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⁺⁕↪ 𝔻rαм𝕒 𝕗αмιlια𝕣 ⒊⤽᪷᳛⤽⃘⃔

Aviso: capítulo não revisado. Desde já peço desculpas pelos erros de português e ortográficos.

Sanemi não parava quieto, resmungando sobre querer socar a cara de Gyomei na próxima vez que o visse, e em como ele se tornou uma péssima influência assim como os demais. Isso tudo praguejando até sua voz falhar e ele cansar de pensar nas coisas ditas pelo Himejima que além de velho, está ficando gagá, como o Shinazugawa dizia pelos cotovelos, sentando-se no chão de terra, ainda não encarando o Iguru nos olhos. Sanemi recorda que a última vez que o fez foi quando ele desfez sua amizade.

— Você está mais calmo? — Obanai pergunta encarando o mais velho que torceu o nariz parecendo uma criança birrenta, com as pernas batendo em seu peitoral, com os braços ao redor — Sanemi, não seja infantil, por favor — pediu em um suspiro.

— Me deixa, cara — disse friamente, olhando um ponto aleatório da floresta.

— Faz dois anos que não nos falamos, nem em missões você dirige o olhar para mim — confessou melancólico, vendo o Hashira do Vento dar de ombros como se não se importasse — Eu... Sinto sua falta, Sanemi. Por que você tem que ser um homofóbico imbecil?

— Ei! — se sentiu ofendido, rosnando para o Iguru que lhe deu olhar de tédio — Eu não sou homofóbico, até trato vocês como animais racionais. Você não acha muito? — fez uma voz fina, rolando os olhos.

— Sim, porque tratamos você igual um humano, mesmo que você se comporte como um cachorro sarnento — Obanai observou Sanemi segurar o riso, o chamando de "anão pateta" — Sabemos que isso vem do seu pai, a forma dele tratar os homossexuais quando estava vivo... Além disso, eu sei que você tentar esconder sua homossexualidade atrás dessa cara raivosa e agressividade.

— O quê? — gritou mais uma vez com os olhos arregalados, se levantando e cerrando os punhos — Você 'tá falando merda, Obanai. Que porra é essa de gay, caralho? Ficou maluco?

Visivelmente irritado, ele trincou os dentes e foi na direção do menor que se levantou tão calmo quanto antes, apenas analisando os movimentos do mais velho que parou em sua frente com aquele olhar assassino direcionado para si. Obanai tratou de avisar com o dedo, minimamente, para que o Tomioka não se aproximasse e que estava tudo sob controle, mesmo que somente o Pilar da Serpente pensasse isso.

— Menti? Seja sincero consigo mesmo, Shinazugawa. Eu não te conheci ontem.

Sua sinceridade fez Sanemi vacilar, o fazendo desviar o olhar rapidamente.

— Não lembra das conversas que tivemos no passado, pelo visto. Você dizia que ele era um homem ruim e que até em certas ocasiões batia em algum casal gay que via pela cidade, andando tranquilamente de mãos dadas. Às vezes que batia em Genya somente pelo garoto querer brincar com alguma boneca tanto quanto queria pilotar algum carrinho de brinquedo, e você sempre tentava defendê-lo junto de sua mãe e acabavam apanhado juntos. Você se esqueceu do seu passado, Sanemi?

Shinazugawa engoliu a seco e desfez a expressão raivosa, se afastando do menor e lhe dando as costas, ficando pensativo, olhando para uma árvore de cerejeira onde as folhas rosadas caíam com o vento forte que surgiu, embargando seu estômago o fazendo levar as mãos ao rosto, respirando profundamente, enquanto sua mente começou a recordar das coisas que ele lutou tanto para esquecer, e esqueceu ao ponto de não lembrar disso até o momento em que as palavras cruéis foram ditas pelo Iguru.

Sanemi lembrou não somente disso.

Seu pai, em um dos seus castigos, colocou pimenta no membro de Genya para fazê-lo virar "macho de verdade" e parar com essa "palhaçada" de querer brincar com bonecas e pentear seus cabelos. No fundo o menino somente queria cuidar das bonecas como ele gostaria que seu pai tratasse sua mãe – e como o próprio Genya trataria suas amigas no futuro –, e Sanemi sabia disso e não ligava até seu pai enfiar em sua cabeça que isso era errado. Homem beijar outro homem era sujo, nojento, asqueroso. Um pecado que o levaria direto para o inferno.

Mas o inferno que vivia já não era ter a presença de seu pai todos os dias?

O Sanemi criança não soube distinguir isso corretamente e cresceu pensando o mesmo que ele, julgando que a única coisa que o homem fez de certo na vida, foi detestar homossexuais. Isso fez com que reprimisse seus sentimentos em relação ao irmão e pensasse que ele fosse uma praga igualmente os outros gays. No fundo Sanemi sentia que o garoto mais novo não gostava de mulheres e por conta disso o tratava igual trataria qualquer outra pessoa.

Havia algo além disso, como o próprio Obanai citou, Sanemi também era gay e escondia isso dos outros e de si mesmo até hoje, ignorando o que ele vinha sentido por Gyomei há tanto tempo que não conseguia contar. Por conta disso, era rude com o mais velho e odiava a sua maneira calma e gentil de lhe tratar apesar de suas grosseiras. O Hashira da Pedra parecia não se afetar, porém, hoje foi a primeira vez que o Himejima lhe tratou daquela forma, parecendo farto com a maneira horrível que tratava o irmão mais novo.

Sanemi se sentiu um merda nesse momento.

Ele se sentou no chão e levou as mãos a cabeça, puxando os fios brancos e sentindo as grossas lágrimas rolarem pelo seu rosto, mantendo seus olhos bem abertos e encarando as formigas que caminhavam tranquilamente pelo chão, sem mais preocupações além de encontrar mantimentos. Seu peito doeu com a rajada de informações que seu cérebro processava a cada segundo, tendo o vislumbre de Obanai que se abaixou em sua frente, ficando de joelhos no chão e retirando as mãos dos seus cabelos.

— Me abrace.

A voz gentilmente saiu dos lábios de Obanai.

Sanemi acatou sem espernear no tempo em que as gotas desciam freneticamente dos seus olhos.

Um choro necessitado e guardando por tanto tempo.

Anteriormente, o Shinazugawa não se permitia chorar. Como seu pai dizia;

"Chorar é coisa de bichinha"

Sanemi reprimia seus sentimentos e não conseguia transmitir tudo que sentia dentro de si desde muito novo. Talvez seja culpa do seu pai ou as consequências da vida, ou os dois se fundiram e criaram um combo ruim para o Shinazugawa que chorava como nunca nos braços de Obanai que se mantinha calado, fazendo carinho em seus fios brancos e rebeldes, ouvindo as lamentações do mais velho que soluçava, se culpando por ser um irmão horrível para Genya.

Se culpando por não tê-lo protegido mais.

Se culpando por não ter sido o irmão mais velho que ele precisava.

Não prestando atenção em seus chamados e no que ele fazia para tentar se aproximar novamente.

— Eu... Eu sou um otário, Obanai — o Shinazugawa disse entre o choramingo, apertando o abraço, com sua cabeça deitada no peitoral do menor que se contentou em apenas ouvir — Genya não merecia nada disso, ele é só uma criança.

As mãos de Sanemi tremiam sem parar e sua mente o culpava pelos ocorridos anteriores e por todas as vezes que destratou seu irmão. Shinazugawa pensou que nunca poderia se perdoar por ter julgando seu irmão e seus amigos como pragas por serem homossexuais, quando na verdade, ele também era. Sentia-se indigno do perdão de Genya. O menino somente merece amor e carinho, o que Sanemi não poderia lhe dar, mas Gyomei sim.

Aquele homem grande e forte foi quem cuidou do garoto com todo amor que uma criança deve ser cuidada, assim como todos ao redor que respeitavam o caçador e via potencial no menino que come carne de Oni. Seu peito doeu mais ainda quando constatou o tempo que perdeu afastando Genya de perto, sabendo que poderia ter usado esse tempo para reatar os laços que um dia tiveram dentro daquela casa, antes que qualquer opinião absurda de seu pai viesse atrapalhar sua irmandade.



Dentro da residência do Himejima, Genya estava deitado no colo do homem cego, no tempo em que Muichiro se encontrava sentado no chão, segurando uma de suas mãos enquanto o silêncio era presente na sala de estar naquela noite que caira a poucas horas. Shinazugawa já se sentia melhor e não chorava mais, todavia, seu coração machucado lhe fazia suspirar algumas vezes, tentando saber o que fez para receber o ódio gratuito do irmão mais velho.

Entretanto, decidiu que não tentaria mais uma aproximação, e que se Sanemi desejava ficar longe, o deixaria dessa forma, sendo que todas as suas tentativas de união falharam até agora. O talvez passava pela sua mente e julgou que essa era a decisão certa, assim poderia parar de ficar martelando coisas sem sentido em sua mente, igualmente seus esforços que no fim, não valeram de nada.

Sendo retirado de seus pensamentos, Genya ouviu a porta ser batida, o fazendo se sentar no sofá e Gyomei se levantar, caminhando até lá sem pressa. Himejima não precisava enxergar para ser quem estava ali na sua frente, o cheiro de cada um deles era inconfundível e diferente. Sua expressão serena se manteve como o habitual e perguntou aos convidados o que desejavam naquele horário da noite, atiçando a curiosidade do Shinazugawa e Muichiro que se levantaram para ir até lá.

Genya só não pensava que a visita principal poderia ser seu irmão.

Sanemi estava ao lado de Obanai enquanto Gyiu escorado em uma das colunas da casa, apenas observava de longe, curioso para saber o desfecho do drama familiar, mesmo que não deixasse isso transparente em sua feição. Os olhos do Shinazugawa mais novo arregalaram por um momento, tentando entender o que seu irmão fazia ali, com os braços cruzados e a cara emburrada, levando uma cutucada no braço dada por Obanai, o incentivando a dizer o que fazia ali.

— Posso falar com Genya? — a pergunta saiu baixa e um pouco envergonhada, enquanto seu olhar desviou dos demais, levando a mão à nuca, olhando para seus pés cobertos pela sandália.

— Hum? Diz mais alto — o Tokito falou tentando entender, com sua cara de paisagem, olhando para o mais velho que suspirou limpando a garganta, vendo que Genya estava de boca aberta, parado no meio dos Pilares.

— Eu posso falar com Genya, porra? — seu tom saiu mais alto, mesmo que não tivesse real irritação ali.

— Você quer isso, menino Genya? — Gyomei tocou gentilmente no ombro do citado que fechou a boca e pareceu pensativo passando o olhar por todos ali, focando no irmão que tinha a cabeça baixa, brincando com os dedos, tentando esconder o nervosismo.

— P- pode ser...

Genya guiou o mais velho até seu quarto, adentrando o cômodo e fechando a porta atrás de si. Sentados na cama um ao lado do outro, não conseguiram se encarar, olhando para um ponto aleatório do local, fazendo com que somente suas respirações pudessem ser ouvidas. Sanemi não sabia bem o que dizer realmente, Obanai lhe disse para contar ao irmão mais novo tudo que sentia sem medo, e que mantivesse serenidade e sinceridade.

O caçador havia sofrido muito com o passado e o tratamento ruim de Sanemi. Agora era o momento de se desculpar verdadeiramente e tentar reconquistar sua fraternidade que fora quebrada por seu pai e suas próprias atitudes. Mesmo pensando que Genya não lhe perdoaria, iria tentar, ao menos, manter uma boa relação com o mais novo que movia as esfregava as mãos na perna um pouco ansioso, olhando para o outro vez ou outra.

— Genya... — Sanemi engoliu o orgulho e encarou o garoto que fez o mesmo, mordendo o lábio inferior — Eu quero... Te pedir perdão pelas coisas que eu te disse e a maneira agressiva como venho te tratando há muito anos. Você não merece isso e nunca mereceu. Eu sou um desgraçado, eu sei, e mesmo que você não me perdoe agora e nunca, estarei satisfeito se pudermos-

Sanemi não conseguiu terminar de falar por conta dos braços que envolviam seu corpo de repente, e a cabeça apoiada em seu ombro, ouvindo Genya chorar baixinho. Sanemi não imaginava há quantos anos não sentia o calor do abraço do mais novo, só decidiu retribuir na mesma intensidade, sentindo seu coração acelerar e uma das mãos passarem pelos fios escuros do cabelo do caçador.

— Você acredita que eu pensei em não correr mais atrás de ti? — Genya disse entre lágrimas, rindo, com os olhos vermelhos de tanto que havia chorado somente isso — Obrigado por isso, irmão, você não imagina o quanto eu esperei por esse dia.

Sanemi não pôde deixar de corresponder e pedir desculpas incontáveis vezes, agradecendo aos deuses mentalmente por ele não tê-lo expulsado dali, afinal, demorou tantos anos para que ele se tocasse e recordasse do que realmente importa e significa o amor entre irmãos. O amor escondido dentro do seu coração e que nunca deixou de existir, e que daria o seu melhor para fazer Genya saber que o amava demais, e que tudo que seu pai falou e fez, era somente o espelho que ele não deveria se espelhar. O exemplo que não deveria ser seguido.

As lágrimas dos irmãos Shinazugawa desciam sem parar de seus olhos, mantendo-se abraçados, lembrando dos poucos momentos bons que tiveram quando crianças, antes de qualquer preconceito atrapalhar sua irmandade, naqueles dias em que brincavam dentro da cachoeira, jogando água um no outro no tempo em que belos risos podiam ser ouvidos pelos pássaros e qualquer animal existente no lugar. Nas vezes em que passavam a madrugada acordados olhando para a lua, deitados um ao lado do outro sob o cobertor e conversando sobre nada em especial.

Quando Genya acabou caindo e ralando os joelhos brincando de pega-pega com Sanemi que logo ao virar para trás viu o irmão caído no chão e o choro exagerado se fazendo presente. Com todo cuidado, ele colocou o menor nas costas, dizendo que Genya deveria ter mais atenção com as pedras em seu caminho e não ser desesperado, rindo baixinho quando o garoto resmungou algo e inflou a bochecha. Era fofo e gracioso vê-lo assim, e Sanemi se sentia sortudo de tê-lo como irmão mais novo.

Tempos bons que não voltam mais, restando apenas a lembrança nas mentes dos homens presentes.

Agora era o momento de agir diferente. Ser melhor para si e seu querido irmãozinho a partir de agora, e claro, pelas pessoas ao seu redor.

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