⁺⁕↪ 𝕀rмão𝕤 𝕊нιɴαzυɢαw𝕒 ⒈⤽᪷᳛⤽⃘⃔
Tradução: Seja O Meu Pilar - Watashi No Hashira Ni Natte
Após a conclusão de uma longa missão junto de Muichiro, Genya voltava ao lado do menor que acabou pior do que si, tendo que levá-lo nas costas no final de tudo. Evidente que o Tokito não era um peso e o fez sem murmurar, apesar de ter alguns machucados aqui e ali, conseguia fazer sem problemas pois sua regeneração iria cuidar do resto. Apesar de estar acabado, o Shinazugawa estava contente por fazer o que queria, apesar disso ter causado o afastamento com o irmão mais velho ainda mais.
Genya tentava conversar com Sanemi, todavia, era ignorado e o de fios brancos dizia para ele não chamá-lo de irmão, e isso o machucava um pouco, entretanto, iria continuar tentando uma reaproximação até onde pudesse conseguir. Saindo dos seus pensamentos, ele sentiu o mais novo se remexendo em suas costas, acordando do sono breve que tivera sobre o corpo de Genya que já conseguia avistar a mansão borboleta.
— Genya — resmungou coçando os olhos, recebendo o olhar de relance do citado — Estamos chegando?
— Estamos sim — o Shinazugawa respondeu com um sorriso cansado nos lábios, ouvindo um suspiro do garoto seguido de um aceno afirmativo de cabeça, voltando a deitar em seu ombro.
Apressando os passos, Genya chegou na mansão sendo atendido por Shinobu que ajudou Muichiro a deitar na cama e ser atendido. Genya fez o mesmo ao lado do Pilar da Névoa que estava um caos total, com os longos cabelos bagunçados junto de um pouco de sangue nos fios escuros. Sua vestimenta estava rasgada na lateral por conta das garras dos 2 Onis que tiveram de derrotar. Seu rosto tinha alguns machucados e sua boca não estava diferente. Genya fechou os olhos e sentiu seu corpo relaxar por um instante após olhar para o menor até cair no sono.
Na tarde daquele mesmo dia, o Shinazugawa acordou ouvindo um barulho de discussão no quarto. Era Inosuke, Zenitsu e Tanjiro que haviam chegado de uma missão, ficando ao lado esquerdo do mais velho que abriu os olhos resmungando algo inadiável, e junto deles estava Sanemi de costas para si enquanto fazia carinho no topo da cabeça de Nezuko que sorria pequeno, aproveitando do toque singelo. Genya engoliu a seco e se sentiu triste por um momento.
A última vez que Sanemi tinha lhe feito o mesmo, ele ainda era uma criança antes da morte de sua família. Mesmo já sendo um garoto de 16 anos, não mudava o fato da falta que o mais velho lhe fazia quando desejava conversar com Sanemi e saber como ele se sentia depois de tudo que ocorreu no passado, porém, o Pilar do Vento não lhe dava abertura de forma alguma. Era um cabeça dura de primeira, julgando que quanto mais afastados um do outro, melhor.
Genya se viu erguendo sua mão para tocar a vestimenta do irmão quando Shinobu entrou no quarto, chamando a atenção de todos, caminhando até a cama do Tokito que ainda estava dormindo apesar da barulheira, e foi somente nesse instante que os demais perceberam que Genya e Muichiro estavam no local. Shinazugawa mais velho observou Genya e desviou o olhar, ignorando completamente o estado em que o de moicano estava. Irmão melhor que Sanemi não há.
— Genya-kun! — a pequena Kamado exclamou se aproximando da cama onde residia o mais velho que sorriu fraco recebendo a atenção do trio e Sanemi se retirou do local quando Genya se atreveu a falar seu nome.
— Cara, você 'tá mais feio que o normal — Inosuke debochou, sentado em sua cama, ouvindo Zenitsu o mandando calar a boca seguindo de um soco na cabeça que o fez resmungar de dor.
— Como você se sente? Ouvi por alto que estavam em uma missão contra dois Onis — Tanjiro falou preocupado, ignorando que ele estava tão ruim quanto o Shinazugawa.
— Estou bem. Foi mais difícil que o normal, entretanto, ganhamos — Genya se pronunciou quando Nezuko tocou em seu rosto com cuidado, fazendo um carícia delicada ali e sorrindo com os olhos. A pequena era tão fofa.
— Ele ficará bem, Shinobu-san? — Zenitsu indagou caminhando até a cama do Tokito com alguns curativos em sua face.
— Sim, não se preocupem — a garota abriu um sorriso acolhedor — Agora fiquem quietos e se deitem para descansarem um pouco — mandou, sendo atendida pelos mais jovens enquanto Nezuko seguia para sua caixa no meio da cama de Tanjiro e Inosuke.
Genya permaneceu com seu olhar em Tokito, mesmo sabendo que ele estava bem e fora de perigo, não deixava de se preocupar com o mais novo do qual nutria um sentimento romântico, todavia, nunca lhe disse nada sobre isso, visto que, sabia que não era recíproco, e tinham tantos problemas com os Onis que não havia tempo para romances aqui e ali, entretanto, nem todos pensavam dessa forma, assim como Tengen e Kyojuro, Gyiu e Obanai.
Os casais exalavam amor por onde passavam, mesmo que de formas diferentes; Tengen era mais extravagante e exagerado, sempre abraçando Kyojuro onde pudesse e elogiando o menor a todo momento, dizendo aos outros que ele era seu rei, entre outras coisas. Gyiu era mais calado, e com gestos sutis, demonstrava o que sentia pelo Iguru que parecia um tomate somente por receber um beijo carinhoso em sua bochecha na frente dos demais.
Além disso, o fato do seu irmão ser preconceituoso não ajudava em nada para Genya, e imaginava a surra que poderia ganhar do mais velho ao dizer que é gay. Ele observava os olhares que Sanemi direcionava para os casais, e parou de falar com Obanai quando ele e o Tomioka saíram de mãos dadas, sem se importar com as opiniões alheias, e apesar de ter ficado chateado com os comentários horríveis feitos por Sanemi, Obanai não odiava o ex melhor amigo, como o próprio Hashira do Vento se denominava ser.
Genya tinha temor de que o mais velho o odiasse ainda mais, além de ter virado caçador e comer Oni.
No dia seguinte a dupla se sentia melhor e foi liberada por Shinobu. Genya levou o Tokito até sua residência, apenas porque desejava passar mais tempo ao lado do garoto que agradeceu e pediu para ele voltar mais tarde, pois iria fazer um bolo e queria dividir consigo. Shinazugawa de moicano não pôde deixar de aceitar o convite quando ele veio junto de um sorriso singelo nos lábios finos de Muichiro. Ele não podia deixar de pensar em quão macios eles poderiam ser.
Saíndo de lá seguiu para casa de Gyomei, encontrando com Kyojuro e Tengen no caminho, enquanto Senjuro estava nos ombros do Uzui, vendo o mundo do alto, no tempo em que mastigava um dango e Kyojuro falava pelos cotovelos junto do de fios brancos. Eles sempre pareciam ter muito o que conversar um com o outro e era um ótimo exemplo de relacionamento saudável e apaixonante. Na verdade, o trio parecia uma bela família andando pelo vilarejo apenas aproveitando a companhia um do outro.
Genya queria isso para o seu futuro, caso consiga chegar a vivê-lo.
Logo após cumprimentar o casal e o menino, Genya seguiu seu caminho sem mais interrupções. Caminhando até o local, chegou na residência e estava prestes a abrir a porta quando ouviu a voz de Sanemi conversando com o Himejima, e pelo tom irritado do irmão, sabia que era algo sério e logo conseguiu ouvir seu nome saindo da boca de Sanemi.
"Gyomei, mande Genya parar com essa porra de querer ser caçador, inferno!"
A voz estridente se fez presente, fazendo os pêlos do corpo de Genya arrepiar. Mais uma vez ele tocando nesse assunto como se algo fosse mudar e Gyomei realmente lhe dissesse para não ser mais um caçador. Genya não entendia essa insistência de Sanemi desde quando descobriu que o irmão havia passado na seleção final, visto que, o mais novo fez escondido e não se arrependia de qualquer forma, e Sanemi não tinha nada a ver com isso.
O de fios brancos não ligava para ele, não o deixava chamar de irmão e sempre se mantinha longe, como se Genya fosse alguma praga contagiosa. Shinazugawa mais novo se sentia tão cansado disso. Toda vez que tentava conversar com o outro – ao menos tentava – o Hashira lhe batia por nada e o mandava sair de perto dele. O que mais Genya poderia fazer para tentar agradar o irmão?
"Sanemi, eu não sou dono de Genya. Ele é uma boa criança e sabe o que está fazendo"
A fala calma era o oposto do Shinazugawa esquentado. Quando Genya virou caçador, um pouco depois, Gyomei descobriu que ele comia carne de Oni. Então, ao invés do Himejima ver isso como uma espécie de traição, ele chamou o Shinazugawa para ser seu discípulo, para que, com o treino, pudesse fortalecer o corpo dele. Além de mestre, Gyomei era como um pai para Genya, e o respeitava mais do que qualquer outra pessoa.
"Se ele morrer, você pode ter certeza que virei atrás de você para cortar sua cabeça"
O tom foi ameaçador e Genya não gostou. Gyomei não tinha que ser ameaçado por Sanemi. Ele era um homem bondoso e gentil com todos, até com o próprio Shinazugawa que era sem noção alguma. Genya engolindo seu medo, abriu a porta e teve a atenção da dupla, vendo Sanemi de braços cruzados e o mais velho sentado sobre o tapete, com sua expressão calma de sempre, nenhum pouco atingido pela fala do menor ao seu lado.
— Genya, que bom que chegou — Gyomei tinha as mãos juntas e um sorriso sincero nos lábios.
— Irm- Sanemi-san — se corrigiu de prontidão — Não importune Gyomei-san, por favor. Irei lidar com as consequências dos meus atos — disse sério, mesmo que sua voz saísse um pouco trêmula, trocando olhares com o irmão que não gostou nada de sua fala.
— Você está vendo o que sua influência fez com ele, Himejima?! — desdenhou visivelmente irritado, passando a mão nos fios bagunçados, suspirando pesadamente.
— Não diga isso! Eu sou caçador porque eu quero. Você nunca se importou comigo, por qual motivo veio aqui novamente? — Genya tratou de defender o mais velho, desviando o olhar de Sanemi que cerrou os punhos rosnando, caminhando em passos largos até si, pronto para lhe dar um soco quando sentiu seu braço ser segurado.
— Sanemi, por favor, mantenha o autocontrole — Gyomei sorria atrás do menor enquanto Genya apenas observava o olhar matador que o citado dava para o seu mestre, que logo soltou seu pulso que havia ficado a marca dos seus dedos.
— Você é um maldito! Uma vergonha para a nossa família, Genya. Imagine se nossa mãe estivesse viva e visse você comendo carne de Oni para ficar forte. Tendo que descer esse nível... Patético! — cuspiu sem pensar no que suas palavras poderiam ser para o irmão que arregalou os olhos e entreabriu a boca, sem conseguir responder nada.
Sanemi saiu dali esbarrando em si, batendo o pé e fechando a porta com tamanha força que fez a madeira tremer. Sem que pudesse perceber, suas lágrimas escorreram dos seus olhos, lhe fazendo piscar incontáveis vezes e receber um abraço acolhedor de Gyomei que fez carinho em sua cabeça, aquele carinho que seu irmão não fazia. Seu coração foi atingido com força e a vontade de desabar veio, fungando baixinho contra a vestimenta do maior que continuou lhe abraçando sem menção de deixá-lo só.
— Chore o quanto precisar, mas saiba que sua mãe, onde estiver, tem orgulho do que você é, exatamente por ser quem é — a fala serena veio do Himejima que sentiu os braços do menor rodeando seu corpo, apertando sua roupa como se não quisesse que ele saísse dali em um pedido silencioso. Gyomei não sairá agora e nem nunca enquanto puder viver.
[•••]
À tarde caiu e Genya a passou dormindo. O que fora dito pelo Shinazugawa mais velho o atingiu mais do que as coisas que ele lhe disse no passado. Por que Sanemi não compreendia que seu irmão somente queria lutar consigo contra os Onis? Estar ao lado do Pilar do Vento depois de tudo que aconteceu, era o que Genya desejava, todavia, agora parecia não querer mais isso. Como ele pode ficar perto de alguém que só lhe bate e diz palavras de desmotivação para si?
Genya estava triste ao ponto de esquecer o convite para o lanche na casa do Tokito, e isso nunca aconteceu antes, mesmo que ele estivesse todo quebrado. Muichiro era uma pessoa do qual ele gostava de ter por perto e conversar sobre tudo e nada, somente para ouvir a voz do Pilar da Névoa. Tokito estava sempre avoado e perdido em pensamentos junto dos outros pilares, todavia, estando com Genya, era conversador e interativo.
Isso fazia o Shinazugawa se sentir especial.
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