་ ،، ࣪ ☣️ 07 : PERDENDO MAIS UMA VEZ. ❜ 🧟♂️
𝄒🧟♀️ ִֶָ𝖙𝒉𝒆 𝒍𝒂𝒔𝒕 𝒐𝒇 𝒖𝒔 ⭑ุ᎔
capítulo 7, pmuv¡
written by dixstark...
ELA PODERIA TER certeza que algumas partes do seu cabelo já haviam secado pelo calor que aparecera quando o grupo terminou de subir todas as escadas necessárias, principalmente pela quantidade de tempo que eles demoraram. Amaya respirou profundamente quando viu que os degraus finalmente haviam acabado e Joel virara um corredor.
— Para, não foi tão ruim. — Ellie havia aparecido ao lado da Howard e de Tess, com um sorriso pequeno.
— Quero ver subir dez andares de escadas com a nossa idade e com a roupa pesada por estar ensopada. — Amaya resmungou para a garota e parou um pouquinho para respirar.
A Williams havia ficado com a mulher, a esperando. Mas o tempo que elas tiveram não fora muito longo, pois Joel havia colocado a cabeça na dobra do corredor em que elas estavam com as sobrancelhas juntas.
— Pretendem ficar aí o resto do dia? — Perguntou fazendo a mulher revirar os olhos e se desencostar da parede começando a andar. Ellie a seguia.
— Velho rabugento. — A menina murmurou baixinho e Amaya balançou a cabeça negativamente sorrindo de forma pequena para ela.
Quando a dupla alcançou os passos de Joel e Tess, elas enxergaram os escombros bloqueando o restante do caminho deles. A Servopoulos tentou abrir uma porta ao lado dela e o Miller fizera o mesmo com a outra, ambas estavam trancadas. Amaya olhou para as pedras enormes e juntou as sobrancelhas observando a luz adentrar o local por um espaço no topo.
— Consigo passar por ali. — Indicou com a cabeça para o buraco, Tess seguiu o olhar da mulher.
— É, eu também. Nós já voltamos.
Amaya virou-se de costas para as pedras e flexionou os joelhos juntando as mãos em frente ao corpo para que a Servopoulos a usasse de apoio. Quando a mulher já estava do outro lado, a Howard esperou que ela se agachasse na beirada e estendesse a mão para si. Amaya dera um pulo pequeno agarrando a mão de Tess e impulsionando o corpo para cima.
— Espera aí, vão me deixar sozinha com ele? — A voz de Ellie foi ouvida pela Howard, que a olhou de cima das pedras com um sorriso pequeno.
— Não vamos demorar. Prometo. — Amaya seguiu a amiga tomando cuidado para que não enfiasse o pé em algum vão entre as pedras, ou se cortasse em alguma beirada.
Demorou um minuto ou dois até que elas conseguissem saltar para o lado de dentro novamente. Observaram o local ao redor. Amaya se aproximou de umas das poltronas com o estofado em tom verde e nas taças e copos vazios pelo lugar, em cima de mesas pequenas e balcões.
Enquanto Tess certificava que a área estava segura e sem infectados, ou humanos, a Howard procuro pela porta em que Ellie e Joel poderiam entrar. Colocou o rosto em um buraco pequeno enxergando os outros do outro lado da parede. Antes que começasse a retirar os entulhos que bloqueavam a passagem, a garota começara a falar.
— Então... — Chamou a atenção do Miller novamente, quando o homem pensara que ela finalmente havia acabado com suas perguntas. — Se, possivelmente, não tem nada entre você e a Tess, quem é a Amaya? — Ele franziu o cenho com a pergunta da mais nova. — Ela parece ser bem importante...
— Não. — Respondeu simplesmente, voltando a cutucar a arma em seu colo.
— "Não", o que? Por acaso achou uma nova palavra para substituir todos os "esquece" que você usava como resposta para as minhas perguntas? — A garota bufou no final.
— Não, ela não é importante. Assim como você, nós acabamos de encontrar ela. — Ellie juntou as sobrancelhas.
— Sério? Porque... — Amaya puxou os entulhos de frente da porta fazendo um barulho alto e os fazendo calar.
— Pode abaixar a arma, Joel. — Ela proferiu em tom mais alto para que ele escutasse, ao prever que possivelmente ele estaria com a arma erguida em sua direção. A Howard puxou a porta a abrindo, Ellie se levantou a olhando. — Mademoiselle... — Brincou colocando um braço para trás do corpo e estendendo a mão livre em direção a Williams.
— Ah, me sinto honrada, senhora. — A garota colocou a mão no peito antes de pegar a estendida da mulher. Empinaram o nariz e seguiram para dentro, Joel balançou a cabeça suspirando antes de seguir a dupla para dentro.
— Demoraram. Ele é pior do que a escola da FEDRA, não gosta de responder nada e parece que a única palavra no vocabulário dele é "esquece". — Ellie sussurrou revirando os olhos.
— Da um desconto. Ele viveu vinte anos seguidos convivendo com a FEDRA, deve ter herdado o humor deles. — Amaya balançou os ombros.
— Ou a falta dele. — Completou e elas calaram a boca quando Joel passou ao lado delas seguindo até Tess.
A Servopoulos puxou uma cortina de plástico para o lado fazendo a Howard perceber apenas agora que o lugar era aberto. Ellie caminhou até a beirada da sacada grande e subiu minimamente na mureta. Amaya se aproximou observando o local abaixo, as dezenas e dezenas de corpos jogados ao chão e alguns infectados se mechendo e soltando grunhidos.
— São muitos. — Os trio de adultos escutou a fala da mais nova.
— Da última vez que a gente veio, estavam todos dentro do prédio. — Tess contou. — Deve ter passado muita gente procurando a Zona de Quarentena. Entraram procurando abrigo. É assim que conquistam as cidades, pouco a pouco, ano após ano.
— São conectados. — A Williams disse após um infectado se mover de forma mais agressiva no chão, e os outros o seguirem.
— Mais do que imagina. — Amaya e os outros olharam para a mulher, escutando ela continuar. — O fungo cresce debaixo da terra. Fibras longas, que nem fios, alguns chegam a quilômetros. Às vezes se você pisa no Cordyceps em algum lugar, você acorda uns dez infectados em outro lugar. E eles sabem onde você 'tá, e vão atrás. — Amaya olhou para Ellie que estava inquieta. — Você não é imune de ser despedaçada. Entendeu?
— Pode ser desconfortável saber disso, mas é importante. — A Howard dissera chamando a atenção da garota para si. — Estamos tentando te manter viva, não te assustar. — A Williams balançou a cabeça, como se concordasse e desceu da mureta.
— Então a gente não vai por ali.
— Não. — A Servopoulos a respondeu e olhou para Joel em seguida.
— Museu. — O Miller disse, e Amaya saberia que não era uma opção tão boa quanto o caminho anterior, pela tensão que ficara no ar.
Já havia se tornado um costume e rotina o caminho até o destino do grupo — seja qual for esse — ser barulhento e repleto de perguntas e falas, graças a Ellie. Joel sempre parecia inquieto e sem paciência quando a garota começava com as falas, mas Tess se mostrava indiferente respondendo uma pergunta ou outra quando conseguia e Amaya gostava de ter alguém para conversar quando ela mesma estava tensa.
— Será que se existisse alguém com o fungo dentro de si, mas não infectado exatamente... — Ellie começou trazendo a atenção das mulheres para si. — E essa pessoa tocasse no Cordyceps, ela poderia meio que controlar ou liderar os infectados que estivesse ligado àquele fio do fungo?
Amaya juntou as sobrancelhas e Tess fizera uma careta de confusão antes de se olharem e pensarem em silêncio sobre o assunto.
— Não, não funciona assim. — A Servopoulos respondeu.
— Nós achamos, pelo menos. Não é algo que dá para responder com certeza, mas com base com o que eu sei... Iria depender do que aconteceu com essa pessoa, e com certeza a ciência estaria envolvido nisso. Não tem como alguém nascer com o Cordyceps dentro de si. — Amaya tentou explicar da forma que a garota pudesse entender.
— Então, ela seria um infectado diferente? Um infectado com controle sobre suas ações? — Ellie perguntou.
— É, basicamente. — Tess a respondeu.
Eles pararam em frente ao museu observando os fungos em casca grossa decorando cada canto das paredes, Amaya suspirou.
— Bom, tem uma passagem no último andar. — A Servopoulos comentou olhando para cima.
— Ah, agora tudo bem. — A Williams ironizou.
— A gente usava o tempo todo. — Ela continuou, a Howard se afastou delas continuando a escutar ironias da garota e falas da mulher. Se aproximou de Joel que havia se agachado e observava o fungo e em seguida bateu o cano da arma no local, rachando minimamente.
— 'Tá seco. — Ele comentou se erguendo. — Pode ser que finalmente tenham morrido.
Amaya tirou a mochila das costas e abriu-a pegando a Glock de dentro e a colocando no suporte que havia acabado de colocar em sua perna e uma lanterna. Ellie os observava.
— A Marlene te deu uma dessa, ou só sanduíche? — Joel perguntou balançando a lanterna em mãos.
— Deu. — A garota mexeu na mochila.
— 'Tá, escuta. — Amaya se virou para Ellie que a olhou. — Vamos precisar ir devagar e em silêncio, se acontecer ou escutar alguma coisa vai pra trás da gente e fica lá.
— 'Tá. — Ela concordou e assistiu Tess cruzar as mãos, deixando uma lanterna em uma e a pistola na outra. — Eu 'tô com a mão livre.
— Meus parabéns. — Joel murmurou a olhando e caminhou até as portas duplas e grandes do museu.
Amaya esperou que o homem conferisse se o interior do andar debaixo estava livre e que o Miller, junto à Tess, entrassem no local. A mulher tocou o ombro de Ellie fazendo a garota se virar para ela, entregou uma faca com proteção na ponta para a menina que juntou as sobrancelhas. A mulher fez sinal de silêncio para ela.
— Coloca na mochila, e só pega se for realmente necessário. — Ellie sorriu fazendo o que lhe foi mandado e elas apressaram para entrar no museu, dando a desculpa que a Williams estava se sentido nervosa para entrar no local.
Amaya iluminava ao seu redor com a lanterna e a Glock em mãos, observava os quadros antigos e os móveis. No meio do caminho eles haviam se deparado com um corpo de um homem, o sangue ainda estava fresco enquanto escorria pelo seu rosto e o corpo não parecia ser antigo ali. Seu pescoço e algumas partes do rosto estavam deformadas, causada pelo ataque de um possível infectado.
— Talvez... Talvez tenha sido lá fora, e ele entrou. A porta estava aberta mesmo, pode ter sido ele. — Tess começou em tom baixo, e os outros a olharam. Amaya observou o corpo reconhecendo a forma como o homem havia sido morto. Estalador. — Eu não 'tô ouvindo.
— Ouvindo o que? — Ellie perguntou em um tom considerado alto para o momento. Joel ergueu uma mão para a menina, como se pedisse silêncio, e as mulheres haviam a olhado com apreensão. — Ouvindo o que? — Sussurrou desta vez, observou os mais velhos — Sério que um infectado fez isso? Porque... Eu já fui atacada por um, e ele não fazia isso.
Ellie olhou para trás, para o corpo. Amaya seguiu seu olhar novamente e suspirou apertando a arma na mão, junto à lanterna.
— Bom, é o seguinte: daqui pra frente, é silêncio. Não é baixinho, é silêncio. — Joel ordenou olhando para a Williams.
— Ué... — Ela iria iniciar.
— Não questiona. Só obedece. — O Miller repetiu e ela concordou.
Eles voltaram a andar, Amaya ficando por último para que deixasse Ellie no meio deles. Joel seguiu até as escadas e começou a subir os degraus de forma vagarosa, assim como o restante das pessoas. As escadas rangeram algumas vezes fazendo com que a Howard ficasse preocupada em onde pisar.
Um barulho alto chamou a atenção deles que olharam para cima rapidamente, assistindo a poeira cair do teto. Joel olhou para trás conferindo se todos estavam bem antes de voltar a subir. O Miller parou iluminando as cascas mais grossas do fungo em um amontoado pelo local onde eles deveriam passar e voltou a seguir em frente.
No caminho Ellie pisara na mão de um dos corpos de infectados já mortos no chão e ressecado — o que fez um estalo soar —, o homem havia se virado rapidamente a observando. Não demorou para que voltassem a andar. O Miller abriu uma das portas duplas na qual eles haviam parado em frente, e olhou para dentro do cômodo.
Ellie fora a segunda a entrar no lugar e Amaya iluminou o lugar observando os móveis de madeira, vidro, estantes, lustres entre outros cobertos de poeira. Porém, a mulher não teve mais tempo de olhar para nada quando a poeira começou a cair novamente sobre si e o teto ranger. Amaya levou as mãos até Tess a empurrando para entrar no local e jogou o próprio corpo para trás caindo no chão quando assistiu as madeiras desabarem por completo e tamparem a entrada de onde o restante do grupo estava.
— Merda do caralho. — Ela xingou se erguendo do chão e limpando as mãos na calça jeans. Resgatou a arma do chão junto com a lanterna. Um barulho a fez se virar rapidamente para o lado erguendo a pistola e a luz.
Ellie havia aparecido em um dos espaços entre as madeiras junto aos outros, certificando que ela estava bem. Mas logo ergueram suas armas quando o som se fez presente para eles também. Amaya precisava chegar até eles, ficar sozinha naquele lugar com Estaladores não era algo que ela apreciava, mas para isso ela teria que seguir o infectado por ser o único caminho.
A mulher deu passos calmos e vagarosos. No início, fora apenas os estalos dos infectados que eram escutados pelo local. Mas então os tiros soaram e Amaya ajeitou a postura colocando as pernas para correrem até o cômodo onde eles estavam.
— Corre! — Joel gritou enquanto lutava com o Estalador. Ela viu Tess e Ellie correrem, mas a Williams acabou tropeçando em alguns destroços no chão e a mulher a mandou correr para conseguir tempo para a garota.
Amaya tentou ir até Ellie mas uma mão lhe puxou pelo braço agressivamente, fazendo com que a Howard erguesse sua arma e encostasse o metal na cabeça do homem. Joel a olhou com a expressão séria enquanto fazia sinal de silêncio para ela e em seguida apontou para o corredor.
Ela retirou a arma da cabeça do Miller e moveu a cabeça para o lado minimamente, enxergando o estalador. Amaya voltou para o lugar fechando os olhos de maneira forte e se virando de costas para Joel. Por um segundo a imagem de Liana veio a sua mente pela segunda, ou terceira vez desde que descobriram sobre os Estaladores no museu. Encostou a cabeça na estante na qual ela e Joel se escondiam atrás.
A mulher escutou os sons do infectado ecoarem pelo lugar e em sua mente. O restante era um silêncio absoluto. Porque a única coisa que Amaya conseguia pensar naquele momento, era que estava presa entre paredes que pareciam lhe sufocar a cada segundo que se passava, junto à espécie que matou Liana. Que matou sua filha.
Ela separou os lábios minimamente para que respirasse com mais facilidade, moveu a cabeça para trás devagar quando o som do infectado se tornou mais próximo. A mulher sentia que a qualquer momento iria explodir e atirar vários e várias vezes no Estalador, mas ele se moveu para longe.
Joel olhou para ela por um segundo e a Howard olhou para Ellie que não estava muito longe deles, apontou para a menina avisando o Miller que iria até ela, Amaya precisava se manter sã por ela. O homem a seguiu e eles se agacharam atrás do móvel do museu, a garota os olhou. Joel a chamou com a cabeça para que os seguissem e começou a andar de forma agachada.
Mas ele pisou em um caco de vidro, e no seguindo seguinte o grito foi escutado e o Estalador havia pulado o móvel e agora estava sobre Amaya. Ellie também fora para o chão por estar próxima à mulher, enquanto Joel se levantava rapidamente e erguia a arma em direção ao infectado. Mas ele não conseguiu fazer nada.
Porque quando o Estalador ameaçou levar uma mão até Ellie, a mulher enfiara ambas as mãos no pescoço do infectado. Os gritos haviam se tornado mais altos enquanto a garota se afastava rapidamente. Amaya conseguiu tirar o infectado de cima de si o jogando no chão ao seu lado, antes que ele pudesse se levantar a mulher o pegou pelos ombros e bateu com a cabeça do Infectado contra a quina do móvel.
Ela não sabia quantas vezes havia repetido aquele processo, mas a cabeça do Estalador havia se despedaçado em diversos pedaços e o corpo estava imóvel. Estalos apareceram novamente ao lado deles e a Howard retirou a Glock do suporte em sua pernas, descarregando o pente nas pernas do infectado.
Retirou o machado das mãos de Tess quando a mulher se aproximou e andou até o corpo caído no chão. Ela ergueu os braços e desceu o objeto na cabeça do Estalador deixando-o morto no local. Amaya respirava pesadamente quando soltou o machado e se colocava de joelhos no solo, estava começando a ter um ataque de pânico e parecia que poderia morrer a qualquer momento. A voz e rosto de Liana piscou, a mulher poderia jurar ter a enxergado por um segundo.
Tentou se acalmar, sozinha, sabendo que Joel ainda estava com a arma erguida como se ainda esperasse a usar em algum infectado. Ellie havia se afastado da mulher e olhado para o Miller rapidamente, mas ele também parecia esperar com que a Howard se levantasse sozinha do chão. Não gostaria de acabar com a arma da mulher em sua cabeça novamente.
Tess quem havia se aproximado da mulher quando eles haviam acabado de conversar entre eles, certificando que todos estavam bem. Ajudou a Howard a se levantar e não fez perguntas enquanto eles andavam para fora do local. Joel abriu a janela e todos pularam, saindo no telhado do museu.
O Miller ajudava Tess a enfaixar o pé que ela havia torcido no meio da bagunça. Amaya respirou profundamente o ar livre e puro tentando acalmar o coração saltitante no peito. Ela assistiu Ellie atravessar a ponte que era uma madeira fina, a seguiu no segundo seguinte. Elas ficaram lado a lado observando a paisagem de pôr do sol ao longe, enquanto aproveitavam aquele momento quieto após o conturbado.
— Você... 'tá legal? — Ellie perguntou arriscando olhar para Amaya, que balançou a cabeça.
— 'Tô. — Joel parou ao lado da garota antes de a perguntar.
— É tudo que você esperava? — Se referiu ao lado de fora, enquanto observavam.
— Ainda 'to decidindo. Mas, cara, olha só essa vista. — Comentou de forma leve.
Tess os chamou para continuar descendo as escadas de forma rápida, o máximo que conseguia. Ellie seguiu a mulher deixando Amaya e Joel para trás, ela olhou para Joel e percebeu quando o homem observava o relógio quebrado no pulso.
Então andou até a escada descendo também. Foram longos minutos até que eles finalmente chegassem ao Congresso. Ficaram escondidos atrás de um carro destruído observando a área. Sem soldados. Não havia ninguém dos Vagalumes do lado de fora.
— Mas cadê eles? — Tess perguntou. Joel olhou para ela e Amaya por um segundo antes de começar a andar.
Ambas mulheres ergueram as armas quando o Miller abriu a porta de um caminhão preto. Mas estava vazio. Ele mandou elas esperarem no lugar onde estavam e Amaya aproveitou para olhar Ellie, reparando no pano branco em seu braço.
— O que foi isso? — Perguntou para a garota que olhou para o próprio braço e depois para a mulher.
— Ah, só um arranhão no meio daquela bagunça. Talvez quando a gente caiu no chão, e aquele infectado conseguiu me arranhar. — A Howard engoliu uma saliva — Não foi sua culpa.
— O quê? — Ela juntou as sobrancelhas para a garota.
— Você acabou com aqueles infectados, May... Não foi sua culpa eu ter levado um arranhão. Afinal, eu sou imune. Não vai acontecer nada.
Amaya suspirou balançando a cabeça, concordando. Tess começou a caminhar até o Miller e as outras a seguiu.
— Joel? O que tá acontecendo? — A Servopoulos perguntou olhando para o fundo do caminhão que havia acabado de ser aberto por Joel.
— Eu não sei.
Ellie olhou para o chão, observando o sangue pingado pelo solo e chamou a atenção dos adultos.
— Eles entraram.
— Vamos. — Tess segurou a mão da Williams e começou a caminhar de forma rápida puxando a garota, Joel e Amaya juntaram as sobrancelhas.
— Tess! — Ambos chamaram antes de correr atrás delas. A mulher já estava dentro do Congresso olhando ao redor.
— Puta merda. — Ellie xingou olhando para o corpo ao lado delas.
— Caralho... — Amaya observou os outros cadáveres pelo lugar. E Tess ficara agitada.
— Calma, deve ter a porra de um rádio por aqui, né? — Ela começou a procurar pelos equipamentos que estavam ali.
— Quem matou eles? A FEDRA? — Ellie perguntou. Amaya se aproximou da Servopoulos escutando Joel responder a pergunta da Williams.
— Não. Um deles foi mordido. Os saudáveis brigaram com os doentes, todos perderam.
— Tess. — A mulher chamou a outra se aproximando. — O que 'tá fazendo?
— Pra onde a Marlene disse que iria te levar? — Ela perguntou para a garota. — Ellie!
— Eu não sei. Oeste.
— Só Oeste? Merda... Calma, olha só, um deles deve ter um mapa, não é? — A mulher se tornou cada vez mais inquieta. Começando a procurar pelos corpos no chão.
— Não! Tess, acabou. — Joel disse alto se aproximando da mulher. — Nós vamos pra casa!
— Lá não é a minha casa. — Ela soltou de repente. Todos ficaram em silêncio olhando para a mulher até que ela se levantasse. — Eu vou ficar. É né... Uma hora a sorte iria acabar, mais cedo ou mais tarde.
— Fudeu... — Ellie murmurou, Amaya e Joel olharam para a garota. — Ela 'tá infectada.
A Howard olhou para Tess, assim como o Miller. Ele pediu para que a Servopoulos mostrasse a mordida, ela hesitou por um segundo antes de engolir uma saliva e levar a mão até a blusa na região do pescoço. Tess afastou o pano, revelando a mordida no local. Amaya olhou para a ferida e depois para a mulher, os lábios tremeram e ela sentiu a visão embaçar.
— Opa, né? — Murmurou. — Tira o pano do braço. — Pediu olhando para Ellie, a garota fez o que lhe foi pedido e a mulher se aproximou. — Olha. Joel, isso é real. Ela é real.
Tess pegou o braço da menina e se aproximou do homem que estava em silêncio. A mão da mulher tremeu violentamente e ela logo escondeu.
— Tem que levar ela pro Bill e pro Frank.
— Não. — O homem negou.
— Eles ficam com ela, eles resolvem depois. — Ele negou mais uma vez e a mulher continuou falando — Eu nunca te pedi nada, nem pra sentir o mesmo...
— Não...
— Cala a boca, porque eu não tenho tempo. É a sua chance. Leva ela pra lá, não deixa ela morrer... E concerta as coisas. — Amaya sentiu o rosto molhar e secou com raiva. — As merdas que a gente fez. Diz que vai, Joel. Por favor.
Um grunhido soou do lado deles e Ellie se afastou xingando. Joel retirou a arma da cintura e atirou na cabeça do infectado que havia acabado de se transformar, e que antes era um Vagalume. Amaya olhou para o chão, assistindo o fungo Cordyceps começar a contornar os dedos do infectado, adentrando a carne abaixo de suas unhas.
Joel correu até as portas duplas do Congresso e abriu uma, olhando para fora e depois voltando para dentro.
— Quantos? — Amaya perguntou, tentando manter a voz firme.
— Todos eles. Talvez à um minuto. — Andou até elas rapidamente. Tess pegou uma AK-47 e quebrou com o cano a tampa de um dia galões grande de gasolina e o jogou no chão.
— O que 'tá fazendo? — Ellie perguntou.
— Garantindo que não vão seguir vocês. — Derramou mais gasolina pelo local e depois algumas granadas. — Joel. — Ela se aproximou do homem que estava em silêncio assistindo a cena. — Salva quem você pode salvar.
O Miller a observou por um tempo, como se se despedisse daquela forma. Agarrou o braço da Williams e começou a arrastar para fora do Congresso, enquanto a menina resistia e lutava contra Joel o xingando.
— Não pode ficar aqui. — Tess disse se aproximando de Amaya tentando a tirar do local.
— Para. Para! — Ela segurou os braços da mulher e a observou, a forma como a Servopoulos respirava de maneira rápida. Assustada.
Amaya fungou puxando o ar e puxou a mulher para perto, circulando o corpo de Tess com os braços a apertando. A mulher devolveu o abraço, se acalmando. Mas se afastaram, sabendo que a Howard não poderia ficar ali por muito tempo.
— Obrigada por tudo. — Ela sussurrou para a outra, sentindo os lábios tremerem. — Você fez muito por mim em tão pouco tempo... Sinto muito.
— Não precisa pedir, não é culpa sua. — Amaya a observou por um tempo.
— Talvez seja... — Tess balançou a cabeça negativamente olhando para trás, os gritos de infectados se aproximando.
— Você é foda pra caralho. O que você fez lá no museu, foi... Caralho. — Ela começou — Vai com o Joel, por favor. E cuide dele. Eu sei que consegue. Ellie gosta de você, vai ser mais fácil.
— Ok... — Amaya a abraçou mais uma vez antes de se afastar. Correu para fora do Congresso, puxando o ar para dentro dos pulmões.
Ela se agachou quando escutou a explosão ocorrer atrás de si. Os vidros explodindo e os infectados gritando enquanto eram queimados, Amaya limpou o rosto sentindo mãos pequenas no seu braço e olhou para cima.
— Precisamos ir. — Ellie comentou, Joel apareceu em seguida atrás da garota e estendeu a mão para a mulher. Amaya aceitou a ajuda concordando com a Williams.
O Miller andou na frente. E Ellie havia entrelaçado sua mão na de Amaya, como em um tipo de conforto. A mulher não recuou, mas sentiu o aperto no peito lembrando de quem entrelaçava sua mão na da Howard a um tempo atrás. Respirou profundamente seguindo Joel em silêncio, lembrando-se das palavras de Tess e desejando que a mulher estivesse em um lugar melhor e mais calmo agora.
⃝☣️ . ࣪˖ . 01﹕oi, meus amores. Como vocês estão?
⃝☁️ . ࣪˖ . 02﹕a cena que eu tanto esperava para escrever, vulgo cena do Estalador vs Amaya, finalmente veio aí. Espero que tenha entregado tudo que eu prometi para essa cena e para a despedida dela com a Tess.
⃝💉 . ࣪˖ . 03﹕quem roubar a ideia nas falas da Ellie, Tess e Amaya sobre a pessoa infectada poder controlar, e tudo mais, eu vou atropelar na rua.
⃝☣️ . ࣪˖ . 04﹕muito obrigada pelos 5K, e até o próximo 💙☣️
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