1.09- INSIDE UPSIDE-DOWN
Natalie andou até a floresta ao encontro de Nancy e Jonathan. Não era seu lugar favorito de Hawkins mas era o lugar onde deveria estar.
Um barulho alto foi ouvido, o que fez a Goodwin se assustar e correr até o lugar onde vinha o som. O alívio tomou conta de seu peito quando viu que era a Wheeler atirando contra latas.
— Caramba, essa lata deve ter feito algo bem ruim. – ela brincou
Nancy riu.
— Eu só estava... Treinando a mira. – ela sorriu
— Está tudo pronto? Vamos? – Jonathan perguntou
As garotas assentiram e em questão de minutos eles começaram a andar, procurando pelo monstro.
Quem visse de fora, provavelmente riria como se aquilo tudo fosse uma piada. Três adolescentes do ensino médio com uma arma, andando pela floresta ao entardecer da noite atrás de um monstro... Se não fossem loucos, seriam psicopatas. Ninguém nunca acreditaria neles.
— Você nunca disse o que eu tava dizendo... – Nancy comentou
Natalie olhou para Jonathan e Nancy pelo canto do olho, mesmo que estivesse "brigada" com ambos, sorriu ao ver que a amizade deles estava dando certo.
— O que? – O Byers perguntou confuso
— Ontem. – Nancy disse – Você disse que estávamos dizendo alguma coisa e por isso tirou fotos.
— Ah, eu não sei. Acho que... Vi essa garota tentando ser outra pessoa. Mas naquele momento, era como se estivesse sozinha, ou achou que estivesse, e pôde ser vc msm. – Jonathan diz
Natalie ficou confusa quando Nancy fechou a cara. Ela parecia ter ficado extremamente ofendida.
— Você tá falando tanta merda! – Ela exclamou
— Que? – Jonathan perguntou confuso
— Eu não tô tentando ser outra pessoa. – Nancy respondeu em tom de defesa.
— Tá sim. – Natalie afirma voltando seu olhar para a floresta.
— Não, vocês estão falando isso porque eu tô namorando o Steve e vocês não gostam dele. – Nancy fala, tirando seu olhar de Jonathan para Natalie – Ou fingem que não gostam.
Natalie parou de andar por alguns segundos, encarando Nancy que continuava caminhando.
— Tá de sacanagem? – Natalie perguntou – A única idiota a ponto de gostar de um Bully, aqui, é você.
— Eu não sou idiota, Natalie, nem Steve. Ele não é tão ruim quanto você pensa. – Nancy diz
— Quer saber, esquece, eu só achei que era uma foto boa. – Jonathan falou, tentando mudar o assunto.
— Ele é muito gente boa. – Nancy reafirmou
— Aham, tá, nem vc acredita nisso Nancy. – Natalie falou – Se ele fosse tão gente boa, você não precisaria ficar afirmando isso para nós.
Eles continuaram a andar, mesmo com o clima tenso que ficou entre os três.
— Ontem com a câmera... – Nancy voltou a falar – Ele não é assim, sério, ele só tava me protegendo.
— É? Chamam isso de outra coisa. – Jonathan fala
— Ah, e você acha que o que fez com a câmera foi legal? – Nancy perguntou
— Eu nunca disse isso.
— Ele tinha todos os motivos!
— Tá bem, tá legal! Quer dizer que temos que gostar dele? – Jonathan perguntou
— Não.
— Escuta, não leva pro lado pessoal, tá bem? Eu não gosto da maioria das pessoas. Ele faz parte da maioria.
Jonathan sai andando, deixando Nancy irritada, o seguindo em seguida. Natalie suspirou fundo seguindo eles.
A Goodwin se arrependia cada vez mais por ter ido com eles ao invés de ter enfrentado a coisa sozinha.
— Olha, eu tava começando a achar você legal. – Nancy diz para Jonathan
— É? – Ele perguntou
— É. É e eu tava pensando: "Jonathan Byers, talvez ele não seja aquele esquisito arrogante que todos pensam que ele é" – Nancy diz, Natalie tentou ignorar a discussão ao máximo para tentar achar o demogorgon.
— E eu tava começando a achar que você era legal. – Jonathan rebateu – Eu tava pensando: "Nancy Wheeler, ela não é só uma garota mimada que acha que tá se rebelando, porque faz exatamente a mesma coisa que outras garotas mimadas fazem. Até essa fase passar e elas se casarem com o antigo atleta da escola, que agora trabalha com vendas, e viverem uma vida perfeitamente chatinha no fim de uma rua. Exatamente como os pais delas que elas achavam que eram tão tristes, mas agora olha só, elas os entendem. Talvez, ela não seja tão medíocre como Natalie falou que ela era."
Natalie virou o olhar para ele quando o menino envolveu seu nome na conversa. Ao contrário do que achou que aconteceria, Nancy não o respondeu novamente. Jonathan saiu andando deixando Nancy olhando para ele com desgosto.
— Ah, qual é gente, estamos no meio do nada, se morrermos aqui provavelmente não vão nos achar mais, não é hora de brigar! – Nat exclamou
— Você também Natalie, acha que é uma coisa que não é. – Jonathan diz se virando para ela – Você não tem que ser responsável sobre tudo, nem tudo está em cima dos seus ombros!
— É, você não precisa agir como se fosse nossa mãe a todo momento, podemos tomar nossas próprias decisões. – Nancy complementa – Você tem a mesma idade que nós, pode cometer os mesmos erros.
— Você estava a respondendo a alguns minutos atrás e agora vem com essa de "Não é hora para brigar". – Jonathan diz
Natalie ficou indignada, ela só estava tentando parar a briga deles e eles acabaram descontando suas raivas nela.
— Qual é, o casalsinho se irritou e tentaram descontar em mim? Se vocês querem a verdade, então escutem a verdade. – Natalie diz, ela aponta para os dois – Vocês estão tão inseguros com suas próprias decisões, que acabam descontando em quem não tem nada a ver com isso. Você se culpa por não ter acreditado em sua mãe – Apontou para Jonathan e depois para Nancy – e você finge ser quem não é com medo de acabar igual a sua mãe. Mas adivinha? Se continuarem no caminho que estão vão acabar como menos querem, sendo idiotas, babacas, sem amigos e sozinhos para sempre. Casados com pessoas que não amam ou separados em menos de um mês por ter um relacionamento superficial, já que não confiam em ninguém. Nem em vocês mesmos! – Natalie saiu andando de perto dos dois.
(...)
Longe dali, Amberly andava com Harry, Eleven, Lucas, Mike e Dustin pelo outro lado da floresta. Acompanhando o Henderson que andava mais a frente com a bússola.
Eles já andavam a horas mas não chegavam a lugar algum. A morena olhou em volta, reconhecendo o lugar onde estavam.
— Seria um péssimo momento para comentar que eu acho que já passamos por aqui? – Amber perguntou para as crianças
— Impossível, estamos seguindo o "norte". – Harry diz apontando a bússola em sua mão.
— Ah não, ela tem razão. – Dustin fala – O Sol tá se pondo, olha lá. – o garoto com o boné azul e vermelho apontou para o céu – Nós demos uma volta aqui.
As crianças olharam para a direção que estava o Sol.
— E só tá percebendo isso agora? – Lucas perguntou irritadiço.
Dustin olhou para Lucas e para Mike.
— Por que a culpa é só minha? – Dustin perguntou
— Porque você está na frente. – Harry diz
— É, mas todos nós estamos com uma bússola. – Amber diz
— O que a de vocês mostram? – Dustin pergunta
— Norte. – Os quatro responderam em unissono.
Todos bufaram e suspiraram cansados, olhando em volta, por todos os lugares.
— Isso não faz sentido. – Dustin diz
— Talvez o portal tenha mudado. – Mike sugeriu
— Eu não tenho tanta certeza de como é o portal, mas acho que saberíamos se vissemos a porra de um portal andando pela cidade. – Amber diz
— Acho que é outra coisa mexendo com as bússolas... – Harry diz dando uma espiada em Eleven que estava ao longe
— Talvez seja alguma coisa aqui. – Mike diz
— Não, tem que ser, tipo, um superimã. – Dustin diz
Lucas olhou para trás e apontou para Eleven.
— Não é um ímã, ela está sendo mais estranha que o normal. – Lucas acusa – Se ela pode fechar portas com a mente, com certeza pode ferrar bússolas.
— Não faz sentido, por que a Eleven faria isso? – Amber perguntou
— Porque quer sabotar nossa missão. Porque é uma traidora! – Lucas caminha até Eleven.
— Lucas, o que você tá fazendo? – Mike pergunta
Já que Lucas caminhava com raiva até Eleven, Amber se colocou na frente da garota, com medo dele, ou qualquer um dos meninos, tentar algo contra ela.
— Foi você, não foi, Eleven? – Lucas perguntou, do outro lado da barreira criada por Amber. – Não quer que a gente chegue no portal! Não quer que a gente encontre o Will!
— Lucas, que é isso? É sério! Deixa ela em paz! – Mike diz
Harry passou por trás da barreira feita pela irmã, puxando o braço de Eleven e vendo a manga da blusa da garota.
O sangue fresco que desceu pelo nariz dela estava na manga da blusa.
— É sangue fresco! – Harry disse
— HARRISON! – Amber exclama por ele ter passado mesmo sem a permissão dela.
— Eu sabia! – Lucas exclama
— Lucas para com isso! – Mike diz
— Eu vi ela limpando o nariz no caminho. Ela tava usando os poderes! – Lucas diz
— Ela deve ter um motivo! – Amber diz – ela conhece o mundo invertido melhor do que nós! Vocês conhecem pelo o que? Um jogo de tabuleiro? Ela teve contato, ela ganhou os poderes por ele, eu acho.
Eleven estava com os olhos marejados com tanta atenção em cima dela, Dustin via a cena inteira de longe enquanto os outros discutiam.
— Não... É... Não é seguro... – Eleven diz
Uma discussão pior de repente começou, Amber segurava Eleven em um abraço em seus braços enquanto os menores discutiam.
— Eu não te disse! Ela tava nos enganando desde o início! – Lucas exclama
— Isso não é verdade! Ela nos ajudou a encontrar o Will! – Mike diz
— Na verdade, ela tá nos impedindo de chegar ao portal nesse momento! – Harry exclama
— Se ela nos ajudou a encontrar o Will, onde ele tá? – Lucas perguntou, se virando para o outro lado – Hein? Não tô vendo ele!
— Você entendeu o que ele quis dizer! – Harry exclamou impaciente
Por mais que estivesse zangado com o fato da garota estar mudando o caminho deles durante todo esse tempo. Harry ainda queria a ajuda dela para achar o Will e ter uma grande briga nesse meio tempo não ajudaria em nada.
— Não, na verdade não. Pensem só nisso, gente! – Lucas exclama – Ela podia ter dito para nós onde o mundo invertido tava, mas não disse. Só nos fez dar voltas como galinhas sem cabeça.
Amber soltou uma risada, fazendo Dustin a encarar. Assim que recebeu o olhar do cacheado, Amberly parou de rir fingindo não achar o termo usado por Lucas engraçado.
— Tá legal, se acalmem! – Dustin diz tentando interferir na briga
— Não! Ela nos usou, todos nós! Ela só nos ajudou para poder conseguiria o que queria. – Lucas diz – Comida e cama. Ela é como um cão perdido.
— Lucas, ela é uma criança assim como vocês! – Amberly soltou Eleven indo até o grupo. – Ela precisa de cuidados, mas também tem empatia. Ela não é um cachorro.
— Não enche Lucas! – Mike exclama, ignorando Amber.
— Não enche você, Mike! – Lucas rebate – Você tá cego porque gosta de uma garota que não tá com nojo de você! Mas acorda cara, vê se acorda!
— Caramba, já chega! – Harry exclama
— Ela sabe onde o Will tá! E agora, vai deixar ele morrer no mundo invertido. – Lucas diz
— Cala a boca! – Mike exclama
— Pelo que a gente sabe, a culpa é dela. – Lucas diz
— Cala a boca! – Mike exclama de novo
— Estamos procurando algum monstro idiota! Mas você já parou para pensar que ela é o monstro? – Lucas perguntou
— JÁ CHEGA! – Amber gritou
— EU DISSE "CALA A BOCA"! – Mike gritou indo para cima do Lucas.
Os dois começaram a brigar, Harry entrou no meio da briga tentando separar, mas levou um empurrão.
— Já chega! – Amber exclama
— Para! – Eleven exclama em seguida
Os três estavam caídos no chão agora, Mike por cima de Lucas tentando bater nele e Harry no meio tentando separar. Eleven gritou novamente.
Lucas empurrou Harry para o lado, enquanto Dustin olhava de longe chocado. O Sinclair inverteu as posições tentando bater em Mike, sendo separado por Amber.
— Para! – Eleven gritou novamente
Mike se levantou indo em direção ao Lucas, mas Amber segurou o garoto no ar, já que era mais alta que ele. Mike tentava se soltar quando Lucas avançou nele. Eleven começou a gritar e Lucas voou para trás, batendo contra uma parede e desmaiando.
— Porra! – Amber gritou jogando Mike no chão, que caiu meio tonto e correndo até o outro garoto caido.
— Nossa! – Dustin exclama
— Olha, ele tá vivo, pelo menos não morreu... – Amber diz colocando a mão embaixo de seu nariz. – Pelo menos eu acho... Lucas? Hey, Lucas acorda! Não tô gostando disso! LUCAS ACORDA! TA NA HORA DE LEVANTAR, ACORDA CARAMBA, NÃO POSSO PERDER MINHA VAGA DE BABÁ LOGO NO COMEÇO. LUCAS! LUCAS CARALHO! SE VOCÊ MORRER A CULPA VAI SER MINHA. ACORDA GAROTO!
Mike se virou para Eleven que tinha seu nariz sangrando, a menina queria chorar tanto quanto eles.
— Por que você fez isso? – Mike perguntou pra ela – O que deu em você?
— Acorda! Acorda! – Dustin e Harry exclamavam mexendo em Lucas.
Lucas levantou aos poucos, meio tonto. Amberly suspirou aliviada enquanto os garotos tentavam falar com ele.
Ele parecia em choque quando parou olhando para eles.
— Lucas, quantos dedos eu tô mostrando? – Dustin pergunta – Quantos dedos?
— Você tá bem? – Harry pergunta
— Deixa eu ver sua cabeça. – Mike pediu
Lucas deu um tapa no braço de Mike.
— Sai de cima de mim! – Lucas diz se levantando e saindo andando – Tira a mão de mim!
— Lucas, espera! – Harry pediu
— Lucas que isso? – Mike perguntou ao ver o menino continuar a andar sem olhar para trás
— Deixa ele ir – Dustin diz
— Deixa ele. Ele precisa de tempo... – Amber reforça
Harry olhava para o lado procurando a garota que causou toda a confusão.
— Cadê a El? – Ele perguntou
(...)
Já era de noite e Natalie, Jonathan e Nancy continuavam a andar pela floresta. Desde a discussão de mais cedo, os três andavam em silêncio. Todos mantinham um tanto de distância uns dos outros.
Nancy e Natalie pararam de repente ao escutar um barulho na floresta. Jonathan olhou para elas confuso.
— Se cansaram? – Jonathan perguntou
— Não, cala a boca! – Natalie diz, as duas garotas se olharam.
— Ouviu isso também? – Nancy perguntou
— O que? – Jonathan pergunta
— Cala a boca! – Nancy responde
— O que? – Jonathan perguntou novamente
As duas olharam para ele.
— Ouvimos alguma coisa. – Natalie diz como se fosse óbvio
Os três começaram a andar na direção da origem do barulho. O som era parecido com o choro de algum animal, mas também poderia ser um humano em estado de choque. Natalie não tinha tanta certeza.
As lanternas iluminavam enquanto andavam em direção a um veado caído morto e sangrando.
— Meu Deus. – Nancy diz
Os três se abaixaram para olhar o animal, que claramente estava sofrendo.
— Acho que ele foi atropelado por um carro... – Natalie diz
— A gente não pode deixar ele assim! – Nancy diz
Jonathan olhou para baixo quando Nancy pegou a arma. Ela apontou para o bicho, mas estava receosa.
— Eu atiro – Jonathan diz
— Eu achei que...
— Não tenho mais nove anos.
Natalie fechou os olhos, ela não queria matar o animal, mas deixar ele sofrendo era pior. Se concentrando nos seus poderes, ela jogou a cabeça para o lado e explodiu e fez com que o coração do animal parasse de bater, encerrando os choros de dor do mesmo.
Natalie abriu os olhos, vendo o casal ao seu lado olhando com dó para o bicho.
— Acho que não vão mais precisar. – Nat falou limpando o nariz que escorria sangue.
— Pelo menos ele... – Nancy foi interrompida quando o animal foi puxado para longe por alguma coisa.
Os três pularam para trás assustados. Natalie arregalou os olhos, estendendo uma mão e dando um passo a frente.
— Fica parada! – Jonathan diz
— O que foi isso? – Nancy perguntou
— A criatura. – Natalie respondeu
Os três iluminaram o chão cheio de sangue com a lanterna, Jonathan apontava a arma.
— Para onde ele foi? – Nancy perguntou
— Eu não sei. – Jonatahn diz com medo – Tá vendo mais sangue?
— Não. – Nancy diz
Nancy e Natalie se afastaram de Jonathan, vendo uma gosma pingar dentro de um tronco de árvore. Era como um portal recem-aberto vindo do mundo invertido.
— Eu vou entrar. – Natalie diz se abaixando perto dela
— O que? – Nancy pergunta
— Se tem alguma chance de Will estar ali, eu vou apostar nessa chance, mesmo sendo um tiro no escuro. – Natalie diz, a garota engatinhou para dentro da árvore, passando pela gosma rapidamente, com um tanto de nojo.
— Você não vai sozinha. – Nancy falou e então ela entrou em seguida.
Nat limpou a gosma de seu corpo,a jogando para o chão. Olhou em volta, era como se estivesse na floresta, mas ela estava diferente, estava mais assustadora.
A Goodwin deu alguns passos olhando ao redor, não conseguia ver absolutamente nenhum resquício de vida.
— Will? WILL! – Natalie gritou
— Onde estamos? – Se assustou ao ouvir a voz de Nancy atrás de si.
A morena encarou a Wheeler irritadiça, sabia que ela estava focada na missão, mas não era para a garota ter entrado logo em seguida.
— Se chama mundo invertido. Você tem que sair daqui agora... – Natalie não conseguiu terminar a frase, já que viu o demogorgon se aproximar de Nancy – ABAIXA!
Nancy a obedeceu e assim que se jogou no chão percebeu a criatura pulando por cima de si, a fazendo soltar um grito.
O demogorgon foi em direção de Natalie que ergueu um dos braços com raiva o parando no ar e o jogando para o outro lado. Nancy olhou de Natalie para o demogorgon, assustada.
— O que...
— Passa pelo portal! – Natalie exclamou
O demogorgon correu na direção delas novamente, mas a Goodwin o segurou no ar com um pequeno grito de esforço. Seu nariz escorreu algumas gotas de sangue e ela o jogou para longe.
Puxando Nancy, que chorava apavorada, ela empurrou a menina para dentro do portal. Antes que pudesse entrar o demogorgon a puxou pelo pé esquerdo. Natalie tentou se segurar para entrar no portal, mas não conseguiu.
Sentia seu corpo se arrastando contra folhas, gravetos e pedras pelo chão, o que provavelmente a deixou com diversos machucados e arranhões. Natalie se segurou em um pedra e usou o pé direito para chutar o demogorgon, se soltando.
Ela se levantou, erguendo apenas uma mão e o levantando no ar. Natalie pressionava o corpo da criatura contra os próprios órgãos dela, fazendo-a ter gritos de agonia antes de ser jogada para longe novamente.
Natalie passou pelo portal rapidamente. Jonathan e Nancy a seguraram, tentando a ajudar, mas a mesma empurrou eles para trás e ergueu a mão em direção ao portal.
Ela usou seus poderes para fechar o portal antes que o demogorgon passasse por ele novamente. Assim que fechou completamente a garota se jogou no chão cansada.
O seu nariz estava cada vez mais sujo de sangue, não importou quantas vezes passou a mão por ele, não estava limpando. Ela olhou para seus antigos amigos que olhavam para ela com um olhar preocupado mas ao mesmo tempo assustado.
— Surpresa... – Ela murmurou
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro