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—— ELEVEN! VAI LOGO! —— Bati na porta da garota avisando sobre a escola, correndo para o quarto do Jonathan.
—— Jonathan me empresta seu... Que porra! —— Disse tampando o nariz e fechando a porta rápido do quarto graças a fumaça. —— Você conhece ventilador? Aqui tá fedendo a maconha.
—— Grita mais alto pra mamãe ouvir —— Jonathan disse abrindo a janela.
Ignorei o garoto abrindo seu guarda roupa tentando procurar entre toda a bagunça o quê eu precisava.
—— O quê você quer? —— Jonathan perguntou ainda abanando o quarto tirando a fumaça.
—— Aquela sua jaqueta preta, eu preciso dela —— Eu disse jogando as roupas bagunçadas na cama. Jonathan ouviu a buzina do carro do amigo dele, Argyle.
—— Droga! Vamos logo Sam, se não quiser perder a carona —— Jonathan disse pegando a mochila e correndo pra fora do quarto.
—— Achei! —— Disse pegando a jaqueta e seguindo o garoto.
—— Bom dia muchachos —— Argyle disse da forma mais tranquila e chapada possível.
—— Argyle, tem como me levar no Departamento de Trânsito? —— Perguntei parada na frente da janela do motorista.
—— Pra quê isso muchacha, que ir lá pra que? —— Argyle perguntou.
—— Ela vai tirar a carteira de motorista —— Jonathan respondeu entrando no carro.
—— Aí sim hein! Entra aí, eu te levo lá —— Argyle disse batendo no volante.
—— Muito obrigada!
—— Sam! Pegou o dinheiro? —— Joyce gritou na porta de casa.
—— Peguei! Tchau mãe! —— Disse correndo para entrar naquela coisa gigante de entrar pizza do Argyle.
—— Gostei do bonequinho —— Disse olhando para o trabalho da El que ela falou literalmente o dia todo nas últimas semanas.
—— É o Hopper —— Ela disse orgulhosa do próprio trabalho.
—— É, ficou bem parecida —— Eu disse fazendo no carinho no cabelo da garota.
A Califórnia não era ruim, quer dizer, depois de 6 meses ou 185 dias como a Eleven gosta de dizer, você se acostuma. Nós adaptamos, ao clima, ao Estado e as pessoas de lá.
—— Primeira parada! Habilitação da Sam! —— Argyle gritou parando o rápido de forma brusca quase me fazendo cair do banco.
—— Muito obrigado, Argyle —— Disse saindo rápido e observando a van novamente correr pelas estradas da Califórnia.
Observei aquele enorme lugar, eu só precisava de 30 minutos dentro de um carro, uma prova de 1 hora e vua lá, Samantha Byers tinha uma carteira de motorista.
—— Vamos lá senhorita Byers, passou na teórica, mas vamos ver se vai passar na prática —— Meu instrutor completou com sua prancheta em mãos em entregando a chave do carro.
Depois de uma longa viagem de 30 minutos de carro, passando por todos os lugares possíveis, eu me sentia confiante, sentia que eu estava pronta. Finalmente pronta.
E quando voltamos para o Departamento de trânsito, eu observei ansiosa pelo meu instrutor que terminava suas anotações.
—— Tudo bem Samantha Byers, você passou! —— Ele disse me passando o papel assinado.
—— Meu Deus! Meu santo Deus! —— Eu esperniei como uma criança dentro do carro animada. —— Eu passei!
—— Sim, agora precisa ir lá dentro tirar sua foto para a carta —— Ele completou.
Sair do departamento de trânsito com minha habilitação em mãos era a coisa mais mágica do mundo, era a melhor coisa que tinha me acontecido nos últimos 3 meses.
Tinha juntado dinheiro durante quase dois anos para o meu carro, e então finalmente eu teria um carro, meu próprio carro.
Quando finalmente voltamos pra casa, Jonathan, Will e El já tinham voltado pra casa depois da escola.
—— Bolo de carne, em comemoração a habilitação da Sam! —— Joyce completou colocando a comida na mesa.
—— Parabéns Sam, você merece —— El completou e eu apenas sorri para a garota lhe dando um abraço de lado.
Enquanto estávamos todos sentados e conversando, Joyce chamou a atenção.
—— Aliás gente, o Murray vai vir para cá —— Ela comentou colocando comida no próprio prato.
—— Por quê? O quê vai vir fazer aqui? —— Jonathan perguntou.
—— Coisas de trabalho, então vou precisar dele aqui —— Joyce respondeu. Porém toda a minha atenção foi para o telefone que tocava sem parar.
—— Boa noite, Samantha Byers?
—— Sim... Quem é? —— Perguntei.
—— Olá Samantha, é o detetive Carrey, me desculpa te ligar nesse horário da noite, precisava falar com você urgente —— Meu chefe disse do outro lado da linha, parecia tenso.
—— Tudo bem senhor Carrey, aconteceu alguma coisa?
—— Em Lenora Hills não, mas em outro lugar sim. Acabamos de receber um chamado pra ir pra Hawkins, em Indiana —— Carrey respirou fundo. —— Eu quero te chamar pra investigar comigo.
—— Senhor Carrey eu sou apenas uma aluna de perícia criminal, de nível baixo ainda, tem certeza...?
—— Acredite Byers, de todas as pessoas com quem já trabalhei ou dei aulas, você é a melhor para isso, além de que eu ouvi que você já morou em Hawkins por um tempo, vai ser uma ótima ajuda —— Ele completou.
—— Tudo bem, eu aceito a proposta.
—— Ótimo, eu vou marcar nosso vôos para amanhã, então já esteja preparada ok?
—— Pode deixar, muito obrigado pelo convite Carrey —— Desliguei o telefone observando o olhar de todos para mim.
—— Aconteceu alguma coisa? —— Will perguntou.
—— Eu vou pra Hawkins —— Respondi.
—— O quê? —— Joyce perguntou se levantando.
—— Aconteceu alguma coisa lá, algum crime e me chamaram para investigar, ir como investigadora mesmo —— Expliquei.
—— Sam... Filha, parabéns! Meu Deus finalmente estão te dando o reconhecimento que merece —— Joyce disse se aproximando de mim e me abraçando.
Eu estava em choque, feliz por finalmente ter meu reconhecimento como detetive e investigadora, e também por voltar pra Hawkins, àquilo tudo era demais pra mim.
Eu estava nesse trabalho a 5 meses, estudando e investigando poucas coisas com um dos melhores detetives da Califórnia, e agora eu estava indo trabalhar com ele em outro Estado.
—— Nós vamos voltar também? —— Will perguntou.
—— Não, só a Sam vai —— Joyce respondeu. —— Ela vai pra trabalhar, isso não são férias. Will voltou a se sentar na mesa meio para baixo.
—— O Mike vai vir pra cá amanhã, e vocês vão ter um pedaço de Hawkins aqui —— Joyce disse chamando a atenção de El que voltou a ficar animada.
—— Droga eu preciso arrumar minhas coisas agora! —— Eu disse correndo pro quarto.
—— Sam! Meu Deus não podemos ter um jantar em família normal? —— Joyce gritou enfiando o garfo na própria comida.
—— Aviso importante sobre a narração:
As narrações a partir daqui serão feitas pelo famoso narrador onisciente (também em terceira pessoa), que tem total conhecimento de personagens e fatos. Porém ainda terá a visão em primeira pessoa da Sam. Apenas para que assim possam saber tanto da Califórnia quanto de Hawkins!!
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