I: 𝗢 𝗱𝗶𝗮 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝘁𝘂𝗱𝗼 𝗺𝘂𝗱𝗼𝘂.
┈ ﹙★﹚ ׅ ۫ .⠀𝒰𝐍𝐂𝐄𝐑𝐓𝐀𝐈𝐍𝐓𝐘 𝒟𝐄𝐒𝐓𝐈𝐍𝐘⠀ ੭
/ ⠀⠀capítulo: ⠀❛ 𝗢 𝗱𝗶𝗮 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝘁𝘂𝗱𝗼 𝗺𝘂𝗱𝗼𝘂 ⠀⠀/
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┈ ﹙★﹚ ׅ ۫ .O silêncio na sala foi interrompido quando a mulher, ainda sem se apresentar, ajeitou os óculos e falou, com uma calma que parecia impor respeito:
— Meu nome é Minerva McGonagall. Sou professora da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
Um misto de emoções conflitantes tomou conta da família Granger. Adhara abriu um enorme sorriso, os olhos brilhando de excitação ao imaginar os truques mágicos que poderia aprender.
Em sua cabeça, ela já visualizava cartas flutuando e coelhos saindo de chapéus. Ao contrário da irmã, Hermione parecia absolutamente indiferente ao que acabara de ser dito.
Na verdade, achou que aquilo tudo era mais uma farsa, uma tentativa mal-intencionada de vender algum curso esquisito.
— Olha, senhora McGonagall, eu realmente não estou interessada em matricular minhas filhas em uma escola para aprender truques de mágica — respondeu Hayley, esforçando-se para soar educada, mas claramente cética.
Adhara abriu a boca para protestar, pronta para rebater a mãe, mas foi interrompida por um sutil empurrão de Hermione, que a fez recuar. A cena não passou despercebida por Elijah, que quase deixou escapar uma risada ao notar o gesto discreto e a careta de frustração de Adhara.
— Não me entendam mal, mas acredito que sua filha Hermione acaba de completar onze anos. Deixe-me perguntar, senhorita Granger — McGonagall direcionou seu olhar atento para Hermione
— já aconteceu algo estranho sempre que você ficou triste ou com raiva? Algo que você não pudesse explicar?
Hermione pensou por um momento. A resposta, embora hesitante, era um claro "sim". Ela se lembrou nitidamente de alguns meses atrás, quando o copo na mão de sua irmã, Adhara, simplesmente se partiu ao meio sem motivo nenhum.
Felizmente, ninguém se machucou naquele dia, Hermione estava furiosa com Adhara, e embora seus pais tivessem atribuído o incidente a um acidente — achando que Adhara havia apertado o copo com muita força —, Hermione sempre soube que havia algo mais por trás daquilo.
A lembrança de Hayley e Elijah também foi imediatamente despertada. Eles já tinham notado certas peculiaridades. Como quando Hermione, ainda bebê, chorava incessantemente, e as luzes da casa começavam a piscar sem explicação.
Algo que, até então, sempre haviam considerado coincidência.
McGonagall, sempre perspicaz, direcionou o olhar agora para Adhara.
— E você, senhorita Granger? Imagino que algo extraordinário também já tenha acontecido com você.
Adhara, a princípio até quis negar, mas uma memória lhe veio à mente. Durante um acampamento escolar, Billy não parava de atormentá-la. Ela, irritada, desejou com todas as suas forças que o cabelo dele ficasse verde e que um rabo de porco aparecesse. Para sua surpresa — e a de todos os presentes —, foi exatamente o que aconteceu.
Os professores ficaram chocados com a aparência do garoto, mas, estranhamente, ninguém parecia lembrar-se do incidente dias depois. E coisas estranhas sempre aconteciam ao seu redor. Nada que ela pudesse explicar, é claro, mas, como qualquer criança, Adhara nunca deu muita importância.
Hayley e Elijah trocaram olhares novamente. Não era a primeira vez que algo incomum acontecia com Adhara também. Lembraram-se de um episódio de alguns anos atrás, quando a casa tremeu levemente depois de um ataque de raiva de Adhara.
Na época, haviam ignorado, tentando achar explicações racionais. Mas agora, tudo parecia ganhar um novo significado.
— Bem, Adhara e Hermione são, na verdade... — McGonagall hesitou um segundo, medindo as reações ao seu redor, — bruxas.
O ambiente na sala era tão quieto. Elijah e Hayley trocaram olhares desconfiados, enquanto Adhara prendia a respiração, mal acreditando no que ouvia.
Hermione franziu a testa, como se tentasse processar algo muito além de sua compreensão.
— Na nossa sociedade, chamamos vocês de "nascidas trouxas" — crianças bruxas nascidas de pais não-mágicos. — A voz de McGonagall era inconfundivelmente firme. — Hogwarts, como já mencionei, é uma escola de magia. Lá, vocês aprenderão a controlar seus poderes.
Elijah piscou repetidamente, suas mãos movendo-se nervosamente pelo braço da poltrona, como se buscasse algo sólido para se apoiar.
— Isso... é muita coisa para assimilar. — Sua voz parecia incerta, como se esperasse que alguém risse e dissesse que era brincadeira.
Ele coçou a cabeça, os olhos ainda presos em McGonagall, tentando encontrar uma brecha na realidade que ela havia apresentado.
— Então, minhas filhas... são bruxas? — A palavra saiu hesitante de seus lábios. — E precisam ir para essa escola... Hogwarts?
McGonagall, com paciência de quem já ouviu essa reação muitas vezes, assentiu. — Sim, senhor Granger. É exatamente isso.
Para aliviar a tensão, McGonagall começou a explicar mais sobre Hogwarts, o mundo mágico, e como existem outras escolas de magia espalhadas ao redor do mundo. Ela fez questão de detalhar a segurança da escola e os estudos que seriam oferecidos.
E, como uma pequena demonstração de magia, apontou para o copo vazio na mesa. Com um leve movimento de sua varinha, o copo encheu-se de água, e com outro movimento o copo estava flutuando.
— Isso... isso é realmente real? — Hayley murmurou, a voz baixa, quase como se temesse que falar alto demais. Seus dedos apertaram involuntariamente o braço de Elijah, buscando algum conforto no toque familiar.
McGonagall esboçou um sorriso suave, seus olhos transmitindo compreensão.
— Sim, senhora Granger, é real. Esta é apenas uma pequena amostra do que suas filhas serão capazes de fazer.
O copo de água flutuando na mesa parecia brilhar, como uma prova irrefutável de que a magia, algo até então impossível, agora fazia parte de suas vidas.
Ao continuar, ela explicou sobre os termos do ano letivo em Hogwarts, detalhando quanto tempo as meninas passariam na escola. Isso fez com que o semblante dos pais mudasse um pouco, revelando preocupação.
— Elas... ficarão longe por tanto tempo? — Elijah perguntou, a voz carregada de inquietação.
McGonagall, percebendo a angústia natural dos pais, foi rápida em tranquilizá-los.
— Eu entendo que isso possa parecer muito, mas Hogwarts é um lugar seguro, e elas terão a oportunidade de vir para casa durante as férias. Além disso, é um ambiente onde poderão desenvolver seus talentos com segurança, cercadas por outros jovens como elas. Prometo que estarão em boas mãos.
Por fim, McGonagall retirou de sua bolsa uma carta cuidadosamente lacrada com o brasão de Hogwarts. Ela entregou a carta a Hermione, que a pegou com mãos trêmulas. O olhar curioso e emocionado de Hermione e uma onda de nostalgia tomou conta de McGonagall ao observar sua reação — era sempre um momento especial.
— Parabéns, senhorita Granger. Esta é sua carta de aceitação em Hogwarts.
Adhara, no entanto, franziu o cenho levemente ao perceber que não receberia uma carta. Sua expressão rapidamente revelou uma pontada de frustração, mas antes que qualquer reclamação saísse de sua boca, McGonagall, percebendo o leve beicinho de Adhara, se adiantou com um olhar compreensivo:
— Não se preocupe, senhorita Granger. Sua carta chegará em agosto, quando você completar onze anos.
Embora decepcionada no início, a tristeza de Adhara foi logo substituída por um sorriso animado ao se lembrar da grande revelação de que ela e sua irmã eram bruxas!
O pensamento era simplesmente maravilhoso, e, de repente, o fato de esperar mais alguns meses não parecia tão ruim assim.
Quando McGonagall se preparava para sair, algo curioso aconteceu. A professora lançou a Adhara um olhar que durou um pouco mais do que o normal. Um brilho de curiosidade surgiu em seu olhar, que ela tentou disfarçar rapidamente. Adhara percebeu... Mas antes que pudesse perguntar, McGonagall fez uma leve reverência e se despediu.
— Nos veremos em breve, senhoritas Grangers. — E com um último aceno, a professora deixou a casa.
A quietude permaneceu. Hermione ainda segurava a carta, sem acreditar completamente no que acabou de acontecer. Adhara, por outro lado, cheia de entusiasmo, foi a primeira a romper o encanto do momento.
— Hermione, se podemos fazer feitiços... será que podemos transformar o café da manhã em sorvete? — perguntou ela, já amando as infinitas possibilidades que sua recém-descoberta magia poderia proporcionar.
Hermione mal teve tempo de processar a ideia antes de Elijah.
— Pare por aí mesmo, mocinha. — Ele cruzou os braços, olhando para as duas. — Vamos estabelecer algumas regras, e a primeira delas é: nada de transformar o café da manhã em sorvete.
Adhara suspirou, visivelmente desapontada, e se afundou no sofá.
— Que tipo de bruxa não pode transformar comida em sobremesa? — murmurou, meio contrariada, enquanto Hermione soltava uma risada contida.
— Do tipo que tem regras em casa — acrescentou Hayley, lançando um olhar para Adhara, que imediatamente fez uma careta indignada.
— E além do mais, lembre-se do que a professora McGonagall falou — completou Elijah, erguendo as sobrancelhas para dar ênfase.
— Nada de fazer magia fora da escola até serem maiores de idade.
Adhara mal ouviu a parte sobre "não usar magia fora da escola". Em sua mente, o mundo sem limites que ela sempre sonhou estava finalmente ao seu alcance. Seu sorriso malicioso crescia à medida que sua imaginação corria solta: transformar o travesseiro de Hermione em uma galinha, fazer os espelhos refletirem algo engraçado... As possibilidades eram infinitas.
— Quem precisa de regras quando a diversão está apenas começando? — murmurou para si mesma, seus olhos brilhando de empolgação.
Curiosamente, naquela noite, Elijah e Hayley refletiram sobre como o destino podia ser engraçado. Quem imaginaria? Suas duas filhas eram bruxas — e isso era simplesmente maravilhoso.
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