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་ ،، ࣪ ☣️ 01 : O MUNDO QUE A FAMÍLIA HOWARD FEZ. ❜ 🧟‍♂️

𝄒🧟‍♀️ ִֶָ𝖙𝒉𝒆 𝒍𝒂𝒔𝒕 𝒐𝒇 𝒖𝒔 ⭑ุ᎔
capítulo 1, omqafhf¡
written by dixstark...

SUA CABEÇA DOÍA, a cabeça parecia girar constantemente e o seu interior contorcia como em um ataque de ansiedade constante que não parecia ter fim. Os olhos repousaram sobre a infectada que estava com os braços estendidos de maneira agressiva, Amaya gritava e chorava observando como Mia, sua mãe, havia se transformado naquele monstro.

A mulher acordou em um ofego, a enxaqueca estava presente assim como em todas as outras vezes em que ela acordara após um pesadelo com aquela noite. Colocou uma mão sobre o peito respirando profundamente, até que ficou mais calma finalmente. Olhou para o lado enxergando Liana adormecida ao seu lado, com o cobertor sobre o corpo pequeno.

Amaya levantou-se do colchão fino que ficava no solo e calçou as botas de cano curto e seguiu suspirando para a cozinha. Abriu os armários em busca de algo que pudesse alimentar sua filha de onze anos. A dupla não parava a fim de se hospedarem em uma casa por mais de duas noites, estavam sempre caminhando de um lado para o outro.

A Howard mais velha se forçava a ficar quieta em algum cantinho apenas quando a chuva começava a cair, ter Liana doente e com poucos recursos não era algo que a mulher gostaria de enfrentar.

— Merda. — Xingou percebendo que alguém já havia passado por aquela casa antes delas e levado toda a comida. Voltou para o quarto e se ajoelhou ao lado da garota que ainda estava adormecida — Lia...

A mais nova resmungou mexendo minimamente o corpo antes de se virar para a mãe. Coçou os olhos começando a bocejar.

— Levante, precisamos ir. Não consegui encontrar nada para nós comermos aqui. Talvez possamos encontrar algo pelo caminho. — Sorriu pequeno demostrando confiança para Liana, a menina devolveu o gesto e se levantou ainda sonolenta.

Tudo que Amaya desejava desde que sua filha nascera, era que Liana pudesse ter uma vida e infância normal. Com direito a brinquedos de todas as cores e guloseimas que faria mal para os dentes da menina, mas que a mulher tomaria todo o cuidado possível para que nada de ruim acontecesse com a saúde da garota.

Gostaria que ela pudesse correr pelas ruas sem ter o perigo de algum infectado correr em sua direção no segundo seguinte, e com o risco de uma horda vir atrás. Mas isso não era mais possível, não desde que Amaya havia injetado aquela vacina em Mia e seu pai não havia conseguido controlar a situação. Apenas mais vinte minutos e o destino de toda a humanidade seria completamente diferente.

A mulher continuava a repetir isso em sua cabeça sozinha, havia perdido as contas que quantas vezes lhe dissera aquelas palavras. Ter Liana tendo que viver naquele mundo em desgraça estava sendo as consequências das ações de Amaya Howard há vinte anos atrás. Ou apenas o começo delas.

Segurou a mão da menina assim que elas saíram da casa que haviam passado a noite. Colocou os pés para moverem enquanto os olhos passeavam pela cidade totalmente destruída pelo bombardeio que os soldados haviam sido ordenados a fazer, com o objetivo de não ter a infecção espalhando — não funcionou no mundo todo.

— Pode ter alguma coisa para comer naquela casa, vamos. — Apontou para o local a algumas metros longe delas.

Amaya levou a mão em direção ao coldre que ficava em sua perna direita e resgatou a pistola de lá. Manteve a arma abaixada quando empurrou a porta levemente e adentrou o local.

— Fique de olhos abertos e por perto. — Sussurrou para Liana que balançou a cabeça concordando.

— 'Tá.

Observou a pintura em preto na parede esquerda do cômodo e revirou os olhos. Os Vagalumes ainda tentavam encontrar uma cura e sua esperança — ou burrice — parecia não ter fim em momento algum. Amaya sabia que não existia uma, seu próprio avô dissera sobre aquilo e como eles perderiam caso o fungo viesse a evoluir para contaminar humanos. Eles perderam.

Porque aquela guerra da raça humana contra o fungo Cordyceps que mantinha os infectados conectados, já estava com o final escrito e os humanos não eram aqueles que levantavam a bandeira comemorando a vitória. Poderiam continuar atrás de uma cura, matando e sangrando por isso, mas jamais encontrariam uma e aquele seria o fim de todos.

— Ei, olha o que eu achei. — Amaya se permitiu sorrir ao abrir o armário da sala e encontrar um gibi guardado ali, em meio aos CDs de música e filmes antigos.

— Obrigada. — A menina exalava alegria quando começou a virar as páginas e começando a mergulhar nas histórias.

— Fica aqui na sala. Vou continuar olhando o restante da casa, qualquer coisa grita. — A mulher falou fechando a porta da sala e viu a filha se sentar em um puff depois de bater a mão no objeto a fim de retirar a poeira.

A Howard mais velha seguiu para o cômodo ao lado e abriu as portinhas dos armários, pegou uma lata de feijão que havia ali e abriu sua mochila a colocando no chão. Retirou o fogueiro dali de dentro e logo colocou o feijão dentro de uma panela pequena que entrou na cozinha, colocou-a no mini fogão transportável deixando a comida esquentar.

Aproveitou para continuar a observar a casa, estava quase finalizando o andar de baixo quando um barulho soou sobre sua cabeça. Amaya olhou para o teto percebendo que o som vinha do andar superior, xingou começando a procurar pela escada. A pistola estava de volta em sua mão e destravada.

Tentou não fazer barulho nas escadas quando começou a subir, os dois quartos da entrada estavam livres e faltava o banheiro junto a mais um quarto ao fundo do corredor. Abriu a porta do cômodo mas não encontrou nada, então seguiu mais adiante. Girou a maçaneta mas logo a porta foi empurrada agressivamente para frente, fazendo com que a mulher se assustasse.

Iria dizer que não machucaria a pessoa que estava ali dentro, mas o som do infectado se fez presente. Ele começou a bater as mãos fortemente contra a madeira e Amaya respirou profundamente antes de abrir a porta e se afastar de prontidão. Ergueu a arma e disparou um único tiro na cabeça do Corredor, e logo ele estava ao chão.

— Que merda. — Resmungou e escutou a voz de Liana a chamando.

— Mãe?

— 'Tá tudo bem, Lia! Fica aí embaixo. — Gritou e guardou a pistola no coldre e começou a puxar o corpo escadas abaixo.

O levou até o lado de fora da casa e tentou o deixar o mais longe possível de onde estavam, torcendo para que uma horda não estivesse a caminho delas naquele momento. Ao voltar para dentro da casa, Amaya desligou o fogo e procurou por duas colheres dentro de uma gaveta, limpou-as devidamente e levou o feijão para a sala.

— Achei nosso café da manhã. Está com fome? — Ela se sentou ao da filha sorrindo e balançado a panela na mão, a menina concordou com a cabeça e se virou para a mãe largando o gibi.

— Hm... Está bom. — Liana disse enquanto mastigava.

— Não converse com a vida cheia.

— Desculpe.

O restante do dia foi calmo. Era sempre a mesma coisa, elas encontravam uma casa, verificavam se estava tudo limpo, encontravam algo para alimentar ambas e passava o restante do dia deitadas ou jogando algo. Amaya sempre tentava ao máximo distrair Liana e a deixar longe de perigo, e longe dos infectados. Mas também a ensinava a se defender caso algum dia fosse preciso, e esse chegaria.

A mulher observou a garota a sua frente enquanto se auto alimentava. Os Vagalumes, de alguma forma, haviam conseguido acesso à gravações de seu pai de vinte anos atrás e agora pareciam saber que Amaya havia começado tudo aquilo. Não demorou para as ameaças começarem, mas eles também não haviam conversado com ela frente a frente e mostrado que realmente sabiam de algo. Então, a Howard apenas deixou tudo aquilo de lado.

No meio da noite Amaya acordara em um impulso e ofegante após mais um de seus pesadelos. Verificou se Liana estava dormindo e se levantou seguindo para a sala em seguida, apoiou-se na janela observando o céu escuro e estrelado. Mordeu o lábio inferior para segurar o choro que ameaçava vir. Não havia como ela mudar o passado e nem nada do que acontecia no presente, então, teria que aprender a lidar com a culpa e todos os ressentimentos.

Amaya realmente sentia por tudo e pediria perdão a cada pessoa que ela visse em sua frente. Mas não podia fazer isso, já que essa mesmas pessoas gostariam de uma explicação e a mulher não poderia explicar ou iria direto para uma forca, ou fogueira.

Um movimentação no mato ao lado da casa a fez se desencostar da parede com a expressão séria novamente. Moveu o corpo para que não ficasse a vista, levou a mão em direção a sua perna direita para pegar a arma mas ela não estava lá, xingou percebendo que havia a esquecido no quarto. Quando estava prestes a se virar um braço rodeou o seu pescoço e apertou-o, Amaya ofegou e levou as mãos até o corpo da pessoa.

Sentiu o ar começar a faltar em seus pulmões e enxergou outra pessoa — a que fizera o movimento no mato — entrar na casa pulando a janela. Assistiu o vulto andar rapidamente até o quarto onde Liana estava dormindo, Amaya sentiu sua face se transformar em raiva completa. Afastou o pano da camisa do braço da pessoa e fincou os seus dentes ali sentindo o gosto de sangue lhe invadir a boca.

Escutou um grito de dor masculino e aproveitou para mergulhar seu cotovelo na costela do homem, fora solta no segundo seguinte. Colocou as pernas para correr até o quarto e enxergou sua filha com um olhar assustado enquanto uma mulher mantinha uma faca em seu pescoço.

— Tire as mãos. — Seu tom de voz saiu não era alto, mas ainda tinha a raiva e ameaça silenciosa na fala.

— Me dê suas armas e comidas, ou a bonitinha aqui morre. — Apertou a faca contra a pele infantil.

— Acha mesmo que temos o que você quer? — Juntou as sobrancelhas, a mulher ergueu as dela.

— Me dê.

— Vadia, acho melhor você tirar essa porra de faca do pescoço da minha filha ou teremos um grande problema aqui.

— Segure ela. — Amaya teve sua expressão de confusão por completa quando a desconhecida olhou para trás de si, então, antes que pudesse reagir teve seus braços puxados para trás brutalmente.

Ela puxou seu corpo para frente tentando se soltar, mas foi inútil. Decidiu ficar quieta e obedeceu quando a dupla a empurrou para o chão e mandou ela ficar sentada ali.

— Você vai ficar aqui quietinha, não é? — A Howard concordou com a cabeça e sentiu os olhos queimarem. — Boa garota. — O homem sorriu e deu tapinhas em seu rosto antes de se afastar.

Assistiu Amaya se encolher na parede e puxar Liana para si a abraçando, a menina chorava baixinho pelo susto encostada no peito da mãe.

— Sabia que não era tudo aquilo que estava parecendo ser. — A mulher disse e revirou os olhos para a família no chão, seguiu para a cozinha.

— Vai ficar tudo bem, 'tô aqui com você. — A mais velha beijou os cabelos da filha e sorriu para ela em seguida. Sentiu uma lágrima caindo do próprio rosto, e depois outra.

Alguns minutos depois a dupla desconhecida retornou para o quarto com uma cara nada contente, provavelmente por não terem encontrado nenhuma comida. O homem se abaixou e pegou a mochila de Amaya do chão a abrindo. Sorriu e logo ergueu uma arma balançando e mostrando para sua companheira, e depois uma blusa de frio que era da Howard mais velha, porém, Lia que a usava.

— Vamos ficar com isso aqui, tenho certeza de que não vai se importar. — Ela balançou a cabeça e apertou mais a menina em seus braços — Ótimo. Vamos, querida.

Ele estendeu a mão e a mulher entrelaçou seus dedos saindo do quarto, Amaya escutou eles fechando a porta da sala então finalmente se afastou vagarosamente de Liana.

— Ei, você está bem? — Perguntou acariciando seu rosto.

— 'Tô com medo. — Confessou ainda chorosa.

— Estou aqui com você, eu 'tô aqui. — Beijou o topo de sua cabeça — Preciso que se acalme e me escute, está bem? Você vai subir e vai ficar quietinha no banheiro, sem fazer barulho.

— Onde a senhora vai?

— Eu não demoro, prometo. — Abraçou-a e se levantou.

Ajudou Liana chegar o local designado antes de sair para fora da casa, mas antes passou no quarto em que estavam e resgatou a Glock de debaixo do colchão. Limpou as lágrimas falsas com força do rosto enquanto olhava para os lados, verificando se havia algum infectado por perto. Apressou o passo ao enxergar o casal andando abraçados a alguns metros longe dela.

Amaya ergueu a arma até a altura da perna do homem e atirou, porque caso fosse a mulher primeiro era capaz dele correr e a deixar para trás e assim a Howard o perderia. Então, se imobilizasse ele primeiro, a desconhecida ainda o tentaria ajudar. Isso aconteceu quando ele caiu ao chão. 

Ela se escondeu atrás de algumas moitas quando a mulher sacou a arma e começou a atirar em direção à Amaya. Em seguida, a morena se levantou e disparou novamente contra o pulso da mulher e em seguida na coluna vertebral do homem que havia conseguido ficar de joelhos. Ela correu até a dupla e acertou o cano pequeno da Glock na testa da mulher a fazendo cair. A Howard agachou-se na frente dele e pegou a blusa caída ao chão, e depois a arma.

— Eu vou pegar isso aqui de volta. Você não se importa, não é? — Juntou as sobrancelhas o observando. O homem tentou cuspir em seu rosto, mas falhou.

Amaya se levantou olhando para ambos antes de acertar a cabeça de cada um e voltar a andar em direção a casa onde ela e Liana estavam. Mas ao enxergar o local, a visão não foi a que ela esperava.

— Não, não, não! — A mulher correu o máximo que pode, pegou a faca que ficava no cinto de sua calça e enfiou-a no crânio do Corredor que estava prestes a entrar na casa.

Sentiu outro infectado a segurando pela barra da blusa e xingou o chutando com força antes de atirar em sua cabeça, o sangue espirrou em seu corpo por estar perto o suficiente. Afastou-se para o lado quando outro quase caiu em cima de si. Gritos soaram no andar de cima fazendo Amaya arregalar os olhos, ela empurrou a cabeça do Corredor na quina de um móvel e correu escada a cima.

Puxou o Estalador de cima de Liana e o empurrou para fora do banheiro, o infectado agarrou a mulher e a Howard o bateu contra a parede fortemente, conseguindo atirar em seu rosto deformado.

Então ela se virou para a criança no chão. Sentiu quando o ar pareceu insuficiente naquele momento e sua visão havia embaçado, suas mãos tremeram o suficiente para que a Glock caísse de sua mão. Sangue escorria da barriga de Liana e a menina chorava em tom baixo, angustiada.

— Lia? — Amaya caiu ao lado da filha e a puxou para seu colo sentindo os lábios tremerem e os olhos arderem. — Você vai ficar bem, ok? Fica comigo, Liana, fica comigo.

A mulher sentiu seu rosto molhar, e pela primeira vez naquela noite as lágrimas que molhou e fizera uma trilha por sua pele eram reais. A dor e angústia que parecia lhe sufocar e a bater eram tão reais quanto o sangue e a mordida que enfeitava a barriga da garota ao seu colo.

— 'Tá doendo, mãe, tá d-doendo. — Ela murmurou com dificuldade e a mulher soluçou.

— Eu sei, amor, eu sei. — Beijou sua testa molhando o local com as lágrimas. — Você está bem, Lia. Estamos em um lindo jardim... — Amaya sentiu o ar faltar mais fortemente — Observando as estrelas de noite, e apareceu um gatinho...

Ela soluçou fungando, Liana parecia mais calma em seu colo e havia parado de chorar aos poucos. Amaya se obrigou a sorrir para ela quando a criança olhou em deus olhos, procurando por paz e tranquilidade e o acolhimento nos braços da mãe.

— Ele era preto? — Perguntou baixinho.

— Sim, era sim. Ele era todo preto com manchinhas brancas e olhos com cor diferentes. — Contou acariciando sua bochecha, sem querer manchando o local de sangue mas ignorou aquele fato.

— D-Diferentes? — Liana pareceu juntar as sobrancelhas por um segundo.

— É, um... — A mulher continuou tentando se acalmar, mesmo que fosse inútil — Um era azul e o outro verde, querida. Consegue o enxergar?

— Sim... Ele é lindo. O jardim também é lindo... — Contou, sorrindo pequeno.

— Eu sei, querida, eu sei. — Amaya se abaixou para beijar seus cabelos mais uma vez e encostou suas festas — Feche os olhos, ok? Sonhe com o jardim, amor. — A mulher forçou sua voz a sair calma e não engasgada pelo choro que queria sair mais a vontade.

Não sabia quanto tempo haviam ficado daquela forma, mas percebeu os fios de plantas circularem os dedos de Liana caídos no chão.  A Howard se afastou e olhou para o rosto infantil que parecia tão em paz agora, a mulher deixou o choro sair com força.

Ela gritou — mesmo sabendo que poderia chamar a atenção de mais infectados, mas naquele momento já estavam a caminho de qualquer forma. Deixou toda a dor sair de dentro do peito daquela forma, socou o chão diversas vezes até que sua mão começou a sangrar e abraçou o corpo de Liana com mais força.

Horas mais tarde, o corpo havia começado a se mover novamente e Amaya enfiou a faca na nuca do corpo em seus braços impedindo que ela abrisse os olhos. Porque ela sabia que se assistisse a infectada, que antes era Liana — sua filha tão amada e especial — a mulher não se moveria e deixaria o fungo a levar junto à criança. Aceitaria ser levada daquele mundo a fim de encontrar Liana Howard em um lindo jardim sob a luz da lua, junto à um felino pequeno de cor preta e manchas brancas.

  ⃝☣️ . ࣪˖ . 01﹕oi, meus amores. Como vocês estão?

  ⃝☁️ . ࣪˖ . 02﹕Olha... Chorei escrevendo, viu? Escritores de depressão também sofrem.

  ⃝💉 . ࣪˖ . 03﹕Espero que tenham gostado do capítulo. Até o próximo ☣️💙

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