﹙🍓﹚. ❝chapter III
🍓 ⋯ ❝ Morangos não crescem na chuva. ❞
ASSIM QUE HARU SAIU RAPIDAMENTE DE CASA, esperou por Joo-Kyung que estava obviamente atrasada para o ônibus. Se apoiou no portão da casa da garota sentindo quase cair em cima de Joo-Kyung assim que ela saiu de casa. Haru se levantou rápido observando a garota um pouco irritada com algo.
—— Por que você está assim? —— Haru perguntou com as sombrancelhas arqueadas.
Notou Joo-Kyung com uma sombra preta e escura sobre os olhos, destacando bem seus olhos castanhos. Ela parecia irritada com algo, como se àquilo houvesse de ser uma maquiagem de guerra.
—— Por que está maquiada como uma cantora punk? —— Haru novamente perguntou esperando uma resposta.
—— Eu estou no caminho para destruir alguém —— Joo-Kyung disse andando firme na frente da garota com cheiro de morango.
—— Vai esfumar os olhos de alguém? Espero que não seja eu quem queira destruir —— Haru brincou dando uma leve risada.
—— Eu vou destruir o Su-Ho! —— Joo-Kyung bateu o pé.
—— O quê ele fez? —— Perguntou a garota de cabelos vermelhos confusa.
—— Ele descobriu da minha maquiagem, acho que ele vai se vingar de mim! —— Explicou Joo-Kyung, parecia paranóica e maluca com essa ideia.
Mesmo com Joo-Kyung em uma vibe de guerra medieval com Su-Ho, a garota morango preferiu deixar sua amiga resolver suas alusões sozinha. Andou novamente pelos corredores sozinha esperando algum sinal de outra amiga por perto, algo que não estava acontecendo naquele segundo.
—— Haru Beak-jun! Vem aqui! —— O vice diretor baixinho e temperamental sorridente pediu pela atenção da garota alta de cabelos grandes que concordou.
E logo em seguida jogou altas pilhas de folhas e livros em cima dos braços da garota que se manteve firme em tentar segurar tudo àquilo. O vice diretor respirava pesado por pegar todos aqueles papéis e jogar nos braços da garota morango.
—— Leve isso até a biblioteca, vamos, vamos! —— Ele ordenou empurrando as costas da garota para longe da sala dos professores
Haru seguiu andando pelos corredores, reclamando por baixo dos papéis altos na sua frente. Até que ela sentisse novamente bater contra um corpo maior que o dela que estava com sua gangue de amigos idiotas, corpo esse familiar.
—— Droga, é você Moranguinho ladra de capacete? —— Han Seo-jun perguntou se afastando da garota assim que ela bateu em seu braço.
—— Foi mal aí —— Haru pediu desculpas na intenção de voltar para a direção da biblioteca.
E antes que pudesse dar qualquer passo para frente, sentiu Han Seo-jun jogar seu corpo mais para frente do dela, a jogando para a parede e a prendendo com o braço na sua frente. Haru podia sentir o corpo todo de Han pressionar sua cintura contra a parede atrás dela.
—— Quando pretende devolver meu capacete? —— Han Seo-jun perguntou.
—— Eu estava ocupada, mas eu vou devolver o mais rápido possível —— Inventou uma mentira.
—— Você esqueceu morango? Você tem muita coragem mesmo? —— Han Seo-jun disse provocativo e irritado.
—— Tenha paciência! —— Soltou Haru irritada com aquela aproximação.
—— Você acha que eu sou uma piada? —— Han Seo-jun perguntou pressionando mais seu corpo contra o de Haru. —— Se você não me devolver, você pagará.
—— Você está me ameaçando? —— Perguntou Haru indignada com a ameaça do garoto.
—— Morangos viram geleia —— Murmurou Han Seo-jun para assustar a garota a sua frente. Algo que deu errado.
Na intenção de afastar Han Seo-jun de si mesma, Haru então pisou forte no pé do garoto que rodou para longe nós braços dos amigos que faziam drama após seu líder de idiotices ser machucado. —— Que garota maluca.
Haru levantou a cabeça jogando os cabelos para atrás e então voltou a andar pelos corredores até a direção da biblioteca. Enquanto Han Seo-jun voltava a manter sua postura de delinquente na frente dos seus amigos após se recuperar do belo pisão que havia levado dos sapatos de Haru.
—— Por que está sendo malvado com ela? Ela só quer chamar sua atenção —— Disse um dos amigos de Han Seo-jun.
—— Ela roubou meu capacete para chamar minha atenção? —— Han Seo-jun perguntou.
—— Pense bem, a Moranguinho deve ter se apaixonado por você —— O amigo voltou a explicar fazendo Han Seo-jun concordar exibido.
(...)
Assim que Haru Beak-jun voltou para casa, havia corrido para o andar de cima para dentro do quarto. Mesmo que seu quarto não fosse uma bagunça inteira, ela ainda assim sentiu que havia bagunça o suficiente para que jamais encontrasse aquele enorme capacete.
—— Mãe, você sabe aonde está o capacete que estava no meu quarto? —— Haru gritou no andar de baixo, sendo capaz de fazer eco na sua casa silenciosa.
—— Eu joguei fora, a empregada venho limpar nossa casa, e eu permiti que ela jogasse —— Disse a senhorita Beak-jun com uma garrafa de vinho na mesa pronta para jantar.
—— Por que? Qual o seu problema!? —— Gritou Beak-jun nervosa tampando a boca no mesmo instante.
—— Meu problema? Você nem gosta de motos —— Disse a mulher de cabelos curtos com a garrafa em mãos, apertando forte a taça.
—— Não era meu mãe, você não tinha esse direito! —— Haru bateu o pé cansada na escada.
—— Espero que não esteja fazendo o quê eu acho que está! Haru Beak-jun eu vou matar você se isso estiver acontecendo mais uma vez! —— A senhorita Beak-jun bateu a garrafa de vinho na mesa irritada. —— Você não tem mais o seu pai para te defender!
Haru nem ao menos ficou para ouvir o resto da bronca, subiu para o seu quarto novamente notando o horário tarde, não teria tempo de ir até o lixão do bairro na intenção de encontrar o maldito capacete. Ela se sentou no chão do quarto cansada pensando no quê o idiota do Han Seo-jun pensaria sobre isso, e no lugar de ser violenta com ele, decidiu amolecer seu pobre coração.
E no dia seguinte, assim que chegou na escola, Haru andou lentamente até a direção de Han Seo-jun que estava com seus amigos logo atrás, a garota dobrou o cartão pequeno em papel grosso antes de entregar para o garoto.
—— Eu dúvido que tenha dobrado o meu capacete —— Han Seo-jun comentou sarcástico.
—— Eu não conseguiria falar isso pessoalmente pra você, então leia depois que eu for embora —— Haru colocou o bilhete no bolso do blazer vermelho de Han Seo-jun antes de ir embora.
—— Ela escreveu uma carta de amor! —— Os amigos de Han Seo-jun gritaram eufóricos e provocativos para o garoto enquanto ele lia o bilhete.
Eu perdi o seu capacete, seja paciente por favor! ♡
—— Seo-jun ainda ama! Ele ainda ama! —— Gritou os amigos do garoto.
—— Parem com isso! —— Gritou Han Seo-jun.
—— Tem um coração! Eu vi um coração.
(...)
Depois da escola no dia seguinte, Haru estava desesperada na frente do lixão do bairro com um guarda chuvas e uma tempestade, a garota havia se atrasado no horário e seria impossível encontrar aquele capacete naquela chuva.
—— Por favor! Eu só preciso achar algo importante —— Pediu a garota do outro lado do interfone do portão grande.
—— Volte mais cedo amanhã! —— Gritou o senhor do outro lado desligando na cara de Haru antes que ela pudesse se explicar.
Haru gritou exausta e cansada chutando o portão grande do homem, sentindo seu pé latejar de dor e ter que ir mancando para longe após sentir o impacto do ferro contra seu tênis macio. E enquanto andava sem rumo, sentiu seu celular tocar com uma mensagem da sua mãe.
Ela havia pedido que a garota levasse Udon, um macarrão instaneo mais grosso que os comuns, normalmente servido em sopas e caldos quentes picantes, para que comecem no jantar, a garota respirou fundo indo em direção ao mercadinho mais perto que tivesse na sua direção. Ela andou comprou dois Udons e então andou para fora da lojinha.
—— Papai, eu quero chocolate quente! —— Uma garotinha de cabelos com xuxinhas dizia animada sentada em um dos quiosques tampados para a chuva com um homem mais velho. Ela usava um casaco amarelo e tinha os cabelos ruivos e brilhantes, parecia uma laranja.
—— É claro minha pequena laranjinha, papai vai te dar todo o chocolate do mundo! —— O homem mais velho sorriu apertando a bochecha da filha que deu uma risada boa.
Àquilo apertou o coração de Haru, seu pai já havia de ser um homem assim, e hoje, ela já não o conhecia como antes e jamais seria capaz de conhecer. Haru correu de lá com o celular em mãos cheia de coisas, ela discou sem notar o número que seu pai havia lhe dado, esperando receber uma resposta que nunca havia chegado nem mesmo das suas mensagens.
—— Papai?
—— consultório do Sr. Beak-jun, como posso ajudar? —— Uma voz feminina estava do outro lado da linha.
—— Eu quero falar com ele —— Haru dizia chorosa do outro lado do telefone antes de tropeçar e cair. Estava caída na rua, humilhada pela sua falta de atenção e amor.
—— O doutor Beak-jun já foi embora, podemos marcar um horário amanhã, você prefere pelo horário da tarde? —— A secretaria do outro lado dizia.
—— Me deixe falar com o meu pai —— Haru chorou do outro lado da linha inquieta se levantando. Tudo àquilo estava mexendo muito com ela.
—— Desculpe, quem é o seu pai? —— A mulher perguntou confusa. Haru desligou o telefone chorosa, seu pai não havia dito coragem nem de lhe dar um número pessoal.
Haru era tão ruim assim para merecer tudo isso? Ela foi tão cruel para que nem seu pai quisesse falar com ela, no fundo ela sabia que merecia tudo àquilo, mas ela ainda era uma garotinha de xuxinhas assustada com o mundo real.
E assim que foi em direção ao um parque mais longe, Haru se sentou em um dos bancos deixando a chuva cair sem problema, estava chorando cansada de ser abandonada. Se perguntando se um dia sua família a perdoaria por todo mal causado ao seu amor, carreira e imagem.
—— Haru? —— A voz de Su-Ho fez a garota despertar da sua crise silenciosa. Ela olhou para cima com os olhos inchados e um nariz vermelho.
—— Por que está aqui? —— Haru perguntou baixo.
—— Eu vim buscar uma coisa —— Su-Ho disse escondendo um quadrinho no bolso da sua jaqueta enquanto erguia o guarda chuva em direção a Haru.
—— Eu sei que tem feito a Joo-Kyung de escrava, você não tem vergonha disso? —— Haru perguntou se lembrando da situação da amiga após implorar que Su-Ho não contasse como ela é sem maquiagens.
—— Sua mãe fez alguma coisa? —— Su-Ho perguntou ignorando a bronca da garota.
—— Não.
—— Foi o seu pai? Você falou com ele? —— Ele perguntou novamente.
—— Por que ele não me ama, Su-Ho? Por que meu pai não pode me amar? —— Haru chorou e gritou no rosto do garoto. —— Eu estou cansada dele me ignorar.
Su-Ho não era capaz de se aproximar, e no fundo ele entendia melhor que ninguém a dor de Haru. Era por isso que ambos foram melhores amigos por um tempo, era por isso que eles sempre entenderiam um ao outro.
—— Vamos fazer um curativo na sua perna, e depois eu te levo para casa —— Su-Ho disse aproximando e colocando a mão na cabeça de Haru fazendo um cafuné.
Haru sorriu leve pelo carinho do amigo, ainda que isso jamais fosse capaz de tirar a dor da ausência do seu pai que um dia a amou. E mais longe dos dois amigos, Han Seo-jun observava do outro lado da rua em sua moto, ele parecia sério e desacreditado.
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