2.11- ATTACK
Natalie estava cansada.
Cansaço era o sentimento ideal para descrever o que ela sentia naquele momento, desde a festa de Halloween, ela não dormia direito. Por mais que tenha apagado na cama do Harrington, a ressaca não a deixou descansar.
Eram muitos sentimentos um atrás do outro em questão de poucos dias e a dor em seu pescoço que a batida causara não ajudava em nada. Ficou horas conversando com Eddie após pegar carona com ele, adiando a conversa que sabia que teria que ter com os adultos. Pediu para ele a levar para casa quando começou a amanhecer novamente. Ao entrar pela porta da casa, pensando em alguma desculpa por desaparecer durante quase 48 horas, ou mais. Natalie quase se arrependeu de ter fugido do hospital.
Quase.
Natalie franziu o cenho ao perceber que a casa estava completamente vazia.
— Mãe? Pai! – Natalie chamou, o silêncio se mostrando como resposta – Amber... Harry?
Ninguém respondeu. Estava tudo vazio, como se ninguém estivesse lá a um bom tempo.
A garota não tinha noção do que estava acontecendo com sua família, sendo deixada de lado dos ataques do mundo invertido novamente enquanto machucada. Não fazia ideia de que seu pai estava preso com Hopper em túneis embaixo da cidade, que Joyce e Ayla os procuravam por uma mapa que Will havia desenhado em ataques psíquicos com ajuda de Bobby, Will e Amber.
Natalie não fazia ideia de que seu irmão mais novo estava prestes a enfrentar um demogorgon junto com Dustin, sem a ajuda de seus outros amigos ou de qualquer responsável.
Ela realmente ficou horas longe de tudo aquilo.
— Estranho... – Natalie murmurou, trancando a porta da casa – Por que não tem ninguém em casa? Mais estranho ainda é eu estar falando sozinha...
Natalie andou pela casa, procurando qualquer rastro que pudessem ter deixado ali. Qualquer bilhete sobre não ir para casa.
Não tinha nada.
Iria voltar a procurar, mas o cansaço a venceu. Natalie se deitou no sofá, se permitindo dormir algumas horas em paz.
Sem saber o caos que estava fora daquela porta. Caos que logo entraria para dentro da casa também.
(...)
— Você mandou sua mãe procurar sua gata morta na cidade vizinha e tá falando que meu plano é ruim? – Harry perguntou
Após acharem o corpo comido da gata de Dustin, ambos souberam quem havia feito aquilo ao ver que Dart já não estava parecendo um girino. Ele parecia cada vez mais um demogorgon.
Harry não falava com sua família a horas, percebeu que estava fudido quando nenhum deles o respondeu. Nem mesmo seus amigos.
Conseguiram mandar a senhora Henderson para outro lugar enquanto davam um jeito de pegar aquela coisa.
— Você tem certeza que Natalie não está nos respondendo? – Dustin perguntou, nervoso
— Não vejo ela desde o Halloween, Dustin. – Harry respondeu – Ninguém tá entrando em contato com a gente! Ninguém! Precisamos dar um jeito! Se não vamos ficar igual a sua gata! Eu não deveria ter aceitado a ideia de criar um demogorgon...
— Não sabíamos que era um demogorgon! – Dustin rebateu
— Os meninos vão nos matar. – Harry diz, negando com a cabeça em seguida – Precisamos colocar esse plano em prática!
O plano era simples. Atrair Dart até o porão da casa dos Henderson, lugar onde era seguro o suficiente para se esconder de um furacão, quando tinham a infelicidade da presença de um na cidade e prender ele.
Depois disso, pegariam suas bicicletas e iriam até a casa de seus amigos, buscando alguém para ajudá-los matar Dart.
Harrison achava que daria certo, quase não tinham problemas no plano. Apenas alguns existiam, como o grande empecilho que seria para eles não serem o prato principal do dia.
Dustin se protegia com vários travesseiros e roupa de hóquei enquanto Harry segurava um cabo de vassoura. Organizaram tudo para colocar o plano em prática.
— Beleza Dart, hora do café. – Dustin disse ao se aproximar da porta
— Um...
— Dois...
— Três... – os dois disseram juntos
Harry abriu a porta com o cabo de vassoura, descendo correndo e largando um Dustin desengonçado para trás.
Conseguia ouvir os repetitivos "Caramba" e "merda" que saiam da boca de Dustin conforme andava um pouco atrás.
Parou no fim da escada, olhando Dustin que dava alguns pulos tentando se mover rapidamente para fugir de Dart.
Quando finalmente chegaram na casinha do quintal – forma como Harry chamava a cabana do quintal dos Henderson – ambos espiavam Dart pelas frestas que as madeiras deixavam.
— Vamos lá, sei que está com fome. – Dustin murmurou
Dart apareceu na porta da casa, caindo na armadilha, ele comia todas as fatias que deixaram pelo caminho.
Harry cruzou os dedos, torcendo para que o plano desse certo e conseguissem legar Dart. Essa era a parte mais difícil, certo? Depois disso iriam atrás do resto do grupo para ajudar eles a acabar com o democão.
Era fácil.
Ou não. As esperanças se esvaíram dos olhos de Harrison quando Dart parou antes de entrar no porão, olhando em direção a Dustin e ele.
Com um pulo ambos se afastaram da fresta. Harry olhou para Dustin devagar, com medo de que qualquer mísero movimento fosse atrair o demogorgon até eles.
— Acha que ele nos viu? – Harry perguntou em um sussurro quase inaudível
Dustin se aproximou um pouco da fresta, vendo que Dart se aproximava da cabana devagar.
Ele se virou para seu amigo, seus olhos arregalados dando medo de Harrison. Principalmente ao notar como seu amigos falava sozinho.
— Dustin, o que... – Não conseguiu terminar a frase antes de Dustin começar a gritar e sair da cabana com o taco de hóquei para cima
Harrison seguiu seu amigo, Dart correu para dentro do esconderijo ao se assustar com o Henderson. Os dois garotos fecharam as portas rapidamente.
— Desculpa cara. – Dustin pediu ofegante – Mas você comeu minha gata...
Harry estava apavorado.
— VOCÊ ENLOUQUECEU? – Harry perguntou em um grito
— O que foi? Deu certo! – Dustin respondeu
— Você poderia ter morrido! Eu poderia ter morrido! Nós poderíamos ter morrido! – Harry rebateu
— Mas não morremos! – Dustin disse
— Ainda. – O Goodwin disse – O que fazemos agora?
— Vamos atrás do Mike, no pior dos casos, da Nancy. – Dustin disse – Em seguida vamos atrás da Natalie ou da Amber.
— Ou do meu pai. – Harry concordou
— O importante é conseguir ajuda de alguém que já tenha lidado com isso antes. – Dustin falou determinado
Harrison assentiu com a cabeça, ambos se levantando e correndo para dentro da casa.
Um pouco distante dali, Natalie acordava após algumas horas descansando. Ao olhar para os lados, franziu o cenho ao notar que a casa ainda estava da mesma forma de quando dormiu.
Ninguém ao menos tentara entrar. Ao se levantar e olhar todo o andar debaixo, começou a ficar preocupada com o que estaria acontecendo. Horas se passaram e nenhum sinal de sua família.
O telefone começou a tocar. Natalie suspirou aliviada, andou em sua direção para atende-lo quando ouviu um barulho no andar de cima da residência.
Desencaixou e encaixou o telefone no gancho, subindo as escadas devagar. Olhando para os lados conforme andava.
— Amber? Harry? São vocês? – Perguntou Natalie
Não obteve resposta. Olhou para o corredor escuro no andar de cima, apenas com a luz da janela iluminando o local.
Natalie adentrou pelo local devagar, tentando decifrar de que local o som vinha. Parou em frente a porta fechada de seu quarto.
Respirou fundo antes de abrir a porta, entrando devagar. Não havia ninguém ali, apenas sua cama bagunçada. Bagunçada de uma forma que ela não deixara.
Natalie se aproximou franzindo o cenho ao perceber seu cobertor, lençol e até mesmo o colchão rasgados, a espuma de dentro do colchão aparecendo. Vários arranhões eram evidentes ali.
— Mas que porra...? – Natalie sussurrou para si mesma
Prendeu a respiração ao perceber o que aconteceu ali. Algum animal atacou sua cama, local que – em tese – era para Natalie estar. Temia não ser um animal amigável.
Temia ser um "animal" conhecido.
Se virou ao ouvir uma porta se abrindo, um demogorgon com cerca de 1 metro pulando para fora do closet da garota. Natalie não deixou de dar um grito ao sentir as garras do monstro passando pelo seu ombro enquanto a boca da criatura dava uma grande mordida em seu braço direito.
Natalie o jogou para longe com seu poder, as luzes da casa piscando, correu para fora do quarto, fechando a porta com seus poderes. Ouviu a criatura bater a cabeça contra a porta, tentando a seguir. O barulho da madeira quebrando em seguida.
Desceu as escadas correndo, o sangue que descia pelo seu braço deixando o demogorgon com mais fome, já que a mordida que dera na garota não fora o suficiente para acabar com sua fome, mesmo arrancando um pedaço de seu braço.
Natalie se virou, esticando o braço que não estava machucado. Seu poder não funcionou, ainda estava cansada.
Se jogou no chão, vendo o demogorgon pular por cima dela. Natalie se esforçou para ignorar a dor em seu mais novo machucado, pegando a cadeira e a batendo contra a criatura. Pareceu o irritar mais, já que o demogorgon correu em sua direção. Natalie se levantou usando o telefone que estava perto de si para bater na cabeça do demogorgon, o fio dele estourando no processo.
Correu para a cozinha, fechando a porta e subindo em cima da pia. Ao alcançar a parte de cima do armário, pegou uma arma que seu pai deixava ali, carregada e colocou o silenciador na mesma. Destravou a pistola, descendo da pia da cozinha.
A criatura batia a cabeça contra a porta que dava acesso a cozinha, Natalie mirou a arma quase no mesmo momento. Respirou fundo antes de levar o dedo ao gatilho.
Assim que o demogorgon conseguiu entrar, Natalie atirou três vezes contra ele, jogando uma jarra de vidro contra o mesmo e usando o cabo de vassoura para o empurrar para trás.
Juntou forças para usar seus poderes para ergue-lo no ar, ofegante ela o jogou para dentro da despensa. Fechou a porta, trancando com a chave e virou a mesa da sala de jantar em frente a ela.
A Goodwin se sentou no chão da sala, suspirando cansada. O medo invadia seu peito. Tudo estava acontecendo novamente, o Demogorgon havia voltado.
Seus olhos se arregalaram, ele poderia ter matado sua família? Não na casa, ela estava vazia, checou isso após prende-lo, mas fora dela. E se todos eles estivessem mortos?
Se levantou repentinamente, ligando a televisão em um canal que não estava funcionando e fechando seus olhos. Estava tudo preto. Natalie não conseguiu entrar na mente de ninguém.
Não sabia se estavam todos mortos ou o seu cansaço ainda limitava seus poderes. Se levantou correndo de um lado para o outro atrás do Walkman que usava para falar com as crianças.
Bateu sua cabeça contra a parede ao lembrar-se que esse estava no carro que havia batido no dia anterior. Sentindo arrependimento instantâneo do ato, já que a dor dos pontos se fez presente com a batida.
O telefone estava quebrado, não conseguia usar seus poderes e o walkman não estava lá. Como Natalie entraria em contato com os outros? Não poderia simplesmente largar o monstro ali, ele poderia atacar alguém.
— Eu só fiquei fora por alguns dias... – Natalie murmurou irritada
O desespero cresceu no peito de Natalie ao pensar em sua família sendo atacada, o ar sumindo de seus peitos com a possibilidade daquilo já ter acontecido. Mordendo os lábios nervosa, ela entrou dentro do banheiro. Lavando a grande ferida que o demogorgon fez em seu braço, após a mordida. A ardência fez Natalie fechar os olhos.
Passou uma atadura pelo braço com um tanto de dificuldade, usando os dentes para cortar o esparadrapo que segurou ela. Natalie se olhou no espelho, ofegante. O sangue ainda era visível mesmo com o curativo.
Olhou para o lado quando ouviu a campainha, prendendo a respiração. Sua família não tocaria antes de entrar, então estavam fora de cogitação. Pegou a arma indo em direção a porta.
Ansiava que fosse uma das crianças com notícias do que aconteceu, prometeram a ela que não a deixariam de fora dos assuntos do mundo invertido daquela vez. Poderia ser Nancy e Jonathan também.
Abaixou a arma assim que abriu a porta, fazendo uma careta.
— Steve? – Perguntou Natalie, confusa
O garoto segurava um buquê de flores, parecendo um tanto quanto nervoso. Mesmo sem saber sobre o que se tratava a visita, ela tinha uma certeza: Não era sobre o mundo invertido.
No entanto, era tranquilizador saber que um de seus parceiros na luta contra o Demogorgon no ano anterior estava bem.
— Oi Natalie, meus pais me contaram que você se... – Steve parou de falar quando Natalie o abraçou de repente
A Goodwin passou o braço esquerdo pelo pescoço do garoto, o braço direito sem se mexer. Estava aliviada.
— Fico feliz que você está bem. – Natalie falou, se afastando rapidamente – Entra. Eu preciso falar com você.
Steve estranhou o comportamento da garota, mas obedeceu. Passando pela porta, se virou para Natalie assim que ela fechou a porta.
— Eu quem deveria te falar isso, você que se envolveu em um acidente de carro. – Steve disse – Fiquei preocupado, minha mãe falou que você não ficou bem... Vim aqui ontem mas acho que você tava no hospital e ninguém me atendeu...
— Ninguém te atendeu? – Natalie perguntou, nervosa
— Não, já era de noite. Trouxe isso aqui para você... – Steve respondeu, entregando o buquê de rosas vermelhas para a Goodwin. Ele parecia nervoso ao fazer isso. – Como presente de melhoras... – Explicou rapidamente
Natalie pegou as flores, passando seu olhar de Steve para as rosas. Deu um sorriso mínimo sem mostrar os dentes.
— Obrigada, Steve. – Ela agradeceu mesmo estranhando um pouco o ato do rapaz, deixando as rosas em cima de uma mesa rapidamente – Eu preciso de ajuda.
Steve fez uma careta.
— Com o que? – Ele perguntou confuso
— Você viu minha irmã? Não vejo ela desde antes de ser suspensa e o resto da minha família desde antes do Halloween, já tem uns três dias e eu tô aqui à horas e ninguém apareceu, ninguém entrou aqui. Quer dizer, ninguém da minha família. – Natalie respondeu, pegando o braço do rapaz e o puxando para a cozinha rapidamente – Sabe usar?
Ela estendeu a arma carregada para ele, o Harrington passou seu olhar pela cozinha, que tinha a mesa caída em frente uma porta.
— Invadiram sua casa? – Steve perguntou
— Você sabe usar? – Natalie perguntou se referindo a arma, Steve negou com a cabeça – Merda! – Exclamou correndo até uma gaveta da cozinha
— O que tá acontecendo, Nat? – Steve perguntou
Ela pegou um facão, o entregando para Steve.
— Ele voltou. – Natalie respondeu
— Ele quem?
— O demogorgon! – Natalie exclamou – Quer dizer, não era bem ele. É outro, um menor. Bom, é um demogorgon na puberdade.
Steve segurou a faca que Natalie estendeu para ele.
— Você tá brincando? – Steve perguntou, desacreditado
— Eu pareço que estou brincando? – Natalie rebateu a pergunta, apontando para seu braço – Acabei de ser mordida por ele, quase virei o almoço.
Steve a encarou, até aquele momento achava que era um machucado feito durante a batida no carro. Mas agora conseguia enxergar a mancha de sangue no nariz da garota, que provavelmente tentara limpar.
— Nat...
— Eu prendi ele, Steve. Na despensa. – Natalie explicou – Acredita em mim.
Sem esperar uma resposta, Natalie se virou usando seus poderes para arrastar a mesa para longe da porta. Aquele simples ato a cansa-la mais, que se apoiou na parede quase caindo.
— Ou, cuidado! – Steve exclamou – Você já comeu alguma coisa hoje?
Natalie franziu o cenho com a pergunta.
— Não depois de fugir do hospital. – Natalie deu de ombros
— Você fugiu do hospital? – Steve perguntou, negando com a cabeça em seguida – Precisa recarregar as energias se quer usar seu poderes.
Natalie suspirou.
— Tá bom, pai. – Natalie debochou – Vou pegar alguma coisa na geladeira, mas preciso que você me responda... Ainda tem aquele taco com pregos?
— Vou pegar ele no carro. – Steve diz, saindo da cozinha em seguida
Natalie comeu uma coisa que estava na geladeira, jogando na pia assim que Steve apareceu com o taco.
— Anda com ele? – Ela perguntou
— No porta malas. – Respondeu ele
Natalie assentiu, destrancando a porta da despensa. Levou seu dedo ao gatilho, esperando Steve parar ao seu lado com o taco.
A Goodwin respirou fundo, antes de abrir a porta. A arma apontada. A confusão tomou conta da garota ao notar que não tinha ninguém ali.
Steve franziu o cenho.
— Era pegadinha? – Ele perguntou confuso – Nat não brinca com isso...
— Eu não tô brincando! – Natalie respondeu, entrando na despensa – Era para ele estar aqui!
O barulho da porta da frente se abrindo tomou a atenção dos dois adolescentes, que correram em direção a sala sem ver o buraco que o demogorgon havia aberto na parede para fugir.
Natalie correu na frente de Steve, apontando a arma para quem quer que tivesse entrado.
— Porra, Natalie! – Dustin exclamou se assustando – Que porra você tá fazendo?
— Dustin! Harry! – Natalie suspirou aliviada, jogando a arma no chão
— Nat! – Harry exclama, abraçando sua irmã em seguida – Onde estão nossos pais? A Amber...?
— Eu não faço ideia. – Natalie diz
— Steve? – Dustin perguntou, confuso
O Harrington estava apoiado na parede, ergueu uma mão cumprimentando as crianças.
— O que ele tá fazendo aqui? – Harry perguntou, seus olhos se chocando contra o buquê de flores que estava em cima da mesinha da entrada – Ele que te trouxe aquilo?
— Aquilo se chama flores, Harry. E sim, eu quem trouxe para sua irmã... Vim ver se ela estava bem depois que ela bateu o carro. – Steve explicou
Natalie arregalou os olhos, olhando para Steve irritada. Ele havia falado demais.
— Você bateu o carro? – Harrison perguntou encarando sua irmã
— Não é hora para isso! – Dustin exclamou sem paciência – Vamos para minha casa!
— O que? – Steve perguntou confuso
— Explicamos no caminho, precisamos ir. – Dustin respondeu
— O carro é seu lá fora é seu? – Harry perguntou para Steve, o Harrington assentiu – Ótimo, você dirige! Vamos!
Natalie seguiu as crianças com o olhar, os dois saindo apressados de dentro da casa. Ela olhou para Steve.
— Pega o taco. – A Goodwin alertou, seguindo as crianças para fora da casa
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