♡˖꒰005𝐀𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐝𝐨 𝐬𝐢𝐥𝐞̂𝐧𝐜𝐢𝐨
𝗖𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 𝗖𝗶𝗻𝗰𝗼!
𝖠𝗇𝗍𝖾𝗌 𝖽𝗈 𝖲𝗂𝗅𝖾̂𝗇𝖼𝗂𝗈
★
❛ 𝘪𝘵 𝘳𝘢𝘪𝘯𝘴 𝘸𝘩𝘦𝘯 𝘺𝘰𝘶'𝘳𝘦 𝘩𝘦𝘳𝘦 𝘢𝘯𝘥 𝘪𝘵 𝘳𝘢𝘪𝘯𝘴 𝘸𝘩𝘦𝘯
𝘺𝘰𝘶'𝘳𝘦 𝘨𝘰𝘯𝘦 '𝘤𝘢𝘶𝘴𝘦 𝘪 𝘸𝘢𝘴 𝘵𝘩𝘦𝘳𝘦 𝘸𝘩𝘦𝘯 𝘺𝘰𝘶 𝘴𝘢𝘪𝘥,"𝘧𝘰𝘳𝘦𝘷𝘦𝘳 𝘢𝘯𝘥 𝘢𝘭𝘸𝘢𝘺𝘴” . . ❜
Desci as escadas, sentindo a familiaridade dos degraus sob meus pés, e segui em direção ao escritório da minha mãe. Ela estava lá, segurando uma caneca de café, com o vapor subindo em espirais suaves.
— Anthony já foi para a escola, mãe? — perguntei, tentando esconder a ansiedade na voz.
Ela olhou para o relógio antes de responder:
— Saiu há alguns minutos. Sua consulta é daqui a pouco.
Suspirei internamente. Um novo médico.
A mudança era necessária, mas eu estava acostumada ao Dr. Sloan, que cuidava de mim desde os meus treze anos.
— Espero que ele seja tão bom quanto o Dr. Sloan — comentei, mais para mim mesma do que para ela.
Minha mãe sorriu de um jeito que só ela sabia fazer, aquele sorriso que sempre conseguia me tranquilizar, mesmo nas situações mais incertas.
— Também espero, querida. Vamos cruzar os dedos.
Ela se levantou da cadeira, e eu a segui até a saída da casa. O ar lá fora estava gélido, como sempre em Forks. No carro, liguei o aquecedor enquanto seguimos para o hospital, tentando afastar o nervosismo.
[...]
Na recepção, minha mãe preencheu o formulário médico enquanto eu me sentava, conectando meus fones de ouvido ao MP3.
Deixei alguns clássicos tocarem suavemente, como uma trilha sonora calma para meu coração inquieto.
Observando as pessoas ao redor, notei uma garotinha de uns três anos com bochechas gordinhas. Sorri para ela, mas ela se escondeu timidamente atrás da mãe.
— Adalynn Collins — chamou a enfermeira, e me levantei, seguindo-a pelo corredor até a sala do Dr. Cullen.
Quando entrei, ele parecia jovem, talvez não mais que trinta anos.
— Adalynn Collins, certo? — Ele estendeu a mão para me cumprimentar.
— Sim, sou eu — respondi, apertando sua mão. Ele cumprimentou minha mãe em seguida e se dirigiu à sua mesa, onde todos nos sentamos.
— Você foi diagnosticada com fibrilação atrial desde os seis anos — disse o Dr. Cullen, examinando meus prontuários com uma seriedade profissional. — Vários procedimentos e cirurgias. Tratamento com Edoxabana. Alguma crise recente?
— Não, doutor — respondi, tentando manter a compostura.
Ele se aproximou com o estetoscópio e o colocou nas minhas costas.
— Inspire e expire.
Obedeci, sentindo o frio do instrumento na pele. Tudo parecia normal. Observei o Dr. Cullen enquanto ele conversava com minha mãe.
Ele era incrivelmente bonito, e uma parte de mim não pôde deixar de pensar que, talvez, a beleza fosse um pré-requisito para entrar na família Cullen.
— Está tudo bem, Adalynn? — perguntou ele, e eu apenas fiz um sinal de concordância com a cabeça. Senti minhas bochechas esquentarem e desejei ter disfarçado melhor.
Após alguns exames e mais uma prescrição de remédios, finalmente saímos do hospital.
Olhei para minha mãe e, pelo olhar, percebi que ela estava pensando a mesma coisa que eu. Assim que nossos olhares se cruzaram, rimos juntas.
— É ridículo como ele é bonito — disse minha mãe, e eu concordei, rindo mais uma vez.
— Os filhos não ficam muito atrás, mãe — comentei, pensando na imagem dos Cullens no refeitório. — Mas, antes que você pergunte, todos estão namorando.
Ela murchou um pouco com a notícia, e eu não pude deixar de sorrir.
— Vai para um encontro hoje com aquele garoto, Jacob, não é? — perguntou ela.
— Mãe, não é um encontro, é só um amigo. O Anthony vai estar lá. E, por favor, não dê ouvidos ao meu irmão — falei, revirando os olhos enquanto ela me lançava um olhar de canto. Assim que chegamos em casa, resolvi tocar um pouco de violino.
Preferi ir para a estufa, não queria fazer muito barulho.
Enquanto tocava, tive a sensação de ver alguém na floresta à frente, mas rapidamente ignorei a impressão, focando novamente na música.
[...]
Estava concentrada quando ouvi batidas na porta do meu quarto. Levantei a cabeça do livro que estava lendo e, ao dar permissão para a pessoa entrar, vi Anthony com seu habitual olhar de quem queria me falar algo importante.
— O que aconteceu, Anthony? — perguntei, me endireitando na cama e colocando o livro de lado.
— Eu não vou poder ir com você hoje, Ada. Tenho um trabalho importante para fazer, que o professor me passou — disse ele, com um olhar triste, quase de cachorrinho abandonado. Eu sabia que ele não queria me deixar ir sozinha.
— Tudo bem, Anthony. É bom que eu desenvolva um pouco mais das minhas habilidades sociais — respondi, sorrindo para tranquilizá-lo.
— Obrigada, irmã. Bem, quem sabe você não sai de lá com um date marcado com o Black — brincou ele, e eu joguei um travesseiro em seu rosto, rindo.
— No máximo, uma amizade muito sincera — retruquei, e ele balançou a cabeça em negação. A verdade é que eu não estava aberta para relacionamentos. Parecia egoísmo deixar alguém me amar, sabendo que tenho uma doença que pode me matar.
Além do mais, as pessoas que se interessam por mim rapidamente mudam de ideia quando uma crise acontece.
— Bem, agora pode ir. Vou terminar de ler este belo livro — falei, pegando o livro de volta. Anthony olhou para a capa e levantou a sobrancelha em questionamento antes de sair. Sorri ao pensar que, além dos clássicos, ler algo como "Como Eu Era Antes de Você" também trazia um sentimento especial.
[...]
Enquanto escolhia a roupa para sair, optei por algo mais confortável. Escolhi uma calça com um suéter branco de ombro a ombro e, após colocar as botas, me vi satisfeita diante do espelho.
Meu celular vibrou em cima da mesa; era uma mensagem de Jacob, desculpando-se por não poder me buscar pessoalmente.
Ele teve problemas simples, mas que o impediram de vir, então mandou as coordenadas exatas e avisou que me esperaria na entrada da reserva. Respondi tranquilizando-o.
Fui até a sala, onde encontrei minha mãe com o computador no colo.
— Mãe, já estou indo — avisei, atraindo sua atenção para mim.
— O Jacob não ia te buscar? — perguntou ela, franzindo a testa.
— Ia, mas ele teve um problema pessoal e não pode vir. Mas ele me mandou as coordenadas exatas — expliquei. Embora já tivesse ido a uma parte da reserva, minha memória não era das melhores.
Após alguns momentos avaliando a situação, minha mãe finalmente falou:
— Certo, mas tome cuidado. Você ainda não conhece Forks direito... E bem, se divirta — disse, com um sorriso de leve preocupação.
Retribuí o sorriso e saí, indo até a garagem. Rapidamente, entrei no carro e segui o caminho à risca, como Jacob havia me indicado.
Assim que chego à entrada da reserva, vejo Jacob me esperando. Faço um sinal para ele entrar no carro, e ele obedece.
— Me desculpe por antes, eu tinha alguns assuntos para resolver — diz, com um sorriso nervoso.
— Tudo bem, Jacob, não tem problema — respondo, tentando confortá-lo.
Chegamos a um local onde algumas pessoas estavam reunidas.
Jacob me apresentou a algumas delas, incluindo um garoto chamado Seth Clearwater e sua irmã, que parecia um pouco intimidadora, mas foi simpática.
Notei também outras pessoas, como Embry Call, que fez uma brincadeira com Jacob sobre algo relacionado a Swan. Acho que tem outra história aí.
— Vem, fica aqui do meu lado — disse Jacob, segurando minha mão e me levando até um dos lugares perto da fogueira.
Concordei, e após alguns minutos, o senhor Black se juntou a nós.
— A lenda de Tahoma e Aiyana, amplamente contada entre os Quileutes, narra uma poderosa história de amor, coragem e união. Tahoma, uma jovem guerreira da tribo Quileute, começou a ter sonhos recorrentes com um misterioso guerreiro que ela nunca havia conhecido.
Em uma das cerimônias da lua cheia, ela o avistou pela primeira vez e descobriu que ele era Aiyana, um guerreiro da tribo Kwalla, os antigos inimigos dos Quileutes.
Apesar da rivalidade histórica entre suas tribos, o amor entre Tahoma e Aiyana floresceu. No entanto, seu romance foi logo descoberto, e a notícia causou uma grande tensão entre as tribos.
Os anciãos de ambas as tribos, temendo que a união provocasse conflitos maiores, ordenaram que eles se separassem. Mas Tahoma, determinada a lutar pelo amor que sentia, desafiou as ordens dos anciãos e se infiltrou no território dos Kwalla para encontrar Aiyana.
Ela enfrentou o conselho da tribo rival com coragem, declarando seu amor por Aiyana e sua disposição de lutar contra qualquer um que tentasse separá-los.
Sua bravura e a sinceridade de suas palavras tocaram o coração dos anciãos Kwalla, que decidiram conceder-lhes uma chance. Os anciãos dos Quileutes, ao saber da determinação de Tahoma, também reconheceram a força do amor dos dois.
Em vez de travar uma guerra, as duas tribos decidiram firmar uma aliança, unindo seus povos através do casamento de Tahoma e Aiyana. Os dois amantes finalmente se casaram, selando a paz entre as tribos e iniciando uma nova era de cooperação.
Essa lenda é transmitida de geração em geração entre os Quileutes, como um símbolo de como o amor verdadeiro e a coragem podem superar todas as barreiras e transformar inimigos em aliados — terminou o senhor Black.
Fiquei pensativa, imaginando como seria ter alguém que lutasse assim por mim. Mesmo que seja um sonho distante, provavelmente acabarei sendo tia dos filhos do Anthony. Quase rio dos meus pensamentos.
— Obrigada novamente por hoje, Jacob, e por me permitir ouvir uma história da tribo — disse, vendo-o sorrir.
— Que nada, Adalynn, foi um prazer te convidar — respondeu enquanto caminhávamos para um lugar mais afastado.
Olhei para as estrelas, que pareciam mais vivas aqui em Forks. Conversamos sobre a tribo, e eu ri quando ele contou algo engraçado que aconteceu enquanto consertava a moto.
Ficamos em um silêncio confortável, até que, quando me virei para Jacob, fui surpreendida por um beijo que, por instinto, retribuí. Assim que ele se afastou, tentei assimilar o que tinha acabado de acontecer.
— Cedo demais? — perguntou, e eu neguei com a cabeça, mas antes que ele se aproximasse novamente, o parei com a mão.
— Olha, Jacob, eu não posso te dar o que você quer. No momento, só posso te oferecer minha amizade — falei, vendo o brilho em seus olhos diminuir.
— Eu sinto muito, desde que te conheci eu gostei muito de você, e bem, achei que estávamos tendo um momento agora, por isso te beijei — disse ele.
— Tudo bem, você é um cara legal e até que beija bem, mas eu não estou pronta para um relacionamento. Se quiser, ainda podemos ser amigos — ofereci minha mão para que ele apertasse, e após pensar um pouco, ele aceitou.
Voltamos para onde estávamos, e conversei por um tempo com o senhor Black, que me pareceu uma pessoa muito sábia.
Quando vi a hora, percebi que era minha deixa para ir embora. Após me despedir do senhor Black e das outras pessoas com quem conversei, Jacob me acompanhou até o carro.
— Olha, Adalynn, me desculpa novamente — disse ele, parecendo um pouco tímido.
— Não precisa se desculpar novamente, já está tudo resolvido —eu disse, entrando no carro.
— Adalynn, você disse que agora não está preparada, mas se no futuro estiver, pode me considerar? — perguntou com um ar esperançoso.
— Vamos ver, Black. Até mais — me despedi, dirigindo tranquilamente para fora da reserva. Pensei sorrindo em como Anthony e mamãe vão surtar quando souberem.
No caminho de volta pra casa, enquanto um jazz suave tocava no rádio, eu até me senti um pouco confortável com a melodia preenchendo o carro.
As ruas estavam meio sombrias, com poucos postes de luz jogando sombras estranhas na estrada molhada. A chuva começou de leve, só um sussurro no para-brisa, mas logo ficou mais intensa, batendo forte e abafando o som da música.
Eu diminuí a velocidade, mas o asfalto molhado não ajudou em nada.
Antes que eu percebesse, o carro começou a derrapar. Meu coração disparou e, mesmo tentando ficar calma, minha respiração ficou toda descontrolada. As luzes dos faróis começaram a girar enquanto o carro perdia o controle e saía da pista. O impacto foi imediato; o carro capotou, e tudo virou de cabeça pra baixo.
O vidro se quebrou, cortando minha pele como pequenas lâminas, e tudo virou um borrão de movimentos e sons. Quando o carro finalmente parou, o jazz suave do rádio foi substituído por um silêncio total. Ouvi uma voz meio familiar, como se estivesse longe, mas minhas pálpebras ficaram pesadas demais. A última coisa que senti foi a escuridão me puxando pra longe.
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𝗧𝗛𝗘 𝗔𝗥𝗧 𝗢𝗙 𝗟𝗜𝗩𝗜𝗡𝗚 | 𝖤𝖣𝖶𝖠𝖱𝖣 𝖢𝖴𝖫𝖫𝖤𝖭
𝘴𝘵𝘰𝘳𝘺 𝘣𝘺 𝘣𝘦𝘭𝘭𝘢𝘵𝘳𝘪𝘹𝘻𝘺𝘸 © 2024
─ 𝖾𝗌𝗍𝖾𝗍𝗂𝖼𝖺/ 𝗅𝖺𝗒𝗈𝗎𝗍 𝗉𝗈𝗋 𝘀𝗽𝗶𝗱𝗲𝗿𝘀𝘄𝗳𝗳 ─
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