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1.01- THE BEGINNING OF EVERYTHING

Pouco mais de três anos haviam se passado desde que Natalie ganhou um nome, uma família e um lar real. Desde que havia feito novas amizades, desavenças e, principalmente, se afastado de tudo referente ao laboratório e seus poderes.

Mesmo assim, o medo ainda invadia seu peito sempre que precisava andar sozinha pelas ruas de Hawkins, principalmente durante a noite. Sabia que achavam que ela estava morta, mas qualquer passo em falso poderia a levar de volta aquela prisão.

Os fios castanhos voavam contra o vento enquanto Natalie pedalava pelas ruas de Hawkins, o suor escorria pela testa da mais velha. Já era tarde da noite, seu irmão mais novo, Harry, estava em uma campanha de D&D junto com seus amigos na casa de Mike Wheeler.

Como Reginaldo havia dobrado seu turno na delegacia e Ayla tinha compromisso naquela noite, achou melhor ir atrás de seu irmão para o levar em segurança até a casa.

Mesmo sabendo que correria o risco de encontrar quem não queria.

Ao avistar as luzes da casa dos Wheeler, Natalie diminuiu a velocidade na qual pedalava, jogando a bicicleta na grama em frente ao local.

Ela encarou a porta do local, engolindo em seco. Suspirou. Precisava superar a briga que teve com Nancy a alguns meses, mas ainda assim… Era difícil. Ela não tinha experiência social, muito pelo contrário.

Fechou os olhos ao parar em frente a porta, respirou fundo tomando coragem e então bateu a porta. Demorou alguns segundos até que Karen abriu a porta, sorrindo ao ver a garota.

— Nately! – Karen exclamou. – Quanto tempo!

— É Natalie... – A menina a corrigiu sendo ignorada pela mais velha, que estendeu seus braços e praticamente agarrou a garota em um abraço apertado.

Faziam dias que Natalie não ia visitar Nancy, ou até mesmo Mike, mas não imaginou que a mulher a abraçaria desse jeito. Elas nunca foram muito próximas. Na verdade, a Goodwin suspeitava que Karen tinha um pouco de medo dela.

E isso a deixava um pouco apavorada porque ao mesmo tempo que sabia que era impossível ela saber do seu passado, algo dentro de si gritava que aquele medo era porque ela sentia que Natalie era perigosa.

A mais nova riu, um tanto sem graça, se afastando do abraço. A morena olhou para dentro da casa um tanto preocupada. Não queria ter que encarar Nancy.

— Veio ver a Nancy? – Karen perguntou.

A morena negou com a cabeça no mesmo momento, provavelmente a Wheeler não tinha contado a ninguém da família sobre a briga que tiveram.

Afinal, o que iriam pensar sobre uma garota que finge ser quem não é apenas para se dar bem no ensino médio?

Tecnicamente, o senhor e a senhora Wheeler claramente fingiam se amar, mas a filha deles não era igual a eles. Pelo menos não até começar a sair com Steve Harrington. Natalie sentiu o bile de seu estômago subir quase inconscientemente. Só de pensar naquele casal, tinha vontade de vomitar.

Nancy foi a primeira pessoa fora da família Goodwin a ser gentil com a garota no ensino fundamental. Foi a sua primeira amiga e a primeira pessoa a quem Natalie realmente se afeiçoou. Foi a primeira pessoa que Natalie partilhou coisas que não poderia partilhar para adultos, a primeira que a convidou para uma festa do pijama.

Elas eram inseparáveis. Até Steve entrar na vida da Wheeler.

A garota parou de passar horas do telefone com Natalie, parou de a chamar para sair e passou a sair com ele. Ela se afastou completamente, mudando totalmente a sua personalidade por causa dele.

E a Goodwin queria que sua insatisfação com esse relacionamento fosse apenas pela mudança repentina da amiga. Mas, no fundo, ela sabia que não era. Sabia que estava com ciúmes de Nancy, porque estava se apaixonando por ela aos poucos.

Mas tudo mudou após aquela briga.

— Vim buscar meu irmão – Natalie explicou – está tarde e mesmo que as campanhas deles demorem é meio perigoso, sair essa hora andar sozinho na rua.

— Ah, claro – Karen diz.– Eu já havia mandado eles pararem de brincar, mas quem disse que me ouvem?

— Posso ir até lá? – Natalie perguntou, a mulher assentiu.

A Goodwin não esperou qualquer resposta verbal antes de entrar, cumprimentando um Senhor Wheeler sonolento e abrindo a porta do porão, os garotos corriam pelo porão soltando alguns sorrisos e até mesmo gargalhadas.

— Já acabamos mãe, nos dê mais alguns... – Mike franziu o cenho confuso ao ver que não era sua mãe a pessoa que abriu a porta do porão, mas sim a irmã mais velha, adotiva, de um de seus amigos. – Nat? Minha irmã tá lá em cima.

Harry, que estava jogado no chão, levantou a cabeça olhando em direção a escada, onde sua irmã estava, descendo a mesma.

Ele fez uma careta instantaneamente.

— Na verdade, eu vim buscar o Harry... – Natalie explicou, apontando para seu irmão mais novo com a cabeça. A garota arregalou os olhos ao ver como o menino estava sujo e ele sabia disso, então apenas deu um sorriso querendo disfarçar. – Como está a campanha?

— Terminamos ela hoje! – Will exclamou aparecendo atrás de Natalie.

Ela deu um pulo de susto, levando a mão ao próprio peito.

— Jesus! De onde você saiu? – ela perguntou, rindo em seguida.

— Foi demais! – Dustin disse.

— Conseguimos ganhar dessa vez – Lucas falou. – Oi Nat!

— Vamos começar uma nova campanha amanhã – Harry falou se levantando do chão.

O garoto bateu as mãos contra a camiseta que usava, na esperança de limpá-la, mas ao invés disso só a sujava cada vez mais o tecido. Ao perceber o que acontecia, ele colocou as mãos atrás do corpo.

Natalie negou com a cabeça, segurando o riso.

— Irão começar depois da aula – Natalie falou, cruzando seus braços. – Sei que adoram D&D mas amanhã cedo vocês tem aula e já está um pouco tarde...

— Não podemos ficar por mais um tempinho? – Mike perguntou

Antes que a Goodwin pudesse responder, gritos do andar de cima foram ouvidos, com Karen mandando todos pararem de "brincar" para ir embora, dormir.

Ela olhou para cima da escada, fez uma careta e jogou a cabeça para o lado.

— Acho que vocês tem sua resposta! Desculpa garotos, mas já está muito tarde, por isso eu vim buscar o pequeno Har! – Natalie falou sorrindo para seu irmão, ele revirou os olhos, odiava quando sua irmã o chamava assim e ela sabia disso. Já não era mais pequeno, tinha 11 anos, não tinha o porquê de ter esse apelido. – Prometo que da próxima vez eu começo a campanha com vocês.

— Para começar uma campanha você tem que aprender a jogar primeiro – Harry fala, a mais velha abriu a boca de maneira indignada. – Da última vez você perdeu em menos de duas rodadas.

— Foi um recorde! – Lucas comentou.

— Certo, vocês me ensinam e eu jogo, combinado? – Natalie perguntou, os garotos todos concordaram.

Mesmo com ela sendo mais velha, gostavam dela.

Gostava de pensar que não era uma "adolescente diferente das outras garotas", que não era um clichê. Bom, ela não se encaixava no estereótipo, pelo contrário, era muito vaidosa, principalmente com seu cabelo, além de ser a capitã das líderes de torcida.

Entretanto, a garota desde que fora adotada pelos Goodwin's sempre se importou muito com sua família, com seus irmãos mais novos. Principalmente com Harry, ele tinha mais ou menos a idade de Eleven e Natalie queria cuidar dele, se culpava por sair daquele lugar sem a levar e não queria imaginar o que aconteceu com ela durante todos esses anos sozinha... Sabia que não teve a chance de proteger Eleven, então Zero decidiu proteger as crianças mais próximas dela, seus irmãos e os amigos deles.

Harry praticamente correu até a escada, quase caindo no processo, porém parou olhando para trás.

— Vejo vocês amanhã na escola? – O garoto perguntou.

— Pode apostar – Lucas respondeu.

— Claro – Will respondeu.

— Vieram de bicicleta também? – Natalie perguntou, os garotos concordaram com a cabeça, exceto Mike que já estava em casa. – Querem que eu leve vocês também?

— Não, obrigado, a gente consegue ir sozinho. – Lucas diz.

— Vou esperar o Lucas – Dustin disse.

Natalie concordou com a cabeça e olhou para Will, o garoto, aparentemente, ainda estava animado com a campanha. Os Byers não moravam tão longe de sua casa.

— E você, Will? Sua casa é caminho, quer ir com a gente? – Natalie perguntou

— Não, vou daqui a pouco – Will respondeu. – Viu ajudar Mike a guardar tudo.

A resposta simples fez Natalie dar um pequeno sorriso, assentindo com a cabeça.

— Beleza, vocês quem sabem, vamos Harry – Natalie praticamente puxou o irmão para fora do porão – tchau garotos!

— Tchau Nat! – Ela ouviu a voz deles em coro, com todos falando ao mesmo tempo.

Natalie se despediu do senhor e da senhora Wheeler e fez com que seu irmão se despedisse também, os dois saíram da casa rapidamente.

Suas bicicletas estavam jogadas no chão, uma perto da outra, a mais velha levantou as duas, vendo seu irmão desanimado.

— Queria ficar mais um pouco – Harry falou, chateado.

— E eu queria um carro, infelizmente querer não é poder. – Natalie falou em tom de piada, porém seu irmão não esboçou nenhuma reação – certo, eu sei uma coisa que vai te animar... Corrida daqui até lá em casa? Quem chegar primeiro vence?

O garoto abriu um grande sorriso subindo em sua bicicleta.

— Então é melhor se apressar, ou vai me perder de vista. – Ele falou começando a pedalar rapidamente.

Natalie riu.

— Isso não vale, tem que esperar por mim! – Ela exclamou subindo em sua bicicleta e andando atrás do seu irmão mais novo.

Eles passaram pela casa dos Byers rapidamente e não demorou muito para chegarem até a deles. Harry chegou primeiro, pulando para fora da bicicleta comemorando.

Natalie chegou logo atrás, descendo de sua bicicleta enquanto ofegava. Harry fazia uma dancinha um tanto engraçada.

— Eu falei que ia ganhar – Harry falou

— Trapaceando, qualquer tonto ganha – Natalie disse com um sorriso.

Harry riu, mas logo percebeu o sentido da frase parando no mesmo momento.

— Ei! – Ele exclamou ofendido

Natalie colocou as bicicletas na garagem e abriu a porta da casa enquanto ria da reação de seu irmão.

— Não leve para o pessoal, é só uma pequena brincadeira. – Nat falou

— Eu sei – Harry disse.

A garota fechou a porta assim que o mais novo entrou. Dando alguns passos rápidos até a cozinha, Zero jogou as chaves em cima do balcão olhando o bilhete colado na geladeira com um ímã.

"Reggie pegou um turno duplo e eu vou me encontrar com a Joyce, nos encontramos no café da manhã.

Mamãe ;)"

Natalie tirou o bilhete da geladeira colocando em cima do balcão.

— Não entendo porque Amber pode sair tarde da noite para se encontrar com os amiguinhos populares enquanto eu preciso voltar a essa hora. – Harry reclamou

Natalie riu novamente, pegando uma garrafa de água de sua geladeira e dois copos de dentro do armário.

— Você é uma criança, Harry – Natalie fala colocando água em um copo e entregando para o mais novo. – Além do mais, Amber já está dormindo, ela não vai sair com ninguém.

A criança a encarou no fundo da alma, tentando descobrir se Natalie estava encobrindo Amberly ou se simplesmente caiu na mentira dela.

Ele riu ironicamente quando percebeu que era a segunda opção.

— Se você acredita mesmo que ela não vai sair com os amigos, você ficou burra igual aos adultos – Harry falou, bebendo água, um grande barulho pôde ser ouvido do andar de cima. – Viu?

Natalie olhou para cima raciocinando quase no mesmo momento o que estava acontecendo.

— Ah, merda! Certo... Vou impedir ela, já volto – Natalie avisou subindo as escadas rapidamente.

— Boa sorte! – Harry exclamou.

— E você, Harrison, vá tomar banho!

Natalie correu rapidamente para o andar de cima, ouvindo sua irmã abrir a janela do quarto, provavelmente usaria a árvore que tem perto da mesma para pular e fugir.

Não entendeu como quase caiu na mentira de Amberly, claro ela não costumava mentir. Mas ela também estava diferente. Natalie sabia que, durante um tempo, a morena sofreu bullying. Até achar um jeito horrível, na opinião de Natalie, de se livrar disso: se juntando a quem fazia isso.

Sabia que sua irmã não era uma má pessoa, mas também sabia que o sonho do oprimido é se tornar o opressor. Então não foi uma grande surpresa quando ela começou a agir de maneira estranha perto dela ou de Jonathan Byers.

O plano de fuga de Amber estava bem formado, mas Natalie sabia bem como impedir, que abriu a porta enquanto ela se pendurava na janela.

— Nat? – Amberly perguntou, com os olhos arregalados.

— Amberly, o que você tá fazendo? – Natalie perguntou, ela cruzou os braços.

Amber a encarou, sabendo que não adiantaria inventar qualquer desculpa para sua irmã.

— É só uma festa – Amberly respondeu, chateada.

— Nossos pais estão trabalhando, sabe que quando isso acontece temos que ficar aqui juntos durante a noite. – Natalie diz, Amberly tentou contestar, mas a menina voltou a falar: – Todos em casa depois das 22 horas.

— O que de pior pode acontecer? – Amberly perguntou.

A mais velha suspirou, começando a contar nos dedos:

— Não sei, uma overdose em uma dessas festas malucas que você tanto vai, um sequestro ou, quem sabe, uma denuncia contra importunação e o nosso pai chegar na festa e ver você – Natalie respondeu, Amberly olhou para a árvore novamente. – Não!

A paciência de Natalie acabou.

— Desculpa, Nat, mas eu... – Amberly não conseguiu terminar a frase, assim que Natalie jogou a cabeça para o lado, usando seus poderes, o galho que ficava de suporte para  a garota fugir de quebrou, caindo no chão. A menina gritou assustada, enquanto Natalie limpava o nariz que estava sujo de sangue. – Aí meu Deus, o galho quebrou!

O pavor nos olhos de Amber fez com que Natalie se arrependesse instantaneamente. Odiava usar seus poderes assim, apesar de usar bastante.

Odiava ver medo no olhar deles porque sabia que reagiriam exatamente assim caso descobrissem o que ela era.

— Você poderia estar em cima dele quando quebrasse, já pensou? Uma queda daqui de cima rende pelo menos um braço quebrado – Natalie disse.

Amberly encarou a irmã mais velha, ainda queria sair mas ela tinha razão.

— Tá bom, vou avisar que eu não vou – Amber falou se jogando na cama enquanto bufava.

Natalie sorriu, concordando com a garota.

— Dorme cedo, amanhã tem aula – Natalie falou. – Boa noite.

Fechou a porta do quarto da irmã ao sair, a garota andou pelo corredor e gritou seu irmão para subir e dormir, o que foi obedecido rapidamente pelo mesmo.

Natalie entrou em seu próprio quarto, indo diretamente para o banheiro do local. Se despiu rapidamente, ligando o chuveiro quente e deixando que a água caísse sobre seus ombros.

A garota se ensaboava cantarolando uma canção que escutara na casa dos Byers quando fora buscar seu irmão lá uma vez, mas fez silêncio ao perceber que a luz do banheiro estava piscando.

Natalie fechou o chuveiro e se enrolou na toalha, poderia ser apenas mais uma lâmpada instável na casa, mas quando se aproximou da lâmpada percebeu como piscava, já tinha visto isso antes. Zero havia visto isso antes em um lugar nada bom.

Ela sabia que algo ruim estava acontecendo, só não imaginava o que.

Tô reescrevendo esse primeiro ato porque fui reler e percebi que minha escrita era horrível nessa época. Vou mudar pequenas coisas, mas as coisas ainda se encaminharão pro mesmo caminho do anterior.

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