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𝗘𝗵𝗶𝗸𝘂

❝𝖲𝖺𝖻𝖾 𝖼𝗈𝗆𝗈 𝗌𝖺̃𝗈 𝗈𝗌 𝗁𝗈𝗆𝖾𝗇𝗌... 𝖯𝖾𝗇𝗌𝖺𝗆 𝗊𝗎𝖾 "𝗇𝖺̃𝗈" 𝗌𝗂𝗀𝗇𝗂𝖿𝗂𝖼𝖺 "𝗌𝗂𝗆" 𝖾 𝗊𝗎𝖾 "𝗏𝖺𝗂 𝗉𝖺𝗌𝗌𝖾𝖺𝗋" 𝗊𝗎𝖾𝗋 𝖽𝗂𝗓𝖾𝗋 "𝗆𝖾 𝗍𝗈𝗆𝖾, 𝗌𝗈𝗎 𝗌𝗎𝖺".❞

Hércules.

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☪ ━ 𝖭𝗈𝖺𝗁'𝗌 𝗉𝗈𝗏'𝗌 ❖

Eu estava assistindo televisão na sala embaixo de uma coberta, pois estava chovendo e fazendo muito frio. De repente, escuto alguém bater freneticamente na porta do apartamento e me obrigo a levantar.

Destranco a porta preparado para xingar a pessoa que me atrapalhou, mas assim que abro a porta, arregalo os olhos.

A Sina estava toda molhada e estava com o seu violão na mão. Eu diria que ela pegou muito chuva, já que a roupa dela estava grudada na pele.

— Meu Deus, Sina! O que aconteceu com você? — pergunto preocupado.

— Eu estava no parque tentando treinar a música que eu vou cantar no show de talentos, até que começou a chover.

— Por que você não foi para o seu apartamento? Se continuar com essas roupas vai ficar resfriada. — falo, pois eu estava realmente preocupado com ela.

— Eu fui, mas depois me dei conta que tinha esquecido a chave em cima da mesa da cozinha e meu pai saiu depois de mim, trancando a porta. — diz e dá um pequeno sorriso. — Será que você poderia me abrigar por algumas horas?

— Claro! Entra. — falo e dou espaço para ela entrar no apartamento.

Ela entra no apartamento se tremendo e eu sinto uma enorme vontade de cuidar dela.

— Olha, vai no meu quarto e pega qualquer um dos moletons que tem no meu guarda-roupa. Eu vou ver se no antigo quarto da minha irmã tem algum short que caiba em você. — falo e ela assente.

Levo ela até meu quarto e sigo caminho para o antigo quanto da minha irmã. Ela é dois anos mais velha que eu, mas foi fazer intercâmbio na Espanha e já faz algumas semanas que eu não consigo falar com ela.

Procuro por um short que caiba na Sina e só acho um fino que parecia ser de pijama. Acho que é melhor do que nada.

Vou até o meu quarto e bato na porta, logo em seguida a Sina abre e põe só a cabeça para fora.

— Sim?

— Esse foi o único que eu achei. — falo e estendo o short para ela.

— Obrigada. — diz pegando o short da minha mão e fecha a porta.

Ando até a cozinha e preparo um chocolate quente para a Sina beber. Assim que eu termino de fazer, escuto alguém bater na porta do apartamento.

Quem será que vai me pedir abrigo agora?

Abro a porta e vejo o Josh com um sorriso no rosto. Diferente da Sina, ele estava seco.

— Oi. — diz sorrindo e entra no apartamento.

— Você não tem casa não? — pergunto, pois, já era a sexta vez só nessa semana que ele vinha aqui.

— Não. Acredita? — pergunta em um tom sarcástico e se joga no sofá da sala.

— Noah, esse foi o único moletom que eu achei que não ficou tão largo em mim. — Sina diz aparecendo na sala e o Josh me olha. — Ah... Oi, Josh.

— Er... Oi. — diz e se levanta do sofá. — Sabe o que é? Eu acabei de me lembrar que tenho uma casa, inclusive, estou indo pra lá agora.

— Não precisa ir só porquê eu estou aqui. — Sina diz sorrindo.

— Não, eu não quero atrapalhar. — diz indo em direção à porta.

— Eu e a Sina não fizemos e nem estamos fazendo nada. — falo e ela assente, concordando.

— Que saber? Vocês acabaram de me dar uma ideia e eu estou indo para a casa da Any agora. — Josh sai do apartamento e fecha a porta logo em seguida.

— O que deu nele? — Sina pergunta confusa.

— Eu sei lá! Ele nasceu com um neurônio a menos. — falo e presto atenção na roupa que ela estava usando.

Ela está vestida com o meu moletom preto que continha uma frase escrita nele - “Chump Change”. O short que eu dei para ela parecia caber, mas estava um pouco curto, então quase não dava para ver, já que o moletom cobria parte dele.

Ela estava muito gostosa!

— Noah! — Sina me chama, me tirando do transe.

— Oi?

— Para de ficar me olhando e parado que nem uma estátua. — diz e sorri envergonhada.

— Desculpa. Er... Eu vou pegar o chocolate quente que eu preparei para você. — falo e vou em direção à cozinha.

Pego o chocolate quente que fiz para a Sina e aproveitei para pegar um pano, já que o seu violão estava todo molhado e se não secasse rápido poderia danificar as cordas.

Volto para a sala e vejo a Sina sentada no sofá, olhando para a TV que passava um filme qualquer.

— Pega. — falo e ela se vira para mim, pegando a caneca que continha o chocolate quente.

— Obrigada. — agradece sorrindo.

Retribuo o sorriso e pego o seu violão, me sentando no sofá logo em seguida. Sina acompanha cada passo que eu dou com os olhos, como se estivesse com medo de que eu estragasse o seu bem mais precioso.

— Calma, eu só vou secar. — falo e dou uma pequena risada.

— Pode deixar que eu faço. — diz, fazendo menção de pegar o pano da minha mão.

— Não. Você vai tomar o seu chocolate quente enquanto eu seco. Fica tranquila, eu não vou estragar. — falo sorrindo e ela assente.

Seco o seu violão e coloco ele encostado no lado do sofá. Vou para a cozinha e deixo o pano no lugar onde ele estava.

Volto para a sala e me sento do lado da Sina.

— Então... Você não contou que tinha uma irmã. — diz e eu olho para ela.

— A gente não tem uma relação tão boa como a maioria dos irmãos tem que ter. Como, agredir um ao outro, mas defender quando necessário. Ela só me agredia mesmo. — falo e ela dá uma pequena risada.

— Por que ela tem raiva de você? — pergunta e bebe um gole do chocolate quente.

— Ela me culpa pelo abandono do meu pai. — respondo e desvio o olhar.

— Então, ela é mais velha que você?

— Dois anos.

— E onde ela está agora?

— Ela está fazendo intercâmbio na Espanha. Já faz algumas semanas que eu não falo com ela, mas normalmente as nossas conversas são bem curtas.

— Eu sempre quis saber como é ter um irmão. Sei que muitas pessoas que tem fala que é chato, mas acho que eles nunca experimentaram a solidão que é ser filho único. Sempre que o meu pai precisava trabalhar, eu ficava com as vizinhas do apartamento ao lado e não era muito legal.

— Bom, ficar sozinho com a minha irmã não era muito legal. Ela me fazia de escravo. — falo e ela dá risada.

— Onde está o Brady? Não vi ele desde que cheguei aqui. — diz e eu olho ao redor da sala.

— Ele deve ter se enfiado em algum lugar e agora não sabe como sair. — falo me levantando do sofá.

Vou em direção ao quarto da minha mãe - que é onde ele sempre gosta de ficar quando ela não está - e percebo que a Sina está me seguindo.

Procuro por todo o quarto e não encontro ele. Vou até o meu quarto e assim que abro a porta, escuto um choro de cachorro.

— Acho que isso prova que ele está aqui. — Sina comenta.

— É, mas onde? — pergunto olhando envolta do quarto.

— Acho que eu já sei. — diz e eu olho para onde ela estava olhando.

Puta que pariu! Como é que ele foi parar em cima do guarda-roupa?!

— Como é que ele foi parar lá? — pergunto incrédulo.

— Se você não sabe, imagina eu. — Sina diz e dá de ombros.

Eu e a Sina paramos em frente ao guarda-roupa e ficamos olhando para cima, tentando pensar em um jeito de tirar o Brady de lá.

Me viro para procurar algo que eu possa subir e assim que fico de frente para a Sina, sinto algo cair em cima de mim e eu acabo caindo em cima da Sina, mais especificamente, entre as pernas dela.

Puta que pariu!

Tento me levantar, mas sinto um peso em cima de mim e vejo que o Brady estava nas minhas costas. Por ele ser grande, acaba sendo muito pesado.

— Porra... — xingo em um tom baixo.

— O que foi? — Sina pergunta e eu olho para ela.

Nós estávamos com o rosto muito perto um do outro.

— O Brady está em cima de mim, mas eu não consigo sair. E isso não é o pior. — falo e desvio o olhar.

— O que é?

— Ele está roçando em mim. — falo e ela começa a rir. — Isso não é engraçado!

— É sim! — diz rindo.

— Cachorro safado! — reclamo olhando para o Brady e ele late.

— Noah... — Sina me chama em um tom baixo.

— Quê? — pergunto olhando para ela.

— O Brady está fazendo com que você roce em mim. — diz e cora logo em seguida.

Puta que pariu!

O Brady está se mexendo muito e está fazendo com que eu me mexa em cima da Sina. Merda! Eu não posso ficar duro agora.

— Brady, sai de cima de mim! — falo em um tom autoritário, mas ele me ignora.

Ele late e começa a pular em cima de mim, fazendo com que eu me roçasse ainda mais na Sina.

Porra! Além de eu ficar com dor nas costas, vou ficar com o pau duro.

— Você tem um cachorro muito obediente. — Sina debocha.

— Que saco! Brady, para com isso. — falo e ele pula em cima de mim com mais força.

— Para de mandar ele parar, pelo amor de Deus! — Sina diz.

— Você quer continuar assim? — pergunto olhando para ela.

— Não, mas dar para ver claramente que ele não quer te obedecer e eu não quero que a situação piore.

— Não tem como a si... — não termino de falar, pois a Sina tampa a minha boca com a sua mão.

— Acredite, sempre tem. — diz e tira a mão da minha boca.

— O que vamos fazer? Deixar ele fazer isso com a gente até cansar?

— Não sei...

— Olha, os meus braços já estão doendo. — falo e eles realmente já estavam começando a doer, se eu dobrar eles, vou acabar beijando a Sina.

Se bem que isso não seria tão ruim...

— Meu filho, você joga futebol americano e é fraco desse jeito? — pergunta em um tom sarcástico.

— Não é você que está com um cachorro de mais de dez quilos pulando nas suas costas.

Escuto a porta do meu quarto sendo aberta e o Brady rapidamente sai das minhas costas.

Antes que eu pudesse sair de cima da Sina, a porta foi totalmente aberta e a minha mãe entrou no quarto.

— Noah, você viu... — ela para de falar assim que vê a minha posição com a Sina.

— Mãe, não é nada disso que a senhora está pensando. — falo me levantando rapidamente.

— Eu não pensei nada, não sei de nada, não sei quem é ela, parece simpática. Eu vou para o meu quarto. — diz e sai do quarto, fechando a porta logo em seguida.

— Ótimo! Ela vai ter uma péssima impressão sobre mim. — Sina diz se levantando.

— Isso é tudo culpa sua, cachorro mal-criado. — falo olhando para o Brady.

Ele late para mim e deita na cama de barriga para cima, como se não estivesse ligando para nada.

— Você sabe cuidar muito bem de um cachorro. Parabéns. — Sina diz em um tom debochado e eu reviro os olhos.

— Não é culpa minha se ele é inteligente. — falo e Brady late, como se estivesse concordando. — Está vendo?

— Estou, e estou vendo outra coisa também. — diz e fica corada.

— O quê? — pergunto confuso.

— Você está com... — não termina de falar e desvia o olhar.

— Com o quê? — pergunto com o cenho franzido.

— Você está com... problemas masculinos. — diz e olha para o teto.

Olho para baixo e só então eu percebo que eu estava de pau duro. Mas que porra!

— Só para você saber, eu não controlo isso. — falo e corro para dentro do banheiro.

— Os seus hormônios não são controláveis, né? — pergunta do outro lado da porta.

— É claro que não! Você acha que eu ia escolher ficar duro na sua frente? — pergunto e sinto as minhas bochechas esquentarem.

Merda! Nunca passei por esse constrangimento.

— Olha, é melhor você cuidar disso logo antes que piore. Eu vou voltar para a sala. — diz e eu escuto os seus passos se afastando.

Tudo isso por causa de um cachorro.

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Aiai, a vergonha...

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