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𝗖𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝟲

Nayeon estava sentada em um canto afastado do dormitório, os cotovelos apoiados nos joelhos enquanto observava o movimento ao seu redor. Seu grupo estava disperso, cada um imerso em seus próprios pensamentos. Ela não estava com cabeça para socializar ou planejar, e o peso do ambiente parecia sufocá-la.

Foi então que ela ouviu passos se aproximando. Levantou o olhar e viu Gi-hun, o jogador 456, parado à sua frente. Ele parecia hesitante, mas havia algo em seus olhos que indicava que queria conversar.

— Posso me sentar? — perguntou ele.

Nayeon hesitou, mas assentiu com a cabeça. Gi-hun sentou-se ao lado dela, apoiando as mãos nas coxas e soltando um longo suspiro. Por alguns momentos, nenhum dos dois disse nada. O silêncio era quase confortável, mas a tensão no ar era inegável.

— Você me lembra alguém — disse ele, finalmente, quebrando o silêncio.

Nayeon franziu o cenho, virando-se para encará-lo.

— Como assim?

— Seu número. Sessenta e sete. — Ele apontou para o número em sua roupa. — Há três anos, havia uma jogadora com esse mesmo número. Alguém muito especial.

O coração de Nayeon quase parou ao ouvir isso. Uma sensação de frio percorreu seu corpo, e suas mãos instintivamente se fecharam em punhos. Ela manteve a expressão neutra, mas sentiu o peito apertar.

— Quem era ela? — perguntou, tentando soar casual, mas sua voz tremeu levemente.

Gi-hun sorriu com tristeza, olhando para o chão.

— O nome dela era Saebyeok. Kang Saebyeok. Ela era... incrível. Forte, corajosa. Muito diferente de qualquer outra pessoa que estava lá. Ela sempre lutava pelos outros, mesmo quando tinha tudo contra ela.

O nome ecoou na mente de Nayeon como um trovão. Saebyeok. Sua irmã. O motivo de ela estar ali. As palavras de Gi-hun a atingiram como um golpe no peito, e por mais que tentasse manter a compostura, sentiu o ar fugir de seus pulmões.

— Saebyeok... — murmurou, baixinho, como se testasse o som do nome saindo de seus lábios.

— Sim. Você a conhecia? — perguntou Gi-hun, olhando para ela com curiosidade.

Nayeon balançou a cabeça rapidamente, desviando o olhar.

— Não. Não conheço. Só achei o nome... incomum.

Gi-hun suspirou, voltando a olhar para o chão.

— Ela era especial. Muito especial. Fazia tudo por sua família. O sonho dela era dar uma vida melhor aos irmãos — Ele fez uma pausa, o rosto se contorcendo em dor. — Mas ela não conseguiu.

As palavras dele eram como facas perfurando o coração de Nayeon. Ela tentou engolir o nó que se formava em sua garganta, mas a dor era esmagadora. Saebyeok havia sonhado com aquilo. O irmão mais novo que ela mencionava era o pequeno Cheol, o mesmo garoto que Nayeon tinha jurado proteger e falhou

— O que aconteceu com ela? — perguntou Nayeon, quase sem voz.

Gi-hun balançou a cabeça, os olhos ficando úmidos.

— Ela chegou tão perto. Quase conseguiu. Mas... no final, ela foi traída. Por alguém em quem confiava. Foi uma das coisas mais difíceis que já vi.

Nayeon sentiu uma lágrima escorrer por seu rosto antes de conseguir impedir. A ideia de sua irmã ser traída, depois de lutar tanto, era insuportável. Mas ela limpou rapidamente a lágrima, tentando não chamar atenção.

— Deve ter sido difícil — murmurou, tentando manter a voz firme.

— Foi. — Gi-hun olhou para ela, percebendo algo estranho em sua expressão. — Você está bem? Parece... abalada.

— Estou bem. Só não gosto de ouvir essas histórias. — Ela respirou fundo, tentando recuperar o controle. — Mas por que está me contando isso?

— Porque... você tem algo nela. — Ele hesitou, como se procurasse as palavras certas. — A mesma força, a mesma determinação. É estranho, mas quando te vi, lembrei imediatamente dela. E o número... é o mesmo. Sessenta e sete.

Nayeon não conseguiu evitar. Soltou um pequeno riso, mas era vazio, cheio de dor.

— Parece coincidência demais, não é?

Gi-hun assentiu, sem perceber a dor que suas palavras estavam causando.

— Sim, mas... talvez não seja coincidência. Talvez você tenha vindo aqui por uma razão maior, sabe? Não sei explicar, mas acredito que as pessoas têm uma conexão, mesmo quando não percebem.

Nayeon o encarou, tentando entender como ele conseguia ser tão otimista mesmo depois de tudo o que tinha passado. Ela queria gritar, contar a ele que Saebyeok era sua irmã, que ela tinha entrado naquele lugar para vingar sua morte, mas não podia. Não agora. Não ainda.

— Talvez você esteja certo — disse ela, finalmente. — Talvez haja algo maior por trás disso.

Gi-hun sorriu, parecendo aliviado.

— Fico feliz que você ache isso. Porque, no final das contas, precisamos de algo em que acreditar. Algo que nos mantenha vivos.

Ela não respondeu, apenas assentiu, mesmo que sua mente estivesse a mil. Gi-hun se levantou, esticando as pernas.

— Foi bom conversar com você, Nayeon. Espero que a gente consiga sair daqui. Juntos.

Ela observou enquanto ele se afastava, sentindo o peso da conversa cair sobre ela como uma avalanche. Assim que ele estava longe o suficiente, permitiu que as lágrimas que estava segurando finalmente caíssem.

Saebyeok. Sua irmã. Tudo fazia sentido agora o número, o sacrifício, a determinação que ela sempre carregou. Ela nunca soube o que realmente aconteceu com Saebyeok até agora, e a dor de saber era quase insuportável.

Nayeon abraçou os joelhos, escondendo o rosto. Por mais que doesse, agora estava mais decidida do que nunca. Não importava o que acontecesse, ela descobriria quem traiu sua irmã. E faria com que pagassem.Com o coração pesado e a mente atormentada, Nayeon sabia que precisava ser forte. Não por si mesma, mas por Saebyeok. Afinal, ela não tinha vindo até ali para desistir. Ela tinha vindo para lutar.


Nayeon permaneceu imóvel no canto do dormitório por um longo tempo, os braços apertados ao redor das pernas enquanto tentava conter o turbilhão de emoções dentro de si. Cada palavra que Gi-hun tinha dito ecoava em sua mente, como uma cicatriz que se abria a cada vez que era tocada.

"O nome dela era Saebyeok. Kang Saebyeok."

Ela fechou os olhos com força, tentando afastar o rosto de sua irmã das lembranças. Mas era impossível. Tudo o que conseguia visualizar era Saebyeok, sua postura determinada, seus olhos cheios de uma dor silenciosa, mas também de esperança. Sua irmã sempre fora forte, mesmo quando o mundo parecia desabar ao seu redor. E agora ela sabia como tudo tinha terminado.

Traída.

Essa palavra martelava em sua mente como uma sentença de morte. Saebyeok não deveria ter morrido. Ela era forte demais, esperta demais. Mas alguém a havia tirado do jogo de maneira suja, alguém em quem ela confiava. O pensamento fez Nayeon sentir uma mistura de raiva e impotência que parecia queimá-la por dentro.

Ela se levantou lentamente, sentindo as pernas fracas. O dormitório estava mais quieto agora; alguns jogadores estavam deitados em seus colchões, outros conversavam em voz baixa. Ninguém parecia notar sua inquietação, e isso era um alívio. Nayeon não queria perguntas. Não queria que ninguém visse o quanto estava vulnerável.

Caminhou até uma das paredes mais afastadas e se sentou de costas para todos, escondendo o rosto entre as mãos. Lágrimas silenciosas começaram a escorrer por seu rosto, e ela não tentou impedir. A dor era grande demais para ser contida. Ela chorava por Saebyeok, por Cheol, por tudo o que haviam perdido. Chorava por si mesma, pela culpa que carregava por não ter estado lá para protegê-la.

"Ela chegou tão perto. Quase conseguiu."

Nayeon se lembrou das palavras de Gi-hun. Sua irmã tinha lutado até o fim, dado tudo de si. E mesmo assim, foi traída. Quem foi o responsável? Quem foi covarde o suficiente para tirar a vida de alguém que só queria salvar sua família? Ela cerrou os punhos, sentindo as unhas cravarem na palma de suas mãos. Precisava descobrir. Precisava saber a verdade. Mas sabia que não seria fácil.

Ela olhou para o número em sua roupa 067. O mesmo número que Saebyeok usou. A coincidência era cruel, como se o destino estivesse zombando dela. Agora aquele número não era apenas um símbolo do jogo. Era um lembrete constante do que estava em jogo. Era a última conexão que ela tinha com sua irmã, e isso a fortalecia e a despedaçava ao mesmo tempo.

Enquanto o tempo passava, Nayeon tentou controlar sua respiração, forçando-se a ficar calma. Ela sabia que precisava esconder sua dor, pelo menos por enquanto. Ali, qualquer sinal de fraqueza poderia ser usado contra ela. Precisava ser fria, calculista, exatamente como Saebyeok teria sido.

Mas, por mais que tentasse, as memórias continuavam a invadi-la. Lembrou-se de quando eram crianças, de como Saebyeok sempre assumia o papel de protetora. Ela sempre dizia que Nayeon tinha um futuro brilhante, que era mais esperta do que acreditava ser. "Você vai mudar o mundo, Nay," sua irmã costumava dizer. Agora, tudo o que Nayeon queria era ter tido a chance de retribuir aquele cuidado, de protegê-la quando mais precisou.

"Eu falhei com você, Saebyeok," pensou, apertando os olhos para conter mais lágrimas. A culpa pesava como uma âncora em seu peito. Mas, ao mesmo tempo, havia algo mais. Uma chama que começou a arder lentamente dentro dela.

Ela não podia falhar novamente. Não podia permitir que a morte de Saebyeok fosse em vão. Quem quer que fosse o responsável por sua traição, quem quer que estivesse envolvido, pagaria. E não importava o que tivesse que fazer, ela sobreviveria para garantir isso.

Nayeon se levantou lentamente, enxugando o rosto com as mãos. Seu coração ainda estava pesado, mas sua determinação começava a se solidificar. Olhou ao redor, certificando-se de que ninguém tinha notado seu momento de fraqueza. Gi-hun estava do outro lado do dormitório, falando com sua equipe. Ele não sabia, mas tinha dado a ela algo que ninguém mais podia: a verdade.

Ela o observou por um momento, reconhecendo a dor em seu semblante. Ele também carregava cicatrizes daquela experiência, mas havia algo de diferente nele. Ele parecia carregar um senso de responsabilidade, como se acreditasse que podia fazer a diferença. E talvez fosse isso que a incomodava nele. Ela sabia que ele tinha boas intenções, mas, para Nayeon, o mundo não era tão simples. Não havia espaço para otimismo ali.

Decidindo que não podia mais se perder em seus pensamentos, Nayeon caminhou até seu colchão. Deitou-se, mas o sono estava longe de alcançá-la. Tudo o que podia fazer era encarar o teto, enquanto a dor e a raiva se misturavam em seu peito.

"Eu não vou te decepcionar, Saebyeok," pensou, os olhos ardendo de cansaço. "Vou descobrir quem fez isso com você. Vou descobrir a verdade. E vou sair daqui. Por nós duas, pelo Cheol".

E, com essa promessa silenciosa, Nayeon fechou os olhos. Lágrimas ainda escorriam, mas agora não eram apenas de dor. Eram de determinação. Ela sabia que o caminho seria difícil, mas estava pronta para lutar. Não havia mais espaço para hesitação. Não mais.

Nayeon estava deitada em seu colchão, mas o sono continuava a escapar. Sua mente estava presa em um redemoinho de pensamentos sobre Saebyeok, Gi-hun e tudo o que ela havia acabado de descobrir. Mesmo com os olhos fechados, a imagem de sua irmã não saía de sua cabeça. Era como se cada palavra de Gi-hun tivesse reacendido algo que ela tentava enterrar há muito tempo.

Ela ouviu passos suaves se aproximando e, por reflexo, abriu os olhos, encontrando Daeho, o jogador 388, parado ao lado de seu colchão. Ele tinha as mãos nos bolsos, e a expressão em seu rosto era mais gentil do que ela esperava.

— Você está bem? — perguntou ele, baixando a voz para não chamar atenção dos outros.

Nayeon hesitou por um momento. Não queria conversar, mas algo no tom de Daeho parecia... sincero. Ele não estava ali para julgá-la ou para arrancar informações. Ele apenas parecia preocupado.

— Estou bem — respondeu ela, tentando soar convincente, mas sua voz estava rouca, traindo sua tentativa de esconder o que sentia.

Daeho  sentou-se ao lado dela, ignorando o fato de que outros jogadores poderiam olhar. Ele a observou por alguns segundos, o olhar calmo e firme, mas sem invadir demais o espaço dela.

— Não parece. Você está quieta desde que o 456 conversou com você. — Ele fez uma pausa, inclinando levemente a cabeça. — Não estou aqui para pressionar, sabe? Só... parecia que precisava de alguém para conversar.

Nayeon soltou um suspiro, desviando o olhar. Havia algo em Daeho que a deixava desconcertada. Ele era direto, mas não invasivo. Sua presença era estranhamente tranquila, e isso a fazia baixar um pouco as barreiras. Mas ela sabia que não podia contar nada. Não agora.

— Às vezes, ficar quieta é a melhor opção — respondeu ela, tentando fechar o assunto.

Daeho assentiu, como se entendesse o que ela queria dizer, mas não se levantou nem desistiu.

— É. Mas também pode ser sufocante. — Ele cruzou os braços e olhou para frente, como se estivesse refletindo. — Eu sei como é carregar algo pesado sozinho. Pode parecer que ninguém entende, mas, às vezes, falar... ajuda.

Ela o encarou, sem saber o que responder. Não estava acostumada a receber consolo, especialmente de um estranho. Mas, ao mesmo tempo, havia algo genuíno na maneira como ele falava, algo que a fazia sentir que ele sabia do que estava falando.

— O que faz você achar que estou carregando algo? — perguntou ela, quase em tom de desafio.

Daeho riu baixinho, balançando a cabeça.

— Porque eu sei reconhecer quando alguém está. Já vi esse olhar antes. — Ele fez uma pausa, seu semblante ficando mais sério. — Você parece alguém que está lutando contra algo maior do que só... isso aqui.

Nayeon apertou os lábios, desviando o olhar novamente. Ele estava certo, mas ela não podia confirmar. Não queria confirmar.

— E você? — perguntou ela, mudando de assunto. — Está carregando algo também?

Daeho deu de ombros, um pequeno sorriso amargo surgindo em seus lábios.

— Quem não está? Todo mundo aqui perdeu alguma coisa. É por isso que estamos aqui, não é? — Ele olhou para ela, os olhos mais suaves agora. — Mas eu aprendi que não adianta afundar nisso. Se a gente só se focar no que perdeu, nunca vai sair do lugar.

As palavras dele a pegaram de surpresa. Por mais que quisesse manter a postura de que não precisava de ninguém, algo no que ele disse atingiu um ponto fraco dentro dela.

— Você parece bem otimista para alguém nesse lugar — comentou ela, tentando mascarar o impacto das palavras dele.

— Otimista? — Ele riu de novo, mas o riso era mais leve dessa vez. — Não diria isso. É mais uma questão de sobrevivência. Se eu desistir de tudo, o que me resta?

Ela ficou em silêncio, refletindo sobre aquilo. Ele tinha razão, de certa forma. Por mais que quisesse se afundar na dor que sentia, sabia que isso não a ajudaria a sobreviver. E, para descobrir a verdade e honrar Saebyeok, ela precisava sobreviver.

Daeho notou o silêncio dela e continuou.

— Olha, não estou aqui para te incomodar ou tentar saber o que está acontecendo. Só achei que você poderia querer alguém para conversar. Mesmo que seja sobre... nada.

Ela olhou para ele, surpresa pela simplicidade de suas palavras. Não havia pressão, nem intenções ocultas. Ele estava sendo honesto.

— Obrigada, Daeho — disse ela, finalmente, sua voz baixa, mas sincera.

Ele sorriu levemente e deu um pequeno aceno de cabeça.

— Sem problemas. E, se precisar de algo, estou por aqui.

Ele se levantou, ajeitando o colchão antes de colocá-lo de volta no lugar. Antes de se afastar completamente, olhou por cima do ombro.

— E, Nayeon? Seja o que for, você vai passar por isso. Só não esqueça que, às vezes, a gente precisa de aliados, mesmo que só para lembrar disso.

Ela o observou se afastar, sentindo algo diferente. Não era alívio, exatamente, mas também não era o peso esmagador que sentia antes. Era estranho, mas aquelas poucas palavras tinham feito uma diferença. Talvez porque ele não exigiu nada dela, nem tentou invadir seus segredos.

Por mais que ainda estivesse quebrada por dentro, agora havia uma pequena faísca de algo. Algo que poderia ser o início de uma amizade. Ou, no mínimo, um lembrete de que, naquele lugar infernal, havia alguém com quem ela poderia contar, mesmo que fosse apenas por um momento.

Nayeon se recostou no colchão, respirando fundo. As lágrimas ainda estavam ali, mas, dessa vez, elas vinham misturadas com a menor centelha de força. Talvez, só talvez, ela pudesse encontrar um pouco de luz no meio de tanto caos.


お茶   ⠀⭕️  ⠀.⠀000    ! O que acharam do capítulo de hoje?

お茶   ⠀⭕️  ⠀.⠀001    !  Hoje tivemos a nayeon descobrindo as coisas e tendo o início de uma amizade com o Daeho

お茶   ⠀⭕️  ⠀.⠀002    !  Muito obrigado pelos 11k de visualização na história

お茶   ⠀⭕️  ⠀.⠀003    ! Já peço perdão se tiver algum erro, o capítulo não foi revisado

お茶   ⠀⭕️  ⠀.⠀004    ! Comentem e votem pra eu saber que estão gostando

お茶   ⠀⭕️  ⠀.⠀005    ! Próximo capítulo vai ter muitas interações nayeon X In-ho

お茶   ⠀⭕️  ⠀.⠀006    ! Amo vocês demais, até a próxima

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