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Tradução: Entre Amizades E Amores - Yūjō To Ai No Ma De

Manhã de segunda-feira era sempre o pior dia para Rengoku Kyojuro, pelos motivos óbvios que envolviam a escola. O jovem de 18 anos parou em frente ao espelho do banheiro com a cara amassada como se tivesse dormindo abaixo do seu travesseiro, mesmo sendo o oposto. No dia anterior ele passou junto dos seus amigos mais próximos na casa de Sanemi e Genya, o que resultava em muita baderna, brincadeiras, comidas de fast food, videogame e fofocas sobre os colegas do colégio. A residência dos Shinazugawa ficava em um completo caos sempre que eles se reuniam aos finais de semana.

Por conta disso, Kyojuro ficava até altas horas acordado vendo filmes e voltava para casa na noite de domingo morrendo de sono e cansaço, o que ocasionou em pequenos acidentes como ele bater a cabeça na porta e o dedinho do pé na quina da cama, fazendo seu irmão mais novo rir alto e seu pai balançar a cabeça em negação e segurar o riso enquanto Kyojuro choramingava de dor. O de olhos vermelhos sentia que sua alma ainda estava deitada na cama sob os cobertores, no tempo em que somente seu corpo estava ali, pegando a escova e a pasta de dente.

Seus cabelos ondulados estavam em uma confusão sem fim, do qual ele sabia o trabalho que iria dar para pentear, se é que conseguirá tal efeito. Escovando seus dentes com seus olhos caídos e uma expressão sonolenta no rosto, Kyojuro viu Senjuro aparecer ao seu lado, pedindo para ele chegar para o lado, todavia, o mais velho não entendeu o que o garoto quis dizer pois estava bêbado de sono e surdo.

— O quê? — no momento em que a pergunta saiu dos lábios do mais velho, por estar com a boca cheia de espuma, vestígios foram parar no rosto do menor que apenas fechou os olhos e deu um passo para trás, logo encarando o maior com uma sobrancelha arqueada, revelando seu aborrecimento. Entretanto, Kyojuro pareceu não notar e voltou a escovar os dentes como se nada tivesse acontecido.

— Nojento — Senjuro cerrou os dentes e empurrou o irmão para o lado, lavando seu rosto e retirando o maior do seu transe, franzindo o cenho, se perguntando o motivo do menor ter dito aquilo. Porém, antes que pudesse perguntar, ele se retirou do local batendo o pé no chão e bufando.

— Tá...? — o Rengoku rolou os olhos e lavou sua boca. Ao terminar sua higiene, pegou sua mochila e o celular saindo do quarto em seguida, seguindo pelo corredor e adentrando à cozinha onde estava seu pai servindo uma salada de fruta para seu irmão sentado, mastigando seu sanduíche. Desejou bom dia para o mais velho e sentou-se de frente para o menino emburrado, lhe encarando.

— Aconteceu algo? — Shinjuro questionou ao notar o olhar do filho mais novo para o outro que despejou um pouco de café na xícara à sua frente sobre a mesa.

— Eu também queria saber — Kyojuro sorriu para Senjuro que estalou a língua no céu da boca no segundo em que seu pai sentou junto deles — Talvez seja os hormônios...

— Vai a merda, Kyojuro! — o menino falou irritado, tirando uma risada do citado — Pai, ele fez aquilo de novo. 

— Aquilo o quê? — os mais velhos disseram em uníssono, e logo uma pequena discussão se iniciou com os mais jovens e Shinjuro tendo que mandá-los fechar a boca e terminar de tomar o café. No final das contas, tudo era por conta do que Kyojuro havia feito no banheiro. Novamente. 

"A culpa não é minha, pai. Culpe à segunda-feira e quem a fez"

Essa foi a desculpa dada pelo jovem por ter cuspido pasta de dente na face do seu irmão... Pela terceira vez consecutiva. Kyojuro se desculpou com o mais novo e lhe disse que não fará novamente, mesmo julgando não saber se poderá cumprir. Kyojuro culpou o dia de hoje por isso.

Saindo de sua casa colocando a mochila pendurada nos ombros, o garoto passou pela oficina do pai que ficava ao lado da residência, especificamente na garagem. As portas ainda estavam fechadas, sabendo que o funcionário de Shinjuro ainda não havia chegado, visto que, é ele quem sempre abre o local. Só de pensar no mecânico, os lábios de Kyojuro formou um sorriso bobo, expondo seus dentes branquinhos e alinhados. Ele balançou a cabeça em negação e olhou para os pés, seguindo seu caminho, dando uma risada boba e sentindo seu coração acelerar de repente.

Era sempre assim quando pensava em Tengen: o homem que paraiva sua mente desde quando ele tinha 17 anos e começou a nutrir sentimentos pelo de olhos rubis, que deixavam as pernas do Rengoku bambas, lábios secos e seu rosto avermelhado sem que ele pudesse controlar suas emoções. Que culpa o jovem tinha de Tengen ser tão bonito? Ainda que ele conheça o Uzui desde seus 13 anos, o que ele sente hoje em dia, não era apenas admiração por saber quem era Tengen e tudo que ele passou para chegar até aqui, e como ele batalhava para construir sua cafeteira, assim sendo o planejamento do homem durante todo esses anos.

Tengen era divertido e muitas das vezes arrogante, o que era engraçado, toda vez que o Uzui falava de si na terceira pessoa como se fosse o ser mais extravagante existente nessa Terra. Rengoku julgava esse egocentrismo como algo fofo e único do Uzui. Entretanto, mesmo gostando do outro, ele sabia que não teria chances, afinal, Tengen o via como um irmão mais novo desde muito tempo. Por conta disso, ele preferia guardar esses sentimentos para si e seguir sua vida como se vê-lo com outras pessoas não o machucasse, principalmente por ele ser hétero, pelo que sabia até então.

Perdido em pensamentos melodramáticos, Kyojuro não notou que alguém estava vindo em sua direção por estar de cabeça baixa e logo trombou com o outro, pedindo desculpas e erguendo o olhar, somente para ver Tengen fumando e abrindo um sorriso singelo que fez o Rengoku engolir a seco e desviar seus olhos, sentindo seu rosto esquentar.

— Bom dia, baixinho — o mais velho falou com certa intimidade, como fazia frequentemente. 

— Bom dia, Tengen — Kyojuro disse baixo, sentindo a fumaça do cigarro em suas narinas — Seu fumante de merda — ele riu e olhou para o maior que vestia o mesmo traje de sempre, devolvendo a risada e dando de ombros. 

— Vai estudar! — Tengen se aproximou e levou a mão que estava no bolso da calça até o topo da cabeça do Rengoku que revirou os olhos, tirando os dígitos que bagunçaram seus fios amarelos.

— Idiota! Eu demorei vinte minutos desembaraçando meu cabelo — Kyojuro deu um tapinha na mão de Tengen e tentou arrumar os fios ondulados, tirando um sorriso maroto do mais alto.

— Seu cabelo é lindo assim. Parece uma bruxinha — brincou, logo ajudando o menor a ajeitar o local bagunçado, somente para fazer com que Kyojuro fizesse um bico e cruzasse os braços, mesmo que por dentro tivesse vontade de abraçá-lo com forma e sentir seus braços tonificados em volta de si — Prontinho, agora vaza! 

— Bastardo — o Rengoku resmungou e saiu do local em passos largos, ouvindo "baixinho esquentadinho" sair dos lábios de Tengen que se divertia com sua irritação — Se eu não gostasse de você já terei te dado um chutão — resmungou no tempo em que atravessava a rua, indo na direção da residência dos Shinazugawa para irem para à escola junto dos demais.

Todos os amigos de Kyojuro moravam perto um do outro, por conta disso, regularmente faziam essa caminhada de buscar cada um em sua moradia; primeiro os irmãos, em seguida Muichiro, Obanai e Giyu que completava o grupo que andava de um lado para o outro no colégio, assim sendo desde sempre. Logo após se encontrarem, seguiram em passos lentos até o local enquanto conversavam sobre coisas aleatórias, até o Rengoku tocar no assunto "Uzui Tengen", algo que não era novidade para nenhum deles, visto que, sabiam dos sentimentos do amigo para com o mais velho. 

Todavia, mesmo dizendo para ele se confessar e extravasar o que sente, não resolveu, e isso irritou Sanemi que não tinha muita paciência para drama.

— Você é um animal mesmo, Kyojuro — o Shinazugawa deu um olhar de nojo para o amigo caminhando ao seu lado esquerdo, enquanto Genya mantinha-se de mãos dadas com o Tokito que estava ouvindo música, ignorando os demais. Normal.

— Nossa, precisa ofender? — Kyojuro pareceu indignado, levando a mão ao coração, fazendo os olhos de Obanai revirar, estando ao lado do Tomioka que tinha o braço direito sobre seus ombros, mexendo no celular. 

— Sim?! — o Iguru disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, desviando seu olhar para o namorado que guardou o aparelho celular, concordando consigo.

— Você deveria colocar a boca no trombone — Genya riu com a própria fala, no tempo em que o Tokito retirou um dos fones do ouvido, perguntando sobre o que eles conversavam — O mesmo de sempre: Kyojuro sendo gado pelo Tengen.

— Ah — Muichiro fez som com a cabeça e colocou o fone de volta, voltando a focar no rap de anime que tocava no celular. Melhor do que ouvir os dramas do amigo frouxo.

— Com amigos que nem vocês eu não preciso de inimigos — o Rengoku bufou, fazendo Genya rir.

— Quem mandou ser lerdo para um caralho? — Sanemi seguiu a ação de Kyojuro. 

— Já que você não quer dizer o que sente, continua sofrendo — o Tomioka  se pronunciou indiferente, trazendo o corpo de Obanai para mais perto de si, fazendo Sanemi cair na gargalhada ignorando o fato de ser 6h da manhã e estarem andando por uma rua silenciosa, onde só era possível ouvir suas vozes. 

Com o primeiro tempo de aula passado, os jovens saíram da sala no horário de almoço e foram para a cantina onde Sanemi quase caiu no braço com um garoto de cabelo verde e personalidade duvidosa que entrou na frente de Genya, que não percebeu pois estava conversando com o namorado. Todavia, o garoto de pavio curto foi segurado por Kyojuro e o irmão, enquanto os demais balançavam a cabeça em negação pela vergonha que passavam. 

Mais uma vez. 

Tudo foi resolvido quando a tia da cozinha mandou o garoto ir para o final da fila antes que ela lhe desse uma colherada de pau na cabeça, o que fez os alunos rirem e o de fios verdes ficar envergonhado, dizendo que iria resolver o assunto na saída, e como era sensato, Sanemi apenas disse que esperaria sentado à sua espera.

— Eu não mereço — o Tomioka fechou os olhos, tentando ignorar os xingamentos do Shinazugawa irritado, sendo acalmado pelo irmão e Kyojuro que tentava não rir igualmente Genya.

Obanai e Muichiro roubaram alguns sucos de caixinha no momento da discussão e colocaram tudo no bolso. Ser baixinho nesses momentos ajudava muito. Logo estavam comendo no final do refeitório, enquanto sua mesa estava com mais caixinhas do que deveria, o que chamou a atenção da irmã do cara com quem Sanemi iria brigar.

— Cala a boca, testuda! — o de fios brancos disse com os dentes cerrados, no tempo em que a garota revirou os olhos e mostrou dedo do meio, sentada na mesa ao lado junto de algumas pessoas tão estranhas quanto ela e seu irmão — Enfia no seu-

— Sanemi — Genya chamou a atenção do mais velho que emburrou, voltando a comer seu legume, agora com raiva.

— Isso é falta de terapia — Muichiro falou, deitando a cabeça no ombro do namorado sentado ao seu lado direito.

— Sai daí, maconheiro — Sanemi retrucou, fazendo Kyojuro cuspir o suco na cara de Giyu à sua frente, tirando risadas dos Shinazugawa e o próprio Rengoku que pediu desculpas no tempo em que Obanai limpava o rosto do namorado com o guardanapo, ignorando o olhar de ódio dado pelo Tomioka contra o Rengoku.

Uma manhã tranquila era tudo que Kyojuro necessitava.

Ao acabar de comer, o grupo saiu da cantina e foram para o jardim, em uma parte mais afastada dos outros, sentados sob uma árvore de cerejeira, voltando ao assunto "Uzui Tengen", mesmo dizendo para Kyojuro se ferrar, eles gostavam de zoar com sua cara e dizer o quão frouxo ele era por não conseguir falar aquilo depois de tanto tempo gostando do mais velho.

— Cara, para com essa porra. Não é como se você não fosse maior de idade, e idai que ele é hétero? — Sanemi disse como se não fosse nada, encostando no troco da árvore com o Rengoku ao seu lado. 

Tomioka tinha o namorado no meio de suas pernas, apoiando as mãos no chão igualmente Genya que estava na mesma posição enquanto Muichiro jogava Minecraft em seu celular, visto que o dele havia descarregado depois de ter esquecido de carregar o objeto em casa antes de levá-lo. 

— Idai? — o Rengoku arqueou uma sobrancelha, passando o olhar pelos demais — Eu não quero levar dois foras de uma vez só. O primeiro por ele não sentir o mesmo e o segundo por ele ser hétero

— Ao menos você se sentirá mais leve — Obanai disse em seguida, sentindo um beijo ser deixado em sua bochecha escondida pela máscara branca.

— Mais leve e triste? Não, obrigado! — Kyojuro suspirou profundamente, cruzando as pernas, colocando as mãos dentro do seu casaco, sentindo a leve brisa fria daquela manhã de tempo nublado.

— Então se fode aí — Sanemi estalou a língua no céu da boca, ajeitando-se e deitando sua cabeça nas pernas do Rengoku.

— Você está nessa há um ano, Kyojuro. Eu posso imaginar o quão mal você possa sentir ao vê-lo com outras pessoas — Giyu falou e teve a atenção dos amigos, principalmente do Rengoku que coçou a nuca, franzindo o cenho, mordendo o lábio inferior, sabendo que ele estava certo.

— Sim, é verdade... — Kyojuro riu sem graça, mexendo nos fios brancos de Sanemi — Eu não consigo dizer o que eu sinto... E a vez que eu tentei, uma mulher apareceu na oficina procurando por ele depois da noite que tiveram...

— Você nunca disse isso para gente... — Muichiro falou baixo, desligando o celular do namorado, mordendo a bochecha por dentro, pensando em algo para falar e tentar consolar o amigo.

— É... Vamos mudar de assunto? — Kyojuro pediu e os demais entenderam.

O dia em que essa situação ocorreu, não faz tanto tempo. Foi há 2 semanas atrás quando o Uzui não apareceu no trabalho por estar de folga, aproveitando esse tempo para organizar os móveis comprados para sua cafeteria, onde o Rengoku estava a sair de casa para ir quando foi parado pela mulher. O garoto sentiu-se tolo pelo ciúme correndo pelas suas veias após ouvir as palavras ditas por ela, que logo se retirou, pedindo para ele dizer ao Uzui sobre o estar procurando. Rengoku não o fez até hoje e nem pretende fazer, ele não é pombo correio, como o próprio dizia para si mesmo voltando à caminhar até o local, imaginando as variáveis formas de se declarar.

Kyojuro ficou pensando nisso durante o caminho e deixou a ideia de se confessar de lado.

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