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022. OZZY OSBOURNE.

—— DUSTIN! SERÁ QUE DÁ PRA IR DEVAGAR? NÃO DÁ PRA TE ACOMPANHAR ASSIM! —— gritei, empurrando galhos e folhas úmidas que batiam no meu rosto enquanto tentava manter o ritmo dele.

Estávamos andando a noite inteira pela floresta. Os sons dos insetos, o farfalhar constante das árvores e o frio que atravessava a jaqueta deixavam tudo ainda mais tenso.

Seguíamos a tal bússola maluca do Dustin como se fosse uma bússola para o fim do mundo.

—— A gente tá chegando! —— ele gritou, correndo na frente com um entusiasmo que ninguém mais ali conseguia acompanhar.

—— Dustin! —— puxei o garoto pela gola da camisa, bem a tempo de impedir que ele tropeçasse e caísse direto num lago escondido pela névoa. —— Olha por onde anda, caramba.

—— Ah não, tá de sacanagem né... —— Steve parou ao meu lado, encarando a paisagem.

O lugar era inconfundível.

—— Bem que eu reconheci essa mata... —— murmurei, cruzando os braços.

O Lago dos Amantes. Um nome bonito pra um lugar que agora dava arrepios.

—— Tem um portal aqui? —— Max perguntou, franzindo o cenho.

—— Sempre que o Demogorgon atacava, ele deixava uma abertura. —— falei, olhando a superfície calma da água. —— Talvez com o Vecna não seja diferente.

—— Só tem um jeito de descobrir. —— Steve falou atrás de mim, se aproximando.

Encontramos um velho barco preso entre as raízes de uma árvore caída. Meio podre mas funcional. Eu fui a primeira a entrar, seguida por Eddie, Nancy e depois Robin.

—— Hein! Tá querendo que isso afunde? —— Eddie segurou Dustin pelo ombro quando ele tentou subir. —— Isso aqui aguenta no máximo três pessoas.

—— É melhor assim. Vocês ficam com a Max e monitoram tudo daqui. —— Nancy explicou, já organizando os papéis na cabeça.

—— Fica de olho você! —— Dustin rebateu, emburrado. —— A ideia foi minha!

—— Você ouviu a Nancy, Dustin... —— disse, tentando manter a calma enquanto me ajeitava no barco.

—— Quem colocou ela no comando? —— ele apontou.

—— Eu coloquei! —— falei mais alto. —— E agora tô colocando você com os pés na terra, fora da água. Entendeu?

Steve se aproximou, tirou do bolso uma fita dos Beatles e duas polaroids gastas, entregando nas mãos do garoto.

—— Cuida disso pra mim, Dustin. —— ele disse, sério.

E então seguimos em direção ao lago. Eddie e eu remávamos forte, enquanto Steve se ocupava do motor enferrujado que todos sabíamos não funcionar de verdade.

—— Devagar, gente! —— Nancy alertou.

Parados, observamos a bússola girando como louca. O ponteiro não sabia pra onde apontar.

—— Se essa bússola estiver mesmo quebrada, eu juro que mato o Henderson. —— murmurei, bufando.

Mas algo chamou minha atenção. Steve havia tirado os sapatos. Depois, as meias. Em silêncio, começou a desabotoar a camisa. Engoli seco.

Tinha me esquecido de como Steve Harrington era bonito sem camiseta.

Robin, claro, notou meu olhar e sorriu com malícia. Dei um leve chute nela, fingindo impaciência.

—— O que você tá fazendo, Steve? —— perguntei.

—— Alguém tem que conferir o que tem lá embaixo.

Ele pegou uma lanterna improvisada feita com sacolas plásticas por Eddie.

—— E se for um portal mesmo? E se você ficar preso lá? Steve, pensa!

—— Você vai dar um jeito de me tirar de lá, Sam. Você é inteligente. Vai pensar em alguma coisa. —— ele respondeu, e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, pulou.

—— Meu Deus, Harrington, como você me irrita!

O silêncio caiu pesado no barco. Ficamos todos parados, olhando a superfície do lago como se ela fosse responder algo.

—— Se ele não morrer lá embaixo, eu juro que mato ele quando tudo isso acabar. —— murmurei.

—— Nasceram um pro outro. —— Nancy disse, talvez sarcástica. Talvez não.

Notei Eddie olhando pra gente, confuso. Provavelmente perdido em todas as conversas e sinais trocados nos últimos dias.

—— Tá demorando muito... —— murmurei, mordendo o lábio.

De repente, Steve emergiu, ofegante.

—— Achei! —— ele gritou.

—— O portal? —— Nancy perguntou.

—— Sim. Tá bem aqui. Bem menor que o portal mãe.

E então, num piscar de olhos, ele foi puxado de volta. Se agarrou no barco, mas antes que eu pudesse tocar sua mão, ele desapareceu sob a água.

—— STEVE! —— gritei, desesperada. O ar sumiu dos meus pulmões. Não, ele não. Qualquer um, menos ele.

Joguei a jaqueta no chão do barco, respirei fundo e pulei atrás dele, ignorando os gritos atrás de mim.

—— Loirinha! Que droga! —— ouvi Eddie gritar, mas sua voz foi engolida pela água.

A escuridão do fundo era total, mas uma luz vermelha me guiava, o portal. Ele me puxava como se tivesse vida própria. Quando abri os olhos, já estava do outro lado.

Tudo parecia mais lento, mais frio. Tenebroso.

—— Steve!? —— gritei. Vi ele um pouco mais distante, cercado por coisas que flutuavam de maneira antinatural.

—— Sam! —— ele respondeu, antes de ser agarrado pelo pescoço por uma daquelas criaturas, morcegos grotescos que pareciam saídos de um pesadelo.

Nadei até ele com o remo em mãos e comecei a bater na criatura, sentindo a raiva tomar conta. Outras duas mordiam sua barriga, mas logo Nancy, Eddie e Robin apareceram, descendo também.

Lutamos juntos, sujos, feridos, cansados. Golpe por golpe, até o último monstro cair.

—— Mais que inferno! —— Eddie jogou o remo no chão e se encostou, ofegante.

Corri até Steve, que segurava a lateral do corpo, o rosto contorcido de dor.

—— Você tá bem? —— perguntei, ajoelhando ao lado dele.

—— Acho que os morcegos me morderam bastante... Mas tirando isso... Tô bem.

Queria abraçar ele. Queria chorar e dizer que eu morria de medo de perdê-lo. Mas ele tava tão machucado... não queria fazer ele sofrer mais.

—— Vocês sabem me dizer se esses morcegos têm raiva? —— Robin perguntou, genuinamente preocupada.

—— O quê? —— todos viramos pra ela.

—— É sério, gente. Meu maior medo é pegar raiva. Precisamos de um médico. Quando os sintomas começam, já é tarde demais!

Olhei pra Steve, ele me olhou de volta. E os dois caímos na risada.

—— Acho que eles têm coisa bem pior do que raiva, Robin... —— dei de ombros.

—— Tá brincando, né? —— ela perguntou, completamente incrédula.

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