel do segredo do casal e sua localização. Junto com a pressão dos aurores, Pettegriew confessou o que havia feito - matou alguns trouxas e tentou forjar a própria morte, na tentativa de uma fuga rápida - e foi preso ali mesmo.
Ainda dentro da casa, quando entraram no local, encontraram com James na sala. Ele havia duelado com Voldemort, desviando de feitiços fatais várias vezes, mas não venceu pelo simples fato do bruxo ter fugido. Por algum motivo, ele estava fraco e fugiu antes mesmo de todos chegarem, deixando o Potter apenas sob um feitiço de corpo preso, estirado no chão.
Sirius Black, seu melhor amigo - além de ser um dos membros da Ordem da Fênix -, correu para o ajudar a se levantar, já que estava bem fraco por conta da batalha. Seu marido, Remus - que já estava ali junto a eles -, havia corrido para o andar de cima para buscar Lily e Harry, que estavam seguros e protegidos.
Já do lado de fora, eles se afastaram e deixaram as autoridades trabalharem. Sua casa havia sido destruída, Voldemort havia desaparecido após o duelo, mas aquela família havia saído vivos naquela noite. E assistiram a prisão de Peter Pettegriew, o homem que já havia sido seu amigo e hoje os entregaram para a morte, ainda tentando incriminar outra pessoa em seu lugar.
一 Voldemort está morto. - um auror vinha se aproximando, e então disse ao grupo. 一 Não encontramos sinais de sua magia em nenhum lugar e por isso achamos que ele acabou enfraquecido por causa da batalha.
一 Talvez ainda o achem. - James disse, a voz fraca, mas carregada de ódio. 一 Ele não morreu, está fraco! Se não acabarmos com isso...
一 Acho que não devíamos nos preocupar por hora com isso. - um outro bruxo disse mais a frente. O grupo olharam, logo identificando ser Albus Dumbledore. 一 O mal acabou. Nesse instante, deve se preocupar apenas com sua família, senhor Potter. - o mais velho disse com calma.
Hagrid - que havia chegado em sua motocicleta, ainda carregando a pequena garotinha nos braços - e Minerva McGonagall - que aparatou junto ao amigo diretor - também estavam com o bruxo mais velho. Os quatro olharam, um pouco surpresos, para Albus Dumbledore, finalmente notando sua presença. Ele, que ainda estava com seu sorriso leve e semblante calmo, se aproximou com cautela de Lily Potter e se curvou para observar o garotinho adormecido em seus braços.
一 E seu menino, como está? - perguntou, passando o polegar pela bochecha de Harry, logo notando sua recente cicatriz na testa.
一 Bem. Estava assustado, mas finalmente dormiu. - Lily respondeu, sorrindo fraco ao observar o filho. 一 Essa cicatriz... Você-sabe-quem tentou m-matar ele... O senhor acha q-que tem algo a ver... com a p-profecia? - a mulher disse, em baixo tom, e um pouco nervosa.
一 Se eu dissesse não, estaria mentindo, senhora Potter. - Dumbledore respondeu.
Um longo silêncio surgiu, enquanto todos olhavam em expectativa ao bruxo, mas ele nada mais disse. Querendo mudar o assunto, Dumbledore sorriu pequeno e olhou para Hagrid, que brincava distraído com a pequena bebê em seus braços.
一 Uma pena que nem todos nessa noite conseguiram se salvar. - começou, atraindo feições curiosas para si. 一 Uma família foi atacada essa noite por Comersais, no sul dos Estados Unidos. Vêem aquela garotinha? - apontou para a bebê nos braços de Hagrid. 一 Ela foi amaldiçoada, ainda no ventre da mãe, e hoje seus pais foram assassinados. Irá ter que lidar com o mal concebido, por consequências de brigas por poder, as quais nem eram relacionadas a si, sozinha.
一 E qual foi a maldição, Dumbledore? - Remus não se conteve e perguntou. Dumbledore olhou para o homem e sorriu sutil.
一 Licantropia, senhor Lupin. - McGonagall quem respondeu.
Remus ficou sem palavras e muito surpreso com aquilo, assim como os outros três.
Ele mesmo tinha licantropia. Sofria com isso sua vida toda, desde os quatro anos, mas teve o apoio dos pais e amigos. Não podia imaginar como seria para aquela garotinha ficar sozinha nas luas cheias. Sem cuidados, alguma orientação, até mesmo o pior poderia acontecer com ela, com o passar dos anos.
一 O que vão fazer com ela? Acho que um lar de trouxas não seria... adequado. - Lily comentou, com um tom cauteloso.
一 Infelizmente não há o que fazer. - Dumbledore disse. 一 Realmente não podemos a colocar em um lar de trouxas, e nenhum bruxo iria querer...
一 Posso cuidar dela! - Remus disse rápido, interrompendo Dumbledore. Nem ele mesmo se controlou ao dizer aquilo. 一 Sirius? - olhou para o homem, quase em súplica.
Mesmo querendo cuidar da menina, ele não iria fazer aquilo sozinho. Era casado. E, de qualquer forma, precisava tomar aquela decisão junto ao seu marido. Não vivia sozinho dentro daquele relacionamento, e as decisões que tomavam nele não eram tomadas sozinhas. Era assim que um relacionamento funcionava.
一 Podemos cuidar dela, Dumbledore. - o Black disse, também confiante. Remus sorriu para o companheiro. 一 Claro, se for permitido.
一 Eu não vejo mal algum a isso. - Dumbledore respondeu sorridente.
Hagrid também deu um pequeno sorriso, se aproximando de Remus. A garotinha em seu braço estava bem atenta, as duas orbes azuis arregaladas no adulto a sua frente - diferente de Harry, que parecia ter entrado em um sono profundo e tranquilo, após todo o mal que passou -. Ela deu um sorriso e balançou os bracinhos, agitada nos braços do gigante, quase se jogando no colo do outro homem.
Remus sorriu e finalmente a pegou em seus braços. Ela deu outra risada de bebê, passando suas pequenas mãozinhas gordinhas no rosto do homem, parecendo achar interesse em suas cicatrizes e barba por fazer. Lupin riu e a abraçou, logo voltando a atenção para os outros, que observavam a cena com um pequeno sorriso em suas faces.
一 Quem eram os pais dela, Dumbledore? - Sirius perguntou.
Ninguém notou, mas Dumbledore, por segundos, havia ponderado responder aquela pergunta. Mas, de último instante, resolveu não dizer a verdade. Ela viria em algum momento, no tempo certo, e a partir de agora as coisas realmente seriam da forma que deveriam ser.
一 Bruxos estrangeiros, acredito que os senhores não os conheciam. - ele respondeu simples, logo continuando. 一 Tudo que sei sobre ela, é que sua idade é aproximadamente de um ano e seis meses, nasceu no início de abril, e que seus pais eram dois bruxos sangues-puros. Acho que isso já é o bastante por hora. - Dumbledore explicou. 一 Conheci seus pais, mas não tive tempo de perguntar qual seria o nome da filha deles. Então, acho que ela deve receber um novo, não acham? - completou, ainda encantado e satisfeito pela garotinha ter entrado em uma boa família.
一 Tem em mente algum nome? - Sirius quem perguntou. Remus, ainda distraído com a garotinha, apenas negou. 一 O que acha de Phoenix? - disse, brincando com a outra mãozinha da garota. ㅡ Uma constelação inteira apenas para ela!
一 É um nome lindo, digno dela. - Lupin sorriu. A bebê, recém nomeada, passava as mãozinhas em suas bochechas e parou para sorrir para os homens. Eles corresponderam com encanto. 一 Phoenix Lupin-Black. Perfeito! - a garotinha, nesse momento, fez um som que parecia concordar com aquela idéia, o que fez o restante dar a primeira risada verdadeira daquela noite.
一 Ela é tão linda! - Lily comentou, acariciando os cabelos dourados da menina com sua mão livre. 一 Oi, anjinho. - disse, também se encantando com a doçura da bebê, que deu um sorriso banguela para a mulher.
一 Claramente essa menina não poderia ir para uma família melhor! - McGonagall sorriu emocionada.
Remus sorriu, enquanto os outros concordavam com a professora. Ele e a garotinha, agora Phoenix, estavam com as testas coladas e ela ainda não havia deixado de sorrir para o homem. Sua mãozinha agarrava firme no polegar dele, enquanto seus olhos azuis se encaravam com profundidade.
A pequena parecia ser tão pura, calma, e alheia com todo o mal que acontecia em sua volta. Seu sorriso banguela encantava a todos, assim como suas pequenas risadas e grunhidos de bebê. Era apenas uma criança inocente naquele momento, chegando em uma família nova, que estava pronta para lhe dar todo amor e carinho que poderia, e merecia, receber em sua vida.
¡notes!
Esse foi o início da nossa história,
e eu realmente espero que esteja
bom. Estou muito animada com esse
projeto, e espero que ele dê certo!
Como disse, muitas coisas iriam
ser diferentes por aqui, e começamos
pelo fato de que Dumbledore não estava
com a capa de James e Sirius também
não foi o culpado. Mudanças que fiz para
o meu plot funcionar, gostaram? 🤸🏼♀️
E talvez tenha sido um capítulo bem
longo, mas precisava esclarecer muitas
coisas de ambos os lados da história -
P
hoenix e Harry -, e também explicar por
cima a história da minha protagonista.
Mais para frente vamos voltar nesse
assunto, então não esqueçam sobre os
pais dela!
Divulguem a história com seus
amigos, para mais gente descobrir
sobre ela e começarem a ler!
E me sigam no tiktok (@ hwrmionez),
onde sempre irei postar coisas sobre
a história - como edits, spoilers, etc.)
Comente sobre o que acharam do
prólogo e o que esperam da história.
Estou bem animada com ela, e saber
a opinião de vocês é importante para
mim! 🥺
[Juro que não "falo" tanto assim nas
notas, foi só hoje que precisei dar os
recados haha]
Espero que tenham gostado.
Até o próximo capítulo! ❤
𝐭𝐚𝐥𝐤𝐢𝐧𝐠 𝐭𝐨𝐨 𝐭𝐡𝐞 𝐦𝐨𝐨𝐧 🐺
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