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3.05- THE RAIN

Amberly olhava com cuidado para todos os lados do shopping. Ela, Dustin e Steve procuravam por um dos russos malvados que possivelmente estavam escondidos no shopping.

Robin e Natalie estavam trabalhando enquanto Steve estava usando o binóculos para procurar por eles. Estavam ali a horas, nenhum sinal dos russos.

Dustin estreitou os olhos.

— Tá vendo alguma coisa? – O Henderson perguntou

— Acho que eu não sei bem o que tô procurando aqui. – Steve respondeu

Amberly respirou fundo, olhando desacreditada para o garoto.

— Como você não sabe, Caramelo? Estamos aqui a horas! – Amber exclamou

— Eu não sei! – Steve rebateu

— Russos do mal. – Dustin falou como se fosse óbvio

Steve ainda olhava pelos binóculos.

— É, exato. Eu não sei como seria um russo do mal. – O Harrington disse

— Alto, loiro, nunca sorri. – Dustin disse

Steve fez uma careta.

— E você acabou de descrever o namorado da Natalie. – Steve resmungou

Amberly deu um empurrão em Steve, o fazendo cambalear para o lado por um momento.

Era óbvio que ele estava atribuindo coisas ruins ao Ethan por ciúmes da Natalie.

— Para de pensar na Nat e se concentra na descrição. – Amber falou

Podia jurar que Steve revirou os olhos, mesmo com o binóculos tampando eles.

— Procura alguém de fone, camuflagem, sacolão, algo assim. – Dustin continuou

— Tá, entendi. Sacolão. – Steve parou, seus olhos pararam de repente – Não tá de sacanagem.

Amberly olhou na direção onde o binóculos estava apontando, tentando identificar alguém ali.

— O que? – Dustin perguntou, preocupado

— Anna Jacoby falando com aquele mané do Mark Lewinsky. – Steve respondeu

Amberly bufou, jogando a cabeça para trás quase no mesmo momento. Entendia o porquê sua irmã bateu tantas vezes em Steve no passado.

Dustin partilhava da mesma indignação.

—  Cara, se não vai se concentrar me dá aqui o binóculos – Dustin pediu

— Dá para mim. – Amber tentou puxar o objeto de Steve, mas ele desviou

— Eu não acredito. Cadê a noção dessa garota? – Steve falou – O Lewinsky sempre ficou na reserva.

— Trocado por outro da reserva? – Amberly se referiu a Ethan – Ah, espera, você nunca foi opção. Dá isso aqui!

Steve desviou de novo, mesmo sentindo o peso das palavras da mais nova.

— Steve você é o pior espião da história, sabia? – Dustin falou

Amber pulou em cima de Steve, o jogando contra o chão e tentando tirar os binóculos dele.

Ele trocou o binóculos de mão algumas vezes, até Amber bater na boca do estômago do mesmo e Dustin pegar o objeto.

— Agressiva. – Steve murmurou, voltando a se sentar

— Crianção. – Amber falou

— Doida. – Steve rebateu

— Idiota. – Amber falou

— Babaca. – Steve continuou

— Seu palerma! – Amberly exclamou

Um começou a empurrar o outro enquanto insultavam-se.

— Podem parar de fazer barulho? – Dustin pediu – São duas crianças. Isso me faz lembrar: não sei por que está atrás de garotas, Steve. Já tem a perfeita bem na sua frente.

Ele apontou Amber.

A careta no rosto da garota se fez presente no mesmo momento.

Amberly fez som de vômito, apontando um dedo para sua própria garganta.

— Não! Com certeza não! Eu? Jamais. Prefiro morrer. Literalmente. – Amber negou

— Nossa. – Steve fingiu estar ofendido

— Qual é, Amber! – Dustin falou – O Steve é bonitão, olha só para ele.

Amber apertou a bochecha do Harrington com uma mão, o fazendo olhar para seu rosto.

— Credo. – Amber o empurrou – Prefiro me entregar aos russos. Um moleque feio desse. Nem tente voltar nesse assunto, Steve tá mais para um irmão do que qualquer outra coisa.

— Tá…

— Sério, me dá ânsia de vômito só de pensar nisso.

— Mas…

— Se eu quisesse qualquer coisa com ele, poderiam me internar num hospício porque o sorvete teria afetado meu cérebro!

— Beleza, você tá sendo maldosa agora. – Steve falou

— Foi mal. – Amber deu de ombros

Dustin olhou para Steve.

— Não, não fala ela de novo. – Steve diz

— Robin! – Dustin fala

— Não, não! – Steve disse – Não!

— Robin, Robin, Robin, Robin. – Dustin repetiu

— NÃO, A ROBIN NÃO! – Amber gritou

Os dois garotos pararam olhando para ela.

O ciúmes tomando conta da garota por um momento, só de pensar em ver a garota que ela gostava a mais de um ano com segundas intenções com Steve… Aquilo a deixava nervosa.

O Harrington perderia sua amizade se fizesse algo como aquilo.

— Nossa espionagem, Amber. – Dustin falou

—  Desculpa. Mas nós três sabemos que você está dando opções em vão, porque o Steve só tem uma chance de escolha… – Amber diz

— Se falar Nat de novo…

— A Nat. – os outros dois falaram ao mesmo tempo

— Ela tá namorando. – Steve rebateu

— Nem todos os namoros são eternos. – Amber disse

— Quando você se declarar, ela vai largar o Ethan em dois minutos. – Dustin disse

Steve desviou o olhar, como se estivesse procurando pelos russos novamente. O medo que o impedia de se declarar era o de perder totalmente a amizade de Natalie por confundir os sentimentos.

Além do mais, não havia nenhuma garantia de que ela sentia o mesmo. Muito pelo contrário, ela estava literalmente namorando.

— Eu também acho. Eu apoiaria uma traição, antes o Steve do que o loiro sem sal. – Amber disse

— Não. Eu não vou me declarar para a Natalie, ok? Vou atrás de novas garotas, alguém aqui nessa cidade vai me querer. – Steve falou firmemente

— Robin. – Dustin voltou a dizer

Amberly revirou os olhos. Steve negou com a cabeça, olhando exclusivamente para sua melhor amiga ao seu lado.

—  Para, cara. Ela não é meu tipo. Ela não chega… – Steve quase gaguejou – Nem perto, do meu tipo.

— Nem a Amber, nem a Robin. – Dustin disse – Qual seu tipo mesmo? Não legal? Natalie é a única excessão?

Steve fez uma careta.

— Obrigado. – Steve ironizou – Para sua informação, ela ainda estuda. – Amber o olhou – E ela é estranha. Ela é esquisita. E é doida. Não gosto de gente doida. Ela fez teatro! Isso pega mal. E ela tem uma banda.

— Eu também estou nessa banda! – Amber reclamou, ofendida

— Exatamente! Isso quer dizer não. – Steve disse

Dustin o olhou.

— Agora que você saiu da escola, ou seja, em tese, virou um adulto, não tá na hora de evoluir de conceitos tão primitivos como popularidade? – o Henderson perguntou

Amberly apontou para ele, concordando com a cabeça. Steve estava parecendo o mesmo babaca de dois anos atrás falando aquilo.

— onceitos primitivos? Aprendeu essas besteiras lá na colônia… Lugar perdido? – O Harrington perguntou

— Lugar Nenhum. – Dustin o corrigiu – E não, eu aprendi com a vida.

— O pirralho é esperto, Steve. Deveria ouvir mais ele e menos seu próprio cerebro. – Amber fala – Quer dizer, deve estar mofando o que quer que tenha aí dentro. Tem tanto cabelo que impede a luz do Sol de entrar.

Steve a empurrou novamente.

— Invés de sair com alguém porque vai te fazer parecer legal, por que não sai com alguém que você goste? – Dustin perguntou, voltando ao tópico “Natalie” – Assim como eu e a Suzie.

— Ah, Suzie. Aquela “mais bonita que a Phoebe Cates.” – Respondeu Steve – É, essa Suzie. Vem cá, pensa comigo: como foi que você conseguiu essa namorada bonita? Ah é, com meu conselho. Porque é assim que funciona, eu dou os conselhos e você segue. E não o contrário, tá fedelho?

Amber negou com a cabeça, rindo debochadamente.

— Você tá na seca a tempos, cara. Aceita a derrota e ouve o Dustin. – Amber falou

— E, para sua informação, conquistei a Suzie com os conselhos da Nat. – Dustin diz – Ou melhor dizendo, da garota que você deveria convidar para sair.

— Concordo em partes, conquistar pessoas inventadas é fácil. – Amber disse, ela não acreditava na existência da namorada do garoto

Uma nova discussão começou entre Amberly e Dustin, com Steve precisando interferir algumas vezes. Do lado de fora do shopping estava chovendo.

No porão dos Wheeler, Harry estava sentado enquanto Will era o mestre da mesa naquela campanha. Lucas e Mike haviam terminado o namoro e estavam nervosos.

— Vocês ouviram isso? É o som do trovão. Mas não! Esperem! Não é trovão é uma orda de zumbis Juju. Sir Mike, sua vez! – Will ditava

Harry era o único animado no grupo, sentado no chão. Ele via a falta de animação no rosto de Mike e Lucas.

O Wheeler olhou para ele e para o Sinclair.

— O que eu faço? – Ele perguntou

— Ataca. – Lucas respondeu

— Tá bom, eu ataco com o mangual. – Mike disse

Will continuou a narrar.

— Boom, mangual bate na pedra. Uma orda de zumbis vai em sua direção e… O zumbi morde seu braço, a carne rasga! 7 pontos de dano. – Will falava

— Ah não, meu braço. Lucas… Harry… Olha, meu braço… – Debochou Mike

Lucas riu enquanto Harry apenas o encarou. A alegria sumia do rosto de Will quanto mais tempo eles passavam na campanha.

— Sir Lucas, a ordem de zumbis ruge vc vai lutar ou vai fugir? – O telefone tocou enquanto Will falava, fazendo tanto Lucas quanto Mike olharem para ele – Não! É uma distração ! É uma armadilha. Não atendam o telefone.

Harry negou com a cabeça.

— Gente, não atende. Vão ligar de novo se for importante… – O Goodwin foi ignorado

Os outros dois garotos correram até o telefone. Harry se levantou ao ver a expressão do Byers.

— El? Não, não estou interessado. – Mike disse, o desligando em seguida – Era telemarketing.

— Acho que a gente devia ligar para elas. – Lucas falou

— A gente pode? – Mike perguntou

— Acho que pode. – Lucas respondeu

— Dêem um tempo para elas. – Harry disse – Um tempinho faz bem, às vezes…

Ele foi ignorado.

—  E o que a gente fala? – Mike perguntou

— Não fala nada! – Will disse – A tribo quasar precisa de ajuda!

— Tá legal Will, eu uso minha tocha pra incendiar a sala, sacrificando nós dois, matando os zumbis e salvando quasar aí todos nós vivemos como heróis nas memórias dos calamas. – Mike disse de forma simples

— Sério? – Harry perguntou, sem paciência

— Vitória! – Lucas respondeu

Lucas e Mike fizeram um hi five. Will começou a desmontar a fantasia que usava para a campanha.

— Tá, tudo bem! – Will disse irritado, desligando a música – Vocês ganharam! Meus parabéns.

Os garotos perceberam o que haviam feito.

— Will, eu tava brincando. – Mike disse, sendo ignorado – Aí, vamos terminar isso aqui. Quantos minutos tem sua campanha?

— Deixa para lá, Mike! – Will disse, cansado de tentar

Harry ajudava o Byers a guardar o tabuleiro.

—  Não, a gente ainda quer jogar, não quer? – Mike olhou para Lucas

— É, com certeza. – Lucas gaguejou

— A gente liga para as garotas depois… – Mike foi interrompido

Will tirou o tabuleiro da mão de Harry com força.

— EU JÁ DISSE ESQUECE, MIKE! – Will gritou indo em direção a escada – EU VOU PARA CASA!

Lucas tentou o segurar.

— Calma aí, Will! – O Sinclair disse

— SAI! – Will gritou

Harry esbarrou o ombro em Mike de forma proposital, enquanto corria em direção ao Byers.

Os dois subiram a escada correndo.

— Calma aí, eles estão sendo babacas, mas eu tô com você nessa. – Harry disse o alcançando

— Eu já cansei disso, Harry. – Will revelou – De tudo isso! Não aguento mais ficar pedindo por atenção.

— Uma vez a Nat disse para eu me afastar de quem não me faz bem porque eu não nasci para ser rejeitado. – Harry contou – Vamos fazer isso, o que acha? Se forem nossos amigos, vão ser sinceros com a gente depois.

Os dois alcançaram suas bicicletas, mas Mike chegou antes deles saírem.

— Will espera! Harry por favor. Vocês não podem ir, tá chovendo. – Mike disse, parando Will, Harry ficou um pouco atrás – Cara, eu pedi desculpas, tá bom? É uma campanha legal, tá bom? Muito legal! A gente só não tá no clima agora…

A paciência que restara em Will, se esvaiu no mesmo instante.

— É, Mike! Esse é o problema! Vocês nunca estão mais no clima! – Will gritou – Você estragou o grupo!

Harrison arregalou os olhos com a acusação.

— Não é verdade! – Mike se defendeu

— Jura? Onde o Dustin tá? – Mike não o respondeu – Viu? Você não sabe e nem se importa e é óbvio que ele também não! E você culpa ele, Harry?

Eles olharam para o Goodwin.

— Para ser sincero, nem um pouco. – Harrison falou

— É , eu também não culpo ele. Sabe por que, Mike? Porque você tá estragando tudo! – Will acusou – E para que? Para trocar baba com uma garota idiota?

Mike fez uma careta.

— A El não é idiota, não é culpa minha se você não gosta de garotas! – A frase de Mike fez os três ficarem em silêncio

Por alguns segundos, o barulho da chuva era o único que ouviam ali. Até Harry derrubar a própria bicicleta contra o chão.

Mike mal conseguiu olhar para o que fizera barulho, antes de ser jogado contra o chão com um soco dado por Harry.

Will negou com a cabeça, andando para o meio da chuva e saindo com a bicicleta.

— O QUE É ISSO? – Mike perguntou, assustado

O ódio em Harry era visível em seus olhos, o Wheeler nunca havia visto seu amigo tão irritado na vida.

A frase que o Mike disse para Will o afetou. Mike usou o motivo do bullying que o Byers sofria contra ele por causa de Eleven, sem saber que seu outro amigo também gostava de garotos.

Que Harry gostava de Will.

— VOCÊ ENLOUQUECEU? – Harry gritou de volta

Harry pulou em cima de Mike, dando outro soco. Daria o terceiro se Mike não tivesse o empurrado para o lado, subindo em cima dele e tentando o segurar.

Lucas subiu as escadas correndo.

— Olha, eu não quero ser babaca, tá legal? – O Wheeler falou

— VOCÊ JÁ ESTÁ SENDO! ME SOLTA, MIKE! – Harry gritou

Os dois se levantaram, se encarando ofegantes.

— Me desculpa, tá bom? Mas Will precisa entender que nós não somos mais crianças. – Mike falou – O que ele achava que iria acontecer? Que a gente nunca ia ter namorada? Que íamos ficar sentados no porão o dia todo jogando pelo resto da vida?

— Ele só queria viver a infância que ele perdeu durante dois anos seguidos por causa do maldito portal que a sua EX namorada abriu! – Harry falou

Lucas estava parado na porta, os encarando confuso.

— A culpa não foi dela. Você sabe disso! E sabe que sua irmã também estava envolvida! – Mike falou

— E você sabe que tem sido difícil para o Will! Que ele ficou dois anos inteiros traumatizado com aquele inferno e sem poder agir como uma criança comum, ele só queria jogar RPG, mas você tá sendo tão babaca que nem isso tá querendo fazer pelos amigos! – Harry falou – Isso se ainda formos amigos.

— Nós somos! – Confirmou Mike

— Somos? – Harry perguntou, fingindo olhar em volta – Sem o Dustin… Sem o Will… Pode tirar mais um da lista também. Sem o Harry. – ele andou até a própria bicicleta que estava com o guidão quebrado pela batida no chão – Continuem sendo só vocês dois. Podem até tentar incluir as garotas, mas além de péssimos amigos são péssimos namorados.

Ele andou até o portão.

— Qual é, Harry. Espera! – Lucas falou – Tá a maior chuva aí fora.

— Quem sabe eu não dou sorte e sou levado pelo demogorgon dessa vez, hein? Pelo visto vocês só se importam com as pessoas quando elas não estão mais com vocês. – Harry disse, antes de sair pedalando no meio da chuva

A água da tempestade se misturava em seu rosto com suas lágrimas. Ele odiava brigar, odiava bater nas pessoas, mas Mike havia o tirado do sério.

Mike havia tocado em um ponto fraco que Harrison nem ao menos sabia que existia. Foi naquele momento que Harry percebeu que nunca havia encontrado uma garota, porque não era aquilo que ele queria.

Ele queria um garoto.

E ele sabia que seus amigos não o entenderiam, Mike o provou naquele momento. Não entenderiam, porque estavam muito focados em si mesmos.

As meninas no shopping não tinham a menor noção da briga que as crianças haviam tido, Natalie apenas conversava com seu pai no telefone.

— Sério? – Natalie perguntou

— Sério. Hopper está impossível, eu não o aguento mais. Acho que vou para casa, tentar falar com sua mãe. – Reggie disse – Desde que ele levou o bolo da Joyce, está um pé no saco!

— A tia Joyce vacilou também. – Natalie fala

— É um cu doce dos grandes entre os dois. – Reggie falou

Natalie virou a cabeça quando bateram na porta que dava acessos ao fundo do shopping.

— Vou desligar, acho que chegou encomenda. – Natalie avisou antes de colocar o telefone no gancho e abrir a porta – Oi, boa tarde.

— Boa tarde, entrega para seu restaurante. – o homem entregou a caixa na mão de Natalie

— Ah claro. – Natalie murmurou, pegando a caixa com cuidado, seu chefe havia a alertado. A garota tinha quase certeza que iria ser promovida, já que o mesmo a chamou e disse para avisar os funcionários sobre uma reunião no dia seguinte. – Onde eu assino?

Enquanto assinava o documento de entrega, Natalie franziu o cenho. A logo marca dos Lynx Transport. Lince era um tipo de felino, parecido com um gato.

— Tudo bem, senhorita? – Ele perguntou

— Tá sim. Muito obrigada. – Natalie respondeu

— Não há de que. – Ele se virou

A logo marca era um lince cinza desenhado nas costas do homem. Natalie fechou a porta. Era um gato prateado, um gato prateado que andava pelo shopping.

— Lynx Transport é o gato prateado. – Natalie murmurou para si mesma

Ela aproveitou que não estava em um horário de muito movimento para pegar seu horário de almoço, com uma encomenda em mãos, atravessou o shopping correndo até a Scoops.

Robin murmurava com os fones de ouvido na orelha, até Natalie puxar ela pelo braço até dentro da parte de restrita.

— O que foi? – Robin perguntou, confusa

Natalie mostrou a encomenda.

— Lynx Transport, a logo marca é um gato prateado. – Natalie falou

Os olhos da menina brilharam.

— Puta merda. – Robin disse – O código…

— Está ligado ao shopping. – Natalie concordou

As duas correram para fora da Scoops Ahoy, ignorando o que Steve e Amberly falavam quando passaram por eles.

Robin subiu em um banco.

— Uma viagem para a China parece legal. – Natalie falou

As duas olhavam em volta.

— Ali! – Robin apontou o restaurante – Ok… Se você andar discretamente…

— Loja de calçados! – Natalie exclamou – Sapatos Kaufman, ali!

A Morena apontou.

— Quando azul encontra amarelo no oeste…

Levaram alguns segundos para encontrar o grande relógio com ponteiros azuis e amarelos.

— Puta merda! – Natalie quem exclamou

Ela ergueu as mãos, Robin pulou batendo nas duas palmas ao mesmo tempo. Amberly, Steve e Dustin se aproximaram confusos.

— O que foi isso? – Amber perguntou

— É, o que estão fazendo? – Steve perguntou, em seguida

— Nós deciframos. – Robin respondeu, animada

— Decifraram? Decifraram o que? – Amber perguntou

— O código, Amber. – Natalie respondeu – Pessoal, a gente descobriu o código russo.

Todos eles se entreolharam.

(...)

Esperaram anoitecer e todas pessoas, incluindo as que estavam no cinema, irem embora do shopping. A chuva ainda continuou durante a noite.

Estavam de bruços sobre o telhado do shopping enquanto vigiavam o almoxarifado do local. Os quatro estavam atentos, mesmo com as gotas de água caindo em seus olhos.

Esperavam encontrar algo do restaurante ou da sapataria. Os ponteiros estavam para se encontrar no relógio, já era tarde.

— Sabemos que eles não são bons no disfarce. – Natalie comenta ao ver dois homens com grandes armas em mãos

— O que acham que tem ali? – Amber perguntou

— Armas, bombas… – Dustin respondeu

— Armas químicas. – Robin disse

Apesar de se esforçarem para se esconderem nas sombras, Natalie usava seus poderes ilusórios para os esconder ali. O que estava fazendo seu nariz sangrar e o sangue se misturar com a água da chuva.

— Não é algo bom, as armas comprovam. – Natalie confirma

— Ah, que ótimo! – Steve ironizou

Natalie se aproximou um pouco mais do parapeito do prédio, tentando enxergar o que tinha dentro do almoxarifado quando abriu.

Só conseguiu ver caixas e mais caixas, tudo borrado pela distância. Nada demais. Sentiu Steve segurando sua perna, como se estivesse com medo dela escorregar e cair.

— Só caixas? – Natalie perguntou para Dustin, que tinha o binóculos

— É, só caixas.

Natalie fechou os olhos, ela tentou se desligar dos outros a sua volta, se concentrando apenas nas pessoas perto do almoxarifado. Ao abrir eles novamente, não estava mais na chuva. Ela estava em um laboratório.

Seus olhos se arregalaram ao ver um painel de controle e alguns cientistas. Ao voltar para o telhado, quase escorregou com o susto.

Apesar de não ver nenhum resquício do laboratório Hawkins ali, portais ou demogorgon – muito provavelmente por não ter ficado mais de 2 segundos ali – sentia que tinha algo errado. Por que os russos teriam cientistas em Hawkins?

Eles tinham que se afastar de tudo aquilo.

— Vamos embora. – Natalie disse

Um grande barulho foi ouvido devido ao impacto do binóculos com a calha abaixo deles. Natalie foi puxada para baixo, junto com os outros três que estavam abaixados ali.

Com certeza haviam descoberto eles, mesmo que os poderes da garota os encobrissem. O barulho foi alto o suficiente para eles saberem que estavam sendo observados.

Natalie apertou a mão de Steve com força, se concentrando para não facilar com os próprios poderes. Dustin estava no meio, sozinho. Amberly e Robin davam as mãos também.

— Vamos. – Robin sussurrou – Rápido.

Eles se rastejaram até a porta que deu o acesso a eles, ouvindo os russos gritarem algo. Natalie ficou por último, esperando que todos começassem a descer até descer também.

Esperava que conseguissem sair do local antes dos russos chegarem nas escadas, com as roupas dos uniformes azuis e amarelas molhadas, era óbvio que eram eles quem espionavam.

Todos eles saíram de dentro do local que seriam pegos.

— É, achamos os seus russos. – Robin falou

— Que legal. – Amber ironizou

— Vamos embora do shopping, antes que os russos achem a gente. – Natalie falou

A garota se agarrou nos braços de Amber e Dustin e saiu andando. Seja o que for que os russos estavam fazendo em Hawkins, não era uma coisa boa.

E sabendo dos cientistas, Natalie também sabia que precisava alertar seu pai e Hopper o quanto antes.

Não demorou muito para chegarem até a casa das Goodwin, principalmente com Natalie dirigindo um tanto quanto transtornada. Steve levou Dustin e Robin embora.

— O que eles estão fazendo aqui? – Amber perguntou

Natalie franziu o cenho ao ver Lucas e Mike do lado de fora da casa deles, batendo na porta, molhados.

— O que aconteceu? – Natalie perguntou para eles assim que desceu do carro

— Harry não nos responde, estamos pedindo desculpas a ele, mas ele não quer falar com a gente. – Lucas explicou

— Vocês brigaram? – Amber perguntou

Natalie arregalou os olhos.

— Mike, você está com o olho roxo? – a Zero perguntou

— Fala para ele que sentimos muito, tá? – Mike pediu – Vamos, Lucas.

— Garotos, está tarde e chovendo. Entrem. – Natalie manda

— Se Harry não quer nos ver, eu acho melhor não. – Mike diz – Vamos, Lucas.

Natalie estava totalmente confusa, mas mesmo assim, suspirou e abriu a porta do carro.

— Entrem aqui, eu levo vocês embora. – Natalie diz

— Não, Nat…

— Eu não estou oferecendo, eu estou mandando. Entrem aqui, eu vou levar vocês embora. – Natalie disse

Lucas e Mike se entreolharam, o Sinclair deu de ombros.

Nenhum dos dois garotos falou nada durante o caminho inteiro até a casa dos Wheeler, apesar agradeceram pela carona e tiraram as bicicletas dos porta-malas.

Quando Natalie voltou para casa, Amber e Harry estavam de frente a porta.

— Não! – Harry diz

— O que deu em vocês hoje? – Natalie perguntou, batendo a porta

— Nada!

— Ele não quer falar. – Amber diz

— Fala, Harry. – Natalie disse

— Não, Nat. Eu tô de saco cheio disso…

— Harrison Goodwin, é bom você me contar o que está acontecendo, porque eu acabei de ver dois garotos trancados para fora da nossa casa tomando chuva e vento. Um deles estava com o olho roxo e eu tenho quase certeza que a culpa foi sua! – Natalie explodiu, sem paciência – O que foi que aconteceu aqui?

— ACONTECEU QUE O MIKE E O LUCAS SÓ SE IMPORTAM COM A ELEVEN E A MAX! Isso aconteceu! – Harry gritou – E que agora, nem Dustin, nem Will e nem eu importamos para eles! Eu odeio eles!

Natalie suspirou. Ela e Amber se olharam por um segundo.

— Só isso? – Amber perguntou

— Só? Eles são falsos, eu nunca iria gostar de uma garota. Nunca iria fazer isso! Ele gritou com o Will e gritou comigo! – Harry disse

— Olha, Harry. É normal ficar assim quando está apaixonado. Claro que é mancada deixar os amigos de lado, mas é o primeiro amor deles. – Natalie fala – Quando você se apaixonar por uma menina, você…

— Você não entendeu, Nat! – Harry gritou – Eu não gosto de garotas… – Natalie abriu a boca, um tanto surpresa – Me deixem em paz!

Ele subiu as escadas com raiva e correu até o próprio quarto. A porta bateu e foi trancada em seguida.

Natalie e Amber se aproximaram uma da outra, em choque.

— Ele acabou de contar para a gente que é gay? – Natalie perguntou, em choque

— Eu acho que sim. – Amber respondeu, da mesma maneira

A mais velha olhou para a mais nova.

— Deveríamos ir atrás dele? – Natalie perguntou

Amberly negou com a cabeça.

— Não, deixa ele pensar. Ele tá com a cabeça quente, depois… Depois conversando sobre isso. – Amber respondeu

Natalie concordou com a cabeça, entrando para a cozinha em seguida. Um bilhete de seu pai dizia que ele havia ido para a cidade vizinha atrás de Ayla.

Do outro lado da cidade, Reggie dirigia pela estrada, um pressentimento angustiante dominando seus pensamentos após o telefonema para Ayla. Não quis contar para as crianças o que aconteceu, mas a voz da chefe da sua esposa ecoava em sua mente.

A chefe dela contando que Ayla já tinha sido dispensada a mais de um dia. Determinado, Reggie decidiu ir atrás de sua esposa.

Cada quilômetro percorrido aumentava a tensão em seu peito.

Uma figura feminina emergiu das sombras, se pondo em frente a viatura da polícia. Ele desviou bruscamente, o som de metal contra metal anunciando o impacto.

Ele saiu do carro quase no mesmo momento, assustado com sua esposa saindo da floresta de repente.

— Ayla! – Exclamou o homem, desesperado – Meu amor, você está bem?

Os olhos de Ayla encontraram os de Reggie, mas ao invés de palavras tranquilizadoras, ela sacou uma arma. O brilho metálico refletia a frieza de suas intenções momentâneas, mesmo que Reginald não percebesse isso no mesmo instante. Sem hesitar, ela desferiu um golpe contra a cabeça de Reggie.

No meio da rua deserta, Ayla não era mais ela mesma, ela não buscava conforto, mas sim vingança, vingança pelo devorador de mentes que habitava sua cabeça. Ela não parou no primeiro golpe, bateu no homem até ele perder a consciência.

O devorador de mentes amarrou Reggie no porta-malas da própria viatura, com a certeza de que era uma pessoa a menos para atrapalhar sua vingança.

Uma pessoa a menos para proteger Natalie Goodwin e Jane Hopper.

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