ׅ ◌ ᣞ 𑂯 𝐅𝐢𝐧𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐚𝐧𝐨 ࣪ ׅ ❼ゅ ֺ
Meses depois...
O final do ano chegou, e com ele os trabalhos para conseguir o restante das notas. Tentar convencer o professor de que ele é o melhor e que seria horrível reprová-lo somente por falta de alguns pontinhos aqui e ali. Correto? Sanemi estava nessa de se "humilhar" perante a professora de História, pois ainda restava 3,8 pontos para completar sua nota final, e foi depois de muitos, "por favor, eu nunca te pedi nada", "prometo ser uma pessoa melhor no futuro" que ela lhe deu um trabalho que ele deveria entregar sexta-feira.
Só o Shinazugawa sabia o quanto choramingou para conseguir aquilo.
Os demais estavam livres disso e continuaram a frequentar o colégio para ter mais um tempo de escola juntos e tirar muitas fotografias para depois revelar e guardar de recordação. Principalmente a lembrança dos 4 meses de gestação que o Tokito estava depois de descobrirem que Sanemi não errou. Muichiro estava buchudo.
O de fios brancos quase matou o irmão se não fosse segurado por Kyojuro e Giyu no dia em que menor fez o teste e saiu do banheiro com lágrimas nos olhos. De repente Genya chorava junto dele sentado no sofá, Sanemi havia saído da casa para não terminar de xingar o casal até sua voz falhar, sendo seguido pelo Tomioka e Obanai, enquanto Kyojuro ficou conversando com os novos papais.
Foi um momento tenso e Rengoku também não conseguiu segurar o choro. Sanemi havia sentado no chão da calçada e escondia o rosto com as mãos, resmungando o quão eles eram burros, no tempo em que fungava baixinho e Obanai e Giyu sentaram ao lado dele, esperando que ele se acalmasse, ignorando as lágrimas que escorriam dos seus próprios olhos.
Todos sabiam bem como seria complicado a vida da dupla dali para frente, afinal, estamos falando de um bebê que necessita de cuidados, carinho, atenção, noites de perda de sono, entre outras coisas. Muichiro morava com seus pais e só fazia bico na loja de doces perto da escola na parte da tarde. Genya estava juntando dinheiro para tirar sua carteira de habilitação e poder trabalhar com entregas e ter mais uma renda.
Ter um bebê, definitivamente, não estava nos planos.
Porém, o leite já estava derramado e agora Genya tinha 2 bocas para alimentar, e com isso, Muichiro passou a morar na residência dos Shinazugawa, afinal, aquele era um problema seu e iria arcar com as consequências dos seus atos, mesmo tendo que ouvir as reclamações do irmão no começo por ser idiota e imprudente.
1 mês depois ele estava comprando roupinhas para seu sobrinho junto com o Tokito.
Enquanto o jovem casal planejava o enxoval do bebê, Kyojuro se aproximou cada vez mais do Uzui, que parecia um pouco diferente com o passar do tempo. As fofocas de que saía com suas funcionárias foram deixadas de lado, assim como as festas que ele frequentava com frequência depois do expediente.
O pensamento do Rengoku foi logo que Tengen tentava melhorar, pois havia se apaixonado por alguém em particular, mesmo que ele não fizesse ideia de quem poderia ser, visto que, o mais velho não comentava sobre isso desde o momento em que se confessou, e de alguma forma agradecia, pois ainda sentia algo por ele.
Além de perceber isso, Tengen se encontrava cada vez mais perto dele, tanto em casa quanto fora dela. Havia finais de semana que passava em sua casa e assistiam filmes e comiam pipoca dando risadas dos personagens da trama de comédia, comentando sobre a vida de alguém não importante, ou sobre como andava a cafeteira do Uzui que acabou confessando que estava com alguns problemas.
Suas funcionárias.
Direto e reto, ele lhe disse que não desejava mais nada com elas, todavia, as três mulheres começaram a ficar muito insistentes e carente ao ponto de chegar atrasadas no trabalho ou errar os pedidos, dando prejuízo ao Uzui que pensou em demissão, todavia, iria necessitar de outros funcionários.
Rengoku lhe contou que Muichiro e Obanai estavam procurando um emprego, assim como ele próprio, e mesmo não tendo experiência, poderiam se esforçar. Tengen julgou ser uma boa ideia e faria uma semana de teste com eles, e até o momento, continuavam a trabalhar no estabelecimento. Por conta disso, Kyojuro o via ainda mais, principalmente agora que não tinha mais nenhuma mulher rondando igualmente antes.
Era tarde de sexta-feira e os jovens faziam seu trabalho como sempre, todavia, dessa vez havia clientes especiais como Genya, Giyu, Sanemi e Gyomei que era um grude sem fim com o de fios brancos. Uzui dizia que poderia vomitar arco-íris a qualquer momento. O local estava movimentado, ainda mais com a chegada do final de semana e o grupo não parava quieto, menos Muichiro que era caixa por motivos óbvios e que levaram ao Uzui a deixá-lo ali desde sua chegada.
Seu ventre apresentava-se aparente e redondinho, o que fazia com que seus amigos ficassem morrendo de amores pelo mascote. Tengen e companhia entram nessa lista. Era a primeira sexta de dezembro, sendo o último dia que tiveram aula, e daqui há 1 semana iria ocorrer a formatura. Graças a sua rapidez, Sanemi conseguiu entregar o trabalho e receber a nota que faltava, o que o fez pular de alegria no colo de Rengoku enquanto estavam na sala de aula, tirando risadas dos colegas de classe e da professora.
Shinazugawa localizava-se sentado ao lado de Gyomei no canto, junto dos outros, no lugar que adotaram como seu desde quando começaram a frequentar o local. Nessa altura do campeonato, o de fios brancos já havia laçado o Himejima com todos os seus "dotes", como o próprio se gabava a Deus e o mundo. Tomioka questionava o mais velho pelo motivo dele estar com alguém tão insuportável e briguento quanto Sanemi.
Era mais por irritar o Shinazugawa do que qualquer outra coisa, pois sabia que ele era esquentadinho e sempre dava um surto por conta disso, só confirmando o quão bobo o garoto poderia ser. Rengoku foi até a mesa onde achava-se o grupo e abriu um sorriso singelo para os demais que logo olharam para ele, lhe perguntando como estava, principalmente querendo saber sobre o Tokito que não se encontrava no caixa depois de ser procurado pelos olhos de Genya.
— Ele foi ao banheiro. Muichiro urina a cada dez minutos, coitadinho do meu amigo — Kyojuro disse melancólico, tirando uma risada dos irmãos e Gyomei que fazia carinho na mão de Sanemi sob a mesa.
— Fora isso, ele está bem? — a pergunta veio de Genya, que logo viu Muichiro aparecer no corredor, e nem ao menos deixou o Rengoku responder, pois se levantou e foi até o namorado que coçou os olhos.
Ele estava incrivelmente adorável com aquela barriguinha de 4 meses. Suas bochechas e outras partes do corpo também se encontravam rechonchudas, deixando o Shinazugawa ainda mais apaixonado pelo baixinho, que logo percebeu sua presença e tirou o bico dos lábios avermelhados para sorrir.
Genya o abraçou com carinho quando se aproximou, sentindo o ventre contra seu corpo, fazendo um carinho nos longos fios escuros e ouvindo as risadinhas de algumas garotas no local, que pensavam no quão fofo era essa cena do Tokito manhoso como um gato, esfregando seu rosto no peitoral coberto pela blusa azulada do Shinazugawa.
— Como vocês estão? — Genya perguntou, trazendo Muichiro para o lugar onde estava sentado, enquanto nenhum cliente entrava. Muichiro sentou no estofado ao lado de Giyu.
— Bem, até então. Nossa menina tem mexido um pouco — o Tokito afastou um pouco para o namorado se sentar na ponta, ficando ao seu meio e de Giyu que observou seu ventre igualmente Sanemi e Gyomei faziam, enquanto Kyojuro se retirou indo para à cozinha dar os pedidos para o senhor Taiu fazer.
— Já sabem um nome para a pirralha? — a maneira como Sanemi demonstra seu amor pela bebê era diferente.
— Sane, por favor. Seja mais cuidadoso — Gyomei repreende o namorado de sua forma gentil e delicada, ouvindo o resmungo do mais novo.
— Aprenda com ele, Shinazugawa — o Tomioka debochou, mantendo a expressão neutra e fazendo Genya segurar uma risada, vendo o irmão levantar o dedo do meio para Giyu, sendo repreendido pelo Himejima mais uma vez. Gyomei era cego, não burro. Conhecia Sanemi a tempo suficiente para saber os vários dedos que gostava de levantar quando era contrariado.
— Pensamos, sim, babaca — Muichiro soltou um riso soprado, sentindo a mão de Genya massageando seu ventre coberto pelo avental — Muny ou Nyaro.
— Uma junção dos nomes de vocês — Gyomei falou tendo atenção dos demais — Isso é tão lindo — o homem começou a chorar de repente, sendo amparado por Sanemi que o mandou parar de bobeira. Himejima abraçou o menor de lado com carinho, sentindo o cheiro bom que exalava dos fios rebeldes.
Sanemi revirou os olhos. Gyomei era tão sentimental e ele gostava, só não iria admitir.
Obanai entregou os pedidos e chamou o namorado com o olhar para poderem conversar um pouco ao lado de fora, depois de pedir permissão para Tengen. O jovem casal seguiu para o corredor e adentrou à cozinha, vendo Kyojuro colocando os pedidos do grupo na bandeja e pronto para se retirar dali.
Iguro abriu a porta ao lado da pia do recinto e o Tomioka veio logo em seguida. Ali no beco poderiam ter um pouco de privacidade e dar uns beijos que tanto Giyu quanto Obanai sentiam falta, apesar de terem se visto hoje cedo. O de olhos azuis o puxou pela cintura e selou seus lábios com carinho, enquanto as mãos do menor pousaram em sua jaqueta jeans, passando para dentro e sentindo o peitoral definido.
Tomioka deslizou sua língua contra a de Obanai, apertando a cintura curvilínea que o garoto possuía, adorando sentir o gosto do hálito possuído pelo Iguro que gemeu baixinho contra sua boca, logo subindo as mãos para os ombros de Giyu que o abraçou separando o beijo carinhoso encarando os olhos brilhantes de Obanai.
— Senti sua falta, Nai — o mais velho disse em sussurro, tendo a bela visão do rosto ruborizado do menor que mordeu o lábio inferior, envergonhado, regulando a respiração — Hoje à noite eu gostaria de levá-lo para jantar. Esse é um dos motivos que me fez vir até aqui.
— Poderia ter dito por mensagem, Yu. Você está de folga, deveria descansar um pouco — Obanai alertou, mesmo que, no fundo, gostasse dessa importância que tinha para o outro.
— Eu me sinto bem, não se preocupe, e não é sacrifício nenhum estar aqui somente para vê-lo e beijá-lo — Giyu segredou contra os lábios do namorado que escondeu o rosto em seu peitoral, sem graça pela forma gentil e carinhosa que era tratado pelo maior.
Tomioka gostava dessas reações fofas que seu amado tinha toda vez que falava dessa maneira, afinal, nada era mentira. Estar junto de Obanai era tão bom e certo que ele iria até o fim do mundo somente para o ter perto de si. Abraçá-lo com amor e sentir seu cheiro bom, era algo que Giyu faria a todo momento se pudesse. Amava tanto o Iguro que não conseguia dizer em palavras, todavia, suas ações falam por si só.
Retornando para dentro da cozinha com mais 2 pedidos, o Rengoku não pôde esconder a curiosidade e foi espiar o que o casal de amigos fazia ao lado de fora, observando pela fresta a dupla aos beijos e trocando carícias que o fez rir baixinho e se virar, acabando por trombar com o Uzui que o segurou pelos braços para que ele não caísse.
— Desculpe-me, Tengen — Kyojuro sorriu tímido enquanto o outro acenava em negação, retribuindo o sorriso, perguntando se ele estava bem, e foi somente nesse instante que percebeu o quão próximo estavam, e as grandes mãos do mais velho permaneciam em seus braços — P- perfeitamente... — o Rengoku gaguejou e se afastou minimamente.
— Você estava bisbilhotando o casalzinho, não é? — Tengen arqueou uma sobrancelha, soltando os braços do garoto à sua frente, que ruborizou e riu suspeito — Se quer tanto um beijo... — inclinou para ficar perto o suficiente do rosto de Kyojuro — É só me pedir.
Tengen falou e saiu dali como se nada tivesse acontecido, assobiando e dando um tapinha nas costas do senhor que fazia um dos pedidos, esse que observava tudo pensando em quanto essa juventude estava avançada. O de fios amarelos sentiu seu coração pular do peito e arrepiou, batendo as mãos no rosto e arregalando seus olhos vermelhos.
— Eu odeio tanto esse homem — o Rengoku choramingou para o mais velho que concordou e sorriu acolhedor, como sempre — O que eu faço, senhor Taiu? Ele às vezes faz esse tipo de coisa, mas eu penso que talvez esteja brincando comigo...
— Tengen vem mudando, sabe? Ele não está como antes. Céus, eu não sei de mais nada! — soltou um suspiro de insatisfação, debruçando seu corpo sobre o balcão e uma cena dramática.
— Jovem Rengoku, você não percebe?
— Não percebo o quê? — Kyojuro perguntou intrigado. Se ergueu e olhou para o mais velho que era alguns centímetros menor.
— Bem... — o homem fez uma cara pensativa e parou o que estava fazendo, levando a mão ao queixo — Converse com o Uzui. Ele poderá tirar suas dúvidas — o senhorzinho riu e voltou ao seu trabalho. Kyojuro lhe deu um olhar de tédio e abaixou os ombros, pegando sua bandeja e saindo do local, murcho e depressivo.
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