Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

་ ،، ࣪ ☣️ 18 : MINHA MENTE É UMA SELVA. ❜ 🧟‍♂️

𝄒🧟‍♀️ ִֶָ𝖙𝒉𝒆 𝒍𝒂𝒔𝒕 𝒐𝒇 𝒖𝒔 ⭑ุ᎔
capítulo 18, mméus¡
written by dixstark...

JOEL SUSPIROU OLHANDO em seu relógio no pulso enquanto batia o pé de maneira silenciosa no chão. Tess, logo ao seu lado, também se encontrava impaciente com a demora de Marlene para os encontrar.

ㅡ Se essa filha da puta estiver tentando armar alguma merda pra a gente, eu juro que quebro ela. ㅡ Ele escutou a voz feminina ao seu lado. Não poderia dizer o contrário da Servopoulos, a rainha Vagalume era bem conhecida por foder com a vida das pessoas, mas eles precisavam daquele trabalho.

O Miller observou a parede que estava a sua frente, contando cada rachado que conseguira com os braços cruzados e as sobrancelhas juntas. Alguns minutos mais tarde, levou a mão até a arma que repousava em suas costas ㅡ assim como Tess ㅡ quando escutara o som do portão no andar de baixo se abrindo. Foram longos segundos de tensão até que Marlene finalmente aparecesse na frente da dupla, com as mãos erguidas.

ㅡ Acho que não precisamos disso. ㅡ Ergueu as sobrancelhas em direção às armas apontadas em sua direção.

ㅡ Não tenho tanta certeza disso. Desembucha. O que quer com a gente? ㅡ A Servopoulos ainda manteve a postura de ataque para quando fosse necessário, fazendo com que a outra soltasse um lufada de ar.

ㅡ Vocês não mudam. Eu preciso que encontrem uma pessoa pra mim, mas todas as pessoas que eu enviei até agora voltaram sem nem ao menos um rastro mínimo dela. ㅡ Começou, deixando sua frustração aparente.

ㅡ E por que você mesma não vai atrás? ㅡ Joel perguntou, fazendo-a soltar uma risada fraca e sarcástica ao escutar a frase do homem.

ㅡ Já viu algum rei ou rainha fazer o trabalho dos serventes? ㅡ Quando ambos ficaram em silêncio, Marlene voltou a falar ㅡ Foi o que eu pensei. Eu preciso transportar uma coisa daqui a algum tempo, mas preciso dessa pessoa primeiro pra fazer o trabalho.

ㅡ Que pessoa?

ㅡ É uma história longa. E vai ser preciso ficarem de bico fechado sobre o que vão escutar. Estamos entendidos? ㅡ A mulher respondeu Tess. Joel e a Servopoulos se olharam antes de darem um rápido aceno de cabeça, apenas querendo acabar com tudo aquilo o mais rápido possível. ㅡ Ótimo, venham comigo.

Marlene virou-se e começou a andar pelo corredor, parando em frente a uma porta e olhando para ambos que ainda continuam parados. Ela revirou os olhos e afirmou que não era a merda de uma armadilha para eles, ainda relutantes seguiram até a outra. Enxergaram um pequeno rádio em cima de uma mesa no centro do cômodo e três cadeiras ao redor do objeto.

A Vagalume apontou para que se sentassem e fez o mesmo, a mulher respirou profundamente antes de levar a mão até o objeto sobre a mesa e olhou para Joel e Tess que esperavam qualquer ação dela.

ㅡ Talvez vocês já tenham escutado alguma coisa sobre essa história antes. Mas agora é ela por completo e sendo confirmada como verdade. ㅡ Eles apenas deixaram uma expressão de confusão atingir seus rostos. Marlene moveu a mão e ligou o rádio deixando com que o áudio soasse pelo cômodo.

25 de setembro de 2003. Me chamo Chris Howard. Finalmente consegui chegar a um resultado da vacina... ㅡ Uma risada soou ㅡ Porra, Mia vai conseguir se recuperar e tudo vai voltar a ficar bem. Se Deus quiser ninguém mais foi infectado pelo Cordyceps ainda, mas irão. Só que dessa vez será diferente, dessa vez teremos como impedir que as pessoas sofram. Foram anos e anos de estudos e pesquisas nesse porão e em escritórios.

Joel estava com a expressão de reconhecimento no rosto, pouco a pouco se lembrando dos rumores que já havia escutado pelas ruas da Zona de Quarentena sobre tal teoria.

Mas não vai ser eu quem vou aplicar a vacina. Não... Vai ser a minha filha. Estou tão orgulhoso dela me pedir isso. ㅡ O homem fez uma pausa novamente ㅡ Amy vai seguir os passos da família de se tornar cientista e estamos felizes com isso. Amanhã, 26 de setembro de 2003, irá ocorrer a aplicação da vacina pelas mãos de Amaya Howard. E então esse inferno que estamos vivendo aqui em casa terá um fim, e no futuro ninguém mais passará por isso. Espero que tudo dê certo.

O áudio fora encerrado quando Chris deixou um suspiro escapar no final. Marlene mexeu em algo a mais no rádio e logo puderam escutar a voz masculina outra vez.

ㅡ 26 de setembro de 2003. Me... Me chamo Chris Howard. ㅡ Murmurou, de maneira ofegante e com dificuldade. ㅡ Amaya não esperou com que eu chegasse em casa... Ela é uma menina teimosa. ㅡ Riu sarcástico ㅡ Deu tudo errado. A vacina deu errado. Mia... Mia se transformou em algo que... Porra, não sei nem o que dizer. Minha esposa saiu de casa, e as coisas não parecem nada boas comigo. Ela me mordeu... Acho que o Cordyceps está agindo nela como agia nos insetos, de alguma forma... Estou me sentindo estranho, e acho que posso acabar como ela. E não há o que fazer. Amy devia ter me esperado, caralho, eu avisei...

A voz finalizou se distanciando, como se o homem fosse abaixando a mão ao decorrer que afastava o gravador de sua boca. O trio ficou em silêncio, com Joel e Tess ainda quietos e mantendo as informações que receberam em seus cérebros.

ㅡ Então a ideia da vacina não é ridícula, afinal. ㅡ A Servopoulos comentou. ㅡ Caralho... Isso é uma merda das grandes. Onde é que nos encaixamos nisso?

ㅡ Preciso que encontrem ela. Amaya Howard. ㅡ Marlene se encostou na cadeira cruzando os braços. Joel ergueu as sobrancelhas.

ㅡ E como espera que fazemos isso? 

ㅡ Eu não sei. Estou contratando vocês para acharem ela, apenas isso. ㅡ Comentou observando-os. Tess passou a língua entre os lábios e suspirou.

ㅡ O que vamos ganhar com isso? ㅡ Perguntou para a mulher.

ㅡ O que vocês querem em troca? ㅡ Joel se mexeu na cadeira, apoiando ambas as mãos cruzadas na mesa para respondê-la.

ㅡ Você sabe que algumas vezes pode ser difícil viver de contrabando dentro da Zona de Quarentena. Tem soldados da FEDRA por todo lado, talvez podemos precisar de cobertura algumas vezes.

ㅡ Não vou me envolver com as drogas de vocês. ㅡ Reclamou, negando a proposta.

ㅡ Ótimo, nada feito então. ㅡ O Miller se levantou e escutou a parceira logo o seguindo, mas a voz de Marlene os parou.

ㅡ Espera aí... Caralho. ㅡ Ela xingou passando as mãos no rosto. ㅡ Vou precisar de um mapa dos locais em que vocês precisaram de gente por perto.

ㅡ 'Tá. Eu faço o mapa. ㅡ Tess balançou a cabeça, e a dupla logo saiu do cômodo deixando Marlene para trás e pensando no acordo que acabara de fazer.

Desceram as escadas em silêncio, dessa vez sabendo a origem real de como tudo aconteceu. De como o mundo havia chegado ao fim. Pessoas ainda trabalhavam pela cidade e os soldados da FEDRA sempre estavam a metros de distância com as armaduras no corpo e armas em punhos. Tess cortou o silêncio entre eles.

ㅡ Acha que é verdade? ㅡ Perguntou, já conseguindo enxergar o prédio onde ficavam o apartamento que ambos dividiam.

ㅡ A coisa com a vacina? ㅡ Ele estalou a língua no céu da boca, parecendo pensar sobre o assunto ㅡ Sabe como Marlene é, sempre faz qualquer coisa para conseguir o que quer. Se é verdade ou não, não vamos saber. Mas precisamos dos serviços dela, então... Não importa muito a origem do surto.

Ela escutou as palavras de Joel. Poderia concordar, mas preferiu ficar com sua opinião ㅡ que nem mesmo ela sabia direito ㅡ para si própria e apenas jogar-se contra o colchão da cama e adormecer o resto do dia e da noite assim que chegasse no apartamento.

Tess xingou jogando as anotações no solo do apartamento. Pegou o copo que estava sobre a mesa e tomou o restante do líquido do álcool que ainda restava ali. Joel a observou e depois voltou a encarar os papéis.

ㅡ Ela não tem um sinal de vida. A única coisa que sabemos dela é o nome e o que pode ter feito a vinte anos atrás, não vamos encontrar ela, Joel. ㅡ Comentou, estressada.

Já fazia dois meses que receberam a proposta de Marlene, e desde então viam fazendo perguntas dentro da Zona de Quarentena e recrutando qualquer informação do lado de fora, já que provavelmente teriam de sair para encontrar a Howard. O problema é que Amaya não havia rastros. Não havia nada que pudesse mostrar que ela estava viva ou que se quer existisse, como uma maldita história inventada.

ㅡ Já descobrimos tudo que podíamos aqui dentro, a não ser que alguém tenha mentido ou escondido algo da gente nesse meio tempo. ㅡ O Miller mexeu nas anotações lendo algumas perguntas e respostas que haviam conseguido de moradores da Zona.

ㅡ Isso não é difícil de ter acontecido. De uma forma ou de outra vamos ter que sair. Ir para fora dos muros e tentar uma última vez encontrar ela, dessa vez lá de fora. ㅡ Tess encheu o próprio copo com mais do líquido e o tomou, sentindo a garganta arder.

ㅡ Começamos amanhã. ㅡ Joel murmurou e se ergueu da cadeira, caminhando em direção ao banheiro.

Os dias exaustos fizeram com que a dupla adormecesse rapidamente, e resmungaram assim que os raios solares invadiram cada canto do apartamento fazendo-os despertar para uma longa viagem que viria pela frente.

Se alguém perguntasse a Joel cada detalhe daqueles dias em diante, ele saberia responder com clareza. Contaria cada passo que ele e Tess dera pela cidade fora dos muros que os protegia até que finalmente encontrassem Amaya, ajoelhada no chão de um banheiro de casa abandonada e com a filha morta nos braços.

Ele se lembrava da sensação de choque e a sensação de estar vivendo tudo aquilo novamente. De como encontrou a si próprio nos olhos da Howard assim que ela lutou contra eles e em como tentava manter-se de pé, mesmo com o luto destruindo-a e a corroendo de dentro para fora.

Quando eles levaram Amaya para o apartamento deles, Tess havia o puxado para fora do local e iniciado uma conversa na qual o Miller já esperava ter com a mulher assim que encontraram a outra.

ㅡ Amaya. ㅡ Joel murmurou. A Servopoulos balançou os ombros.

ㅡ É, mas não sabemos se é Amaya Howard. Existem milhares de mulheres com esse nome pelo mundo. ㅡ Comentou, se encostando na parede.

ㅡ De qualquer forma, vamos atrás do Robert amanhã, precisamos da bateria e podemos ir atrás de Marlene depois. Ela deve reconhecer a Amaya, se for realmente essa.

Depois daquilo, eles fizeram tudo que disseram. Tiveram contratempos com a bateria no caminho e encontravam a líder dos Vagalumes no mesmo local. A mulher levara Amaya para conversarem a sós e então a jornada com Ellie se iniciou.

Joel sabia que Amaya era realmente quem Marlene estava procurando, porque caso ao contrário eles não estariam ali. O Miller sabia de cada detalhe da história, sempre, mas ainda deixou-se levar pelos momentos e dias que se passavam. Ele estava pouco se fodendo para Howard nos primeiros dias, o problema da mulher era com Marlene e apenas com ela, mas então Amaya se tornou perigosa para ele.

Joel percebeu que ela fazia com que suas barreiras, no qual ele demorou anos para construir em volta de si, fossem se abaixando a cada conversa que eles tinham. Apenas percebeu isso quando viu-se trocando flertes com a mulher e a tratando como uma maldita esposa ao decorrer do tempo, mesmo sem ter ao menos a beijado.

Então, ele resolveu aquilo. O Miller havia a beijado quando a Howard quase o implorara por tal. Deixou com que tudo sumisse por um tempo e permitiu-se relaxar por completo na companhia de Amaya, mas se arrependeu dias depois.

Porque mesmo que Joel soubesse ㅡ lá no fundo ㅡ ele mentiu para si e não se deixou acreditar na teoria da vacina, mesmo tendo provas para isso. Ter a presença da mulher que poderia ser tão odiada e amaldiçoada caso aquilo vazasse pelo mundo, era melhor do que aceitar a verdade de uma única vez e acabar com todas as dúvidas.

Ter Amaya perto de si, era melhor do que a escutar dizer e contar todos os detalhes do que ela fizera e de como fizera. A mulher havia finalmente acabado com todas as perguntas dentro do Miller, e ele sentia raiva de si próprio por ter a perguntado se nunca tinha ouvido falar da ideia da vacina.

Quando cada momento da noite do surto invadiu a sua mente com força, o golpeando e tirando todo o ar de Joel, ele sentiu que precisava sair daquele lugar antes que sufocasse com o nada, apenas as memórias que sua cabeça o proporcionava para o tormento.

Passara diretamente por Amaya tendo o rosto de dor de Sarah após levar o tiro do soldado em frente aos seus olhos. Com a confirmação que se não fosse pela mulher dentro daquele prédio da universidade, sua filha ainda poderia estar viva e o mundo de pé. Não impediu que aquelas ideias o atormentassem, porque estava sendo a sua rotina desde que a Howard entrou em sua vida.

Deixar com que as barreiras fossem embora e tudo que poderia o atingir de maneira bruta e agressiva, ou carinhosa e amorosa, tivesse permissão para tal coisa. Mas dessa vez não era os fios de cabelo feminino que tanto o encantava, que quebravam os seus muros.

Era como uma maldita tesoura passando por eles e lembrando Joel da conversa de minutos atrás. E o Miller estava com a sensação de não conseguir olhar Amaya por tanto tempo como conseguia anteriormente, e ele quis se socar por isso. Porque tudo que queria era sentar-se e conversar com a mulher, mas sabia que não conseguiria fazer isso por um tempo.

Era ele quem precisava de um tempo agora. E era Amaya quem teria que o esperar até que Joel estivesse pronto o suficiente para conversar com ela de maneira racional e com calma, sem ter o sufocamento em sua garganta e no peito o impedindo de proferir as palavras.

O Miller havia sentido sua expressão perder totalmente o sentimento que olhava para a Howard anteriormente, e ele assistiu a mulher perceber isso enquanto se auto perguntava: por que as pessoas fazem as coisas que fazem?

Ou o que dizem e por que dizem? Sentia-se culpado por ter feito perguntas demais e agora saber da verdade nua e crua. Talvez não fosse realmente o porquê que mais o interessava, e sim como as palavras e ações poderiam afetar a outra pessoa que as fosse receber.

Joel sabia que contar ou agir poderia ser difícil, mas não conhecia a sensação de estar frente a frente à elas e ser atingindo por elas. Em como isso poderia doer dependendo de quem fosse o remetente.

Ele voltou a respirar um minuto depois que havia colocado os pés para fora do solo do prédio espelhado.

Amaya sentia o coração voltando a bater de maneira organizada novamente. A respiração já estava regulada e ela conseguia sentir os pulmões arderem pela quantidade de tempo que ficaram desprovidos de oxigênio. Tiana agachou em sua frente apoiou as mãos nos joelhos da mulher.

ㅡ  Eu vou deixar a Ellie entrar de novo. Ela 'tá bastante preocupada ali de fora, mas achei que seria melhor se ela não visse você naquela situação. ㅡ Comentou, buscando o olhar da Howard com o seu, não o encontrou.

A Barker se levantou deixando um suspiro escapar e andou para fora do cômodo, encontrando Henry encostado na parede com as sobrancelhas juntas enquanto mantinha uma mão sobre o ombro de Ellie e Sam tentando distrair a menina. A Williams se mexeu ansiosa assim que viu Tiana se aproximar.

ㅡ Amaya, já se acalmou. Por que você não vai lá conversar com ela? ㅡ Se direcionou para a menina. Ellie balançou a cabeça caminhando até o local e parando no batente da porta, observando Amaya com os olhos fixos na garrafa de água em suas mãos.

A garota aproximou-se vagarosamente, capturando cada detalhe da mulher para tentar começar uma conversa com ela. Ellie tocou o ombro de Amaya depois de recuar duas vezes a mão e esperou qualquer reação da Howard. A mulher mexeu o corpo para levar a garrafa novamente até a boca e acabando com o líquido que havia ali dentro. Finalmente olhou para a Williams, com um sorriso fraco no rosto após terminar a ação. 

ㅡ 'Você 'tá bem? ㅡ A garota lhe perguntou. Ela respirou e fez um gesto com que Ellie entendeu ser mais ou menos. A Williams conseguia distinguir as trilhas marcadas no rosto feminina a sua frente, porém, ela não perguntou o que havia acontecido. 

Ellie rodeou o corpo de Amaya com os braços e sentiu-a fazer o mesmo com sua cintura, deixando a cabeça apoiada no estômago da garota e tentando reunir toda a coragem que precisaria para se erguer do banquinho e caminhar para fora do prédio. 

ㅡ Acho que podemos ficar aqui mais um pouquinho se você precisar. Joel também parece querer ficar longe de todos nós por agora. ㅡ A Howard solto uma risada fraca assim que a Williams terminou sua fala. O Miller não queria ficar longe de todos eles, ele queria ficar longe dela. E apenas de Amaya Howard. 

ㅡ Ok... Então vamos ficar aqui só por mais um tempinho. ㅡ Ela concordou, fechando os olhos.

Quando Amaya olhou pela janela do cômodo e percebeu em como o sol já estava mais alto do que anteriormente, forçou-se a se colocar de pé e caminhar em silêncio até a mochila que estava no chão a alguns centímetros de distância. Enfiou a garrafa vazia ali dentro e olhou para Ellie chamando-a com um aceno de cabeça. 

ㅡ Vamos? ㅡ A mulher perguntou, assim que encontrou Henry, Tiana e Sam no mesmo corredor esperando ambas sair do cômodo.

ㅡ 'Tá melhor? ㅡ A Barker perguntou enquanto parecia analisar a mulher. Amaya a respondeu positivamente, o que era verdade, e em seguida sentiu algo trombado contra seu corpo. A Howard olhou para baixo e sorriu de forma pequena assim que enxergou Sam abraçando sua cintura. 

Você é incrível. Vai ficar bem. ㅡ Ele confirmou, fazendo com que ela sorrisse mais verdadeiramente. A mulher beijou a cabeça do garoto e ergueu a sua própria percebendo no casal mais a frente esperando-os com sorrisos no rosto. 

Não teve tempo de chamar o grupo para seguirem em frente outra vez, porque outra pessoa fez isso por ela. Levando todos a olharem para o final do corredor percebendo no homem parado ali. 

ㅡ Já perdemos tempo demais aqui. Vamos. ㅡ Joel pronunciou-se e logo saiu de vista de todos outra vez. Amaya suspirou e olhou para Ellie que havia entrelaçado suas mãos como em um tipo de encorajamento para a Howard, que agradeceu-a mentalmente. 

Na primeira semana, Amaya não conseguiu dormir. Os dias eram calmos e quase calados se não fosse por Ellie e Tiana que sempre faziam questão de conversar com todos do grupo, mas quando a noite chegava a Howard faltava xingar o acontecimento natural. Ela queria dormir, mas não conseguia quando era sempre acordada após pesadelos com todas as pessoas que havia conhecido, morrendo na noite do surto. 

Naquela noite, a mulher havia se remexido diversas vezes no saco de dormir. Virou-se e observou as costas de Joel por algum tempo e contou as respirações do Miller até que perdesse as contas. Ela conseguiu voltar a dormir, mas alguns minutos mais tarde estava com os olhos abertos e a respiração desregulada após sonhar com a morte de Liana, quase como em um loop no qual a Howard não conseguia escapar. 

Passou uma mão na testa secando o suor que havia aparecido no local e respirou profundamente quantas vezes achara necessário. Fechou os olhos por um segundo, mas os gritos do Estalador ecoaram em seus ouvidos juntamente com as imagens do infectado fazendo-a desistir do sono outra vez. 

Era o quinto dia seguido no qual não conseguia aguentar uma noite adormecida por completo, e estava tão exausta. Na universidade, Amaya não havia apenas confirmado para Joel sobre a origem do surto, mas também para si mesma e agora tudo havia se iniciado novamente, como nos primeiros meses de quando o mundo se acabara e a Howard de dezesseis anos não conseguia dormir por mais que alguns minutos. Toda noite.

A mulher sentia que precisava acabar com aquilo. Com qualquer coisa que fosse deixá-la descansar em paz e acabar com o tormento que estava sendo sua própria cabeça. Amaya se mexeu no saco de dormir e esticou o braço para a mochila que estava ao seu lado, pegou a Glock que estava na bolsa e colocou em suas costas.

Quando estava prestes a se erguer do solo, os olhos pousaram sobre Joel, no qual estava com a respiração calma indicando o sono do homem. Ela se mexeu hesitante até que estivesse perto o suficiente para beijar o braço masculino que estava de costas para si, ameaçou ficar mais alguns segundos próxima do Miller ㅡ apenas para que aproveitasse o pouquíssimo tempo que poderia ficar perto de Joel.

Se levantou e andou para longe de onde o grupo dormia em uma roda pequena dentro da floresta. Ela sabia o que iria fazer assim que chegasse na cidade próxima que não passava de cinco quilômetros de onde estavam. 

Amaya parou os movimentos com as pernas assim que chegou à entrada da cidade. Observou as placas por longos minutos e voltou a andar, olhando para cada musgo ou lodo que poderia ter fios de Cordyceps por perto. Quando conseguiu identificar o vírus, a Howard pisou no fungo e sabia que havia acabado de acordar dezenas de infectados que estavam correndo em sua direção naquele exato momento.

Ela havia os criado e seria ela que acabaria com boa parte, ao menos naquela região urbana. Se não conseguia ficar cansada o suficiente apenas, com as caminhadas que tinha com os outros, para não conseguir ter pesadelos ao anoitecer, então arrumaria uma forma de acabar com todas as energias possíveis que estavam em seu corpo, mesmo que já estivesse a apenas alguma horas para que o sol aparecesse outra vez. 

A Howard escutou os gritos ao longe e isso foi o suficiente para que colocasse as pernas para correrem. Adentrou uma mansão abandonada que parecia com as paredes reforçadas e fechou a porta de entrada principal. Ela pegou a faca do suporte em sua coxa e respirou profundamente esperando. 

Dois minutos. 

Esse foi o tempo necessário para que a porta de madeira explodisse em pedaços e Amaya apertasse o objeto cortante em sua mão. O infectado pulou em direção a mulher e ela jogou o corpo para o lado com outro pulando sobre si em seguida. Amaya empurrou o corpo do Corredor contra a parede e enfiou a faca em sua cabeça o soltando apenas para abaixar-se e retirar a Glock das costas para que atirasse de baixo para cima no infectado. 

Sentiu o sangue respingar em seu corpo antes que o cadáver caísse para o outro lado. A Howard sentiu o próprio corpo chocar contra o porcelanato da casa moveu uma mão para que alcançasse o cabelo do infectado e o puxasse para frente com um grunhido. O matou e colocou-se de pé ofegante. Tentando recuperar-se outra vez para a luta.

Atirou em dois quando apareceram na porta. Moveu os ombros alongando-os e suspirou esperando com que mais aparecesse. Ela assistiu as plantas rodearem vagarosamente os dedos de alguns infectados no chão e adentrarem as carnes debaixo de suas unhas em seguida, e ela soube que estavam a caminho uma segunda vez. 

Não sabia quanto tempo ficara ali, na mesma rotina. Eliminava alguns infectados e torcia para que alguns Estaladores aparecesse. Ela sentia o corpo pregar em algumas partes e não era necessário olhar para descobrir que o líquido no qual lhe cobria era sangue, mas não que fosse algo novo para a Howard. Estava coberta de sangue desde que injetara a vacina na mãe, ela apenas continuou com suas ações. 

Amaya estava ofegante e sentia alguns músculos de seu corpo arderem junto com os raios solares que já apareciam em cada canto da cidade. Mas a mulher ainda escutava os gritos dos infectados e as imagens em sua mente, deixando-a perturbada e apenas com a sensação de querer eliminar o máximo que conseguisse. 

ㅡ Porra...ㅡ Ela xingou levando a mão para as costas e guardando a arma ali novamente e deixando a faca no suporte outra vez. Procurou por espaços onde pudesse pisar entre os corpos no primeiro andar da casa por inteiro. 

Foi preciso que ela começasse a mudar de cômodos para que não tropeçasse já nos jogador ao chão e isso a levasse a morte. Ela apoiou a mão no batente da porta e sentiu a brisa fresca tocando seu corpo suado, mas em seguida o cheiro metálico do sangue aparecera a fazendo formar um careta por alguns segundos e apenas querer lavar o corpo. 

Quando colocou-se para fora por completo, Amaya arregalou os olhos brevemente. Mais infectados se aproximavam, mas ela não achou aquilo uma coisa ruim. A Howard arrumou a própria postura e rezou para que saísse viva depois de toda aquela merda.

Esperou com que dois infectados se aproximassem com pressa para que jogasse o corpo para o lado, chutou a perna de um retirando a Glock das costas e atirou em outro que se aproximava correndo. Mergulhou a faca no crânio do infectado e logo em seguida no que estava ao lado se erguendo do solo.

Atirou em um que estava a alguns metros de distância e estava prestes a atirar sobre a cabeça de outro que estava perigosamente perto de si, mas o click soou fazendo Amaya jogar a arma no chão quando percebeu estar sem munição. O infectado jogou-se de maneira agressiva contra a mulher desequilibrando-a por alguns segundos antes que retornasse a postura.

Mergulhou um braço contra o peito do quase morto mantendo os dentes para longe de si enquanto esticava o braço a fim de pegar a faca que havia caído no chão, perto de seu pé e de outro corpo sem vida. A Howard olhou para o lado ao escutar estalos se aproximando.

A respiração se tornou ofegante quando percebeu nos três Estaladores aproximando-se de onde estava, as pernas correndo. Amaya jogou o braço para baixo arriscando-se ao abaixar juntamente e levar o infectado que estava preso a si, junto com ela. O matou quando alcançou o objeto e correu para um carro que estava ao lado de onde se encontrava.

Sabia que não adiantaria se abaixar no local, então apenas recuperou o fôlego e foi o suficiente para que as batidas de corpos contra o metal do automóvel a fizesse olhar para cima assustada. Engoliu uma saliva antes de se levantar e puxar o corpo do Estalador que subia no teto do carro, o jogando no chão ao seu lado.

Amaya pisou em sua cabeça com pressa e com toda a força que conseguiu reunir na perna, duas vezes seguidas antes de se colocar para correr. Sabia que os outros dois a seguia, pelos gritos que não a deixava esquecer de tal coisa. Ofegou com as pernas e braços doloridos pelos movimentos que fazia a horas sem parar, e finalmente sentia que poderia dormir uma noite inteira. Quando correu por quase quinze metros, a Howard virou-se para os Estaladores e ergueu sua faca ensanguentada outra vez.

Esperou com que se aproximassem para enfiar a cabeça de um no poste que decorava a rua ao seu lado, e fora obrigada a segurar o segundo pelo peito quando esse já estava sobre si. Amaya xingou enquanto o empurrava para longe fazendo-o se desequilibrar, mas então o infectado puxou sua blusa fazendo com que a Howard embaralhasse nos próprios pés e caísse ao lado do Estalador.

A mulher soltou um resmungo de dor quando sentiu o impacto contra o asfalto na região da cabeça, fazendo-a sentir-se zonza por um tempo. Quando um dos Estaladores bateu com os braços contra seu corpo de maneira agressiva e Amaya assistiu o movimento embaçado do segundo vindo em suas direções, a mulher arregalou os olhos e tentou segurar os braços do infectado.

Ele gritou batendo mais forte, fazendo a Howard ofegar pela dor e esticar a mão para o lado. Alcançou a faca e a mergulhou nos braços do Estalador repetidas vezes até que conseguisse o fazer parar com os movimentos contra si e o empurrasse para cair ao lado dela. Se levantou com dificuldade do chão e jogou a faca em direção ao outro que já estava quase colado a ela, mas o objeto apenas fincara nas cascas grossa da cabeça do infectado.

ㅡ Mas que porra... ㅡ Amaya correu até um carro próximo e bateu o cotovelo contra o vidro rachado. Quando o infectado aproximou-se, ela desviou alguns centímetros e enfiou sua cabeça na ponta de vidro que ainda restava ali. O corpo ficou imóvel.

A mulher ergueu a cabeça do Estalador e retirou a faca respirando pesadamente e se virou para o outro que ainda estava no solo. Fez uma careta e apoiou a mão esquerda sobre a barriga, onde provavelmente ficaria roxo mais tarde pelas pancadas que recebera. Quando chegou até o último infectado, ela sentiu as pernas tremerem e se abaixou na altura dele.

O Estalador gritou pronta para atacá-la outra vez, mas Amaya enfiou a faca em sua cabeça com força. Retirou e repetiu o processo ㅡ mesmo quando ele já estava morto no solo. A mulher gritou enquanto sentia os olhos arderem e perfurava o peito do infectado com a faca. Parou os movimentos alguns minutos depois quando já quase não havia espaço para tal ato.

Sentiu o rosto se molhar algumas vezes e fungou. Respirando com dificuldade, ela ergueu-se e caminhou para trás, pronta para voltar pro acampamento antes que todos acordassem e percebessem que ela não estava. Mas a dor pelo corpo e o cansaço lhe atingiram com força, fazendo com que Amaya permitisse o corpo cair ao lado dos outros cadáveres.

Os raios solares fizeram-na apertar os olhos com força quando os atingiu. Ela suspirou uma última vez antes de fechar os olhos e apagar por completo, deixando o corpo e a mente irem pra um completo descanso sem pesadelos. Estava matando e se escondendo de infectados desde as três da manhã.

Amaya Howard conseguiu transformar aquele local em uma cidade fantasma de infectados em quase duas horas e quarenta minutos. Apenas para que pudesse se cansar o suficiente e ter uma noite de sono completa sem ser despertava com terrores noturnos e ficar exausta pelo restante do dia. Tal coisa repercutiria entre boa porcentagem dos sobreviventes naquele mundo. E eles começariam a conhecer Amaya antes do previsto.

  ⃝☣️ . ࣪˖ . 01﹕oi, pombinhos. Só vou chamar vocês assim agora ❤️😔

  ⃝☁️ . ࣪˖ . 02﹕eu simplesmente amei escrever essa parte da Amaya e esse "plot Twist" do Joel e da Tess já saberem da Amy. Comentem o que acharam.

  ⃝💉 . ࣪˖ . 03﹕uma coisa que quero relembrar! Eu não permito adaptações ou inspirações das minhas estéticas ou capas. De qualquer maneira!

  ⃝☣️ . ࣪˖ . 04﹕the world we made está de capinha nova! O que vocês acharam?

  ⃝☁️ . ࣪˖ . 05﹕até o próximo 💙☣

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro