𝗘𝘄𝗮𝗹𝘂
❝𝖭𝖺̃𝗈 𝖽𝗎́𝗏𝗂𝖽𝖾 𝖽𝖾 𝗌𝖾𝗎 𝗏𝖺𝗅𝗈𝗋. 𝖭𝖺̃𝗈 𝖿𝗎𝗃𝖺 𝖽𝖾 𝗊𝗎𝖾𝗆 𝗏𝗈𝖼𝖾̂ 𝖾́.❞
As Crônicas de Nárnia.
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☪ ━ 𝖭𝗈𝖺𝗁'𝗌 𝗉𝗈𝗏'𝗌 ❖
Saio do carro e vejo o Bailey e o Lamar conversando sentados na areia. O Alex está na escola, então só eu e os meninos vamos curtir a praia hoje de manhã.
Vou na direção deles e os cumprimento com um aperto de mão.
— E aí, alguma novidade? — Lamar pergunta e eu me sento na areia, ao lado dele.
— Nenhuma, e vocês? — pergunto e olho para o mar.
— Estamos desconfiados de que o Peter esteja planejando algo para nós prejudicar. — Bailey responde, me fazendo olhá-lo.
— Por quê? — pergunto com o cenho franzido.
— Ele não aparece aqui desde do dia que você bateu nele, e ele não é o tipo de pessoa que some depois que é humilhado. — Lamar diz.
— Você pode ter certeza de que quando ele some, é porquê não vem boa coisa por aí. — Bailey diz e o Lamar concorda.
— Como vocês podem ter tanta certeza? — pergunto.
— Cara, você está falando com duas pessoas que já sofreram muito nas mãos dele. — Lamar responde.
— Ah, verdade. Eu tinha me esquecido disso. — falo olhando para baixo.
— Nem se a gente quisesse, poderíamos esquecer. — Bailey comenta.
— Bom, enquanto o Peter não aparece para no infernizar, vamos surfar? — pergunto querendo acabar com aquele assunto.
— Vamos! — eles respondem ao mesmo tempo.
Nos levantamos e fomos pegar as nossas pranchas. Logo depois, corremos em direção ao mar e mergulhamos na água.
— A água está boa para surfar. — Lamar diz se sentando na prancha.
— Concordo! As ondas estão altas, mas não ao ponto de estarem violentas. — Bailey diz.
— As mocinhas vão ficar de conversinha, ou vão surfar? — pergunto debochado.
— Vamos ver quem consegue pegar a melhor onda? — Lamar pergunta.
— Vai ser eu, claro! — Bailey diz.
— Convencido. — falo cantarolando.
Ficamos surfando por um tempo, até um garoto esbarrar a prancha dele na minha e nos fazer cair.
Os meninos riram da expressão assustada que ele fez por ter me derrubado, mas eu falei que estava tudo bem e saí de dentro do mar.
— Está tudo bem? — Lamar pergunta parando ao meu lado.
— Sim! Aliás, acidentes acontecem. — falo e dou de ombros.
— Muitos havaianos ficam com raiva quando isso acontece. — Bailey comenta.
— Por quê? — pergunto confuso.
— É praticamente uma violação da lei do surf quando uma pessoa surfa na onda da outra. — ele explica.
— Bom, eu não sou havaiano. — falo em um tom óbvio.
— Sorte do garoto! Se fosse outra pessoa, teria xingado ele. — Lamar diz e Bailey concorda.
— Ele é só um moleque, nem deveria saber o que estava fazendo. — falo e coloco minha camisa.
— Vamos guardar as pranchas? — Bailey pergunta e eu assinto.
Fomos em direção ao estacionamento e eu coloco a minha prancha no banco de trás do meu carro.
Olho para o lado e vejo Bailey e Lamar colocando as pranchas deles no banco de trás do carro do Lamar.
Assim que olho para frente, vejo Peter parado ao lado da porta do motorista do meu carro.
— Sentiu saudades? — ele pergunta debochado.
Olho para os meninos e vejo os amigos do Peter parados na frente deles.
— Não, mas acho que você deve ter sentido a minha falta. — falo em um tom sarcástico e ando até os meninos.
— Você se acha muito engraçado, né? — ele pergunta parando ao lado dos amigos.
— Como um palhaço. — respondo sorrindo.
— Acho que você já deve saber que eu não gosto quando as pessoas debocham de mim. — ele diz sério.
— Ah, sim! Você é o clássico hipócrita, né? — pergunto debochado.
— Pode me chamar do que quiser! Até porque, daqui a pouco você não vai ter mais forças para falar. — diz sorrindo.
— Vocês querem nos bater? — Lamar pergunta.
— Parece que o negrinho ficou mais inteligente desde que o idiota chegou aqui. — um dos amigos do Peter diz.
— Inteligente a gente sempre foi, só não sabíamos lidar com vocês. — Bailey diz.
— E agora sabem? — o outro amigo de Peter pergunta em um tom debochado.
— Deixa eles fora disso, Peter! O lance é entre mim e você. — falo.
— Qual é, Noah? Estamos em três e vocês também, não vai ter nenhuma covardia. — ele diz com um sorriso travesso.
— Vocês aguentam? — pergunto para os meninos em um sussurro.
— Claro. — eles respondem.
— Tá bom! Já que você quer lutar, pode vir. — falo fechando os punhos.
— Ótimo! — diz tirando um canivete de dentro do bolso e os amigos dele fazem o mesmo.
Que porra é essa?!
— Você não disse que ia ser sem covardia? — Bailey pergunta.
— Sim, mas em nenhum momento eu disse que ia ser uma luta justa.
— E agora?... — Lamar pergunta em um tom baixo.
— Agora? Agora a gente corre! — falo e começo a correr junto com os meninos.
Olho para trás e vejo o Peter e seus amigos vindo atrás de nós com o canivete na mão.
Eles realmente seriam malucos ao ponto de nos agredirem com aquilo?
Eu e os meninos corremos até uma rua onde tinha duas esquinas, eles seguiram pela direita e eu pela esquerda.
Olho para trás novamente e vejo só o Peter vindo atrás de mim, tomará que os meninos consigam escapar.
Vejo um muro no final da rua e penso em uma possibilidade de sair dali.
— Desiste, Noah! Você não vai conseguir escapar! — Peter grita.
Olho para uma caçamba - que estava fechada - perto do muro e pulo em cima dela. Logo depois, eu escalo o muro e pulo para o outro lado.
Quando eu percebo que o Peter estava fazendo a mesma coisa, começo a correr novamente.
— Sério que você vai agir como um covarde e vai fugir? — ele pergunta correndo atrás de mim.
— Se você quisesse uma luta justa, eu não fugiria! O problema é que você quer me matar, e não lutar. — falo e empurro algumas lixeiras que estavam no caminho para atrapalhar ele.
Entro em uma rua movimentada e desvio das pessoas que estavam passando.
Corro até uma rua vazia e paro quando percebo que o Peter não estava atrás de mim. Eu estava muito cansado e ofegante, precisava descansar um pouco.
— Pensou que poderia fugir de mim? — ele pergunta com um sorriso sarcástico.
— Quer saber? Eu não vou mais correr! Se você quer lutar, pode vir. — falo e me preparo para desviar de qualquer golpe que ele faça com o canivete.
— Se é assim que você quer. — ele diz e dá de ombros.
— Você não me deixou escolha. — falo enquanto ele vem na minha direção.
Ele tenta enfiar o canivete no meu estômago, mas eu desvio e dou um soco em seu abdômen.
Enquanto ele cambaleava para trás por causa do soco, eu giro e dou um chute no seu braço. O canivete voa para o outro lado da rua e o Peter se recompõe.
— Agora vai ser uma lutar justa. — comento.
— Eu vou acabar com você! — diz vindo até mim.
Ele acerta um soco no meu rosto e outro no meu estômago. Eu cambaleio um pouco para trás, mas me recomponho rápido.
Vou até ele e acerto um chute em seu estômago, fazendo ele cair no chão. Vou em direção ao canivete para pegá-lo, mas sou surpreendido por Peter que chuta as minhas costas, me fazendo cair no chão.
Ele vai em direção ao canivete e o pega. Logo depois, ele vem até mim e eu me levanto.
— Você se sente ameaçado! Por isso quer me matar, né? — pergunto e passo o dedo no canto da minha boca, onde escorria um pouco de sangue. — O único problema, é que você não vai conseguir.
— Eu sempre faço o que eu quero, está entendendo? E nada vai me parar! Muito menos você, filho de um covarde. — diz e eu dou um chute em seu estômago.
Ele cai no chão e eu fico por cima dele, dando vários socos em seu rosto. Ele xingou a pessoa errada!
Em algum momento ele consegue ficar por cima de mim e tenta enfiar o canivete no meu peito, mas eu seguro a sua mão.
Por mais força que eu colocasse nas minhas mãos, o canivete estava quase perto do meu peito.
— Solta ele, desgraçado! — escuto alguém gritar e vejo a pessoa dar um chute no Peter, fazendo ele cair do meu lado.
Levanto rapidamente e vejo a Sina com um taco de baseball na mão. Fico surpreso no começo, mas depois eu dou um sorriso.
— Vadia! — Peter a xinga e se levanta.
— Se tentar vir pra cima, eu te acerto com isso. — a loira diz e levanta o taco de baseball com as duas mãos.
— Ele está muito fraco para isso. — falo vendo ele cambaleando.
— Que seja! Vamos embora daqui, antes que eu arrebente a cara desse idiota. — diz e sobe na moto.
— Só vou fazer mais uma coisa. — falo e dou um chute no meio das pernas do Peter, fazendo ele cair no chão. — Eu avisei que não era para xingar ela de novo.
— Isso não vai ficar assim! Eu vou me vingar de cada um de vocês. — diz com dificuldade por causa da dor e eu subo na moto da Sina.
— Vai pro inferno, ser estagiário do diabo! — Sina diz e acelera a moto.
Abraço sua cintura e dou um beijo em seu pescoço.
— Noah, é melhor você parar! A não ser que você queria que a gente sofra um acidente. — ela diz e eu apenas encosto o meu queixo em seu pescoço.
— Tudo bem. — falo e sorrio.
Ela dirige por alguns minutos e estaciona a moto na frente de uma casa branca.
— É sua casa? — pergunto descendo da moto.
— Na verdade, é da minha mãe. — responde sorrindo.
— Você entendeu o que eu quis dizer. — falo e reviro os olhos.
— Sim, eu entendi! — diz e me dá um selinho.
— Uma pergunta, como descobriu que eu estava lá? — pergunto enquanto ela abre a porta da casa.
— Eu fui para a praia e encontrei com o Bailey e o Lamar. Eles me contaram o que tinha acontecido e eu fui atrás de você. — responde e entramos na casa.
Ela deixa o taco de baseball encostado na parede e fecha a porta.
— Isso significa que eles conseguiram escapar dos amigos do Peter. — comento e suspiro aliviado.
— Sina, quem é esse? — uma senhora pergunta aparecendo na sala.
— Mãe, esse é o Noah. — ela responde colocando a mão no meu ombro.
— É um prazer te conhecer, senhora Deinert. — falo estendendo a mão em sua direção.
— O prazer é meu, querido! E me chame de Alex. — diz sorrindo e me abraça. — Você está todo machucado, o que houve?
Ela passa a mão pelo meu rosto e me olha com uma expressão preocupada.
— O Peter bateu nele. — Sina responde.
— Aquele garoto não toma jeito. — diz indignada.
— Faço das suas palavras, as minhas. — falo sorrindo.
— Senta aí no sofá. Eu vou pegar o kit de primeiros socorros. — Sina diz e eu assinto.
Faço o que ela me pediu e me sento no sofá. Olho ao redor da sala e vejo um porta-retrato com uma foto da Sina junto com a sua mãe e um homem.
Ele me parece familiar...
— Quem é aquele na foto? — pergunto para a mãe dela e aponto para o porta-retrato.
— É o pai da Sina e o meu falecido marido, ela já deve ter te contado o que aconteceu com ele. — diz olhando para a foto.
— Na verdade, não. Ela só me falou que ele morreu.
— Bom, ele morreu com um tiro no peito. — diz e vejo tristeza em seu olhar.
— A senhora o amava muito, né? — pergunto mesmo sabendo a resposta.
— Sim, e ainda o amo! Mas sei que ele está em um lugar melhor. — diz e a Sina aparece na sala.
— Sobre o que vocês estão falando? — ela pergunta se sentando ao meu lado.
— Sobre o seu pai. — a mãe dela responde e sorri.
— Coisas boas? — Sina pergunta.
— Sempre! — Alex responde e sai da sala.
— Eu fiz mal em tocar no assunto do seu pai? — pergunto preocupado.
— Não, não! Ela gosta de falar sobre ele, mas sempre fica um pouco triste. — fala e pega um pedaço de algodão.
— Sabe, eu acho que conheço o seu pai de algum lugar, mas não me lembro onde. — falo e ela coloca algum líquido em cima do algodão.
— Você deve ter visto ele na televisão. Eu não te contei, mas ele era deputado dos Estados Unidos. — diz e dá um pequeno sorriso.
— Sério? — pergunto surpreso.
— Sim, e acho que ele morreu por alguma coisa que aconteceu no trabalho dele.
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Alguma teoria?
Gostaram da surra que o Peter levou?
Desculpem se tiver algum erro e não esqueçam de votar, bjs💜
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