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3.03- ICE CREAM

— CUIDADO! – Natalie exclamou

Segurando a bandeja que estava prestes a cair no chão, a morena olhava sem paciência para o garoto que estava treinando.

Ele suava de nervoso enquanto olhava para fora pelo vidro da porta. A morena já estava sem paciência.

— Desculpa…

— Quer ficar no caixa no meu lugar? Eu levo os pedidos. – Natalie perguntou, arrumando o prato e o segurando

— Sou péssimo em matemática. – Ele respondeu

Respirou fundo, tentando não perder a paciência com o rapaz.

— Então seja um bom garçom. – Natalie disse – Ou vai acabar sendo demitido. Segura!

Ela entregou a bandeja para ele novamente.

— Eu vou deixar tudo cair… – Reclamou o garoto

Natalie olhou para a direção que os olhos do novo garçom do restaurante estavam fixos. Tommy Hagan estava com sua namorada e seus amigos, provavelmente fazendo uma despedida antes de todos se mudarem para fazer suas faculdades.

O garoto suava frio. Provavelmente sofria bullying pelas mãos deles.

— Você é insignificante. – Natalie falou

— O que?

— Cara, ninguém se importa com você. Vai lá e faz seu trabalho. – A Goodwin disse

O moreno ficou confuso.

— Isso era para me incentivar?

Natalie revirou os olhos.

— Ninguém dá a minima para você, ok? Só você tá se importando se vai derrubar a comida ou não. – Natalie falou – Ninguém reparou que você é você. Você não é ninguém. Qual seu nome mesmo?

— Josh.

— Sabe quantos Joshs tem em Hawkins?

— Não.

— Muitos. – Natalie disse – Você é só mais um no meio de muitos. Você é o único que tá se importando se vai passar vergonha com isso ou não. Ninguém liga para você. Se você derrubar, cair ou, sei lá o que está passando pela sua cabeça nesse momento, ninguém vai dar a mínima. Bom, ninguém além de quem iria receber o que comprou. Mas não vão estar nem aí para você, vão estar preocupados com a fome deles.

Josh assentiu.

— Ninguém dá a mínima… – ele repetiu

— A única pessoa que está impedindo você de trabalhar direito é você mesmo, com essa insegurança ridícula. – Natalie falou – Você consegue, cara. Você tem que trabalhar, é assim que funciona. Tem que parar de pensar no que os outros vão pensar, não é mais uma criança. Ou vai querer ficar desempregado por motivos fúteis?

— Não, não posso perder o emprego. – Josh falou

— Então vai lá e leva a comida para eles. Agora. – Natalie mandou

O garoto passou por ela, conseguindo equilibrar tudo e andar um pouco mais confiante. Natalie suspirou aliviada quando tudo chegou na mesa do cliente sem cair.

A Goodwin andou até o caixa, pedindo desculpa a pessoa que estava na fila. Ela cobrava as coisas quando um grupo de crianças apareceu atrás da mulher que ela estava atendendo.

Eles tinham um sorriso no rosto.

— Não. – Natalie disse

— Mas… – Mike tentou argumentar

— Sem "Mas". – Natalie falou – Eu estou trabalhando, não estou brincando, Mike. Se querem ir ao cinema, peçam dinheiro aos pais de vocês.

— Você sabe que eles não vão dar. – Harry disse

Natalie quem abriu o sorriso.

— Isso não é problema meu. – A morena falou

— Nat, por favor. – Lucas pediu juntando as mãos

— Não. – Ela repetiu – Podem sair da fila? Vão atrapalhar os clientes.

— Não tem ninguém atrás da gente. – Max falou – Deixa a gente passar e ir no cinema.

Natalie bufou.

— Não. – Ela disse pela terceira vez – Eu tô trabalhando não brincando, ficar deixando vocês passarem vai me deixar desempregada! Sabe como está difícil arranjar um emprego nessa cidade?

Harry sussurrava alguma coisa no ouvido de Will, que assentia. O Byers se aproximou um pouco de Natalie e olhou para o chão.

— Quando eu estava no Mundo Invertido, não tinha a possibilidade de ir ao cinema. – Will repetiu o que Harry havia pedido para ele falar, em um sussurro – Agora eu tô aqui e você consegue me ajudar…

— Não! Não! Não! Não use seu sumiço para conseguir as coisas! Isso é imoral! – Natalie reclamou, mas os olhos de cachorrinho perdido de Will a fez suspirar – Beleza, eu não vou deixar vocês passarem, mas vão até a Scoops Ahoy e digam ao Steve que eu mandei ele abrir a passagem para vocês. Mas disfarcem, porque se alguém descobrir, estarão mortos.

— Claro, claro. – Harry ironizou

— Eu mato vocês e o Steve me ajuda. – Natalie falou – Estarão mortos, entenderam?

As crianças saíram do local rindo, deixando uma Natalie impaciente para trás. Voltou a atender os clientes normalmente.

O último cliente lhe pagou quando de repente, tudo se escureceu. A energia do restaurante acabou, deixando todos em um breu escuro. Mal conseguia ver o que estava em sua frente quando os clientes começaram a reclamar.

Natalie trombou em Josh, que parecia assustado com a queda de energia.

— Por que será que tudo apagou? – perguntou o garoto amedrontado

Natalie riu ironicamente.

— Cause this is thriller, thriller night! – Ela cantarolou a canção de Michael Jackson como resposta, já que "porque isso é o terror, noite de terror" era uma ótima resposta para a pergunta idiota

— Isso não tem graça… – Murmurou

— Vá ver se foi o shopping todo ou só o restaurante que ficou sem energia. – Mandou Natalie

A garota entrou na cozinha, a procura de um fósforo ou uma vela para conseguir iluminar o local onde estava anteriormente.

Quando passou perto da geladeira, se segurou na porta ao escorregar em alguns imãs caídos. Franziu o cenho quase no mesmo momento, se abaixando

A luz voltou.

Natalie conseguiu ver todos os imãs da geladeira no chão.

— Algum de vocês derrubou isso aqui? – Natalie perguntou

— Não… Não foi você? – Perguntaram

— Deve ter sido… – Respondeu Nat murmurando

No entanto, Natalie ainda estava confusa. Por mais que a luz tivesse acabado, o eletromagnetismo da geladeira não tinha nada a ver com aquilo.

Por que os imãs estavam no chão?

— Natalie, você tá bem? – Josh perguntou ao entrar na cozinha – Bateu em alguma coisa?

— Como assim? – Nat perguntou, confusa

— Seu nariz está sangrando. – Avisou o garoto

Natalie levou a mão ao nariz. Realmente estava sangrando, sem ela ao menos usar seus poderes.

Por que estavam sangrando?

(...)

No dia seguinte, Steve, Amber e Robin conversavam na sorveteria. Amberly ria quando mais uma garota deu um fora no Steve.

— Que decadência. – Ela o provocou

— Com essa foram cinco foras até agora. – Robin apontou o quadro que marcava "Mandou bem" e "mandou mal" existiam cinco riscos no mandou mal – Cinco garotas que te deram fora.

"Cinco" sibilou Amber levantando uma mão, com um sorriso sapeca no rosto.

— Vocês estão me subestimando. – Steve disse

— Cinco a zero. Você está na merda, Steve. – Amber falou

— Você se superestima demais. – Robin provocou

— Vocês não sabem do que estão falando. – Steve negou

— Você tá na seca, cara. – Amber fala – Admite ou será mais humilhado.

O Harrington negou com a cabeça.

— Vocês estão erradas. – Steve diz – Eu aposto que consigo conquistar a próxima garota que entrar na sorveteria.

— Que bom que os três estão aqui. – Natalie disse ao entrar na sorveteria, quase correndo

A garota pegou seu horário de almoço para ir conversar com seus amigos. Ela entrou na sorveteria quase no mesmo momento que Steve completara a frase.

— Vai lá, galã. – Robin falou

— "A próxima garota." – Amber provocou

Natalie pulou por cima do balcão, ficando ao lado dos amigos.

— Do que estão falando? – Natalie perguntou

Steve interrompeu as garotas quando elas abriram a boca:

— Nada.

— Ah, claro… – Natalie murmurou – Lembram da queda de energia ontem? Eu achei ela muito estranha. Nunca tinha acontecido isso com o shopping desde que abriu. Deve ter sido algum problema na fiação, mas foi na cidade toda, então teria que ter uma energia muito mais forte do que apenas a que o shopping puxa para derrubar a luz de todos da cidade.

Steve fez uma careta concordando com a garota.

— Estranho mesmo. – Steve disse

— Se o ímã caiu, tem algo maior o puxando para baixo. Talvez isso tenha apagado Hawkins, né? – Natalie perguntou

Ela foi ignorada. Naquele momento sentiu falta de Dustin Henderson, ele teorizaria o que poderia ter acontecido com ela.

"Maldito acampamento!" Pensou Natalie.

— Steve prometeu que ia conquistar a próxima garota que entrasse na sorveteria. – Amber mudou de assunto, apontando para Natalie

A mais velha abriu um sorriso, cruzando os braços olhando para Steve.

— Vai ser a próxima, ok? A Nat não conta. – Steve disse

Natalie riu.

— Pulando um grande desafio, Harrington. A vida amorosa tá muito ruim? – Ela perguntou

— Você nem imagina. – Steve murmurou

— Já foram cinco foras. – Robin contou

Steve olhou para trás, vendo duas garotas entrando pelo local.

— Vai marcar meu primeiro "mandou bem". – Ele avisou

Natalie se afastou um pouco, esperando ele atender as garotas. Prestou atenção quando ele colocou o sorvete de chocolate na casquinha e entregou para a garota cacheada.

— Tudo bem, uma bola de chocolate. Isso é um dólar e vinte e cinco. – Steve dizia –  Mais alguma coisa? Fancy.

Ele ouviu ela falar sobre faculdade.

— Sim, estou animada.

— Sim, você sabe, eu considerei ela. Quando terminei o colégio. – Natalie negou com a cabeça quando Steve tentava flertar com a garota – Mas então eu pensei, quer saber? Eu realmente acho que preciso de alguma experiência na vida real, você sabe, antes de entrar na faculdade, ver o que acontece. Tipo, uh, eu não sei, ver como é trabalhar ganhando um salário mínimo. – ele mexia no caixa –  Uh... Oh, me desculpe. Acho que isso é muito importante.

As garotas se entreolharam.

— Sim, totalmente.

— De qualquer forma, isso foi muito divertido. – Steve disse sobre a conversa – Deveríamos tipo, você sabe, eu não sei, talvez sair neste fim de semana ou… – Ele derrubou as moedas – Desculpe. Não sei. Talvez no próximo fim de semana ou...

A menina negou.

— Estou ocupada.

— Ah, isso é legal. Eu vou estar trabalhando aqui no próximo fim de semana. Então, o fim de semana seguinte é melhor para mim. – Steve disse

Natalie segurou uma risada em seus lábios.

— Não. Sinto muito, não posso. – A garota disse – Obrigada.

Ela e a amiga saíram da sorveteria aos risos. Steve ganhando mais uma garota para colocar na lista de foras.

— Eu... Este é... meu primeiro dia aqui. – Steve se virou, encarando Natalie

— Pode conquistar a próxima garota, né? – Nat o provocou

— E lá se vai mais uma. – Amber disse

— Com essa foram seis, Popeye. – Robin marcou mais um traço

Amber levantou seis dedos, com um sorriso malicioso.

— É, eu sei contar. – Steve disse desinteressado

— Sabe? – Natalie perguntou – Surpreendente.

O garoto revirou os olhos.

— Isso significa que você é péssimo. – Robin disse

— Sim, eu também sei ler. – Steve falou

— Fala sério! Desde quando? – Amber perguntou

Steve deu um empurrão no ombro de Amber, como um irmão mais velho brigando com a irmã mais nova. Ela riu.

Natalie ria, enquanto Robin encarava Steve.

— É esse chapéu idiota. Estou falando para vocês, isso está acabando com minha melhor característica. – Steve diz

— Seu ciclo social está resumido em seis crianças e duas irmãs mais velhas. – Natalie disse, apontando para si mesma e Amberly – Acha mesmo que o chapéu é o empecilho?

— Sim. – Steve disse

— É,  a política da empresa é uma droga. – Robin debochou –  Sabe, é uma ideia maluca, mas você já pensou em dizer a verdade?

Steve pigarreou em desdém. Natalie e Amber trocaram um olhar desacreditado.

— Que verdade? Que eu não consegui passar nem no técnico e que meu pai é insuportável e está tentando me ensinar uma lição? – Steve perguntou – Que ganho três dólares por hora e não tenho futuro? Essa verdade?

Os quatro ficaram em silêncio por alguns segundos, até Natalie colocar a mão no ombro do rapaz.

— É, Popeye. Bem-vindo a vida adulta. – A Goodwin falou

Steve suspirou chateado, antes de Robin chamar a atenção deles.

— Ei, olha para trás. – A Buckley falou

Natalie se afastou do Steve ao verem um grupo de garotas com mais ou menos a mesma idade que eles entrando no local.

— Oh, droga. Ah Merda. Ok... Uh... Vou ir lá. Ok? – Steve murmurou – E quer saber? – Ele tirou o chapéu do uniforme, o jogando em direção a Natalie que o pegou no ar com um sorriso debochado – Dane-se a política da empresa.

— Caramba, abalou meu coração. – Amber ironizou – Como mudou!

— Realmente, um novo homem. – Natalie brincou

O garoto se virou em direção ao grupo de garotas.

— Ahoy Ladies! – Ele as cumprimentou – O que vocês acham de içar velas neste oceano de sabor comigo? Eu sou o capitão, Steve Harrington.

Natalie levantou o chapéu de Steve na altura de seu rosto para cobrir sua boca enquanto ela ria.

As garotas riam da atitude do garoto também, Natalie tentou se manter séria.

— Cruz credo. – Uma das meninas proferiu

— Vocês não querem uma provinha do Jubileu de Cereja? – Steve ofereceu – Não? Ninguém? Barco-Banana? Quatro meninas, quatro colheres…

Natalie franziu o cenho, julgando cada palavra do rapaz. Ela se virou para Robin, que estava com a mesma careta que Natalie no rosto.

"Mandou mal" a morena sibilou para a amiga.

A Buckley anotou mais um tracinho na lista de foras. Amber arrumou o chapéu na sua cabeça e saiu da salinha, tomando o lugar de Steve.

O Harrington fez uma careta quando Amber começou a atender o grupo de garotas.

Natalie colocou o chapéu de Steve na própria cabeça, se apoiando em uma parede. O Harrington tentando tirar o chapéu da garota, com um sorriso travesso no rosto. Como duas crianças brincando.

Amber se virou para eles.

— Isso é sério? – Amber perguntou para irmã – Quer pegar meu emprego? Ou só o chapéu?

— O chapéu é fofo. – Natalie respondeu, entregando o mesmo para Steve

O garoto se apoiou na janela que dava acesso a sala de funcionários.

— Para você é fácil falar, fica bonita com ele. – Steve disse

Natalie revirou os olhos, passando para o lado dos clientes enquanto jogava o chapéu de volta para Steve.

Ela se apoiou no balcão.

— Que tal parar de dar em cima das garotas e pegar um sorvete para mim? – Natalie pergunta

Steve riu.

— Qual sabor, estressadinha? – O Harrington perguntou

Robin franziu o cenho conforme Amber se aproximava dela. A Buckley encarava os dois amigos ainda com caneta em mãos.

Amberly tinha um sorriso travesso nos lábios.

— Eu gosto do tradicional, pode ser uma bola de creme. – Natalie respondeu

Steve fez uma careta.

— Creme? É o pior sabor. – Steve disse

Natalie abriu a boca indignada.

— Está julgando o sabor que eu escolhi? – Ela perguntou

— Sim. – Ele respondeu – Que tal experimentar outro sabor? Prometo que vai se surpreender com as possibilidades.

Natalie mordeu o lábio inferior.

— Não sei não. – Nat disse

— Ah, qual é! – Steve exclamou – Sei que é mais cômodo continuar com aquele que você está acostumada, mas pode se interessar por um sabor diferente. Mais interessante.

Natalie sorriu.

Robin olhou para Amber. Ambas percebendo o que estava acontecendo. Steve claramente não estava falando de sorvete e sim usando o sabor "creme" para se referir a Ethan.

Só não tinham certeza se Natalie havia percebido isso.

— E o que me recomenda, capitão? – Natalie perguntou

— Caramelo salgado. – Steve respondeu – Uma explosão de sabores, mistura de doce e salgado. Se você experimentar, nunca mais vai querer o creme novamente.

Amber levou a mão à boca chocada, principalmente quando Natalie assentiu com a cabeça.

Ela realmente não estava entendendo o flerte.

Ou estava?

— Vou aceitar sua sugestão. – Natalie disse – Quanto é?

— Por conta da casa. – Steve falou enquanto ia até o freezer

Robin andou até o quadro.

— Será que finalmente posso marcar um "mandou bem"? – A Buckley brincou com Amber

Amber deu de ombros.

— Acho que quem vem aqui geralmente vem pelo sorvete, não pelo flerte. – Amber fala, se referindo a sua irmã

— Ainda estão falando disso? – Steve perguntou, entregando o sorvete para Nat

— Sim, cara! Você tá um fracasso nisso, mas falando sério… Quem vem em uma sorveteria para flertar com os atendentes? – Amber perguntou

Natalie ergueu as sobrancelhas surpresa. O sorvete que Steve escolheu, realmente era muito bom.

Um cara passou por ela, praticamente trombando seu braço contra seu ombro. Ele se apoiou no balcão olhando para Amber.

— Aí gatinha, aqui vocês só dão sorvete ou mais alguma coisa…? – O cara sorriu malicioso olhando para Amberly

Steve cruzou os braços se colocando na frente da mais nova, enquanto Natalie abria a boca em choque com a fala do rapaz.

Amber estava realmente desacreditada.

— Se você não for comprar nada, vaza. – Steve diz para o rapaz, de maneira séria

— Eu ia pedir para a outra atendente.

— Desculpa, ela está indisponível no momento para clientes como você. – Steve disse – Sai.

O jovem adulto revirou os olhos, se afastando do balcão. Ele deu uma pequena olhada para Natalie, antes de sair.

Zero olhou para as costas do homem, enquanto ele saia de dentro da sorveteria. Se concentrou em usar seus poderes e o fez cair assim que passou pela porta.

Deu um pequeno sorriso satisfeito com os outros passando rindo por ele, voltando a olhar sua irmã e Steve.

No entanto uma pergunta ficou em sua mente naquele momento: por que Steve protegeu Amber daquela maneira? Ele estava com ciúmes dela?

Pôde ver ele sussurrando algo para ela, com Robin desviando o olhar atrás. Amber assentiu e Steve se apoio perto da janela novamente.

— O que achou do sorvete, Nat? – Ele perguntou

— Bom. Mas acho que você terá que me dar outro. – Nat respondeu

— Por que?

— Porque só vou dar gorjeta se estiver com o chapéu. – Natalie sorriu

Steve a encarou.

— Eu fico horrível com esse chapéu.

— Pelo menos você não precisa trabalhar de cabelo preso. – Natalie apontou para seu próprio rabo de cavalo na cabeça – Não é tão ruim.

— Não fica ruim em você. – Steve acusou – Em mim fica.

Natalie negou com a cabeça.

— Steve, coloca isso na sua cabeça! Você só tá procurando pelo em ovo, porque seu cabelo não é sua principal qualidade e você fica bonito de qualquer jeito. – A Goodwin disse

Steve abriu um sorriso, olhando para Natalie com um brilho no olhar que Amber jamais vira antes. Ele realmente estava apaixonado.

Robin riu, marcando um traço em "mandou bem".

— É Steve, finalmente ganhou um ponto. – Robin falou no ouvido de Steve

De repente, Ethan Colter entrou pela porta da sorveteria. O sorriso do Harrington sumiu no mesmo momento.

— Oi amor. – O loiro disse beijando Natalie assim que a alcançou

Mesmo surpresa, Natalie retribuiu o beijo.

Steve revirou os olhos, cruzando os braços.

— Oi Ethan. – A morena disse ao se afastar

— E acabou de perder ele. – Robin disse limpando o tracinho em "mandou bem" e colocando mais um em "mandou mal"

O loiro se virou para os atendentes.

— Amber. Steve. Robin. – Ethan os cumprimentou, recebendo um aceno como resposta

Steve continuava com o semblante fechado. Não conseguia entender o que Natalie via em Ethan. O garoto não tinha nenhuma qualidade!

Com certeza ele era pior que o sabor creme.

— Você não ia viajar? – Natalie perguntou

— Tá querendo que eu vá para longe, é? – Brincou Ethan

Amber olhou para Steve, esperando o garoto falar algo como "Sim, por favor", mas o Harrington só os encarava.

— Não, mas é que você falou que ia viajar no fim de semana, então achei que você já tinha ido… – Natalie explicou

— Eu estava para sair quando recebi uma ligação do seu irmão. – Ethan disse – Aparentemente, tem horas que o Harry está te ligando e você não atende. Pediu para eu ir atrás de você, tá preocupado.

Natalie arregalou os olhos.

— Para onde esse moleque tá ligando? Se for pro restaurante, eu mato ele. – Natalie falou andando em direção a saída – Tchau gente, valeu pelo sorvete.

— Tchau. – Steve disse simples

Natalie e Ethan saíram da sorveteria. Amber se apoiou no ombro de Steve, com uma careta triste no rosto.

— É, caramelo. – Amber disse – Não foi dessa vez.

Do lado de fora, Natalie andava rápido.

— Eu vou matar o Harry se ele tiver ligado lá. – Natalie disse

— Ele falou para você olhar onde fazem as chamadas de emergência. – Ethan disse, Natalie ficou confusa com ele querendo conversar pelo walkman – Amor, só vou voltar no fim de semana que vem, tá?

— O que? Por que? – Natalie perguntou, parando de andar

— Problemas familiares. – Ethan respondeu – Mas eu vou voltar, eu prometo.

Natalie assentiu.

— Claro, fique o quanto precisar. – Ela o apoiou

— Preciso ir. – Ethan deu um selinho nela – Meu pai tá me esperando com tudo no carro, sabe, no estacionamento.

— Claro, obrigada por vir me avisar do Harry. – Natalie diz – Te vejo semana que vem.

Os dois deram um selinho de despedida e Natalie correu até o restaurante que trabalhava, pegando o walkman em sua bolsa.

Ela apertou o botão.

— Harry? Tá na escuta? Eu tô aqui, câmbio. – Natalie disse

Alguns segundos se passaram.

— Oi Nat, finalmente! – Harry fala

— O que era tão importante que você ligou até pro Ethan? – Natalie perguntou – Harry? – Ela revirou os olhos – Câmbio.

— O Dustin voltou! Encontramos com ele na casa dele e agora estamos indo testar um rádio amador! – Harry diz – Quer vir com a gente? Câmbio.

Natalie suspirou aliviada, no entanto, um pouco irritada. Por alguns segundos, imaginou que o desespero do irmão pudesse ser relacionado com algum acontecimento do Mundo Invertido em Hawkins novamente.

Saber que era só a volta do Henderson, deixou ela aliviada.

— Vai se ferrar, Harry! Achei que era algo importante. – Natalie disse – Eu tô trabalhando, não consigo ir agora. Amanhã eu vejo ele, câmbio desligo.

Natalie voltou a trabalhar. Recebeu uma ligação de Hopper pedindo ajuda para conversar com Mike e Eleven, mas desligou na cara dele.

Naquela noite, ela quem fechou o estabelecimento. Descendo as escadas rolantes, sabendo que o único lugar aberto naquele momento era o shopping, foi em direção a saída.

Ao ouvir alguém correndo em sua direção, Natalie deu um soco em Steve quando ele colocou a mão em seu ombro.

— Puta merda! – Steve reclamou

— Puta que pariu, Steve! – Natalie exclamou levando a mão ao peito – Não se faz isso, achei que estava sozinha aqui.

— Precisava ter me dado um soco? – Steve perguntou

— Sim. – Natalie respondeu, ao mesmo tempo que sua irmã, que apareceu atrás do Harrington

Amber sorriu.

— Ainda bem que ele quem foi na frente. – Amber falou

Natalie riu.

— Eu ia te dar carona, mas agora estou revendo sobre isso. – Steve disse

— Foi seu soco do ano, virou anual ver você levando uma surra… – Natalie murmurou

Os três foram até o carro de Steve.

— Vai parar de fazer piada com isso quando? – O Harrington perguntou

— Quando ganhar alguma briga. – Natalie respondeu

— O que significa: nunca. – Amber falou

— Já não basta ter que aturar a chata da Robin no trabalho, agora vocês também vão ficar me zoando? – Steve perguntou

— Sim. – As duas responderam juntas

Steve negou com a cabeça, começando a dirigir.

— Valeu pela consideração, Amber. – Steve fala

— Se eu não tivesse consideração por você, não tinha te contado que sou lésbica.  – Amber rebateu no banco de trás

Natalie arregalou os olhos, se virando para a irmã, sentada no banco do passageiro.

— Contou para ele? – Natalie perguntou

— Contei. – Amber respondeu, Steve tinha um sorriso no rosto

— E ele te aceitou normal? – Natalie perguntou, mais surpresa ainda

Steve franziu o cenho.

— Por que não aceitaria? – Steve perguntou

— Porque você é homem. – Natalie respondeu – Tem dinheiro. Seu pai é um babaca…

— Eu não sou meu pai. – Steve rebateu – Tô começando a me ofender com o rumo dessa conversa…

— Não se ofenda! – Amber diz

Natalie suspirou aliviada.

— Por isso expulsou aquele cara da sorveteria daquele jeito? – Natalie perguntou

— Não só por isso, ele foi meio… Invasivo. – Steve respondeu

— Em outras palavras, ele ficou indignado que o cara veio dar em cima de mim do nada enquanto dão vários foras nele. – Amber brincou

— Ha ha ha. – Steve riu em falso

— Podemos falar agora: aquela ruiva que o Steve deu em cima, com certeza, deu mais bola para você do que para ele. – Natalie disse para sua irmã – Por que não tenta algo com ela?

Eles ficaram conversando o caminho todo até a casa dos Goodwin.

(...)

Era madrugada. Ayla voltava dirigindo para Hawkins até ver um carro batido no meio da estrada.

Deu seta e encostou o carro, descendo com a chave em mãos para ver se tinha algum ferido no local. Não tinha ninguém no carro.

A mulher franziu o cenho e se virou rápido ao ouvir barulho de passos em sua direção. Billy Hargrove estava ali.

— Willian, esse era seu carro? – Ayla perguntou – Você está bem? Está ferido?

Ele a olhou, um olhar frio. Ayla não obteve resposta e nem a teria em palavras.

O garoto a pegou pelo pescoço, vários ratos correndo em direção aos dois. Tentou gritar, ou qualquer coisa do tipo, mas uma gosma subiu pela sua perna, chegando até sua garganta.

O Devorador de Mentes invadiu a mente de Ayla Goodwin.

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