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030. OLHOS CÍNICOS.



ESTÁVAMOS CAMINHANDO PARA A MORTE.
Pobres humanos, armados com ferramentas frágeis feitas por suas próprias mãos, tentando destruir aquilo que mais temem.

O trailer estava mergulhado em um silêncio denso. Nem mesmo Kate Bush preenchia o ambiente como de costume. Eu seguia apertando a empunhadura da espada, cortando o tecido para fixá-la melhor. Meus dedos tremiam, mas eu não podia hesitar.

Foi quando senti a mão de Eddie sobre meu pulso. Seus olhos estavam sérios, mas havia uma gentileza neles que me fez parar.

Ele pegou a bandana preta que costumava usar pendurada na calça e a amarrou ao redor da espada, fixando-a também no meu braço.

—— Se você prender assim, ela não vai escapar —— murmurou, preocupado.

Eu apenas assenti, apoiando minha cabeça em seu braço por um breve momento. Precisava daquela âncora.

O sol já se punha, tingindo o céu de vermelho, como um aviso cruel de que estávamos cada vez mais próximos do plano.

Mais próximos do fim.

Quando chegamos à residência dos Creel, Max virou o olhar para mim. Seus olhos azuis estavam arregalados, cheios de medo. Eu sabia. Ela podia sorrir, fingir força, mas por dentro... ela estava apavorada.

—— Vai dar certo —— sussurrei, tentando soar firme. —— Eu acredito em você, Max.

—— Acaba com eles. Com os dois —— disse, referindo-se ao Vecna e ao Charlie.

—— Eu vou —— prometi. Observei enquanto Max deixava o trailer com os irmãos Sinclair.

E então... voltamos para os trailers, onde o medo parecia crescer com cada batida do coração. A tensão nos consumia, como se soubéssemos, no fundo, que talvez não voltássemos para casa.

Dessa vez... eu não tinha certeza se conseguiria me salvar.

—— Quero repassar o plano de novo —— Nancy pediu, visivelmente nervosa, tentando manter o controle.

—— Fase um —— começou Robin. —— Encontramos a Érica no parquinho, ela avisa a Max e ao Lucas que estamos prontos.

—— Fase dois —— continuou Steve. —— Vecna vai atrás da Max. Ela o distrai e entra no transe.

—— Fase três —— completou Dustin. —— Nós atraímos os morcegos.

—— Fase quatro —— Nancy retomou. —— Entramos no covil do Vecna sem interrupções... e matamos ele.

—— Ninguém avança para a fase seis sem todos confirmarem. Ninguém abandona o plano —— eu disse com firmeza. —— De jeito nenhum.

—— São seis? Qual é a fase cinco? —— Eddie perguntou, confuso.

—— Fase cinco —— me levantei, pegando minhas coisas. —— Eu encontro o Charlie... e mato ele. Assim, o Vecna perde o pilar que o sustenta.

Seguimos para o trailer dos Munson. O local parecia congelado no tempo, tudo exatamente como havíamos deixado. O tio de Eddie ainda não havia voltado desde o último ataque.

O garoto fingia estar tranquilo, mas eu via em seu olhar o medo de saber o que poderia ter acontecido com o único parente que lhe restava.

Largamos nossas coisas e Steve foi o primeiro a subir pelo lençol improvisado, caindo do outro lado com firmeza. Logo, ele puxou o colchão para o restante do grupo.

—— Sam, seu namorado é muito convencido —— Robin comentou com um sorrisinho.

Eu apenas balancei a cabeça e soltei minhas coisas antes de subir também. Caí no colchão do outro lado e, assim que me levantei, Steve me segurou pela cintura com carinho.

—— Fica ainda mais linda em roupa de batalha —— sussurrou. Sorri de leve, apesar da tempestade dentro de mim.

Depois que todos atravessaram, organizamos as armas e seguimos em direção ao plano. O silêncio se instaurava entre nós, como um último respiro antes do mergulho final.

—— Se algo acontecer, não hesitem. Fujam —— Steve avisou a Dustin e Eddie, que permaneciam do lado de fora do trailer.

—— Relaxa, Steve. Você vai ser o herói —— Dustin sorriu. —— Nós somos só a distração.

—— É, olha pra gente —— Eddie deu de ombros.

—— Eu só tô dizendo que... —— Steve começou, mas o interrompi antes que mergulhasse num discurso emocional.

Me aproximei dos dois, puxando-os para um abraço apertado. Segurei cada um como se não quisesse soltá-los nunca mais.

—— Ainda são meus heróis —— sussurrei, me afastando com pesar. —— Fiquem seguros.

—— Você também, loirinha. Protege todo mundo, como sempre faz —— disse Eddie, me abraçando de novo.
Eu queria acreditar que conseguiria.

—— Mas o que o Steve disse é sério —— insisti. —— Se algo der errado, abortem a missão. Só precisam distrair os morcegos por uns dois minutos... no máximo.

—— Acaba com eles, Sam —— completou Dustin.
Dei um sorriso leve, engolindo a angústia, e voltei para perto de Steve, Nancy e Robin.

A floresta parecia mais escura do que nunca. Cada galho, cada sombra... tudo parecia observar.

—— Eu não quero assustar ninguém, mas acho que já vi essas árvores antes —— Robin disse, ansiosa.

—— Isso é impossível, Robin —— retruquei.

—— Seria chato, né? Se o Vecna destruísse o mundo só porque a gente se perdeu na floresta —— ela resmungou.

—— Ninguém se perdeu! —— Nancy rebateu, correndo atrás da amiga. —— Robin, cuidado onde pisa!

—— Mente comeia, Robin! —— gritei.

—— Não liga, ela tá nervosa —— disse Steve, suspirando. —— Ela é estabanada.

—— Ela mesma contou que demorou pra aprender a andar —— comentei, tentando aliviar.

—— Eu não posso rir... —— Steve murmurou. —— Quando eu era bebê, eu engatinhava pra trás.

—— Engatinhava pra trás? —— perguntei, confusa.

—— Sim, eu empurrava as mãozinhas assim —— ele demonstrou com as mãos, rindo. —— Sempre de marcha à ré. Até que faz sentido se empurrar pra andar.

—— Não, não faz —— respondi, rindo baixo.

—— Fazia na minha cabecinha de mini Harrington —— deu de ombros. —— Até eu ir de ré escada abaixo e bater feio a cabeça.

—— Nossa... isso explica muita coisa —— brinquei, e ele abriu a boca fingindo indignação.

—— Acho que à primeira vista eu pareço super confiante, mas também sou meio idiota. Péssima combinação —— ele confessou. —— Mas uma pancada forte me muda... como aquela.

—— Aonde você quer chegar com isso, Harrington? —— perguntei.

—— Bem... estava só tentando dizer obrigado —— ele disse.

—— Tá me agradecendo? —— estranhei.

—— Sim.

—— Por quê?

—— Por ser a maior pancada na minha cabeça. A que me fez andar pra frente —— respondeu. —— Você mudou minha vida.

—— Você também mudou a minha —— respondi, tocando seu rosto.

—— Lembra do sonho que te contei? De ter um trailer, viajar com três pimpolhos?

—— Três, Steve. Não seis —— corrigi, sorrindo.

—— É, três —— ele riu. —— Era tudo verdade. Cada palavra.

—— Eu meio que suspeitava —— murmurei.

—— Eu quero que seja real, Sam —— Steve disse com firmeza. —— Quero você naquele trailer. Quero você como a senhora Harrington. A mãe dos pimpolhos. Porque sempre foi você. Desde o começo.

—— Eu vou ser a senhora Harrington, Steve —— toquei suavemente seu rosto. —— Eu prometo.

—— Então não vai sozinha atrás do Charlie —— ele pediu.

Suspirei, já cansada daquela conversa.

—— Eu já falei sobre isso —— insisti.

—— Eu não quero que se machuque. A gente não sabe o que ele pode fazer —— Steve argumentou.

—— Ele é meu irmão. Eu sei como lidar com ele —— respondi.

—— Me promete que, se der errado, você vai me chamar? —— ele segurou minhas mãos com força.

—— Não se preocupe. A senhorita Harrington vai voltar... o mais inteira possível —— prometi.

Steve assentiu. Me aproximei, nossos lábios se tocaram em um beijo demorado, e seus braços envolveram minha cintura como se tentassem me proteger do mundo.

Eu o abracei. Com força. Com medo de que aquele fosse... o último abraço.

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