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3.07- ELEVADOR

Os barulhos das lojas de fechando ao redor, alertavam a todos que o horário de funcionamento do shopping havia chego ao fim. Com exceção dos funcionários no cinema, todos haviam ido embora. Ao menos no restaurante, somente Natalie havia ficado para fechar ele.

A garota terminou de limpar o balcão, quando passou para o lado de trás. Ela arrumou a maior parte dele, andando em seguida para a porta de entrada e saída. Estava a fechando quando a mão de um homem a segurou.

A morena quase deu um pulo para trás com o susto que tomou com tal ato, ele era um dos seguranças do shopping.

— Desculpa, estamos fechados. – Natalie disse para o segurança

Ele assentiu.

— Eu sei, mas você não consegue deixar eu entrar para tomar um copo de água? – O segurança perguntou

O sotaque do homem quase fez Natalie franzir o cenho. Ela precisou disfarçar para não deixar tão claro que havia estranhado a voz do mais velho.

Ela negou com a cabeça.

— Eu preciso fechar o estabelecimento. – Natalie respondeu, firmemente

A irritação do rosto do homem era visível, se Natalie estava disfarçando o máximo possível, ele não tentou minimamente.

— Só vou tomar um copo de água, depois disso você pode fechar. – O homem disse, ele abriu um sorriso – Por favor.

A insistência do homem fez Natalie o analisar de cima abaixo, um homem alto, olhos claros que ficavam em um meio termo entre azul e verde e um cabelo extraordinariamente loiro.

Deixou que ele entrasse, pronta para uma luta, caso ele fosse um dos russos que Dustin e Amber estavam atrás.

Ela passou para o outro lado do balcão para pegar o copo de água para o suspeito homem. A descrição dele batia com as que Dustin tinha passado, até demais. Cabelos loiros, olhos claros, uma pessoa alta e forte… Tudo isso estava escrita em uma lista que o menino fez para ela no dia anterior de “como um russo provavelmente iria parecer”.

A descrição era tão similar que até era cômico. Dustin teria acertado como os russos se pareciam? A morena estava em séria dúvida. Natalie entregou o copo de água para o homem, fechando os olhos assim que suas mãos se tocaram “sem querer”.

Ela usou seus poderes para descobrir se ele era um russo ou não.

O local a sua volta mudou, o lugar onde estava sendo estranhamente familiar. De repente diversos homens de jaleco branco passaram por ela andando até soldados soviéticos que seguravam grandes armas.

Ele era um dos russos.

Natalie abriu os olhos, respirando fundo, quase ofegante. O homem franziu o cenho, fazendo com que ela disfarçasse em seguida. Isso não o convenceu. Ele sabia o que ela tinha feito.

Ele sabia quem ela era, Natalie percebeu isso.

Ela sorriu, se virando e andando até a pia, vendo ele pegar uma arma pelo canto do olho. A arma parecia ter um tipo de silenciador.

— Quer comer alguma coisa? – Natalie perguntou, segurando uma bandeja

O homem se levantou.

— Chega de encenação, Zero. – O homem respondeu

A arma em suas mãos foi levantava, mirando exatamente a garota de cabelos morenos. Natalie se virou, as luzes do local se apagando quando ela usou seus poderes.

Aproveitando a escuridão, a garota criou uma ilusão. Sumiu da vista dele, fazendo outra garota exatamente como ela perto da saída do local. Seu nariz já sangrava quando as luzes se acenderam.

Ele olhou para a ilusão com o dedo em cima do gatilho andando até ela, mas parou de repente. Olhou em volta. Pelo reflexo do vidro do balcão, viu a verdadeira Natalie ali.

Ele atirou contra o vidro. Os estilhaços voando para todos os lados, inclusive no rosto de Natalie. O sangue escorreu pelos pequenos ferimentos causados pelo vidro, a deixando assustada com a facilidade que ele descobriu. Ela desfez a ilusão rapidamente, pulando para o outro lado por cima do caixa.

Natalie correu em direção a saída o mais rápido que conseguiu, empurrando o homem para longe com seus poderes. No entanto, ele agarrou seus pés a fazendo cair de rosto no chão.

Sua cabeça latejou com o impacto. Sem piedade, o homem a levantou pelos cabelos. Sua arma contra suas costas.

— Que tal ficar quietinha enquanto fazemos um passeio? – o homem sussurrou perto de seu ouvido

Talvez ela conseguisse fugir usando seus poderes. Ela sabia que conseguiria, mas as chances de levar um tiro ainda eram imensas. Ainda mais sentindo o metal gelado através de seu uniforme amarelo.

Natalie assentiu, ele a empurrou para fora do local. Ela sabia o que ele estava fazendo e possivelmente para onde ele estava a levando. Era um sequestro, mas não por ela ser filha de um policial. Não por ser filha de Reginald. Mas sim por ser um experimento.

Os russos sabiam sobre os experimentos. Sabiam de Zero. Será que sabiam do Mundo Invertido também? Será que teriam reaberto o portal? Eram tão inteligentes a esse ponto?

Ela precisava entrar na base russa, na sala onde estavam de escondendo. Se conseguisse entrar no local que ele queria a levar, poderia usar seus poderes para sair com provas que os russos estão em Hawkins. Que estão lidando com o Mundo Invertido.

Tudo isso sozinha, sem deixar seus amigos em perigo. Sem colocar as crianças em perigo novamente. Isso significaria uma luta de diversos soldados contra uma jovem adulta de 19 anos? Sim, mas Natalie precisava tentar.

O soviético a guiou para longe, tentando se comunicar com um tipo diferente de Walkman. Natalie usou seus poderes para interferir na linha de comunicação, torcendo para seu nariz não voltar a escorrer e a entregar. Não deixando ele se comunicar com os outros russos, seria mais fácil invadir o local sem eles saberem do perigo imediatamente. Sabia que tentava falar com algum outro russo, já que ele falava sua língua nativa.

Natalie foi levada até o local onde espionaram no dia seguinte. O russo abriu a porta que daria acesso ao local. Onde Amber, Dustin, Robin e Steve queriam entrar. Era um local cheio de caixas, Natalie conseguiu ver o semblante confuso do homem quando a porta se abriu, provavelmente pelas caixas abertas.

Natalie deu uma cotovelada nele, fazendo com que o homem se desequilibrasse e ao usar seus poderes, empurrou ele fazendo com que saísse da sala secreta. Ele tentou usar a arma, mas ela não funcionava.Tentou se comunicar com a base e não conseguiu. Natalie o ergueu no ar e então ele apertou um botão.

A garota virou a cabeça, ainda caída no chão, usando seus poderes para quebrar o pescoço do russo. Ele caiu morto em seguida. As portas do local se fecharam em um baque.

Natalie estava ofegante quando ouviu um barulho atrás de si. Sua irmã saindo de trás das grandes caixas.

— Natalie? – Amber perguntou, confusa

A Goodwin se levantou em pulo.

— Como você entrou? – Robin perguntou, saindo de trás de uma mesa caída

Natalie arregalou os olhos, olhando em volta. Eles a desobedeceram, entraram no local.

— O que estão fazendo aqui? – Natalie perguntou

Sua expressão facial se endureceu ao ver Steve e Dustin saírem do esconderijo. Steve abaixou o olhar ao ver o rosto frio de Natalie ao encarar ele. Erica apareceu de repente.

— Eu consegui entrar, queridinha. – A Sinclair respondeu

Natalie bufou de raiva, olhando para os mais velhos do grupo que estavam ali.

— Vocês realmente não me obedeceram? Fizeram uma criança se arriscar? – Ela perguntou, com raiva

— Aquele russo te deixou aqui? E saiu? – Robin perguntou – Ouvimos a voz dele se aproximando. Ele ainda está lá fora?

Natalie a olhou, por sorte elas não viram a Goodwin usando seus poderes. Abriu a boca algumas vezes, sem saber o que falar.

Fingiu ficar ofegante.

— Ele me prendeu aqui. Me sequestraram porque meu pai é um policial e… – Natalie deu de ombros – Parece que querem uma moeda de troca para alguma coisa.

Era a pior desculpa que poderia arranjar e Amberly claramente não caiu naquilo. Mas foi o suficiente para Erica olhar para eles.

A mais nova apontou para si mesma.

— A menor de idade está em perigo? – a Sinclair perguntou

— Não, ainda podemos sair. – Steve respondeu, andando até uma das caixas próximas ao grupo – Vamos ver o que tem aqui. Com certeza não é comida chinesa.

Um grande quadrado de metal estava dentro das caixas, parecendo guardar cápsulas. Era um container.

Natalie não estava preocupada com o tempo, o russo estava morto. Só fechou a porta com ela dentro, mas se eles haviam conseguido entrar, conseguiriam sair… Né?

— É melhor vocês darem espaço. – Steve falou, segurando a caixa

Natalie se aproximou.

Robin, Amber e Erica deram passos para trás no mesmo momento. Natalie encarando Steve, ainda com raiva pela discussão de mais cedo e Dustin parado ao lado dele.

— Sério? – Natalie perguntou, a raiva sendo clara em sua voz

— É sério. Fica lon... – Steve foi interrompido no meio da resposta

— E por que eu deveria te obedecer? – Natalie o cortou

Steve a olhou, seus olhos vacilaram ao perceber a dureza no olhar da morena. Ao perceber que ela não sairia. Ele se virou para Dustin.

— Anda, se afasta um pouco. – Steve mandou

— Não! – Dustin teimou

— Vai logo, é sério! – Steve insistiu

— Não! Não! Não! – Dustin negou diversas vezes – Se você morrer, morro.

Um silêncio se instalou no local. Natalie olhando desacreditada.

— Vocês estão ouvindo a si mesmos? – A Goodwin perguntou, levando as duas mãos perto da cabeça. Ela segurou o contêiner em seguida. – Passa para cá.

Steve tentou puxar de volta, mas a garota foi mais rápida ao usar seus poderes para desequilibrar ele, fazendo-o soltar.

Ela deixou Dustin afastado, levando a caixa ao chão. Segurando uma das cápsulas, ela ergueu uma mão na intenção de usar seus poderes caso algo explodisse. Ela girou a cápsula, a erguendo em seguida.

Um líquido verde preenchia a cápsula inteira.

— Que merda é essa? – O Harrington perguntou, se aproximando junto com os outros

Amber fez uma careta.

— Credo. – A menina falou

— O que é isso? – Robin perguntou

Steve tirou a cápsula da mão de Natalie que o ignorou completamente.

— Parece um veneno, sei lá. – ele falou

O chão do local tremeu. Natalie se levantou rapidamente, olhando em volta. O que diabos estava acontecendo? Todos os outros tinham a mesma expressão confusa no rosto.

— A sala se mexeu ou foi impressão minha? – Dustin perguntou

— Se mexeu. – Amber respondeu

Erica estava assustada, mas algo em seu olhar demonstrava que ela já imaginava o que estava acontecendo.

— Armadilha. – ela confirmou

Robin pegou a cápsula da mão de Steve.

— Quer saber? Vamos pegar esse negócio e sair daqui. – A Buckley disse

Dustin andou até o painel cheio de botões na parede da sala, apertando um deles repetidamente.

O garoto ficou confuso quando não funcionou. Natalie olhou em volta, a porta não se mexera. A morena andou até a porta de metal, passando a mão por ela. Parecia pesada, mas provavelmente conseguiria a levantar com seus poderes.

O único problema era que Erica e Robin descobririam sobre eles.

— Qual botão eu aperto? – Dustin perguntou

— É só apertar o botão, nerd. – Erica falou

— Qual botão? – Dustin perguntou

— Só apertar o botão de “abrir porta”. – Erica respondeu

— Não tá abrindo! Nat, vem aqui! – Chamou Dustin, desesperado

Natalie se aproximou do painel em passos rápidos, quase correndo. Era esse o botão que Dustin apertava. Ele não surtia efeito nenhum. O cacheado continuava a apertar.

— Anda logo!

— Eu tô apertando!

Steve se aproximou, empurrando Dustin para o lado e começando a apertar o botão também. As vozes de todos se entrecortavam em uma discussão. Um barulho baixo era ouvido pela Zero, que olhou em volta no mesmo momento em que uma segunda porta se fechou.

Ela ergueu uma mão, usando seus poderes para tentar a segurar. Todos olhavam para a porta assustados. O metal era muito pesado, fazendo Natalie se esforçar para não deixar fechar completamente.

— Que porra é essa? – Ouviu a voz de Robin falando enquanto encarava a porta

O peso da porta se fez presente na mente de Natalie, que caiu no chão sem forças fazendo a porta se fechar completamente. Amber tentou correr até a irmã mais velha, mas foi impedida quando a sala despencou.

Todos tentaram se agarrar a alguma coisa, gritando. Natalie estava tonta, mas conseguiu se agarrar na parede se levantando.

O elevador descia em alta velocidade, vários metros – talvez quilômetros – chão abaixo.

— MERDA! MERDA! – Dustin gritava

— PORRA, A GENTE VAI MORRER! – Amber se segurava em uma mesa

— A GENTE TA CAINDO! TA CAINDO! – Steve berrava

Natalie fechou os olhos, tentando se concentrar. Se não parassem logo, ela suspeitava que todos fossem morrer antes mesmo de um impacto contra o chão.

— NÃO ME DIGA, HARRINGTON! – Robin rebateu

— APERTA O BOTÃO! – Erica mandou

— EU TO APERTANDO! – Dustin rebateu

Natalie visualizou o elevador em sua mente, abrindo as mãos.

— PAREM DE GRITAR! – A mais velha gritou, buscando se concentrar

Os gritos não cessaram. Dustin ainda apertava o bota junto a Erica, quando a luz do lugar começou a piscar. Amber viu o nariz da irmã escorrer sangue. Todos praticamente pularam, quando o elevador parou bruscamente. Natalie havia conseguido o segurar com seus poderes.

Ela abriu os olhos, ainda usando seus poderes. Todos caídos. Natalie era a única de pé.

— Aí minha virilha… – Dustin reclamava – Caiu na minha virilha…

— Amber, tira de mim… – Steve reclamava, com uma caixa em cima de seu corpo

Se a porta sozinha já pesava, o elevador inteiro era praticamente o triplo do peso, sem contar as pessoas dentro. Natalie ofegou. O elevador começou a subir, devagar.

A irmã mais nova tirava as caixas de cima do Harrington com ajuda do Dustin.

— Estão todos bem? – A Buckley perguntou, sentada no chão

— É, eu tô ótimo agora que sei que os russos não sabem fazer elevadores. – Steve rebateu

Erica olhou em volta.

— O elevador tá subindo? – a Sinclair perguntou

O olhar de Steve foi diretamente para Natalie, que estava branca como papel. As mãos abertas, o nariz sangrando. O elevador subia devagar, até a garota cambalear para o lado e ele começar a descer. Não é estava rápido como antes, parecia um elevador comum. Ele simplesmente parou, de repente.

Natalie se sentou no chão, sentindo seu corpo pesar. Ela estava cansada, o rosto sujo de sangue pelos cortes de vidro e pelo sangue que escorreu pelo seu nariz.

Steve deu alguns passos a frente, recebendo um aceno negativo da morena. Ele parou, andando até o painel e apertando os botões.

Amber andou até sua irmã, se sentando ao lado dela. Ela segurou sua mão, as duas estavam com dores por todo o corpo.

— Eu acho que já ficou bem claro hoje que os botões não funcionam. – Robin falou

O Harrington olhou para a garota.

— São botões! Eles tem que fazer alguma coisa! – ele argumentou

— É, se tivéssemos um cartão! – Robin explicou – Ele tem uma tranca eletrônica, igual a da porta do depósito, olhe ali! – Natalie fechou os olhos, deveria ter pego o cartão do russo – Ou seja…

— Estamos presos aqui. – Dustin falou

— Aí que merda! – Amber exclamou

Steve simplesmente fechou a tampa do painel de botões e se apoiou em algumas caixas. Estavam todos com raiva e dores no corpo.

Natalie se levantou cruzando os braços.

— Sem querer ser a chata do “eu avisei” mas… – A Goodwin atraiu a atenção de Steve, mas ela olhava para a própria irmã – Eu avisei que não era para continuar a se meter nisso.

Steve bufou. Erica encarou os mais velhos.

— Aí, vocês todos. – Erica disse, fazendo todos olharem para ela – Só para avisar, aos quatro nerds. – Ela apontou para Steve, Dustin, Amber e Robin – Eu deveria estar na casa de Tina hoje a noite, ela sempre me dá cobertura, mas se eu não chegar em casa para o aniversário do tio Jack amanhã por culpa de vocês, minha mãe vai caçar um por um.

Natalie deu um pequeno sorriso ao ouvir a garota falando. Não que estivesse com um bom humor, mas era engraçado ver ela se preocupando com uma possível bronca da mãe quando possivelmente morreriam naquele elevador.

Ao menos, ela não estava incluída em quem seria morto caso a senhora Sinclair descobrisse. Ela nunca concordou em levar Erica até ali.

Steve não achou aquilo tão engraçado como era.

— GAROTA, EU NÃO TO NEM AI PARA A TINA OU PARA A FESTINHA DO TIO JACK! – Steve gritou com a criança, sem paciência – Sua mãe não vai nos encontrar se estivermos mortos em um elevador russo!

Natalie se aproximou de Erica.

— Pode parar de gritar com ela! Não se esqueça que ela só está aqui porque vocês a envolveram nisso! – A morena rebateu Steve, com a mesma irritação de voz – Ela só está aqui por sua causa! Porque não me obedeceu!

A Sinclair olhou de Steve para Natalie, apontando para a mais velha concordando com a cabeça.

— Ainda está irritada por isso? – Steve perguntou – Você sabe que eu não preciso te obedecer né?

— Não precisa, mas se você me ouvisse ao invés de ficar com graça e querendo bancar o herói, isso aqui não estaria acontecendo! – Natalie respondeu

— Que eu me lembre você não entrou com a gente! – Steve rebateu

— Exatamente! Fui sequestrada porque eles tem planos bem maiores do que você poderia imaginar. Mas ao invés de me ouvir e ligar para meu pai ou Hopper, você decidiu entrar aqui com minha irmã, minha amiga e com duas crianças! – Natalie exclamou – Você era o mais velho nessa merda e deveria ter pensado nas consequências! Porque se algum deles morrer aqui agora, a culpa será sua, Harrington!

O choque de realidade pareceu bater contra Steve que arregalou um pouco os olhos, percebendo que ela estava certa. Todos olhavam para os dois em silêncio.

Ninguém falou nada por quase dois minutos, quando Dustin apontou para cima.

— E se a gente escalar? – O Henderson perguntou

O da Goodwin foi para o teto do local.

— Não acho que seja uma boa ideia. – Natalie respondeu para Dustin, sua voz suave

— Por que não? – O Henderson perguntou

— Se você sabe o mínimo de física, o que eu tenho absoluta certeza que você sabe, você sabe que a velocidade diminui o tempo e interfere na quantidade de distância que caímos. Sabe também que ficamos quase um minuto caindo em alta velocidade. – Natalie respondeu – Não descemos 30 metros, descemos quilômetros.

Dustin a encarou por um segundo, dando de ombros em seguida.

— Não custa tentar. – o de boné disse

Natalie revirou os olhos.

— Beleza, vamos testar. – Natalie andou até uma prateleira jogando todas as caixas no chão sem paciência

A garota subiu nela,batendo na pequena porta que dava acesso a parte de cima do elevador. Ela subiu até ali, puxando Dustin para cima e se virando rapidamente ao ver Steve subindo também.

A garota olhou para cima, estavam muito abaixo do chão do shopping. Era uma distância tão grande que era impossível ver onde o poço do elevador começava.

— Ainda quer escalar? – Steve debochou

— Talvez tenha algum jeito de abrirmos a porta. – Ouviram Amber na parte debaixo

Natalie se aproximou das paredes, nenhuma escada de emergência existia nelas. Ela suspirou se sentando novamente.

— Vou tentar achar sinal. – Dustin disse pegando o walkman

Ele bocejou em seguida.

— Dá isso aqui. – Steve tirou o walkman da mão de Dustin – Desce lá e tenta dormir um pouco, a gente se preocupa com isso.

— Eu não vou dormir. – Dustin diz

— Então só vai deixar a Erica e a Robin longe. – Natalie sussurrou – Para eu usar os poderes.

— Beleza. – O Henderson desceu

Era possível ouvir Amber e Robin conversando dentro do elevador quando Dustin sumiu, deixando Steve e Natalie sozinhos. A morena estava de olhos fechados, pensativa.

Steve se sentou no chão, ligando o Walkman e falando algumas coisas. Era óbvia a tentativa desesperada de um pedido de socorro, mas estavam baixo demais para conseguir algum sinal com alguém em terra firme.

Em alguns minutos, nem a voz de Dustin, nem a de Erica eram ouvidas mais. As duas crianças estavam dormindo. Ao ouvir o barulho do walkman se chocando contra o metal do elevador, Natalie abriu os olhos.

— Vai quebrar o walkman do Dustin mesmo? – Natalie perguntou, pegando o walkman do chão

— Foi mal… – Steve murmurou como resposta

A garota encarou o walkman por alguns segundos. Estava fora de sinal de outro aparelho, mas não significava que estaria fora de sinal para os poderes de Natalie.

Ela e Eleven conseguiam sentir a presença uma da outra quando usavam os poderes, talvez, elas conseguissem se comunicar também.

Olhou para Steve em seguida, percebendo o lenço amarrado em seu uniforme.

— Steve. – ela o chamou

— Eu já disse “foi mal”. – ele disse

— Não é isso! – Natalie negou – Me dê esse lenço.

Ele franziu o cenho, desamarrando o lenço de seu uniforme.

— Vai fazer o que? – Steve perguntou, se aproximando da morena com o lenço em mãos

— Tentar me comunicar com a Eleven. – Natalie respondeu, abrindo a antena do Walkman novamente e colocando o lenço sobre os olhos – Consegue me ajudar a amarrar?

Tinha quase certeza que Steve havia assentindo com a cabeça quando o garoto se aproximou e deu um nó por trás da sua cabeça.

— Tente ter certeza que a Robin não vai vir aqui em cima. – Natalie sussurrou

Ao se concentrar, os poderes de Natalie a levaram até o porão da casa de Mike. As crianças pareciam desesperadas, as vozes delas, mesmo que baixas, sobressaltando umas as outras. Era impossível entender o assunto.

A maioria delas tinha um walkman em mãos.

Eleven levantou a cabeça com uma venda em mãos, ela sentia estar sendo observada quando olhou para a direção de Zero. Eleven se levantou, confusa.

— El! – Natalie exclamou

— Nat? – Ela perguntou, as crianças a olharam – Não consigo te ouvir.

Natalie mordeu o lábio inferior, olhando ao redor. Se estivesse em uma banheira, por mais torturante que fosse, conseguiria conversar dentro da mente de Eleven muito bem. Mas não tinham isso a disposição, pelo contrário. Ela apontou a mão de Eleven, onde ela segurava uma venda.

A mais nova entendeu o recado, se sentando e colocando a venda novamente. Tudo ficou preto e Eleven sumiu por um instante.

— Tá vendo ela? – Natalie ouviu a voz de Steve

— Steve tá com você? – Natalie se virou vendo Eleven na escuridão

Em passos largos e molhados, Natalie foi até Eleven. Ela conseguiu a abraçar. A morena percebeu marcas no pescoço de Eleven.

— O que aconteceu com você? – A Goodwin perguntou

— O que aconteceu comigo? O que aconteceu com você! – Eleven rebateu – Estamos tentando falar com vocês a um tempão. Onde vocês estão? O Dustin tá com vocês?

Natalie assentiu.

— Eleven, presta atenção. – Ela pediu – Preciso que preste atenção, ok?

— Ok. – Eleven disse

— Tem alguém perto de você?

— Max, Mike, Will, Harry e Lucas.

— Ótimo, fale para eles tudo o que eu falar.

— Está bem.

— Precisamos de ajuda. – Natalie disse, ouvindo Eleven repetir em voz alta em seguida – Dustin, Amber, Steve, Erica Sinclair, Robin Buckley e eu estamos presos em um elevador russo.

Ao terminar de repetir o que Natalie falou, Eleven franziu o cenho.

— O que? Um elevador russo?

— Isso. Os soviéticos tem uma base russa embaixo do shopping. Estão fazendo algo muito ruim aqui. – Natalie disse – Preciso que você alerte meu pai ou Hopper o mais rápido possível.

Eleven falou aquilo para seus amigos, ela a encarou.

— Lucas perguntou o por que da irmã dele estar com vocês. – Eleven disse

— É culpa do Steve, não tenho nada a ver com isso. – Natalie falou – O Hopper não tá aí por perto?

— Faz um tempo que não vejo ele. – Eleven parecia ter dificuldade para falar – Achei que você estivesse com ele.

— O Hopper sumiu? – Natalie perguntou – El, o que aconteceu com seu pescoço?

Natalie sentiu seu corpo tombar para o lado. Estava fraca. A visão de Eleven estava se desfazendo aos poucos.

— O de… – a voz de Eleven sumiu antes que ela pudesse responder

Steve tirou o lenço dos olhos de Natalie, segurando ela em seu colo, praticamente caída após usar seus poderes.

O olhar da garota estava distante quando ela abriu os olhos novamente. A respiração dela rápida.

— Posso tentar subir o elevador… – ela murmurou – Hopper sumiu.

— Você já tentou antes, descansa um pouco se não você vai desmaiar. – Steve falou

A Goodwin assentiu, sem muitas dificuldades já que foi preciso apenas fechar os olhos para dormir de vez. Após algumas horas, ela acordou. Ainda no colo de Steve.

Natalie se levantou, se sentando ao lado de Steve. Ela estava séria, relembrou da briga que teve com o mesmo.

Ele a olhou, sabendo que o clima entre os dois estava péssimo graças a tudo aquilo.

— Me desculpa. Eu deveria ter te ouvido desde o começo. – Steve diz – Isso é minha culpa.

Natalie o olhou. Ele estava sendo sincero.

— Convenhamos que você aceitando ou não, o Dustin daria um jeito de entrar aqui. Aquele pestinha é bem… Teimoso. – Natalie disse, suspirando em seguida – Eu também não posso tentar mandar em você. Cada um tem sua própria vida e temos liberdade para fazer escolhas, certo?

— Acho que nós dois não pensamos antes de discutir. – Steve falou

— Agora nós temos a chance de nos reconciliarmos antes de morrer! – Natalie disse, com uma falsa animação na voz – Agora… Fazemos isso como adultos ou como duas crianças?

Steve deu uma pequena risada.

— Quer voltar a ser minha amiga, Natalie? – Ele perguntou, exatamente como uma criança família

— Vou pensar no seu caso. – A resposta dela fez o garoto rir

— Ok, no seu tempo! – Steve disse

Natalie assentiu, mordendo o lábio inferior em seguida. A dúvida que rondava sua cabeça desde tarde a assombrando enquanto olhava para Steve.

Ela o analisou por um segundo.

— Eu quero que seja sincero. – ela começou – Depois que a gente começou a discutir e eu disse que te amava, como um amigo… Você falou que se eu te amasse, eu não estaria com o Ethan… O que isso quis dizer?

Steve ficou um tanto quanto avermelhado com a pergunta da garota.

— Eu não sei. – Ele foi sincero – Eu só… Não gosto dele, principalmente quando ele está com você. Parece que ele não gosta da gente, de nenhum de seus amigos, perto de você e tira suas melhores qualidades.

— Como assim?

— Eu sei que você gosta dele e que gosta da gente também, mas ele sempre te puxa para longe quando aparece. E, por mais que você pareça bem feliz com ele, não consigo ver o brilho no seu olhar.

— Brilho no meu olhar? – Natalie perguntou, curiosa

Steve sorriu.

— É. Quando você está animada com alguma coisa seus olhos brilham. Tipo quando você está falando sobre música, aqueles filmes de terror ou falando algo extremamente inteligente. O que você faz sempre, por sinal. – Steve respondeu, a olhando nos olhos – Ou quando você sorri e ri nos momentos mais inoportunos por saber que estava certa sobre alguma coisa.

Natalie deu um pequeno sorriso, mexendo no colar em seu pescoço. Presente que o próprio garoto com quem estava conversando lhe deu.

— E você repara nisso? – ela perguntou

— Reparo. – Steve respondeu – Que quando você tá sorrindo de verdade, todos os dentes de cima ficam aparecendo. Que você nunca fica sem esmalte nas unhas. Mas sem dúvidas, o olhar é o que mais chama a atenção. As vezes, me dá vontade de tirar parte do seu cabelo do rosto para os ver melhor. Como agora… – ele afastou sua franja para trás de sua orelha

Seus rostos estavam próximos, Natalie não sabia que Steve reparava tanto nela. Era encantador ver ele falando dela daquele jeito.

O coração de ambos batiam em alta velocidade, Natalie achou que ele fosse pular para fora de seu próprio peito. A respiração dos dois se misturavam, o hálito de mente de Natalie era sentido por Steve.

Foi quase impossível para Natalie não olhar para os lábios do rapaz próximo do seu. O Harrington percebeu isso, antes de instintivamente fechar os olhos enquanto diminuía o espaço que restava entre eles.

Os dedos de Steve que antes estavam no cabelo de Natalie passearam até a bochecha da garota.

Ele avançou, Natalie sentiu a energia percorrendo seu corpo ao pensar no ato de beijar Steve Harrington. Nunca imaginou que ficaria tão ansiosa para um beijo dele. Até ela se lembrar. Por poucos centímetros o beijo não aconteceu, Natalie virou o rosto um pouco para o lado antes daquilo, fazendo Serve tocar seus lábios na bochecha da morena.

Ele fez um som de decepção.

— Steve… Eu namoro… – ela lembrou, de olhos fechados

— Eu sei… – ele respondeu com a voz quase em um sussurro

— É só terminar! – A voz de Dustin foi ouvida

Os dois abriram os olhos se afastando em um pulo. Dustin estava acordado novamente, em cima do teto do elevador. Tanto Natalie quanto Steve estavam vermelhos como um tomate.

Natalie sabia que Dustin tinha razão, se ela quisesse realmente beijar Steve, precisaria terminar com Ethan. Franziu o cenho ao pensar onde poderia estar o garoto, ele não dera notícias desde que viajou.

Talvez Amber estivesse certa quando dizia que ele viajava para trair ela. Natalie negou com a cabeça, não poderia ficar inventando motivos para terminar. Deveria ser sincera, mesmo se não fosse iara beijar exclusivamente Steve depois.

Se ela sentiu vontade de beijar outra pessoa, ela deveria terminar.

— Vaza daqui, Dustin! – Natalie mandou

— É, era para você estar dormindo! – Steve disse

— Já é hora do shopping estar aberto. – Dustin disse – Podem me passar o Walkman?

— Claro! – Natalie levantou em um pulo – Vou descer e ficar com… Hum… As garotas. Depois a gente se fala.

A Goodwin desceu para dentro do elevador. Amber e Robin ainda conversavam, a Goodwin mais nova tentando apertar os botões novamente.

A Buckley apontou para ela.

— Sua irmã está me deixando maluca! – Robin disse

— Bem-vinda ao meu mundo. – Natalie falou – O shopping já abriu.

— É… Como foi a noite lá em cima? – Amber perguntou

— Eu dormi e tentei escalar, nenhuma das duas coisas ajudou a gente a sair. – Natalie respondeu – O que estavam fazendo?

— Discutindo um jeito de abrir a porta. – Amber comenta, mostrando a trança eletrônica – Não dá para desconectar ela. Eu tô começando a me sentir claustrofóbica aqui dentro.

— Pensamos que se conseguíssemos tirar a tranca da parede e mexer nos fios, talvez, a porta se abra. – Robin disse

— Podemos continuar a tentar. – Natalie falou

— Não tem como, já tentamos de tudo. – Amber fala

— É e eu tô com um pouco de medo de conseguir tirar essa coisa e o elevador despencar de vez! – A Buckley resmungou

Após alguns minutos discutindo o que poderiam fazer, um líquido começou a escorrer pela parede do local. Natalie torceu o nariz com o cheiro forte de urina.

— Que nojo. – Amber falou

— DÁ PARA MIRAR PARA OUTRO LADO? – Robin gritou

Provavelmente um dos garotos obedeceu, já que o jato de urina começou a andar para o lado.

— Nojento… – Natalie resmungou, dando um pulo em seguida ao ouvir um metal batendo contra o chão do elevador

As três garotas correram até Erica que batia uma das cápsulas com líquido verde contra o chão.

— O que você tá fazendo? – Amber perguntou

— Cuidado! – Robin mandou

Natalie quem tirou a cápsula das mãos da Sinclair.

— Isso aqui pode ser perigoso, você tá maluca? – A morena perguntou – Não temos ideia do que seja!

— Exatamente! Não sabemos o que é. – Erica respondeu – Pode ser útil.

— Útil como? Te matar mais rápido? – Natalie ironizou

— Não! – Erica negou – Dá para sobreviver aqui embaixo bastante tempo sem comida, mas se o corpo humano não tiver água, ele morre.

Robin se aproximou, apontando para o líquido verde.

— Odeio te decepcionar, mas isso não é água! – A Buckley falou

— Não, mas é um líquido. – Erica disse – E se eu tiver que beber essa merda aí ou morrer de sede… Eu bebo.

Natalie puxou a cápsula para mais longe.

— Essa merda é verde e brilha, você acha mesmo que tem como sobreviver bebendo isso? Parece mais desinfetante do que uma bebida. – A Goodwin falou

Um ruído do outro lado da porta chamou a atenção das garotas. Amberly correu até a mesma, encostando seu ouvido contra o metal.

A expressão dela ficou indecifrável por alguns segundos e, então, ela disse:

— Temos amigos aqui.

Natalie olhou para as garotas assustadas.

— Subam. – Ela sussurrou

A Goodwin ajudou Erica a subir, em seguida Robin e Amber. Ela subiu por último, por questões de segundos não sendo pega por um dos russos.

O movimento dentro do elevador era claro, era possível ver dois homens andando até as caixas.

Os homens conversavam em sua língua nativa, todos estavam quietos e imóveis, com medo de serem descobertos. Steve fez um sinal de silêncio para as crianças.

A cápsula verde estava nas mãos de Erica, já que ela tinha pego de Natalie quando a morena a ajudou a subir. Enquanto os homens saiam com as caixas, a mais velha apontou para a cápsula.

Steve a tirou das mãos de Erica ao ouvir a porta se fechando. Ele foi o primeiro a pular, seguido dos outros. O Harrington travou a porta do elevador com a cápsula.

Passaram as mochilas rapidamente, Erica e Dustin sendo os primeiros a passar. Robin e Amber foram logo em seguida. Natalie se rastejou por debaixo da porta, percebendo que a cápsula estava quase explodindo. Ela se afastou dando espaço para Steve passar, na metade do percurso, a cápsula estourou.

Para a surpresa de parte do grupo, a porta não caiu sobre Steve. Ele conseguiu passar totalmente antes de Natalie soltar a porta com seus poderes, o líquido verde derretendo o chão onde havia estourado.

Amberly ajudou Steve a se levantar enquanto Robin analisava a substância.

— Ainda quer beber isso? – Robin debochou com seus olhos sobre Erica

Erica a olhou com desgosto. Amber sorriu, ela ofegava mas estava contente que não estavam mais dentro do elevador.

Natalie olhou em volta. O lugar era extremamente grande com apenas um corredor que não parecia ter fim.

— Aí que merda. – A Goodwin resmungou, fazendo Dustin olhar para trás

— Não acredito nisso… – O Henderson falou

Todos olharam para a mesma direção, o alívio de ter saído do elevador sumindo com qualquer resquício de esperança que ainda tinham.

Steve suspirou.

— Espero que estejam em forma. – O Harrington foi o primeiro a começar a andar – Isso foi para você, presuntinho.

Dustin abriu a boca incrédulo. Natalie negou com a cabeça, puxando a mão da irmã e começando a seguir o garoto.

— Por que eu? – Dustin murmurou

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