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3.02- WEEK

Já era noite quando Natalie e Ethan saíram do clube. A garota passou a maior parte do caminho em silêncio no banco do passageiro, com uma mão na cabeça que doía.

O loiro deu algumas olhadas para Natalie, com medo de tirar os olhos da estrada e bater o carro.

— Está com dor de cabeça de novo? – Ethan perguntou

Natalie suspirou, cansada.

— Sim. – A Goodwin respondeu

— Abre o porta-luvas. Deixo o remédio aí. – Ethan disse, Natalie abriu a portinha, negando o remédio, o tomando com a garrafa de água que compraram no clube – Tem que ir no médico para diagnosticar isso. Você tá direto com enxaqueca.

Natalie negou com a cabeça.

— Odeio hospitais. – A garota falou

— Ainda precisa ir se cuidar. – Ethan disse, olhando para ela assim que estacionou o carro em frente a casa da mesma – Quer que eu entre com você?

Natalie sorriu, negando com a cabeça.

— Não, eu tô literalmente acabada. Preciso dormir. – Natalie falou – Mas você pode vir amanhã a noite, sabe… Meu pai vai pegar plantão noturno e como minha mãe viajou a negócios…

Ela sorriu maliciosamente, fazendo o garoto rir, um tanto envergonhado. Seu rosto, porém, não corou.

Ele concordou com a cabeça. Não seria a primeira vez que iria para a casa dela de noite com segundas intenções.

— Claro. Mas só se me prometer que vai cuidar dessa dor de cabeça. – Ethan falou

Natalie concordou.

— Sabe que estou dando meu melhor. – Nat disse abrindo a porta do carro

Ethan fez uma careta.

— Vou ter que te amarrar e levar a força ao hospital mesmo? – Ele brincou

— Sim. – Natalie entrou na brincadeira – Te vejo amanhã, então.

— Até amanhã. – Ethan disse

Natalie fechou a porta, acenando enquanto entrava para dentro de sua própria casa. Estava silenciosa, até demais em sua opinião. Percebeu que Reggie estava dormindo no sofá.

Desde que Ayla arranjou um emprego em uma empresa gastronômica que a fazia viajar entre as cidades, ela quase não parava em casa. Sem dúvidas Reginald era um dos que mais sentia sua falta ali dentro.

Trancou a porta, subindo as escadas devagar. Conseguia ouvir música vindo do quarto de Harry, com a porta fechada, enquanto Amber dormia em sua própria cama com a porta aberta.

A mais velha fechou a porta do quarto de sua irmã e bateu na porta do quarto de Harry, antes de abri-lo.

— Nat? – Harry perguntou, confuso

— Papai e Amber estão dormindo, pode abaixar um pouco a música? – Natalie perguntou

Under Pressure tocava no rádio, em um som consideravelmente alto.

Harry olhou para um relógio perto de sua cama, franzindo o cenho.

— Isso são horas de chegar em casa? – Ele mudou de assunto

— Eu sou adulta. – Natalie fala – Abaixa isso, por favor, eu tô com uma dor de cabeça do caralho.

Harry suspirou.

— Só quer que eu tire porque tem o David Bowie? – O mais novo perguntou

— Não! Não tenho nada contra ele, claro que gostaria mais de fosse um AC/DC, mas Queen e David Bowie também servem. – Natalie respondeu – Só… Tá tarde, todo mundo aqui trabalha e você sabe… É meio cansativo.

Harry concordou com a cabeça, desligando o rádio.

— Quando a mãe volta? – Harrison perguntou

— Domingo, eu acho. – Natalie respondeu – Quando o Dustin volta?

— Sábado. – Harry diz – Estamos preparando uma surpresa para quando ele chegar, quer ir junto?

Natalie negou.

— Vou ter que trabalhar. – Nat diz – Mas espero que dê tudo certo nessa surpresa.

— Eu também. Vamos tirar El de casa só para assustar ele. – Harry contou

Natalie riu.

— Incrível. – A mais velha falou – Vou deitar, vê se não dorme tarde, hein.

Natalie não dormiu muito tempo naquela noite, já que acordou suando frio. Não sabia muito bem o porquê, mas algo a acordou no meio da noite novamente. Talvez fosse a forte dor de cabeça que estava tendo a meses, mas não tinha certeza. Seu corpo tremia.

Se levantou da cama, sabendo que não conseguiria voltar a dormir. Vestiu um casaco, abrindo a porta do quarto e descendo em direção a cozinha. Natalie abriu a porta da geladeira, pegando um copo de água.

Se assustou ao ver Ayla de costas mexendo nos armários. Levou a mão ao peito.

— Oh, merda! Mãe! Que susto! – Natalie reclamou, piscando ao se lembrar que sua mãe não estava em casa – O que você tá fazendo aqui? Achei…

A mais nova deu um pulo para trás quando a mulher se virou. Ayla estava diferente, suas veias e artérias estavam escuras e a mulher parecia ter perdido toda a humanidade em seu olhar.

Não parecia ela mesma.

— Que eu não iria voltar? – Ayla perguntou, sua voz estranhamente familiar – Que teria conseguido concluir tudo? Que iria me matar? Eu sempre volto, Nat.

Natalie se afastou em direção a porta da cozinha, deu um grito quando seu corpo bateu no de seu pai, parado ali. Um buraco na testa do mesmo era visível, como se uma bala tivesse ultrapassado ali.

Como se tivesse morrido em uma troca de tiros policial.

— Não precisa ter medo, filha. – Reggie diz – Vai se encontrar com a gente logo.

Natalie correu freneticamente e encontrou seu irmão com rosto estava pálido e vazio, como se ele tivesse sido possuído por uma entidade do Mundo Invertido. Ele estendeu a mão em sua direção, emitindo um arrepio que percorreu sua espinha.

— Me ajuda. – Harry sussurrou

Uma trilha preta se formava em direção ao quarto de Amber. Haviam algumas lágrimas no rosto de Zero quando ela subiu as escadas e percebeu a janela aberta.

Amberly não estava mais ali. Havia sido levada.

Nat acordou com um grito sem som algum quando um Demogorgon pulou em sua direção, grito abafado em seu peito.

Ela se sentou na cama, ainda eram 5 da manhã. Sua respiração estava ofegante, como todas as outras vezes que isso aconteceu. Já havia desistido de tentar lutar contra os pesadelos que a perseguiam desde novembro do ano anterior. Todos ligados ao mundo invertido. Nem a psicóloga da escola conseguiu a ajudar, já que não poderia contar sobre aquela parte para ela.

Com certeza era culpa do trauma que ficou após ser atacada tantas vezes pelos animais. Lembrava muito bem do que acontecera quando fugiu do laboratório, foram quase dois anos para conseguir dormir normalmente, já que toda vez que fechava os olhos imaginava-se naquele lugar.

Naquele maldito lugar.

Tirou o pijama, colocando uma roupa confortável antes de prender o cabelo e descer para a cozinha. Estava tudo normal, alguns pássaros cantavam do lado de fora da casa. O céu ainda estava escuro, prestes a amanhecer.

Pegou uma garrafinha de água, antes de sair da casa e começar a correr para sair do quarteirão. Com o tempo, percebeu que fazer exercícios ajudavam a se concentrar e esquecer as paranóias que aqueles pesadelos traziam.

Não soube quantas horas ficou correndo ao redor da floresta. Passou algumas vezes pela casa dos Byers e do Harrington, que Natalie durante essas corridas percebeu serem vizinhos, antes de amanhecer. Quando o Sol se levantou de vez, ela voltou para sua casa. Reggie estava no quintal.

— Vi você saindo mais cedo do que o normal. – Reginald falou

— Não consegui dormir tanto hoje. – Natalie disse

— Tá com dor de cabeça de novo? – Reggie perguntou

— Não, só… Pesadelo. – Respondeu a menina

Reggie a encarou por alguns segundos.

— Vem, vamos treinar. – ele disse

Eles foram para a garagem de casa, onde estavam tendo aulas de defesa pessoal desde o ano anterior. Depois que Billy Hargrove invadiu a casa dos Byers e deu uma surra em Natalie e Steve, Reggie se certificou que isso nunca mais iria acontecer com sua filha. Durante os primeiros meses, eles treinavam todo dia. Desde que Ayla começou a viajar a trabalho, era apenas nos dias que os dois acordavam cedo demais. Ou quando tinham insônia.

Reginald ofereceu as aulas para o Harrington também, mas o garoto ainda tinha medo dele, então negou.

Durante alguns minutos o único barulho existente ali era do saco de pancada balançando enquanto Natalie o batia e Reggie segurava o mesmo. Os dois em silêncio.

— Certo, já bateu muito em um saco de pancadas. – Reggie disse soltando o mesmo – Tente me derrubar.

Natalie deu um sorriso frouxo.

— O que?

— Me derruba. – ele ficou em posição de luta, na defensiva

Natalie mexeu a cabeça para o lado, usando seus poderes para fazer Reginald cair contra o chão. Ela começou a rir enquanto ele resmungava alguns palavrões.

— Você não falou que eu precisava lutar. – Nat se defendeu

— Você é muito engraçada, até demais. – Reggie ironizou – Quero ver o que aprendeu, vem.

Ele a chamou com a mão. Nat suspirou, respirando fundo antes de dar um passo a frente.

Sem que Natalie estivesse preparada, Reggie tentou acertar Natalie com um golpe simulado, ela se defendeu, conseguindo bloquear o golpe com os antebraços. Sem esperar muito, ela contra-atacou com um chute rápido, mirando no torso do pai. Ele quem desviou dessa vez.

— Quer me contar como foi o pesadelo? – Reginald perguntou, enquanto sua filha tentava outro movimento de ataque que ele conseguiu se esquivar facilmente

Natalie parou de tentar o atacar.

— Na mesma linha que os de sempre, só que dessa vez eu não estava no mundo invertido. – Nat respondeu – Foi meio que ao contrário.

— Como assim? – Reggie perguntou, novamente

— Foi como se o Mundo invertido estivesse aqui. – Natalie contou – Em vocês. Vocês estavam…

Parou de falar quando suas costas bateram contra o chão, Reggie a golpeando inesperadamente e a derrubando.

Murmurou alguns palavrões.

— Não abaixe a guarda, as pessoas podem usar a conversa para te tirar do foco e te atacar. – Reggie falou, estendendo a mão para a filha – Estávamos como?

Natalie se levantou com a ajuda do pai, estava claramente brava com a queda.

— Pareciam possuídos, tipo o Will ano passado. Você, a mamãe e Harry. – Natalie falou – Amber havia sido levada e o Demogorgon tentou me atacar novamente.

— Sei que podem parecer reais, mas eles não são. – Reggie se referiu ao pesadelo – É intenso, eu sei. Especialmente depois de tudo o que você já passou e é por isso que sugeriram a passar com a psicóloga quando estava na escola. Quem não sabia sobre o mundo invertido, achava você só uma maluca.

— É e eu passei algumas vezes, provando que não sou maluca, já que não fez efeito nenhum. – Natalie murmurou – Idiotice…

— Eleven fechou o portal, não precisamos nos preocupar. Tudo aquilo que você sonha é consequência do seu inconsciente.

— Eu sei, li bastante sobre as teorias de Freud. – Natalie comentou

Reggie negou com a cabeça.

— Nerd. – Disse o pai da garota – Posso terminar?

— Claro.

— Não vai acontecer nada com a gente, estamos tudo bem. E se, por acaso, aquilo voltar. Vamos vencer. Já vencemos duas vezes. – Reggie diz – Estamos aqui para nos protegermos, certo? Vou garantir que você fique segura.

— Meu medo não é acontecer alguma coisa comigo, é acontecer alguma coisa com vocês. – Nat diz – Eu preciso que todos fiquem bem.

— E só vamos ficar bem quando você estiver bem. – Reggie diz – Odeio dizer isso, mas precisamos tentar superar. Todos temos medo dessa coisa, mas ela já não está mais em nossa realidade. Vamos tentar superar isso juntos, podemos treinar, conversar e… Chorar. Sempre que você precisar. Tudo bem?

Natalie assentiu.

— Tudo. – a Goodwin disse, antes de dar uma joelhada nos membros de Reggie o fazendo fazer uma careta caindo no chão – Não abaixe a guarda. – Ela repetiu as palavras do pai

O mais velho se contorceu de dor no chão, agora quem xingava era ele.

— Certo, eu mereci essa. – ele reclamou

Natalie deu um pequeno sorriso, esticando a mão para o mesmo e o ajudando a se levantar.

— Acho que pego a baby no mecânico hoje. – ela disse

— Vai mesmo chamar seu carro assim? – Reggie perguntou

— Você quem o batizou dessa forma ao falar nas exatas palavras: "Cuide dela como se fosse um bebê". – Natalie respondeu

— Não era de forma tão literal! – Reggie exclamou

(...)

No dia seguinte, as coisas correram bem. Nancy foi para a casa dos Goodwin depois do trabalho. Ela, Natalie e Amber estavam conversando na sala de estar, as três de pijamas com a televisão ligada.

Nancy negou com a cabeça enquanto Natalie imitava o jeito de andar do delegado Jim Hopper.

— Não é possível! Você está imitando igualzinho. – Nancy disse

— Isso é porque você não viu como ele fica perto da Joyce, tenta manter mais ainda a postura mesmo estando claramente como um bobo apaixonado. – Natalie falou, voltando ao seu lugar

As três estavam conversando sobre as pessoas que participavam do "Grupo contra o mundo invertido" como Amber chamava aqueles que participavam das lutas, segundo ela, anuais.

— Perco 5 anos de vida toda vez que vejo os dois juntos. – Amber diz

— Eu acho que seriam um bom casal. – Nancy fala

— E seriam, é justamente esse o problema! – Amber falou

Natalie fez uma careta.

— Não entendi…? – a mais velha disse

Amber suspirou.

— O Hopper fica flertando, flertando e flertando com ela o tempo todo, tentando investir e está claramente com um tesão absurdo. – Amber fez uma careta com a última frase – Enquanto Joyce não percebe isso. Se pergunta para ela sobre ela e o Hopper, a resposta dela será "somos bons amigos" exatamente como você e o… Bom, não sei se ela se faz de desentendida ou só é meio atrasada em meio a relacionamentos.

Nancy assentiu.

— Acho que pode ser pelo o que aconteceu com o Bobby, ano passado. – A Wheeler disse, um pequeno momento de silêncio se instaurou no ambiente – Como estão seus empregos?

— Estaria bem melhor se Steve não estivesse nele também. – Amber falou

— Achei que ainda fossem amigos. – Nancy diz

— Eles são. – Natalie falou

— É, somos. Mas é um saco ficar ouvindo ele discutindo comigo e com nossa colega toda hora para provar que está certo sobre ser uma besteira usar aquele maldito chapéu de marinheiro. – Amber disse

Natalie riu.

— Você também acha que aquilo é ridículo. – Nat disse

— Eu me recuso a concordar com Steve novamente. – Amber falou

Nancy olhou para Natalie.

— E o seu? – A Wheeler perguntou

Nat deu de ombros.

— Me colocaram para treinar um funcionário novo hoje, acho que posso ser promovida a gerente em breve. – Natalie diz – E o seu?

Nancy deu um longo suspiro.

— Uma grande porcaria. Eu só queria uma chance. Uma chance! Uma chance para mostrar meu trabalho como jornalista, mas tudo o que eles querem de mim é café e que eu busque um almoço. – Nancy falou – Só o Jonathan pra estar feliz trabalhando em um lugar como aquele…

— Jonathan é gente boa, mas continua sendo homem. – Natalie falou, atraindo os olhares das amigas – Privilégios e tals. Ou vocês acham que a cidade teria a mesma reação que teve com a Nancy se estivesse escrito "estrelando Jonathan Byers o vagabundo" naquele cinema? Que nada. Talvez os caras começassem até a ter respeito por ele por "trair" alguém.

Nancy concordou com a cabeça, assim como Amber.

— Pode ser porque ele é pobre também. Nós pobres aceitamos qualquer emprego, até usar uma fantasia de Popeye o dia inteiro no shopping. – Amber diz – Ou ele só tá muito concentrado no trabalho e não percebe a sacanagem que fazem com você.

Nancy começou a rir.

— Uau, vocês são realmente boas com conselhos. – Nancy disse

— Eu sei. – Amber disse

— E como tá seu namoro com o Jonathan? – Natalie perguntou, curiosa

— Ótimo. Dormimos juntos a maioria dos dias, fujo pela janela todas as manhãs, é pura adrenalina. – Nancy respondeu – Jonathan com certeza é o melhor namorado que já tive. E você e o Ethan?

— Tá sendo incrível. – Nat sorriu – Ele é um fofo e se preocupa bastante, falou esses dias que ia me ensinar a nadar e tudo.

Amber atraiu os olhares das outras ao ficar quieta.

— E você, Amb? – Nancy perguntou – Namorando algum garoto?

— Não. – Amber respondeu

— Nem o Steve?

Amberly gargalhou. Olhando pelos ponteiros do relógio, Natalie percebeu que a irmã mais nova ficou rindo por exatos dois minutos. Sem pausas.

Nancy já estava com uma careta, prestes a rir também, quando Amber limpou uma lágrima que escapou.

— Entre namorar Steve e beijar um Demogorgon, eu preferia o Demogorgon. Com todo respeito. – Amber diz

Nancy concordou.

— É que vocês ficaram bem próximos desde que nós todos viramos amigos, aí eu pensei que… Sei lá, rolasse algo. – Nancy diz

Natalie cruzou os braços, prestando atenção na conversa. Sabia que Amber gostava da mesma fruta que Steve, mas Steve continuava a gostar de garotas. Só de pensar na possibilidade dele gostar da sua irmã, embrulhava seu estômago.

— O Steve é como o irmão mais velho que eu nunca tive. – Amber falou, Natalie a encarando – Irmão! Não irmã!

Nancy riu.

— Faz sentido. – A Wheeler diz – Vou admitir uma coisa…

— O que? – Nat perguntou

— Quando terminamos, eu jurei que vocês dois iriam ter algo. – Nancy diz

Natalie deu uma risada nasal.

— Sério?

— Fiquei bem surpresa quando você apareceu com o Ethan e não com ele. – Nancy diz

— Steve é uma boa pessoa, mas ainda é seu ex. – Natalie diz

— Foi isso que te impediu? – Nancy perguntou

Natalie negou com a cabeça.

— Nunca cogitei ter algo com ele. – Natalie respondeu – Somos bons amigos.

Amber revirou os olhos, alguém batendo na porta quase no mesmo instante.

— Eu atendo! – A garota disse

Amber foi até a porta da sala, fazendo uma careta ao ver Ethan na porta.

— Oi Amber, como vai? – Perguntou Ethan, um tanto quanto tímido

Natalie arregalou um pouco os olhos.

— Merda, eu me esqueci dele. – Nat murmurou

— Natzinha, é para você. – Amber provocou, antes de voltar para o lugar que estava sentada antes

Natalie foi até a porta.

— Oi Ethan.

— Oi amor. – Ethan disse – Você me chamou ontem…

— Eu sei, me esqueci. Desculpa. – Natalie disse – Pode voltar outro dia? Nancy está aqui e tem muito tempo que não colocamos a conversa em dia.

Ethan parecia um tanto decepcionado.

— Claro, eu deveria ter ligado antes confirmando também. – O Colter falou – Podemos sair amanhã a noite?

— Amanhã é meu dia de fechar o restaurante. – Natalie diz – Mas podemos ver se no fim de semana fazemos alguma coisa.

Ethan fez uma pequena careta.

— Não vou estar aqui esse fim de semana. Vou viajar para o Norte, visitar minha avó… – Ethan disse colocando uma mão na bochecha de Natalie – Mas semana que vem fazemos alguma coisa. Se divirta essa noite.

— Com certeza. – Natalie falou

O garoto deu um rápido beijo nela, antes de acenar para as amigas dela.

— Tchau, garotas. Tchau, Natalie. – Ele saiu

Natalie esperou ele se afastar para fechar a porta e se virar para as garotas, que tinham um sorriso divertido no rosto.

Amber olhou para Nancy.

— "Eu deveria ter ligado". – Amberly imitou o sotaque de Ethan

Natalie revirou os olhos.

— "Vou viajar". – Nancy fez o mesmo – "Semana que vem fazemos alguma coisa".

As duas caíram na gargalhada enquanto Natalie se sentava no chão.

— Muito engraçado. – Ironizou Natalie

— Foi fofo. – Nancy diz ainda em uma crise de risos

Natalie começou a rir, junto com as garotas.

(...)

Já era noite naquela quinta feira, 27 de junho, quando Natalie fechou o restaurante e se aproximou da Scoops Ahoy. Uma das únicas lojas que ainda estava aberta.

Natalie entrou no local, vendo Robin acabar de organizar as coisas da sorveteria.

— Oi Robin. – Natalie disse

— Eai Nat! – Robin cumprimentou

— Minha irmã…

— Steve levou ela embora. – Robin fala

— Te largaram sozinha hoje? – Nat perguntou

— Sobrou tudo para mim. – Robin respondeu – Mas tudo bem. Não esperava outra coisa do senhor cabeludo.

Natalie riu.

— Quer ajuda? – Ofereceu a Goodwin

Robin pensou por um minuto.

— Quero. – Ela disse

Enquanto Natalie limpava o balcão e Robin organizava os sorvetes no freezer. A curiosidade perturbava a Goodwin.

— Por que você não se surpreenderia com o Steve te abandonando? – Natalie perguntou

— Por que? Porque ele é extremamente idiota. – Robin respondeu – E adora me irritar. Lidar com ele a manhã inteira é horrível.

Nat deu de ombros.

— Não sei, às vezes tenho a impressão que o Steve pode estar interessado em você… De um jeito mais romântico. Sabe? – Robin arregalou os olhos com a frase da Natalie – Sem saber lidar com os próprios sentimentos…

Por mais que não fosse admitir aquilo, Natalie sentiu um aperto no coração em pensar naquela possibilidade. Quando começou a perceber a maneira diferente que Steve tratava Robin, começou a perceber também que algo naquilo a incomodava.

Robin riu, irônica. Ela sabia que Steve estava interessado em uma garota e tinha total certeza que não era ela.

— Ah, Steve? Sério? – Robin perguntou – Acho que você está forçando a barra um pouco, Nat.

— Ah, não sei não... Às vezes, parece que ele está olhando para você de um jeito… – Natalie fez uma pequena careta – Diferente.

Robin riu novamente, fazendo Natalie a encarar.

— Olhando de forma diferente para mim? – Robin disse – Só se for quando eu estou tomando um sorvete e ele fica esperando que eu o compartilhe com ele.

Robin fez uma careta enojada só de pensar na possibilidade de Steve estar a vendo com outros olhos.

— Qual é! Steve não é tão ruim assim. – Natalie fala – Ele é gentil quando quer, é uma boa pessoa. Bem bonito, está sempre com o cabelo arrumado, cheiroso… Se você desse uma chance. – Nat deu de ombros

— Acho que ele é mais seu tipo do que o meu. – Robin falou – E se fosse para um dos meus colegas de trabalho estar afim de mim, eu não iria querer que fosse o Steve.

Natalie arregalou um pouco os olhos. Robin só trabalhava com Amber e Steve. A Buckley pareceu se arrepender da fala, como se tivesse saído sem querer.

— O que você quer dizer? – Natalie perguntou

— Nada.

— Você ia preferir que minha irmã gostasse de você. – Natalie falou – Você tá afim dela? – Robin não respondeu – Robin, você gosta de mulheres? Não precisa responder se não quiser, apesar de que se você não responder eu já vou saber que a resposta é sim. Não queria te tirar do armário, mas você acabou falando disso e… Não precisa ter vergonha de gostar de garotas, eu também gosto. Garotas são incríveis. Eu tô falando demais…

Natalie falou de forma desajeitada, rapidamente. Após terminar as frases soltou um longo suspiro, pois não respirou no meio das palavras, já que falava rapidamente.

Robin parecia absorver o que Natalie estava falando. Ela olhou para o chão.

— É… Eu gosto… – Robin disse – Tá tão na cara assim?

Natalie abriu um sorriso.

— Um pouquinho. O que você falou ajudou a chegar a conclusão, mas… – Ao ouvir Natalie parar de falar, Robin a olhou – Você gostava da voz da Tammy Thompson, para gostar daquele Muppet cantando, ou tem que estar apaixonada, ou ser maluca.

— Eu poderia ser maluca. – Robin diz

— Mais maluca que eu? Nunca. – Natalie brincou a puxando para um abraçado

Robin franziu o cenho quando ela fez isso, Natalie nunca havia a abraçado antes.

— O que é isso? – A Buckley perguntou

— Me desculpa por te tirar do armário e obrigada por confiar em mim para se assumir. – A Goodwin respondeu – Mesmo não tendo muita escolha.

Robin a afastou um pouco.

— Você disse que gosta de mulheres também, o Ethan é só faixada ou…

— Gosto dos dois.

— Caramba.

— É, caramba!

Nat abriu um pequeno sorriso, Robin a olhando séria de repente.

— Nat, você não pode contar isso para ninguém, ok? – Robin falou – Nem para sua irmã, nem para ninguém! Eu tô falando sério, se alguém descobrir…

— Eu não vou contar! Eu prometo. – Natalie disse

Ela até queria contar. Sabia que Amber gostava de Robin, mas quem tinha que assumir seus sentimentos para Amberly era Robin, não Natalie.

Robin abriu um sorriso.

— É tão bom falar sobre isso com alguém, finalmente. – A Buckley suspirou aliviada

— Quer me contar quando percebeu que gostava de mulheres? – Natalie perguntou

As duas continuaram a conversa enquanto fechava a sorveteria, sozinhas no shopping. Elas não faziam a menor ideia que metros abaixo de ambas, haviam vários cientistas russos trabalhando em segredo.

Que no meio de um dia comum, os comunistas estavam abrindo um portal para o Mundo Invertido.

Decidi colocar o decorrer da semana todo nesse capítulo para poder seguir os acontecimentos da terceira temporada logo. Próximo capítulo já começa todo o enredo.

Quem pediu Ethan indo embora, ganhou uma viagem para ele enquanto o Dustin volta de uma, ele vai.

Não tirem seus amigos do armário galerinha, mesmo suspeitando, se eles forem se assumir para vocês, deixem ser no tempo deles.

Lembrem-se que tudo se passa nos anos 80, terapia era considerado frescura ou coisa de gente maluca. LGBT ainda era um tabu dos grandes.

Até o próximo capítulo!!

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