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་ ،، ࣪ ☣️ 26 : ESTE É O MUNDO QUE FIZEMOS. ❜ 🧟‍♂️

𝄒🧟‍♀️ ִֶָ𝖙𝒉𝒆 𝒍𝒂𝒔𝒕 𝒐𝒇 𝒖𝒔 ⭑ุ᎔
capítulo 26, eéomqf¡
written by dixstark...

A PRIMEIRA COISA a lhe atingir fora a dor de cabeça. Amaya fora obrigada a fechar o olhos novamente quando a alta luz do cômodo parecia queimá-los. A Howard piscou os cílios diversas vezes até que conseguisse focar aos poucos a visão para que conseguisse enxergar os pontos vermelhos a sua frente. 

A mulher se mexeu na cama sentindo a fincada na cabeça, como em uma enxaqueca, segundos mais tarde suas vistas focaram sobre o símbolo desenhado no pequeno objeto ao seu lado. Amaya se virou olhando por cima do ombro rapidamente, procurando por Joel ou Ellie. 

ㅡ Calma. ㅡ A voz de Marlene soou, assim que percebeu que a Howard se encontrava acordada. ㅡ A porrada foi forte. ㅡ Revelou, fazendo a outra soltar uma risada de escárnio. Como se ela não conseguisse sentir a dor. ㅡ A patrulha não sabia quem vocês eram. 

ㅡ Onde eles estão? ㅡ Indagou, ficando de barriga para cima a fim de olhar para a líder dos Vagalumes. 

ㅡ Não estão feridos. Nem um arranhadinho. ㅡ A mulher mantinha os braços cruzados enquanto conversava com a Howard. ㅡ Só estão preocupados com você. 

ㅡ Cadê eles? ㅡ Repetiu a pergunta se colocando para sentar na cama, percebendo no quarto hospitalar no qual se encontrava.

ㅡ Você fez um bom trabalho, Amaya. Seguiu até aqui com Joel ajudando a trazer Ellie e eu mantive a minha parte do acordo. O que restou do meu grupo depois de atravessarmos o país, se manteve em silêncio sobre a vacina. Mas parece que você não se importa muito quando seu nome rodeia pela boca dos outros. ㅡ A Dandridge puxara uma cadeira, sentando-se de frente para a outra. 

A Howard olhou ao seu redor tentando não deixar a outra perceber sua ação e procurou por seus equipamentos, mas não os achara. Inspirou profundamente voltando a atenção para a Vagalume. 

ㅡ Matou uma cidade inteira de infectados e depois boa parte de um grupo que morava em um resort. O que aconteceu com você, Amy? ㅡ Juntou suas sobrancelhas. 

ㅡ Por que teria acontecido algo comigo? Não sabe o que tivemos que enfrentar pelo caminho para chegar até aqui, então cala a porra da boca e me leva até Joel e Ellie. ㅡ O corpo feminino estava tenso ao decorrer que Amaya pronunciava as palavras. 

ㅡ Não posso. ㅡ Marlene revelou, fazendo a outra franzir o cenho em sinal de confusão. ㅡ Ellie 'tá sendo preparada para a cirurgia e já mandei levarem o Joel para fora do hospital. Vocês dois são bem parecidos...

ㅡ Que cirurgia? ㅡ A Howard cortou a fala da Dandridge.

ㅡ O nosso médico acha que o Cordyceps cresce na Ellie desde que ela nasceu. ㅡ Começou a explicação.

ㅡ Por que ela 'tá em cirurgia? Como assim colocaram Joel pra fora do prédio, Marlene? Onde ele está? ㅡ O tom de voz de Amaya começara a se elevar ao decorrer que a calma da mulher se esvazia por completo, fazendo com que Marlene se erguesse da cadeira.

ㅡ Produz um tipo de mensageiro químico que... faz o Cordyceps normal pensar que ela é um Cordyceps. Por isso ela é imune. Ele vai tirar isso dela, multiplicar as células em laboratório, reproduzir os mensageiros químicos e depois distribuir pro mundo todo. Ele acha que pode ser uma cura, Amaya.

 A mulher separou os lábios para dizer algo enquanto pensava sobre as palavras ditas pela outra. As sobrancelhas se franzindo a cada pedaço que ela repassava em sua cabeça de maneira silenciosa. Não era nem ao menos certeza de que conseguiriam uma cura com tudo aquilo.

 ㅡ Não tinha mais nada 'pro Joel fazer aqui, era hora dele ir embora. Mas pensamos que você poderia querer nos ajudar com a cirurgia ou algo assim, a geração da sua família era de cientistas, né? Deve ter algo que saiba e que possa nos ajudar...

ㅡ O Cordyceps cresce dentro do cérebro. ㅡ Comentou. O coração acelera no interior de seu corpo após engolir uma saliva nervosamente, no qual descera de maneira lenta.

ㅡ Exatamente.

ㅡ Arranja outra pessoa. ㅡ A Howard ordenou, rangendo os dentes com a própria fala.

ㅡ Não tem outra pessoa. Nós não contamos 'pra ela. Ela não tá com medo. ㅡ Amaya inclinou a cabeça levemente para a esquerda ao escutar a fala da outra. ㅡ Ela não vai sentir dor. E vai ser para o bem maior, imagina só como vai ser ter o nosso mundo normal de volta à vida...

Amaya apertou as mãos na beirada da cama, as memórias da morte de Liana vindo em sua mente a cada palavra  que Marlene continuava a pronunciar em sua direção, como se tais letras, que ao se juntarem poderiam formar frases inteiras, fossem a convencer a ajudá-los na cirurgia que mataria Ellie. Que mataria a garota que lhe salvara naquele tempo em que tudo que a mulher queria fazer, era sentar e esperar com que algo ou alguém lhe levasse daquela vida. 

Ou como Marlene e seu grupo dizem: a luz no qual Amaya olhou quando estava perdida na escuridão. 

A mulher fechou os olhos contando as próprias respirações que seu corpo dava a cada segundo que se passava. Conseguindo escutar as batidas do coração soando aos seus ouvidos e o suor ameaçando a começar a surgir em sua testa. Mesmo depois de quase três minutos tentando se acalmar, ela ainda conseguia enxergar o rosto da filha biológica e em seguida da Williams. Amaya separou os cílios vagarosamente e sentiu a própria garganta engolindo uma saliva antes de se direcionar para Marlene que parecia lhe esperar dar uma resposta.

ㅡ Não. 

Marlene juntou suas sobrancelhas ao escutar o sussurro da Howard, mas não tivera tempo de se pronunciar ou reagir ao que veio a seguir. Amaya já havia se colocado de pé no solo hospitalar e a rainha Vagalume sentiu ambas as mãos ir de encontro ao chão, junto ao resto do corpo. O nariz sangrava pelo golpe que a outra desferira no local. 

Passos soaram perto do quarto de onde ambas se encontravam, Amaya caminhou até a Dandridge com pressa, puxando-a para cima e retirando a pistola que estava na cintura de Marlene.

ㅡ Quieta. ㅡ Encostou a arma na cabeça da mulher esperando com os soldados adentrassem o cômodo. O único som que pôde escutar por um tempo fora das respirações de ambas.

Disparou contra um deles assim que surgiram, assistindo o corpo ir de encontro ao porcelanato. Os outros se esconderam atrás de paredes evitando o contato com a Howard.

ㅡ Dêem dez passos para trás e fiquem onde eu possa ver todos vocês, largando as armas no chão! Ou ela morre.

ㅡ Eles não vão...

ㅡ Cala a boca, caralho. Antes que eu estoure sua cabeça sem esperar eles fazerem o que eu mandei. ㅡ Murmurou com raiva no ouvido de Marlene. 

ㅡ Você morreria assim que me matasse, e seu segredinho revelado pro mundo. Nosso acordo ainda vale, Amaya, não se esqueça disso. ㅡ A voz irônica da líder dos homens que ainda estavam sumidos atrás das paredes, soou outra vez. 

ㅡ Oh, é sério? Mas você deixou avisado pra quando eles forem fazer isso, falar que eu também sou a mulher da cidade de infectados? E a mulher que dizimou Silver Luke? Porque se vai contar uma parte é melhor contar o livro todo, não acha? 

A Howard sussurrou com raiva, sentindo Marlene tencionar minimamente o corpo. Moveu os olhos para a porta outra vez, conseguindo assistir os soldados da Vagalume começarem a fazer o que havia ordenado. Enquanto todos colocavam suas armas de encontro ao porcelanato, foi quando Amaya sentiu o gélido em sua barriga. Ela prendeu a respiração no segundo seguinte podendo ouvir a voz feminina soar. 

ㅡ Fizemos alguns exames e testes em todos vocês. Sabe como é... Precisávamos certificar de que todos estariam bem e não infectados quando colocamos vocês para dentro do hospital. Parece que você e o Joel aproveitaram para formar uma linda família enquanto atravessavam o país. ㅡ A mulher odiava o tom no qual a voz da líder soara. Com escárnio e sabendo que sempre conseguiria sair por cima pelas cartas na manga. 

A Howard arriscou olhar para baixo onde uma pequena faca encostava sua pele, fazendo com Amaya sentisse o coração saltar no peito e parecer bater tão tamanha proximidade de seus ouvidos. Quando movera a cabeça para cima, pôde enxergar os homens de Marlene apontando todas as suas armas para si. 

ㅡ Você ainda tem uma chance de me soltar e sair viva de tudo isso com o seu filho, e talvez com o pai se ele já não estiver longe. ㅡ A mulher balançou a cabeça de forma lenta, soltando a Dandridge e em seguida sentindo o ar voltar para dentro de si aos poucos. 

ㅡOk... ㅡ Sussurrou, erguendo as mãos ao dar um passo para trás.

Marlene guardou a faca outra vez no suporte e passou uma mão por seu pescoço o massageando, sem nenhuma arma às vistas de Amaya. Foi naquele segundo que surgiu a única oportunidade da Howard, e ela sabia disso após analisar a outra e os homens atrás de si.

Não havia guardado sua arma então fora fácil apenas erguê-la e disparar contra a Dandridge. Porém Marlene conseguira desviar-se de maneira rápida e se enfiar atrás da parede do lado exterior do cômodo. Amaya fizera o mesmo mas continuou dentro do quarto, a respiração ofegante fazendo seu peito se mover rapidamente.

Escutou passos rápidos e soube que a mulher havia corrido para longe, os disparos demoraram para terminar de soar contra si. Movimentou a cabeça minimamente para fora, conseguindo acertar dois dos homens que acompanhavam e sua líder a minutos atrás. O terceiro atirou contra a Howard, obrigando-a a se esconder outra vez.

ㅡ Caralho, de hospital. ㅡ Xingou, procurando a própria faca no suporte que ficava no quadril. O homem dera passos lentos e silenciosos prestes a adentrar o cômodo. 

A mulher ergueu a mão conseguindo fincar a faca em seu braço masculino, não demorando a escutar o grito de dor. Xingou mentalmente  sentindo o golpe sendo desferido em sua face a fazendo afastar-se do soldado de Marlene, mas atirando no homem que caira morto conseguindo respirar livremente agora.

Guardou a pistola nas costas e se abaixou pegando a outra arma dos Vagalumes a fim de economizar as suas próprias. Se escondera atrás de algumas paredes pelo caminho disparando contra outros que apareciam em sua frente. Precisava encontrar Joel, porque sabia que o homem não havia deixado o hospital, a não ser que haviam o matado e jogado seu corpo para o solo da rua. Mas teria que manter como principal achar a sala onde operariam Ellie.

As pernas se moviam com calma, porém de forma tensa. Solto a arma com uma mão apenas para que abrisse uma porta adentrando o cômodo em seguida, moveu os olhos pelos cantos conseguindo perceber ser um pequeno escritório. Colocou a AK-47 sobre o ombro para que pudesse abrir as gavetas com facilidade, assim que se aproximou da mesa branca.

Encontrara algumas caixas pequenas de medicamento, junto a papéis antigos e manchados. A segunda encontrava-se enfeitada com grampos, tesouras entre canetas pretas e azuis ou vermelhas. Amaya fechou com pressa encontrando-se com a última, mas ao levar a mão até o objeto para abri-lo percebera não ter efeito. 

A Howard puxou com força respirando profundamente ao ter certeza de que estava trancada. Se ergueu, e caminhou até uma estante que existia ali. Procurando a cada espaço que continha por uma chave mestra. Deveria ter uma, seria uma burrice tremenda não tê-la. 

Jogara alguns dos livros no chão esperando com que ela caísse, mas isso não aconteceu. Atravessou a sala mergulhando a mão dentro de potes ou caixinhas após abrir um armários de portas duplas. Suspirou aliviada ao finalmente encontrar a chave voltando para a gaveta e abrindo-a ao enfiar o objeto em sua fechadura. 

Juntou as sobrancelhas ao reparar nos arquivos brancos separados em ordem alfabética, papéis brancos. Papéis novos. Moveu os dedos em sua direção puxando os primeiros e começando a ler os escritos. 

Eram testes de infectados. Cada um ordenando entre positivo ou negativo, com nomes, idades, qualquer tipo de conhecido que a pessoa poderia ter e até mesmo personalidade e tipos de armas que utilizavam. Moveu os dedos virando as páginas e parando em algumas para ler, apenas dados para saber se estavam seguros dentro do hospital.

Não duvidaria se encontrasse um com o seu próprio nome, de Joel e Ellie. Mexeu nos papéis uma última vez juntando as sobrancelhas ao começar a ler a ficha de uma garota no qual Amaya arriscaria dizer ser da idade de Ellie.
             
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RELATÓRIO DE EXAME CONFIDENCIAL - ROTINA MÉDICA


NOME COMPLETO: Abigail Anderson       SEXO: Feminino                     IDADE: 15                        
TIPO SANGUÍNEO: A-
CORDYCEPS: NEGATIVO

PARENTES: Jerry Anderson (pai) ⤵    Cargo: cirurgião

Owen Moore (melhor amigo) ⤵
Cargo: em treinamento, soldado.

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Amaya soltou uma risada fraca ao terminar de ler a ficha da Anderson, percebendo realmente no que havia acabado de encontrar. Guardou os arquivos outra vez na gaveta fechando-a e se erguendo, porém um som na fechadura da porta a fez se abaixar atrás da pequena mesa pegando a pistola em suas mãos por ser de acesso mais rápido.

Escutou-a se fechar e em seguida passos hesitantes adentraram o cômodo, fazendo a mulher apertar a arma na própria pele antes de se colcar de pé apontando a pistola para a nova acompanhante de cômodo. Suas sobrancelhas se ergueram e os lábios separaram assim que reconheceu a garota a sua frente, que parecia ter entrado no local com objetivo de se esconder. A menina ergueu as mãos assim que percebeu no movimento repentino e arregalara os olhos minimamente.

ㅡ Abigail Anderson? ㅡ Amaya indagou, mesmo que já soubesse da resposta. Observou a garota juntar as sobrancelhas em direção a si. A Howard não impediu de sorrir de forma pequena.

ㅡ Acho que não deveria estar aqui. ㅡ A mais nova comentou, tentando se manter firme.

ㅡ Me leve até o seu pai. ㅡ Ordenou, dando pequenos passos em direção à Abby que afastara um passo pequeno olhando para a mesa que provavelmente era de seu genitor. ㅡ Agora.

ㅡ Não posso fazer isso. Todos nós temos deveres para cumprir aqui. Será traição ao meu grupo. ㅡ Comentou de forma lenta. Amaya suspirou fechando os olhos brevemente. 

ㅡ Eu 'tô pouco me fodendo 'pro seu grupo de merda e estou sem tempo para esse tipo de conversa. Me leve até a sala onde irá ocorrer a cirurgia, eu não vou pedir uma terceira vez com tanta educação. 

A Anderson não dissera nada fazendo com que a mulher relaxasse sua expressão observando a garota. Ambas olharam para a janela ao lado delas, coberta por persianas quando disparos soaram do lado de fora, Amaya franziu o cenho mas logo virou-se para Abby outra vez. 

Xingou quando fez o movimento a tempo de ver a garota retirando a arma de suas costas. A mulher se jogou no chão escutando o tiro soar alto pelo cômodo ser pequeno. Respirou com raiva e retirou a arma das costas disparando diversas vezes em direção a Abigail, mas sem acertá-la. Ainda precisava dela, então teria que apenas assustar. 

ㅡ Eu tentei ser o mais gentil possível com você. Mas não me parece dar muita escolha!

Quando a garota cobriu parte do corpo com os braço se curvando minimamente, a Howard caminhou até ela acertando mais algumas vezes a parede antes de desarmar a garota e segurar seu antebraço fazendo-a olhar para si de forma assustada.

ㅡ Vamos conhecer Jerry. ㅡ Amaya convidou, fazendo Abigail lhe observar com a raiva cintilante nos olhos após alguns segundos quieta.

A mulher mantinha Abby a sua frente, segurando-a pelo braço com força suficiente para que ela não conseguisse se soltar ou tentar acertar a Howard. Pelo caminho ambas puderam escutar tiros abafados e algumas vezes gritos ou corridas.

Quando começaram a fazer o caminho correto até a sala cirúrgica pediátrica, Amaya teve a certeza de que Joel não havia ido embora. Os corpos sem vida por ela ainda não havia passado denunciou o Miller. Amaya tivera que esconder-se algumas vezes e vigiar a Anderson enquanto atirava contra os homens de Marlene. 

Perdera as contas de quantas armas tivera que trocar por outras quando as munições chegavam ao fim. O solo do hospital infestado por cadáveres e sangue espalhado sobre o porcelanato no qual, tanto o Miller quanto a Howard haviam passado. Alguns homens pediram rendição mesmo que eles não fossem atender às súplicas. 

ㅡ É aqui... ㅡ A garota sussurrou, apontando com a cabeça em direção a uma porta. Amaya se inclinou abrindo-a após certificar de que não havia ninguém por perto pelo vidro fino que existia ali. Puxou Abby consigo e a observou quando a filha do médico travou os pés no chão. ㅡ Eu já te trouxe até aqui...

ㅡ Eu ainda preciso de você. Não está livre até eu disser que está. Vamos logo. ㅡ Forçou-a a caminhar outra vez.

Mesmo que não pudesse distinguir certamente, a mulher conseguia ter a sensação quente lhe percorrendo outra vez. A raiva junto com o medo de perder Ellie, de perder uma filha pela segunda vez e dessa vez por um ser humano. 

Os desenhos infantis pintados na paredes a cada passo que elas davam em direção a sala fizera a Howard lembrar-se de que carregava uma criança dentro de si naquele momento. Aquilo não a fez parar, mas sim continuar e apressar os passos não gostando da ideia de ter que contar histórias sobre Ellie para o bebê com a garota morta. Engoliu uma saliva sentindo o batimentos cardíacos acelerados outra vez. A Williams conheceria o filho dela e de Joel, mesmo que tivesse que colocar aquele lugar abaixo do solo.

Adentraram um novo cômodo após terminarem o corredor que parecera nunca chegar ao fim na perspectiva da mulher. Amaya puxou o ar quando conseguira enxergar do outro lado de um vidro grande, Ellie deitada sobre uma maca e enfermeiras ao seu redor juntamente a um médico, que pela tensão repentina de Abigail ao seu lado, constatou ser Gerald, pai da Anderson.

A mulher dera alguns passos e parou por alguns segundos ao perceber na porta aberta e no homem já do lado de dentro, que parecia acabado de chegar no local junto à Amaya. O desejo de andar até o Miller e o circular com os braços, agradecendo por ainda permanecer no prédio.

Joel lhe observou por alguns segundos e desviou os olhos para sua barriga como se certificase de que não houvesse nenhum ferimento no local. O assistiu juntar as sobrancelhas quando enxergou a garota que a mulher segurava ao seu lado. 

ㅡ Pai. ㅡ A Anderson chamou, fazendo com Joel e Amaya olhassem para frente outra vez com as posturas retas e duras. Uma das enfermeiras ofegara pelo susto quando o grupo do hospital moveu de maneira rápida suas atenções para o trio. 

ㅡ Solta ela. ㅡ O Miller murmurou, mandando.

ㅡ Abby? Querida, o que... ㅡ O médico iniciou, dando alguns passos em suas direções. 

ㅡ Ele disse pra soltar ela. ㅡ A Howard repetiu, encostando a pistola na cabeça de Abigail que, ao sentir o contato com sua pele, arregalou os olhos brevemente e segurou a respiração mantendo os olhos no pai. 

ㅡ Não, vocês não vão levar ela. ㅡ Jerry resgatou um bisturi de cima de mesa tampada por um pano azul escuro, e apontou-o em suas direções.

Joel ergueu sua arma em direção ao homem, mas Amaya bateu seu corpo contra o dele fazendo com que o disparo desviasse para a parede ao lado do cirurgião que se encolheu, cobrindo-se com os braços enquanto eles podiam ouvir alguns gritos das enfermeiras.

A Howard grudou a Anderson contra si outra vez quando a garota dera um leve pulo ao susto pelo disparo repentino. O Miller lhe olhou com as sobrancelhas juntas como se perguntasse a si o motivo de não o ter deixado matar o homem. Mas Amaya escolheu deixar a conversa para depois.

ㅡ Soltem ela, agora. Ou a loirinha morre, mas acho que você não vai querer saber como é a sensação de ter essa perda. Uma filha por uma filha... ㅡ A mulher murmurou em direção à Jerry. O maxilar tenso ao terminar a própria fala e apertando a arma contra a garota presa em seus braços.

O médico balançou a cabeça rapidamente virando-se para as mulheres atrás de si, que ainda mantinham-se assustadas.
 
ㅡ Vai, soltem a garota. ㅡ Mandou, enquanto engolia uma saliva e observava a filha a alguns centímetros de si. Porém, olhou para trás rapidamente quando as enferimeiras continuaram paradas ㅡ Agora! ㅡ Gritou, assistindo-as fazer o que lhes fora ordenado.

ㅡ Fecha o acesso. ㅡ O Miller murmurou, ao assistir o sangue escorrendo pelo braço de Ellie quando a mulher reirou com pressa a agulha do corpo feminino. Fizeram o que Joel mandou e se afastaram da garota outra vez, erguendo as mãos em rendição.

ㅡ Fiquem virados 'pra parede. ㅡ Amaya colocou os pés para se moverem atrás do Miller, após ordenar para os outros adultos.

Manteve a pistola apontada em suas direções enquanto aguardava Joel terminar de pegar Ellie em seus braços e caminhar para fora da sala cirúrgica. A Howard caminhou até a porta libertando o braço de Abby de sua mão, observou a garota correr até o pai e chocar o corpo contra o dele. O homem rodeou o corpo da filha com os braços e segurou o seu rosto em seguida certificando de que ela estava bem. 

ㅡ Amy. ㅡ A voz de Joel chamou-a. Amaya olhou para ele que lhe observava segurando Ellie, moveu a própria visão uma última vez para os Anderson's que olhavam para a mulher. Ela suspirou guardando a arma em duas costas e caminhando até o elevador

A Howard suspirou aliviada encostando-se na parede atrás de si, movendo os olhos para a Williams desacordada. Se aproximou minimamente da garota retirando alguns fios de cabelo de seu rosto e beijou a testa da mais nova enquanto sentia os olhos masculinos sobre si a todo momento. 

ㅡ Oi... ㅡ A mulher sussurrou para Joel, passara um braço pelo seu pescoço abraçando-o de forma desajeitada. Escutou o Miller responder o cumprimento de forma baixa, mergulhando o rosto na curva de seu pescoço. 

ㅡ 'Tá legal? ㅡ Ele perguntou após sentir Amaya afastar-se. Ela balançou a cabeça unindo seus lábios ao do homem de forma rápida, apenas para que conseguisse se certificar de que ele realmente estava ali. Escutaram as portas duplas se abrirem e olharam para trás, avaliando a garagem no qual haviam saído.

ㅡ Vem. ㅡ Joel a chamou, logo após enxergar um carro ligado a alguns metros de onde estavam. Olhavam ao redor enquanto caminhavam com pressa até o automóvel, nunca abaixando a guarda ou escondendo as armas.

ㅡ Não podem protegê-la 'pra sempre. ㅡ A voz de Marlene soou, fazendo ambos olharem por cima do ombro e encontrarem a mulher com uma arma erguida em suas direções. ㅡ Por mais que vocês tentem, por mais pessoas que vocês matem, ela vai crescer. Vocês vão morrer, e ela vai embora. 

ㅡ Pessoas morrem o tempo todo. Todo dia. Não se preocupe, vamos aproveitar até que nossa hora chegue. ㅡ A Howard confirmou, apertando a pistola em sua mão e a expressão dura no rosto.

ㅡ E depois? Quanto tempo até ela ser estraçalhada por infectados ou assassinada por bandidos? Tudo porque ela vive num mundo destruído que você mesma criou, e vocês dois podiam salvar. 

ㅡ Talvez. ㅡ O Miller iniciou ㅡ Mas não é você quem decide. 

ㅡ Nem vocês. E o que ela decide? ㅡ A líder dos Vagalumes apontou em direção à Ellie com  cabeça. ㅡ Porque eu acho que ela escolheria o certo. E vocês sabem disso. ㅡ Continuou a pronuncia-se após perceber na quietude de ambos os adultos. ㅡ Não é tarde demais. Nem agora. Mesmo depois do que vocês fizeram, ainda tem jeito, Amy...

Joel moveu os olhos em direção a mulher ao seu lado que tentava manter a respiração regulada. Amaya puxou o ar para dentro de si erguendo as sobrancelhas e mantendo-se com a expressão indecifrável em seu rosto. A Howard engoliu uma saliva observando Marlene erguer as mãos em rendição afastando a pistola, e pronta para voltar ao interior do hospital.

ㅡ Não. ㅡ Era a segunda vez que a rainha Vagalume escutava tal resposta de Amaya no mesmo dia, e sabia o que viria a seguir. Mesmo assim o disparo da Howard fora mais rápido seguindo em direção à Dandridge acertando-lhe agressivamente. ㅡ Vai pro carro, eu já estou indo. 

ㅡ Amaya. 

ㅡ Vai pro carro, Joel. ㅡ Mandou com o tom de voz alto. O homem xingou seguindo com pressa até o destino olhando uma vez ou outra por cima do ombro, certificando de que ela estaria bem. 

A mulher se aproximou de Marlene chutando a arma para longe de seu corpo e apontando a que segurava para a sua cabeça. Assistiu-a erguer uma mão antes que sua voz fosse capaz de ser ouvida outra vez. 

ㅡ Me deixa ir, por favor... ㅡ Pediu, olhando para a Howard. Amaya abaixou-se perto da mulher caída ao solo frio para que pudesse sussurrar, mas em um tom que ela ainda poderia ouví-la claramente.

ㅡ Sabe, Marlene... Você está certa. ㅡ Balançou a cabeça com o cenho franzido observando o rosto da Dandridge abaixo de si. ㅡ Talvez nós realmente devêssemos ter deixado com que vocês produzissem uma cura. Ou tentado...

ㅡ Vai se foder. Não vem com essa convera agora, Amaya. Se vai me matar faz isso logo. ㅡ Murmurou, com raiva. A Howard sorriu em sua direção erguendo a pistola e encostando-a na pele da outra. ㅡ Mas antes... acho que você não percebeu porque faz pouco tempo... Mas enquanto você e Joel bancavam a porra dos heróis da Ellie, o mundo descobria quem é Amaya Howard. 

A Howard sentiu a confusão tomando conta de si por completo enquanto observava rir com escárnio e em seguida tossir, resmungando de dor. 

ㅡ É, em minutos conseguimos contar para todos os sobreviventes nesse mundo sobre o que você fez. Não foi difícil, deixamos os equipamentos prontos para conseguir transmitir o áudio de seu pai em todos os equipamentos que possuísse saída de som e que ainda funcionassem. Toda pessoa que tiver um rádio, carro, televisão... te conhece agora, Amy. 

Amaya sentiu o sangue correndo por suas veias esquentar outra vez, enquanto mantinha os olhos em Marlene. 

ㅡ Tínhamos um acordo, Amaya, e você quebrou ele. Eu te avisei do que aconteceria caso fizesse isso. ㅡ A mulher assistiu a Vagalume tossir novamente, enquanto o sangue espalhava-se pelo chão o manchando a cada segundo que se passava.

ㅡ Este é o mundo que fizemos. Eu, meu pai, o meu avô e arrisco dizer toda a geração da minha família. ㅡ Amaya começou a se pronunciar ㅡ É, nós Howard somos fodidos pra cacete. Eu não sou a única que fiz isso, mas sou a única que restou e sei que vão vir atrás de mim. Atrás da minha família. Eu sei lidar com o mundo que ajudei a criar, não é atoa que o meu nome já roda por lugares que nunca se quer coloquei os meus pés. Obrigada por sua cooperação em me fazer ter uma nova vida nessa terra, serei eternamente grata a isso.

Amaya finalizou com um leve sorriso nos lábios, escutou a Dandrigde xingá-la antes de apertar o gatilho e mover o rosto para o lado fechando os olhos ao sentir o sangue espirrando em seu rosto. Ergueu-se e caminhou até o carro onde Joel lhe esperava, já pronto para deixar o hospital. Dirigiram para fora do prédio olhando uma última vez pelo retrovisor em direção ao lugar onde deixaram dezenas de corpos sem vidas espalhados pelo chão e uma família assustada. 

Amaya mantinha a cabeça encostada no banco e os olhos fechados enquanto tentava descansar. Mexeu-se minimamente quando o Miller tocou sua perna com uma mão e subira quase que de forma imperceptível até sua barriga, passando um dedo pelo local em uma forma de carinho leve.

Um resmungo no banco de trás pôde ser ouvido por ambos. Ellie piscou os cílios enquanto tentava acordar aos poucos, e se forçava a levantar.

ㅡ O que... 

ㅡ 'Tá tudo bem. Estamos com você. ㅡ Joel respondeu à garota. Amaya se moveu de forma lenta e olhou pra a Williams. 

ㅡ Vai devagar aí. A anestesia ainda está passando. ㅡ Murmurou, assistindo-a se deitar novamente no banco. 

ㅡ Eu 'tava com os Vagalumes, aí... ㅡ Ellie parou com sua fala permanecendo um tempo em silêncio e abrindo os olhos por completo. ㅡ Que anestesia? ㅡ Indagou, olhando para ambos. Amaya engoliu uma saliva virando-se para frente quando o Miller começou a contar. 

ㅡ Fizeram uns exames em você. E em outros. ㅡ A mulher olhou pra Joel ao escutar a segunda parte. ㅡ Parece que tem vários que nem você. Pessoas que são imunes. Várias. Na verdade os médicos não conseguiram fazer funcionar. Eles até... ㅡ Amaya sentiu as memórias da verdade vindo aos poucos em sua cabeça. ㅡ Até pararam de procurar uma cura. 

ㅡ Cadê as minhas roupas? ㅡ A Williams perguntou, olhando para si depois de um tempo quieta. 

ㅡ Bandidos atacaram o hospital. Mal conseguimos tirar você de lá. ㅡ Ellie moveu os olhos para o banco onde a mulher estava, escutando-a falar. ㅡ A gente acha outra no caminho. ㅡ Olhou para a garota uma vez.

ㅡ As pessoas se machucaram? ㅡ Sua voz saiu em tom baixo.

ㅡ Sim. ㅡ O homem respondeu, mantendo a vista na estrada por onde dirigia.

ㅡ A Marlene 'tá bem? 

Joel olhou para a mulher ao seu lado, que olhava mantinha os olhos pela rua no qual o carro passava. Ela suspirou tentando manter-se neutra ao elevar os lábios minimamente, olhando para Ellie pelo retrovisor. Gostaria de dizer que não, contar a verdade para a garota, mas não o fez.

ㅡ Vamos 'pra casa agora, como havíamos conversado que faríamos assim que tudo isso acabasse. ㅡ Confirmou. A Williams observou ambos antes de virar-se no banco ficando de costas para eles. A mulher se desculpou internamente com Ellie após escutar o Miller o fazer ao seu lado.

Segurou a mão do homem com uma força mínima e relaxando outra vez contra o banco. Era apenas eles agora, de volta para Jackson e com o objetivo de nunca deixar um ao outro novamente. Manteriam-se firme e de pé para proteger a família que criaram naquele meio tempo, sem nada nem ninguém podendo os separar.

A plaquinha desejando boas vindas à Wyoming apareceu em seu campo de visão após dias de viagem de volta para a cidade. Algumas horas mais tarde a Howard sentiu o rosto transformar-se em uma careta ao sentir o cheiro e logo em seguida assistiu a fumaça subindo pelo capô do carro. 

ㅡ Merda. ㅡ Joel resmungou encostando o automóvel e desligando-o. A mulher esperou com que ele saísse para certificar do que havia acontecido, mas quando ficara calor demais para continuar no local saiu do carro e caminhou até o Miller trocando algumas palavras com ele.

Ellie seguiu a mulher e aproveitando para esticar o corpo, observando o local ao redor. Depois decidira sentar-se no banco do motorista para não cansar as pernas caso precisassem caminhar dali em diante. Após alguns segundos olhou para baixo, observando a cicatriz da mordida no braço. Passara o dedo pelo local desenhando-a em silêncio enquanto passava a conversa que tivera com os adultos no carro, assim que saíram do hospital.

ㅡ Bom, pelo menos chegou longe. ㅡ A voz de Joel soou. Ele fechou o capô e olhou ao redor com o cenho franzido por causa do sol batendo contra si. ㅡ Vamos a pé o resto do caminho. 

ㅡ Deve dar uma cinco horas de caminhada, a gente dá conta. ㅡ Ambos adulto se aproximaram de onde a Williams encontrava-se, começando a conversa com ela. ㅡ Lembra? ㅡ Amaya perguntou para a garota que balançou a cabeça sorrindo de forma pequena. 

ㅡ Lembro. 

Era uma sensação estranha lembrar daqueles dias, como se tudo fosse  há anos. Quando na verdade era alguns meses e poucos dia no qual tudo se iniciara, como onde tudo acabou e como  finalizou-se.

Se naquele dia que encontrara Marlene pela primeira vez alguém lhe dissesse que daqui não muito tempo ela estaria subindo uma pequena montanha a pé, estando grávida do homem que era apenas para ser um parceiro de trabalho e uma garota no qual ela agora considerava sua filha, Amaya provavelmente riria da pessoa ou a mataria pelas falas estranhas dirigidas a si.

ㅡ Eu e a Sarah fazíamos trilha assim direto. ㅡ Joel iniciou, olhando brevemente para trás, onde a Williams se encontrava. ㅡ Não vou dizer que ela adorava, até porque ela não gostava dos mosquitos e tal. Mas ela era boa de escalada, alpinismo. Acho que essa é a palavra certa. 

Amaya moveu as mãos para prender os fios de cabelo no topo da cabeça e chutara uma pedrinha no chão fazendo-a rolar para o lado.

ㅡ Aquela garota não podia ver uma pedra que... ㅡ Concluiu sua fala com um movimento com o braço direito e um som indescritível com a boca. Ellie se mantinha escutando o Miller. ㅡ Ela iria gostar de você. De vocês duas. ㅡ Olhou para a Howard que sorriu de forma pequena, lembrando levemente do rosto da Miller mais nova ㅡ Não 'tô dizendo que são iguais, até porque são bens diferentes. 

ㅡ Como assim? ㅡ Ellie indagou, as sobrancelhas levemente unidas.

ㅡ Ah, eu iria dizer bem mais feminina, não que você não seja feminina. ㅡ Olhou para Ellie. 

ㅡ Eu não sou. ㅡ Respondeu para o Miller, fazendo Amaya rir pela conversa de ambos. 

ㅡ É, não é. Tem isso. E ela era mais alta. Tinha um sorriso incrível. ㅡ Comentou, mas olhara para a garota ao seu lado rapidamente ㅡ De novo, não 'tô dizendo que você não tem. Amy, para rir.

ㅡ Desculpa. ㅡ A mulher comentou focando os olhos na paisagem que surgia um novo pedaço a sua frente a cada novo passo. 

ㅡ Mas sabe por que eu acho que ela ia gostar de você? ㅡ Joel perguntou, de forma retórica. 

ㅡ Por quê?

ㅡ Porque você é engraçada. Você ia fazer ela rir. Enfim, acho que você ia gostar dela. ㅡ Comentou, apressando um pouco o movimento com as pernas escutando Ellie concordar atrás de si. 

Não demorou para que eles pudessem enxergar a cidade de Tommy a quilômetros de distância. A altura lhes permitia tal coisa. Amaya sorriu de forma aliviada ao perceber que estavam próximos agora. Não conseguia conter a ansiedade de tomar um banho fresco e deitar-se na cama para descansar confortavelmente, após uma boa refeição.

ㅡ Pronto. ㅡ O Miller comentou ㅡ Agora não falta muito. ㅡ Amaya começou a andar outra vez sentindo o vento bater contra seu corpo e pronta para descer o pequeno morro, mas a voz de Ellie os fizera parar outra vez. 

ㅡ Espera aí. ㅡ Chamou-os ㅡ Aí, saco... ㅡ Ela murmurou de forma sussurrada fazendo com que Joel e Amaya se sentissem tensos, caminhou até eles. ㅡ Lá em Kansas City, você perguntou da primeira vez que eu matei uma pessoa. ㅡ Se referiu ao Miller. 

A Howard franziu o cenho olhando para o homem e em seguida para a garota quando ela voltou a se pronunciar. Mas também sentia-se aliviada por não ser sobre algo relacionado à Vagalumes.

ㅡ Quando eu 'tava no shopping eu não tava sozinha. A minha melhor amiga 'tava lá. Ela foi mordida também. A gente não sabia o que fazer, aí ela falou: "Vamos só esperar. Vai ser poético a gente enlouquecer juntas." Ela enlouqueceu, e eu tive que... 

Amaya sentiu quando algo revirou dentro de si apenas com a mera imaginação sobre o que a garota tivera que fazer. Caminhou até Ellie puxando-a para perto de si, a abraçando em um tipo de conforto físico.

ㅡ O nome dela era Riley. Ela foi a primeira a morrer. Depois foi a Tess... ㅡ Sua voz saira abafada pelo abraço, enquanto ela segurava a Howard contra seu próprio corpo.

ㅡ Não é culpa sua. ㅡ Joel comentou,  balançando a cabeça negativamente antes que a mulher pudesse o fazer.  ㅡ Às vezes as coisas não acontecem como a gente queria. Você sente... que chegou no fim, não sabe o que fazer depois. 

ㅡ Mas se você continua... ㅡ Amaya afastou-se da garota, para que pudesse concluir sua fala. ㅡ Você acha outro motivo 'pra lutar. Pode até não ser... 

ㅡ Jura pra mim. ㅡ Ellie interrompeu-a, movendo os olhos entre ambos ㅡ Vocês dois, jurem pra mim que tudo o que falaram sobre os Vagalumes é verdade. ㅡ A Howard sentiu as sobrancelhas se erguerem com a surpresa. O coração saltara no peito ao engolir uma saliva.

ㅡ Eu juro. ㅡ Responderam juntos. A garota observou-os por um tempo em silêncio, eles não mentiram para ela. Sabia que poderia confiar em suas palavras, mesmo que ainda estivesse hesitante mas tentando excluir o pensamento. Balançou a cabeça minimamente antes de se pronunciar. 

ㅡ Ok. 

Amaya resmungou pela dor em seu corpo espalhando-se nele por inteiro, o pôr do sol já havia acontecido mas eles não pararam a caminhada mesmo que Joel e Ellie tentaram convencer a mulher de parar para que montassem um acampamento para ela e eles descansarem. Ela recusou. Teria que chegar até a cidade para finalmente sentir-se segura por completo.

ㅡ Finalmente. ㅡ A Howard comentou, sentindo o alívio lhe percorrer quando pararam de frente para os portões de Jackson. Assistiram-os se abrirem alguns segundos mais tarde. Joel enrolou a própria mão na da mulher e esperaram com que Ellie ficasse próxima à Howard. A mulher sorriu para a mais nova, rodeando seus ombros com um braço. 

Colocaram as pernas para se moverem e adentraram a cidade iluminada pelo anoitecer. Tommy e Maria não demoraram a estarem a suas frentes, com sorrisos nos rostos enquanto se aproximavam para cumprimentá-los.

ㅡ Então... voltaram. ㅡ O Miller comentou,  abraçando Joel ao chegar perto do homem que devolveu o gesto. ㅡ A casa ainda é de vocês se quiserem a mesma. 

ㅡ Como vocês estão? ㅡ Maria rodeou Amaya com os braços brevemente e em seguida a Williams. 

ㅡ Estamos bem. Cansados, mas bem. Obrigada. ㅡ A Howard respondeu com uma pequena curva nos lábios.

ㅡ Ocorreu tudo de forma tranquila? ㅡ Indagou. A mulher balançou os ombros como resposta.

ㅡ Acho que não tem como ser tranquilo nos dias de hoje. Mas tentamos fazer ser. ㅡ Ela comentou, deixando um suspiro escapar no final.

Moveu a cabeça sentindo-se observada alguns segundos depois. Quando os olhos se encontraram com as outras pessoas perto de onde estavam, percebeu nos moradores lhe observando. Não para Amaya e Ellie junto à Joel, mas apenas para a Howard. Sem parar por um segundo. O sorriso da mulher se diminuiu aos poucos ao reparar na ação dos outros, lembrando-se das palavras de Marlene que escutara dias atrás. 

O mundo conheceu Amaya Howard, não como a esposa ou companheira de Joel Miller. Mas sim como a mulher que mantinha em seu sangue um legado no qual os sobreviventes naquela terra agora conheciam cada detalhe, lhe conheciam pelo seu nome e pelo o que ela havia feito. Pelo mundo que ajudou a fazer.

ㅡ Ah, 'tá tudo bem. ㅡ A voz de Tommy soou ao reparar no silêncio, e para onde Amaya mantinha sua atenção. Joel juntou suas sobrancelhas reparando na mesma coisa em seguida ㅡ Eles não falar ou fazer nada, já conversamos sobre isso. 

ㅡ Conversaram sobre o que? ㅡ O Miller mais velho indagou, confuso. A Howard suspirou e olhou-o tentando ignorar toda a atenção que recebia.

ㅡ Marlene conseguiu espalhar 'pro mundo inteiro sobre a vacina. Usou qualquer tecnologia com som  para transmitir o áudio gravado por meu pai. Os Vagalumes acharam algum jeito de conectar todos, apenas para fazer isso. ㅡ Revelou. Joel tencionou o maxilar olhando para o irmão no mesmo instante.

ㅡ Tommy. ㅡ Ele iniciou, mas o outro gesticulou com a mão abanando-a.

ㅡ Eu te conheço, Joel. Sei que não estaria com ela se isso tudo não fosse uma coisa mal contada, assim que estiver pronta vai contar para nós. ㅡ Virou-se para Amaya ao concluir. O grupo assistiu-a balançar a cabeça e respirar profundamente. 

ㅡ Obrigada. Mas agora tudo o que queremos é ter uma boa noite de sono. Me resolvo pouco a pouco com o seu povo depois, e ganhar a confiança deles pelos dias que forem chegando. Não vai ser a primeira vez que terei que fazer isso. 

A Howard moveu os olhos para eles uma última vez antes de olhar para Joel e Ellie com um sorriso pequeno nos lábios. Engoliu uma saliva deixando medo desaparecer com calma, apenas manteve os olhos sobre sua família enquanto fazia tal coisa. 

ㅡ Essa é nossa casa agora. ㅡ Afirmou, movendo os olhos entre o Miller e a Williams. ㅡ Eu tenho tudo sobre controle. ㅡ Afirmou à eles quando percebera na tensão e preocupação que ambos pareciam emanar. ㅡ Não tenho o que fazer quanto ao passado, mas posso decidir o que fazer sobre o agora. E eu tenho vocês 'pra isso.

Amaya se inclinou para beijar a testa de ambos sem perceber que os moradores de Jackson já haviam voltado para seus afazeres após Tommy e Maria afastarem-se e manter suas atenções sobre o próprio povo. A mulher encostou a cabeça no braço do Miller puxando a garota para perto de si mais uma vez.

ㅡ Juntos, certo? ㅡ Perguntou e ambos concordaram, de maneira rápida.

ㅡ Juntos. ㅡ Joel responde-a. 

ㅡ É claro. ㅡ Ellie sorriu para a mulher. 

A Howard puxou um fôlego colocando as pernas para se movimentarem, caminhando em direção a casa que agora eles compartilhariam, definitivamente. Sabia que conseguiriam permanecer em paz naquela cidade, com uma nova vida. A nova vida que Amaya tanto sonhara e sempre fizera questão de deixar claro para eles, desde que começaram a se envolver emocionalmente.

Tinham consciência de que daqui nove meses uma nova pessoa estaria chegando para viver entre eles, e teriam de ter uma lar para quando isso acontecesse. No meio do caminho algumas pessoas olharam para a mulher, vez ou outra comentando com os outros de forma baixa. Mas Amaya apenas mantivera o foco sobre as pessoas ao seu lado e no destino que ansiava por chegar. Sem nada e nem ninguém podendo quebrar ou reverter o mundo que ela fizera há vinte anos, ou sua família ㅡ pessoas no qual a mulher mataria e queimaria o que fosse necessário para mantê-los com vida.

⃝☣️ . ࣪˖ . 01﹕oi, pombinhos. Acalmem os corações! Querem deixar alguma mensagem/recadinho por causa do final da fanfic? Peço para que esperem só mais um pouquinho, pois vou postar mais um capítulo bônus e outros adicionais com um espaço reservado apenas para as mensagens de vocês.

  ⃝☁️ . ࣪˖ . 02﹕eu vou ser sincera, estou muito sensível! Essa coisa toda de acabar histórias realmente não é para mim, vou dormir chorando em posição fetal.

  ⃝💉 . ࣪˖ . 03﹕não sabem o quanto eu estava com medo de não conseguir entregar um final digno para twwm (ainda me encontro assim), mas estou dando o meu melhor para que tanto eu quanto vocês gostem.

  ⃝☣️ . ࣪˖ . 04﹕SIM! Tivemos a famosa frase "uma filha por uma filha/um filho por um filho". Eu me senti na obrigação de colocar essa frase na Amaya no momento em que estava resgatando Ellie.

  ⃝☁️ . ࣪˖ . 05﹕mini querida da Abby aparecendo também, confesso estar ansiosa para postar para ver os comentários de vocês quanto a isso.

  ⃝💉 . ࣪˖ . 06﹕até a nossa despedida 💙☣️

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