་ ،، ࣪ ☣️ 08 : NA ESTRADA. ❜ 🧟♂️
𝄒🧟♀️ ִֶָ𝖙𝒉𝒆 𝒍𝒂𝒔𝒕 𝒐𝒇 𝒖𝒔 ⭑ุ᎔
capítulo 8, ne......¡
written by dixstark...
UM HOMEM FAMOSO uma vez disse: "nós criamos nossos próprios demônios". Amaya não poderia discordar de tal coisa naquele momento, a maneira como suas ações de vinte anos atrás refletiam tão fortemente naquele momento em sua vida a fazia querer voltar no tempo e encher a sua eu mais nova de socos na cara até que acordasse para vida.
Nos primeiros dias, quando a epidemia explodiu, o organismo da Howard começara a implorar por ao menos um grama de qualquer substância ilícita. Jhon estava certo no final das contas. Amaya havia começado a se viciar em qualquer droga que eles começaram a usar por diversão, no início, mas que depois fora virando quase uma rotina entre eles.
A garota havia vomitado diversas vezes na primeira semana por não conseguir achar nada para se alimentar de forma adequada. No final do segundo mês, Amaya já conseguia caçar esquilos e pescar de forma descente para se alimentar. Mas a desintoxicação das drogas fora a pior parte que ela tivera que passar, prometendo a si mesma que nunca mais chegaria perto de algo do tipo novamente.
Até que viera a sua recaída, no apartamento de Joel e Tess. Quando Liana morrera e a mulher se viu de frente para a opção mais fácil naquele momento para fazer a dor e o sufoco ir embora. Porém, agora não tinha nada daquele tipo para retirar a saudade que Tess estava fazendo.
Sentia falta da Servopoulos, nunca poderia negar isso. Em pouco tempo, Tess fizera mais do que qualquer pessoa, depois de seus pais, em relação à Amaya. O trio, antes quarteto, havia parado no meio de uma floresta para descansar. Eles haviam caminhado o restante das horas de sol que o céu havia lhes oferecido, e se prepararam para dormir a noite inteira.
Amaya se ofereceu para trocar os turnos com Joel, mas o Miller havia recusado dizendo que não conseguiria dormir de qualquer forma. Ela não retrucou, apenas se deitara no chão colocando a mochila como apoio para a cabeça e fechara os olhos — cansada demais, fisicamente e psicologicamente, para demorar adormecer.
A mulher acordara quando o sol ainda não havia aparecido por completo. Ellie ainda dormia encolhida ao seu lado, Amaya se levantou retirando o casado mais grosso do corpo e jogando por cima da jaqueta de Joel que a Williams usava como cobertor. Olhou ao redor percebendo que o homem não estava mais no local e se colocou para andar até o barulho do riacho que ela conseguia escutar.
A Howard parou a caminhada quando enxergou o Miller agachado na beirada do riacho enquanto colocava uma pedra sobre a outra, fazendo a mulher suspirar olhando para baixo por um minuto inteiro. Então, ela se afastou caminhando até o outro lado para que não perturbasse o momento do Miller. Amaya puxou as mangas da blusa para cima jogando um pouco de água no rosto e depois bebendo alguns goles pequenos.
O céu ainda estava com a cor azulada escura, e ela saberia que logo o sol apareceria por completo. Sentou em uma pedra maior ali perto e deixou que o vento enxugasse as gotas de água em eu rosto, que talvez haviam se misturado com lágrimas finas que ela não se permitiu segurar. Ajeitou a blusa em seu corpo e se levantou para caminhar até Joel e Ellie novamente. A mulher chegou a tempo de assistir o homem jogar um saquinho marrom em direção à Ellie, que pegou e logo começou a comer as carnes secas que haviam dentro.
— Aqui, toma. — Amaya olhou para a garota enxergando ela entregar seu casaco.
— Não está mais com frio? — Ela negou e a Howard pegou colocando em seu corpo novamente. Virou-se para Joel que estava em silêncio absoluto.
— Onde esse Bill e Frank moram? Se é que nós vamos levar ela até eles... — Perguntou, mas o silêncio fora a reposta que obtivera. Amaya respirou profundamente tentando manter a paciência e respeitar o silêncio dele, mesmo que já estivesse se irritando.
— Eu nunca tinha vindo na floresta. — Ellie chamou a atenção dela, e a mulher agradeceu por isso antes que pulasse em Joel e rolasse com ele por aquele mata trocando socos. — Tem mais inseto do que eu pensava.
— Talvez tenha mais hoje em dia do que antigamente. Você sabe... por não ter ar tóxico como antigamente, mas é só um palpite. — Respondeu para a garota, guardando a faca, que ela deixara ao seu lado durante a noite, dentro da mochila.
Amaya tentou fazer o mesmo que Joel, tentou manter-se em silêncio em relação ao homem. Mas não conseguiu, porque ela precisava saber o que eles iriam fazer dali em diante e onde iriam, e o mais importante, como iriam.
— Olha... — A mulher começou mas fora cortada pela voz raivosa do Miller.
— Não precisa me consolar. Já fez o suficiente. — A Howard juntou as sobrancelhas separando os lábios.
— Eu não iria te consolar. Eu iria dizer que tudo bem você manter o seu silêncio pelo resto da sua vida se desejar isso, mas eu ainda estou te ajudando a cuidar da Ellie e preciso saber para onde nós estamos indo. — Começou — É, Joel, eu dei a ideia e pedi que você e a Tess para fazer esse favor para Marlene. Mas eu não obriguei vocês a concordarem com essa merda.
Ellie já havia se levantado e arrumado a mochila em suas costas, mas o Miller apenas olhava para a mulher na sua frente que havia permitido-se perder a paciência com ele.
— Você precisava da porra da bateria, isso beneficiaria quanto eu quanto você. E não finge que isso é mentira. Não me culpe por algo que não é culpa minha e muito menos da Ellie. Eu sinto muito pela Tess, ela também era uma pessoa querida para mim, mas nem por isso estou te culpando pela morte dela. — Ela havia apontado o dedo para si mesma algumas vezes, outras para ele e algumas para Ellie. — Quer alguém para culpar? Tudo bem. O desgraçado que matou ela é o merda do Estalador, assim como foi ele quem matou Liana e agora levou outra pessoa de mim.
Amaya não esperou ele responder, se colocou para caminhar na frente sentindo-se leve por ter finalmente tirado tudo de si. Ela escutou Ellie perguntar para Joel quantas horas que restava para eles chegarem no destino, e a resposta fora cinco horas de trilha. A Williams deu uma pequena corrida para alcançar a mulher e olhou para a mão dela que estava fechada em punho, Ellie fechou a sua própria e dera um soquinho fraco na mão de Amaya que lhe olhou.
— Falou tudo lá atrás. — Ela sorriu tentando amenizar o clima. Amaya sentiu-se mais leve balançando a cabeça sorrindo de forma pequena.
Ela estava sedentária, não precisava que ninguém dissesse isso para ela. Mas todas as caminhadas que ela fazia com Liana antigamente, não demoravam cinco horas. Amaya sentia suas pernas doerem na segunda hora de passos e rezava para que não demorasse tanto até o fim. Ellie sempre olhava ao seu redor de forma encantada, observando os rios e matos ou flores diferentes que se deparavam no caminho.
— Já passou muito por aqui? — Ellie perguntou, para Joel tentando fazê-lo falar sobre algo. — Não tem infectados?
— Geralmente não. — Respondeu movendo a cabeça e olhos diariamente pelos arredores.
— 'Tá procurando o que, então?
— Gente. — Amaya também fazia o mesmo, lembrando-se das diversas vezes que tivera problemas com pessoas naquele mundo.
— Ah... O Bill e o Frank são legais? — Perguntou olhando para o Miller.
— O Frank é. — A Howard fizera uma careta esperando não ter que lidar com um segundo Joel assim que chegassem na casa dos outros. Amaya observou o Miller, por tempo demais.
Observou a expressão séria que estava presente desde que ela o conheceu, a forma como deixava a mão esquerda sobre a arma dependurada em seu ombro para a pegar o mais rápido possível se algo acontecese. E a mania que ele tinha em franzir um pouco mais o cenho sempre que Ellie fazia uma nova pergunta para ele. Quando o homem a olhou prestes a perguntar algo — sobre possivelmente o motivo dela estar o olhando — ela soltou a primeira coisa que lhe veio em mente.
— De onde é essa cicatriz na sua cabeça? — Perguntou movendo os olhos para lá. A Williams ao lado da mulher também ficou interessada.
— Foi uma coisa ridícula, tipo caiu da escada e se machucou? — Perguntou a mais nova, risonha.
— Eu não cai de escada nenhuma.
— Então o que foi? — Amaya indagou o olhando, dessa vez realmente querendo saber a história. Joel a olhou por um segundo antes de suspirar e voltar a olhar para frente enquanto continuavam a caminhar.
— Deram um tiro de raspão em mim. — Contou.
— Viu? Isso é maneiro. — Ellie comentou. — Atirou de volta? — A Howard a olhou e depois para o homem.
— Atirei.
— Acertou? — A mulher interrogou. Joel fechou os olhos por breve milésimos.
— Não, eu também errei. — Amaya riu rapidamente e Ellie sorriu, mas pararam assim que ele as olhou sério. — É mais normal do que vocês pensam.
— Porque você é ruim de mira ou no geral? — Ele olhou para ambas, perguntando-se quando elas parariam com as perguntas e bufou percebendo que deveria lidar com Amaya seguindo Ellie no interrogatório também.
— No geral. — Respondeu depois de um tempo.
Eles permaneceram por dois minutos inteiros em silêncio, e Joel estava prestes a agradecer por aquilo. Mas Amaya se lembrou do início da conversa e juntou as sobrancelhas antes de voltar a conversar.
— Qual é o problema com cair da escada e se machucar? Eu já cai da escada e machuquei quando era mais nova. — Ela virou-se para Ellie. A garota a olhou surpresa.
— Espera, é serio? — Ela balançou a cabeça fazendo a Williams rir — Eu achei que essa merda só existia em filmes e eram desculpas esfarrapadas. Que merda... Mas pelo menos você está bem.
— Hoje em dia sim. Na época eu quase tive um traumatismo craniano. — Franziu o cenho lembrando-se do momento.
— Puta merda. Qual era o tamanho da escada? — Perguntou arregalando os olhos.
— Era grande, deveria ter uns dois metros e meio de largura. Mas eu estava no primeiro degrau ainda... — Ela foi interrompida pela gargalhada da mais nova — Não ri, eu quase morri, 'tá bem? — Amaya olhou ofendida para a garota.
— Ai, foi mal. — Respirou profundamente tentando recuperar o fôlego. — Imagina só a matéria: garota morre após cair do primeiro degrau da escada e sofrer traumatismo craniano.
— Eu nunca mais te conto nada sobre mim.
— Ellie, não faça piadas sobre o quase traumatismo craniano da Amaya. — Joel comentou tentando fingir que não estava prendendo o sorriso. A mulher percebeu isso.
— Eu odeio vocês dois. — Balançou a cabeça.
— Não odeia nada. — Ellie abraçou o braço direito da Howard ainda sorrindo. Prometendo parar de rir e parar com as piadas.
Depois de mais alguns minutos, ou uma hora inteira, Amaya finalmente pôde enxergar alguns muros no meio de todo aquele vazio e mato, e floresta que estava sendo anteriormente.
— Fazenda Cumberland. — Ellie leu o nome da propriedade enquanto eles se aproximavam.
— Fiquem aqui. Eu vou pegar algumas coisas que escondi. — Joel comentou caminhando até o local. Mas elas não pararam de seguir ele.
— Escondeu? Por que você escondeu alguma coisa aqui? — A Williams perguntou olhando ao redor.
— Você faz muitas perguntas, né? — O Miller comentou mais uma vez.
— É, eu faço. — A garota concordou fazendo Amaya sorrir. A mulher pegou a arma do suporte na perna enquanto empurrava a porta e certificava que a área estava limpa de infectados, ou humanos.
A Howard deixou Joel e Ellie conversando para trás e andou pelo lugar, olhando as prateleiras apenas para conferir se não havia nada pelo qual ela poderia pegar para si ou para a mais nova.
— Mentira. — Ela escutou a voz animada da garota e olhou para trás enxergando Ellie caminhar até um video game antigo e quebrado que havia ali. — Já jogaram esse aqui? — Perguntou apertando os botões.
— Algumas vezes, na adolescência. — Amaya comentou se aproximando.
— Eu tinha uma amiga que sabia tudo sobre esse jogo. Tem uma personagem chamada Mileena que tira a máscara e...
— Tem dentes de monstros. — Ellie olhou surpresa e sorrindo para a mulher.
— É! Ela te engole inteiro, e vomita....
— Só os ossos. — Amaya completou mais uma vez.
— É, cacete. Como é bom ter alguém pra falar sobre essas coisas. — A Williams parou de apertar os botões que já não funcionavam mais.
— Minha preferida ainda é a Skarlet. — Elas se viraram vendo Joel mexer nas prateleiras um pouco longe delas.
— Não vai me dizer que esqueceu onde escondeu as coisas. — Amaya comentou se aproximando, o homem a olhou.
— Não. Eu só 'tô refrescando a memória. Já faz uns dois anos. — Ela ergueu as sobrancelhas.
A porcentagem de alguém ter passado por ali antes deles naquele meio tempo era alta. Mas a mulher escolheu não falar nada sobre tal coisa e se afastou junto com Ellie para procurarem algo que beneficiaria ambas.
— Não tem nada de ruim aqui, né? — Ellie perguntou para Amaya apontando em direção à porta que elas estavam prestes a entrar, mas o Miller escutou de onde estava e respondeu-a.
— Só você. — A mulher revirou os olhos tampando os ouvidos da Williams e a empurrou até chegarem no novo cômodo. Amaya empurrou a porta mais forte quando percebeu ter alguns entulhos atrás dela.
Elas chutaram as coisas que estavam espalhadas no chão retirando de seus caminhos, mas Ellie parou olhando para baixo.
— Ei... — Chamou Amaya que a olhou — Olha isso aqui. — A mulher se aproximou e a ajudou tirar os objetos que estavam por cima da portinha de um possível porão. A Howard abriu e jogou uma pedra testando a profundidade do local. Pegou sua lanterna iluminando o solo abaixo, e viu que não havia infectados ali. Ao menos não que ela pudesse ver.
— 'Tá, fica aqui. Eu já volto. — Amaya pulou para dentro do porão e Ellie bufou.
— Ah, 'tá de sacanagem? Eu sou imune. — Comentou fazendo a mulher lhe olhar — Mas não imune de ser despedaçada, entendi. — A menina se sentou ali na beirada esperando com que Amaya voltasse.
A mulher andou pelo local após colocar uma lixeira, que estava jogada, de pé, para que ela usasse para voltar para cima. Andou até uma prateleira e pegara duas caixinhas de absorventes que havia ali, guardou em sua mochila e se levantou rapidamente ao escutar um grunhido.
Amaya iluminou mais à frente, enxergando um infectado preso ao solo, sob escombros. Ela suspirou e andou até o quase Estalador, o finalizou com sua faca e voltou até a lixeira subindo nela. Ellie a olhou enquanto a mulher se sentava na beirada puxando o corpo para cima.
— E então? — Perguntou. A Howard retirou uma das caixinhas da bolsa e entregou para ela, a garota lhe agradeceu e elas voltaram até Joel que guardava a arma com que estava antes.
— O que 'tá fazendo? — A mais velha perguntou.
— Não tem muita munição pra ela por aí. É praticamente inútil.
— Bom, mas se for pra deixar aí... — Ellie deu um passo tentando convencer o homem de dar a arma a ela.
— Não. — Foi a única coisa que ele respondeu a menina. Amaya deu de ombros assim que a garota lhe olhou.
Eles saíram da lojinha pequena e voltaram para a estrada novamente. No meio do caminho eles encontraram um avião caído a quilômetros de distância, Ellie perguntara se já haviam andado em um daqueles antes de tudo e depois as pernas voltaram a mexer.
— E veio tudo abaixo em um dia só? — Ela perguntou se referindo a epidemia, ao fim do mundo. Amaya sentiu o corpo ficar tenso e respirou profundamente. Joel pareceu perceber isso, mas não comentou nada.
— É, bem isso. — Ele respondeu quando viu que a mulher não faria tal coisa.
— Como? Tipo... ninguém 'tava infectado com Cordyceps antes. Estava todo mundo bem. Comendo em restaurantes, viajando de avião. Aí rolou tudo de uma vez?
A Howard sentiu a garganta secar, lembrando-se do rosto da mãe e de como ela ficara presa durante anos dentro da própria casa para que ninguém descobrisse sobre sua infecção. Pelo jeito... havia funcionado.
— Como tudo começou? Se você tem que ser mordido para ser infectado, quem mordeu a primeira pessoa? — Ellie continuou, deixando um Joel pensativo. — Foi um macaco? Aposto que foi um macaco.
— Não foi um macaco. Você não foi pra escola? — O Miller perguntou.
— Escola da FEDRA, né. Eles não ensinam como o governo de merda não conseguiu impedir a pandemia.
— Ninguém tem certeza. — Joel iniciou — Mas o mais aceito é que o Cordyceps sofreu mutação. E acabou parando em alimentos. Provavelmente em ingredientes básicos, como farinha ou açúcar. Tinha umas marcas que eram vendidas em todos os lugares, no país todo, no mundo todo. Pão, cereal... massa de panqueca.
Ele ficou quieto um tempo, levando Amaya olhar para ele mas depois observou a estrada novamente. Ela se lembrava daquela noite, tanto que poderia descrever cada detalhe do que havia acontecido em frente aos seus olhos.
— Se comesse demais acabava infectado. As comidas infectadas chegou nos mercados na mesma hora, na quinta feira. As pessoas compraram, comeram na quinta à noite ou na sexta de manhã. E o dia seguiu, começaram a passar mal. Passaram a tarde, e a noite foram piorando. E aí começaram a morder. Sexta à noite, 26 de setembro de 2003. Na segunda já não tinha mais nada.
— Faz mais sentido do que macacos, mesmo. — Ellie comentou — Valeu.
— De nada. Mas tem uma outra teoria... — Amaya olhou para o homem ao seu lado, quando ele iniciou outra vez. — Algumas pessoas dizem, informações repassadas por alguns dos Vagalumes, que alguém do grupo deles achou um gravador em uma casa... Dizem que era um cientista falando sobre uma tal de vacina e que a filha dele quem injetaria em sei lá quem. Uns dizem que era na mãe dela, e outros dizem que era em pessoa voluntária, não se sabe ao certo. Mas são apenas rumores, e que com certeza ninguém acredita.
A garganta da Howard coçou, quase como se implorasse para a mulher abrir a boca e jogar tudo de um vez para eles. Contar exatamente cada coisa que ela fizera naquele dia, e como tudo havia se iniciado e principalmente... Contar o porque da Sarah ter morrido.
— Vamos pela mata. — Joel aponto para o lado, de repente. Amaya juntou as sobrancelhas para o homem, tomando coragem para o olhar nos olhos. — Tem umas coisas lá que é melhor a Ellie não ver.
— Ah, agora eu tenho que ver. — A Williams começou a andar na frente deles.
— Ellie! — O miller a chamou.
— Vai me machucar? — Ela perguntou e Amaya suspeitou saber sobre o que era.
— Não, mas volta aqui. Vamos por outro lugar, é melhor. — Ela apontou com a cabeça mas a garota não lhe deu ouvidos. — Meu Deus, como ela é teimosa. — Murmurou baixinho, mas o Miller escutou.
— Finalmente concordamos. — Ela apenas deu um aceno de cabeça — Você 'tá bem? Parou de tagarelar com a Ellie.
—'Tô, eu 'tô bem. — Concordou e olhou para a garota mais a frente.
— Ah, eu não sei o que era. Mas não tá aqui mais não. — A Williams comentou.
Porém, o trio olhou para o lado enxergando alguns pedaços de roupas velhas, brinquedos infantis quebrados, e esqueletos humanos espalhados para todos os lados. Joel se aproximou da garota suspirando.
— Uma semana após o surto, os soldados... passaram pelo interior evacuando as cidades menores. Diziam que iria te levar para a zona de quarentena... isso se tivesse espaço. Se não tivesse...
Ele não precisou completar. Amaya já havia escutado algumas pesoas falarem sobre aquele local, mas não achava que seria tão terrível ver presencialmente.
— Essa gente não 'tava doente? — Ellie perguntou.
— Provavelmente não. — A mulher respondeu.
— Por que matar? Por que não deixaram eles em paz? — Eles observaram o lugar com tensão, e luto por eles.
— Gente morta não é infectada. — Joel disse por último.
Amaya enxergou dois panos mais coloridos ao fundo, e observou os esqueletos juntos. Um menor, de um bebê, e um maior sendo provavelmente da mãe pela roupa que estava por perto. A mulher abaixou a cabeça e o trio ficara mais um minuto no local, desta vez em completo silêncio em respeito à todos que morreram ali.
⃝☣️ . ࣪˖ . 01﹕oi, meus amores. Dois dias seguidos de atualização, amaram?
⃝☁️ . ࣪˖ . 02﹕Esse capítulo foi mais calmo e no próximo já voltaremos com o desespero e as ações.
⃝💉 . ࣪˖ . 03﹕até o próximo 💙☣️
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