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049 ;𝘪𝘵'𝘴 𝘯𝘰𝘵 𝘵𝘩𝘦 𝘦𝘯𝘥.

Depois da ligação inusitada de Juniper, a Campbell pediu para que todos fossem até o condomínio que Robby e Miguel moravam, como foi solicitado pela loira. Quando eles chegaram ─ menos Samantha e Demetri, que foi buscar um pedido da Davis na própria casa─ e encontraram Robby e Juniper todos tentaram não entrar no assunto do plano, porém era quase impossível. Não demorou muito para que Demetri chegasse carregando uma bolsa que parecia cheia.

─ Qual a emergência? E por que pediram meu equipamento? - Demetri exclamou confuso ao se aproximar do grupo.

─ Eu já vou explicar. - Juniper desviou o assunto, roendo o que restava das suas unhas enquanto batia os pés ansiosa.

Eles estavam esperando Samantha, e ninguém tinha notícias de onde ela estava para poderem puxá-la pelos cabelos até aqui, como a loira pensou. Ela estava nervosa, não queria falar do problema principal, mas não havia outra maneira de escapar da situação.

─ Quando você vai começar a explicar? - Ethan reclamou, os braços cruzados e sua feição impaciente faziam Juniper querer bater em seu rosto.

Mas ela não fez o que seus pensamentos intrusivos mandaram, apenas o olhou de cima a baixo e revirou os olhos antes de voltar para a mesma situação. Robby segurou a risada, colocando a mão em seu ombro e fazendo um carinho no local.

─ A Sam disse que nos encontraria aqui quando saímos do Arraia. - Miguel lembrou eles outra vez, também preocupado.

─ Pelo menos vocês conversaram. - Ethan começou amargurado. - Eu nem tive resposta da...

─ Tory? - Serena exclamou surpresa, fazendo todos olharem para a Nichols.

Mas, o que pegou todos desprevenidos não foi a presença dela, e sim da sua companhia: Samantha Larusso.

─ Que mundo paralelo é esse? - Robby sussurrou para Juniper, que apenas deu de ombros, ambos com a mesma careta confusa no rosto.

─ Ah, oi? - Ethan, diferente dos amigos, tentou não demonstrar a confusão, mas logo seu rosto se contorceu em preocupação. - O que houve? - Apontou para a mão machucada da Nichols.

─ Um acidente de treino, mas estou bem. - Ela assegurou e, mesmo que não acreditasse, o Campbell aceitou a resposta.

─ Bom, agora eu posso explicar. - Juniper respirou fundo, juntando as mãos na frente do corpo.

─ Finalmente! - Serena e Falcão exclamação juntos em um tom baixo, rindo sozinhos em seguida.

─ No dojô antigo tinha câmeras de segurança espalhadas pelo dojô inteiro. - Deu ênfase no "inteiro" enquanto mexia as mãos para explicar.

─ Então pode ser que esteja gravado. - Miguel decifrou sua próxima fala, tirando um sorriso leve da loira.

─ Mas ele limpou o lugar. - Robby lembrou no meio deles.

─ Mas isso não importa! - Juniper exclamou, virando o corpo na direção de Demetri, que já entendeu a situação. - Porque temos o nosso amigo nerd. - Apontou para ele, mexendo as sobrancelhas animada.

─ Obrigada pelo elogio. - Ele aceitou antes de continuar. - Os sistemas da TechTown salvam a gravação em um servidor central. Silver deve ter levado o sistema.

─ Acho que sim. Há um servidor na sala dele no dojô. - Tory contou.

─ Então, se acessamos, poderemos achar o vídeo. - Ethan disse incerto, juntando os pontos aos poucos.

─ E podemos postar no canal do youtube deles! - Falcão completou, fazendo a Davis soltar um riso anasalado pela ideia.

─ Ok, gostei como vocês descobriram o plano que eu passei a tarde toda planejando. - Juniper franziu o nariz, rindo sem acreditar no que estavam fazendo.

─ É para isso que servem os amigos. - Serena bateu em seu ombro de leve, mantendo um sorriso doce nos lábios, assim como todos na pequena roda.

Independente dos erros uns dos outros, eles ainda tinham o carinho e amizade um pelo outro.

─ Agora chamem os outros, e avisem que vamos acabar com o Cobra kai. - Samantha pediu, olhando para todos a sua volta. - Hoje.

Juniper sorriu com a convicção da Larusso, não deixando de mexer as mãos na direção do céu como se manifestasse a vitória deles. Aos poucos o grupo se dividiu em carros ─ menos a Davis que estava de moto ─ para seguirem até o dojô. Antes de sair, Juniper puxou Demetri, ficando para trás com ele.

─ O que foi? - Ele perguntou, confuso, notando a ansiedade dela.

─ A central de acessos não fica exatamente no dojô. - Juniper revelou em um tom baixo.

─ Espera. - Demetri arregalou os olhos. - Então como vamos pegar o vídeo?

─ Eu cuido disso. - Ela respirou fundo, fixando o olhar nele. - A central fica na casa do Silver. Vou até lá, libero o acesso com a senha e, não, não vou explicar como consegui! - Ela o cortou antes que ele perguntasse. - Assim que eu liberar, você pega o vídeo e posta no YouTube.

─ Tudo bem. Acho que consigo segurar a onda. - Ele tentou se convencer.

─ Mais uma coisa. - Ela respirou fundo, atraindo o olhar aflito dele. - O vídeo da agressão foi apagado, mas Tory sabe de outra filmagem que pode incriminar Silver. Espere ela dar a data correta. Entendeu?

Era arriscado, mas Juniper confiava em Tory.

Entendido. - Ele respondeu, ainda nervoso, e seguiu para o carro.

Juniper seguiu ele até o lado de fora onde o grupo estava discutindo alguns detalhes enquanto entravam nos carros. Sua atenção foi até Robby, que conversava com Miguel até notar a presença dela e deixar o meio irmão para trás ao ir na direção da namorada. A ação tirou um sorriso fraco dos lábios dela.

─ Preparada? - O Keene perguntou, tentando soar tranquilo, mas sua voz ainda tinha resquícios de preocupação.

─ Na verdade, eu não vou com vocês. - A loira disse, mordendo o lábio inferior nervosa com a reação dele.

─ O que? Por quê? - Soltou em segundos, fechando o rosto em completamente confuso.

─ Você vai ter que confiar em mim dessa vez, assim como nas outras. - Ela pediu, apoiando suas mãos nos ombros dele enquanto pairava o olhar sobre o seu rosto de forma delicada. - Assim que eu terminar o que eu tenho que fazer, prometo que vou correndo para você.

Para você. A preocupação dela sempre girava em torno dos braços calorosos do namorado, e nada, nem mesmo Silver, poderia deixá-la longe dele por muito tempo.

─ Promete? - Assim como ela, o olhar do Keene entrou em uma busca interminável por um pingo de medo no rosto dela, pois se existisse ele iria do céu até o inferno com ela.

─ Eu prometo. - Ela afirmou com toda a segurança que restava em seu coração.

Robby não esperou mais um segundo para juntar os seus lábios em um beijo calmo e caloroso. Suas mãos buscaram pela sua cintura para trazê-la mais perto, enquanto as dela mantinham um carinho em seu pescoço, como se ambos não quisessem perder o contato. Quando a falta de oxigênio obrigou eles a se soltarem, suas testas continuaram coladas uma na outra, uma melancolia que nem os mesmo entendiam o motivo.

─ Te vejo daqui a pouco. - Juniper sussurrou, afastando-se dele aos poucos com um sorriso bobo, mas se arrependendo no momento em que não sentiu mais o toque dele.

─ Até daqui a pouco. - Sussurrou de volta, mexendo a cabeça para convencer a si mesmo de que a "missão" não levaria muito tempo.

• • •

Depois de pegar, no mínimo, três atalhos e avançar dois semáforos vermelhos, Juniper chegou no bairro chique em que Silver morava. Não era tão longe da sua própria casa, ou do novo dojô Cobra kai, sendo uma jogada certeira a favor do Miyagi-do. O que a adolescente não esperava encontrar era o portão preto caído na entrada, fazendo-a franzir a testa em confusão enquanto estacionava a moto perto do muro de pedras.

Em passos cautelosos e rápidos, a loira começou a andar na direção da mansão, tentando decorar um discurso convincente de que queria entrar para o Cobra kai. Bobagem! Ela nunca entraria no Cobra kai com Silver no comando, nem mesmo em seus piores pesadelos. Seu plano foi por água abaixo quando ela percebeu que a porta estava entreaberta e uma limosine preta estava estacionada ─ irregularmente ─ na frente da residência.

Parecia estupidez, mas seu primeiro pensamento foi ver quem eram os idiotas que fizeram essa "entrada triunfal". E, não a surpreendendo, ao se esgueirar pelas plantas até a janela próxima a porta principal, Juniper enxergou Johnny, Chozen e um homem desconhecido por ela, discutindo com Silver e Kim, a nova sensei do Cobra kai. Imediatamente ela bateu na própria testa, mexendo a cabeça para o lados em negação por presenciar a cena cômica.

Sem esperar mais surpresas, a adolescente permaneceu agachada para andar pelas extremidades da mansão, olhando com cuidado pelas beiradas das janelas para encontrar o cômodo que a central de comandos estava. Ao virar em um pequeno corredor de plantas, Juniper enxergou pela janela uma sala com alguns objetos que ela julgou serem caros e de valor. No centro tinha uma mesa longa, e lá estava um tablet da loja que Demetri trabalha, mais ao fundo, grudada na parede, havia uma televisão que mostrava em tempo real o dojô. Um sorriso aliviado surgiu em seus lábios, fazendo-a quase dar pulinhos animada com a descoberta do lugar certo.

Com cuidado, a Davis abriu uma fresta na janela, sendo o suficiente para que o seu corpo passasse para o interior da residência de maneira silenciosa, dando uma breve checada na televisão, não vendo nada demais. Ela foi na direção do tablet, ligando a tela e usando as poucas habilidades que tinha com tecnologias para abrir a aba que dava acesso aos acessos do dojô. Seu dedo raspou na tela até o botão para permitir o acesso, e logo o pedido pela senha surgiu. Seus dedos desceram até o bolso esquerdo da sua calça, tirando de lá o pequeno papel amassado com uma sequência de números: "C0C0C0". Uma risada ousou soar pelo cômodo, mas nem mesmo a sua falta de maturidade conseguiu impedir que seu dedo indicador tocasse a tela nas teclas "C" e "0" uma vez.

Aconselho você a tomar cuidado com isso. Uma digital você volta para o reformatório.

O corpo da Davis paralisou ao mesmo tempo em que Silver entrou no cômodo com a sua postura superior e o seu sorriso cínico. Ela sentiu seus pulmões quase implorarem por ar quando seus calcanhares giraram lentamente, fazendo-a encarar o rosto do antigo sensei com os olhos arregalados por ser "pega no pulo". Eles não soltaram uma palavra, o único barulho vinha das lutas dos outros cômodos, deixando a loira desesperada e desejando que Kreese estivesse certo. Silver tinha que cair.

• • •

─ Quanto tempo vai demorar? - Serena perguntou ansiosa, apoiada na mesa ao lado do namorado.

Assim como combinaram, o grupo se encontrou no dojô e entraram com o cartão de acesso da Nichols, para que nenhum deles tivesse problemas com a polícia novamente. Alguns ficaram do lado de dentro, enquanto o resto ficou de fora para vigiar as entradas. Demetri tinha tudo preparado na mesa, mas ─ mesmo com as suas habilidades ─ ele ainda precisava da ajuda de Juniper. O objetivo deles era o vídeo da agressão, o qual Demetri sabia que não existia, mas seguiu o plano de Juniper e buscou pela filmagem.

─ Consegui. - Exclamou ao clicar no vídeo.

Todos olharam para a tela apreensivos, vendo o momento exato em que Arraia entra no dojô, mas, quando a câmera muda de posição, a gravação falhou e saiu da tela. Demetri tentou voltar, mas nada adiantou e, assim como Juniper previu, a frase "arquivo excluído" surgiu no computador.

─ O que houve? - Tory perguntou preocupada, se aproximando do garoto.

─ Só tem isso, o resto foi apagado! - Ele exclamou frustrado, pois ainda tinha esperanças de que o vídeo estivesse disponível. -

─ Silver cobriu os rastros dele. - Robby reclamou, passando as mãos no cabelo irritado.

─ Claro que ele fez isso! - Samantha resmungou decepcionada, jogando a cabeça para trás bufando.

─ Tá, mas e agora? - Miguel tentou ser a voz da sabedoria, olhando para os amigos, mais especificamente para a ex namorada.

─ Podemos usar outra gravação. - Para a felicidade de Demetri, Tory deu a ideia, tendo a atenção deles.

─ Tem a data e a hora? - Falcão perguntou interessado.

A Nichols não disse nada quando se inclinou na mesa e começou a digitar os números no teclado. Assim que ela terminou, Falcão e Demetri começaram a digitar como loucos, não demorando para acessar a pasta do vídeo, mas um grito do lado de fora da sala chamou a atenção deles.

─ O que foi isso? - Serena perguntou sem entender o que estava acontecendo.

─ Nós vamos verificar. Fiquem aqui, precisamos desse vídeo. - Sam pediu para a dupla antes de andar apressada para fora do cômodo.

Não demorou para que o resto seguisse ela, deixando a dupla com a responsabilidade de conseguir o vídeo. Demetri estava desesperado enquanto tentava acessar o vídeo com o Moskowitz, olhando o horário a cada segundo como se estivesse implorando para Juniper ir mais rápido, porque o tempo deles estava acabando.

• • •

O silêncio era ensurdecedor no cômodo. As duas figuras travaram seus olhares um no outro, ignorando totalmente os barulhos de corpos caindo no chão e punhos entrando em contato com o rosto de alguém. O peito de Juniper descia e subia enquanto ela tentava ao máximo segurar sua própria língua e não destilar todas as palavras de baixo calão presas em sua garganta. Ela pensou em jogar todos os objetos pontiagudos e feitos de vidro atrás de si na direção do homem com um sorriso convencido preso nos lábios, como um lembrete de quem sempre saia vencendo.

Mas dessa vez Juniper não deixaria.

─ Não se você ir para trás das grades primeiro. - Provocou, erguendo as sobrancelhas ao terminar.

─ Não me impressiona Daniel tê-la deixado entrar no dojô. Você nunca desiste, assim como ele. - Soltou um riso anasalado, tão sarcástico quanto o seu olhar amedrontador. - Ainda não percebeu, Srta. Davis? Vocês já perderam.

Ela olhou para ele com os olhos semicerrados, descendo até o canto onde antes estava liberando o acesso para Demetri. Eram apenas mais alguns números e um "click" para que a vitória fosse deles. Enquanto seus olhos fechavam em uma busca desesperada de ideias para escapar dali com a permissão, seus punhos fecharam em completa irritação. A loira puxou o ar com força ao abrir os olhos novamente, encontrando Silver com o mesmo semblante vitorioso de antes. Aquilo fez seu estômago embrulhar de raiva.

─ Uma vez me ensinaram no Cobra kai que a derrota não era uma opção. - Sua voz soava calma demais para quem sentia seu coração pulsar de maneira veloz. - Levei isso para o resto da vida, e quando pensei ter perdido, eu descubro que você roubou para que eu saísse do dojô.

─ É, mas como você mesma disse, você aprendeu no Cobra Kai, e agora não está mais nele. - Silver disse como se fosse óbvio, dando passos para frente curioso sobre a confiança que a mais nova exalava.

Algumas coisas não podem ser mudadas. - Juniper deu de ombros, a ignorância escapando em suas palavras, o caminho perfeito para irritá-lo. - Porém, outras podem. Em um piscar de olhos o mundo está em suas mãos, mas no outro outra pessoa pode aparecer e roubá-lo de você.

Por milésimos de segundos os olhos da adolescente foram até o computador, mentalizando as teclas que faltavam e quantos segundos ela teria para apertá-las antes que Silver entrasse em seu caminho. Era arriscado, mas seus dedos já tremiam de ansiedade para tentar.

─ Isso é uma ameaça? - Questionou contrariado.

O homem estava acostumado a ser desafiado pelas mais diferentes pessoas, sendo ─ em sua maioria ─ empresários e inimigos de longa data, como Daniel, que poucas vezes conseguiam atingir os seus pontos fracos. Olhando para a adolescente com os olhos escuros refletindo confiança, ele se sentiu ameaçado. As palavras podiam ser falsas ou ditas da boca para fora, como uma maneira de enfraquecer o seu ego.

Se serviu como uma. - Deu de ombros novamente, mas dessa vez seus olhos vacilaram em medo.

Seu próximo movimento foi arriscado, fazendo seu coração saltar pela boca quando seus pés saltaram na direção do computador e as suas mãos foram para o teclado, conseguindo apenas apertar apenas um número antes que o seu corpo fosse puxado com força para trás. Consequentemente a adolescente se desequilibrou, caindo no piso e batendo a parte traseira da cabeça, enquanto Silver parava na frente dela cego de raiva. Com um resmungo dolorido, Juniper levantou com dificuldades, sentindo sua cabeça latejar ao mesmo tempo em que seu quadril doía pelo impacto.

─ Pensou mesmo que conseguiria terminar na minha frente? - O homem riu de forma sarcástica, mexendo a cabeça ao se aproximar dela cautelosamente.

Ela não esperou pelo primeiro golpe, surpreendê-lo com os seus próprios ensinamentos era uma das alternativas mais viáveis naquele momento. A loira tentou derrubá-lo com uma rasteira, mas no momento em que seus pés chegaram perto da perna direita dele, Silver se moveu para o outro lado e chutou a perna que ia atingi-lo, fazendo-a dar um impulso para trás.

Antes que ela pudesse se recuperar, Silver chutou a sua barriga na direção da mesa para afastá-la mais uma vez, enquanto um sorriso sádico surgia em seus lábios. Ela soltou grunhido, colocando as mãos no local ao soltar um palavrão antes de se apoiar na mesa e virar o corpo na direção do mais velho, sendo rápida em deslizar pela mesa de vidro para fugir de outro chute.

─ Vai mesmo lutar com uma menor de idade fora do dojô? Dessa vez o juiz não poderá ser comprado. - Ela provocou, tentando soltar uma risada, mas a dor em sua barriga fez ela resmugar ao se curvar aflita, dando passos para trás encarando Terry.

─ Tecnicamente seria defesa pessoal, já que você invadiu a minha casa. - Ele disse gesticulando com as mãos, e o seu tom maldoso fez a loira arregalar os olhos brevemente em completo pavor.

Ela ficou desesperada, travando uma briga com o adulto, onde o mesmo apenas se defendia dos golpes brutos que ela desferiu contra o seu corpo. Nem mesmo suas pernas tinham forças o bastante para atingi-lo naquele momento, tirando de si o suas melhores chances: os chutes. Seu corpo já estava dolorido, e quando Silver usou o seu braço para a empurrar, a mesma xingou baixo pelo seu fracasso.

─ Não está satisfeita? Tenho certeza que o seu namorado e os seus amigos irão entender a derrota. - Silver provocou, passando as mãos pelos braços enquanto respirava fundo.

E, de repente, Juniper pareceu ter lembrado o motivo de estar ali. Ela estava presa em suas mágoas com o sensei, que por segundos esqueceu que seus amigos e, o mais importante, Robby precisava dela naquele momento. Seu olhar esfriou ao mesmo tempo em que sua mandíbula trincou de raiva, ela olhou para Silver inerte ao seus pensamentos e não pensou antes  de se apoiar na mesa com as duas mãos, levantando primeiro a sua perna esquerda, a qual passou de raspão pelos olhos assustados do mais velho, e em seguida a sua perna direita foi para o ar quando o seu corpo virou por completo na mesa, acertando em cheio o rosto de Silver.

O ar ficou pesado, mais do que antes, deixando a adolescente amedrontada pela reação do antigo sensei, que permanecia de costas com as mãos no rosto. Mas, aquele simples golpe, lhe deu alguns segundos de vantagem, e rapidamente ela os aproveitou para correr até o computador, apertando mais dois caracteres, faltando apenas um. Ela se arrependeu no segundo seguinte quando sentiu seu corpo ser jogado na mesa outra vez, mas mais forte, chegando a bater a testa em um dos objetos, arrancando um grito assustado e de dor quando foi arrastada pelos ombros para ficar cara a cara com Terry. Seu semblante estava fechado, enquanto o rosto da Davis tornou-se uma completa confusão de sentimentos.

─ A brincadeira acabou. - Ele sussurrou entredentes, chacoalhando a garota a cada palavra, fazendo-a soltar resmungos pela dor em seus ombros.

Seus olhos abriram mais quando Silver levantou uma das mãos, com os dedos quase fechados, ficando à alguns centímetros do seu rosto. Ela sabia qual seria o seu próximo movimento e, mesmo apavorada, seus olhos fecharam enquanto um suspiro saiu entre os seus lábios. Soava dramático, mas Juniper estava disposta a pagar pelo preço pelos seus amigos, era questão de honra, e em partes sobre o seu próprio ego machucado.

No momento em que Silver soltou um grunhido irritado para acertá-la, Juniper sentiu seu corpo ser solto ao mesmo tempo em que o de Terry era afastado para o lado contrário dela. Ela abriu os olhos confusa, encontrando Chozen com o maxilar trincado e os olhos semicerrados, mas por breves segundos a loira notou seu olhar se acalmar ao colocá-la atrás dele de maneira ágil e rápida, no tempo certo para que o outro se recuperasse e olhasse para o asiático com desgosto, soltando um riso sarcástico enquanto limpava o sangue que escorria do seu nariz, consequência do chute da Davis.

─ O que disse que aconteceria se eu passasse dos limites? Antes de eu passar várias vezes? - Perguntou de forma sarcástica, arregaçando as mangas do moletom.

Juniper quase se importou com as palavras dele, mas ela enxergou de relance a tela da televisão, percebendo a presença de mais pessoas no local. O Cobra kai. Imediatamente ela se desesperou, pensando no namorado e nos amigos que precisavam da sua ajuda.

─ Você imploraria por compaixão. - Chozen respondeu sério, como se fosse uma promessa.

─ Isso mesmo. Bom, é hora de descobrir.

Quando as palavras saíram da boca dele, Chozen olhou brevemente para Juniper, seguindo o olhar dela até a televisão. A bebida ainda estava em seu organismo, mas não o atrapalhou de perceber o que estava acontecendo. Quando a mais nova encarou ele de volta, o mesmo balançou a cabeça em afirmação, como se estivesse lhe dando permissão para terminar o que veio fazer. Silver se preparava para a luta quando o asiático olhou para ele, dando tempo para que a loira puxasse o ar até sentir a necessidade de soltá-lo novamente. Ela estava se preparando para correr até a mesa, ignorando a dor que se espalhava pelo seu corpo. Um suspiro saiu entre os seus lábios ao mesmo tempo em que seus olhos permaneceram vidrados nos dois senseis com os seus punhos fechados. Tudo estava em câmera lenta.

─ Vai. - Chozen sussurrou, e assim ela fez.

No momento em que o punho de Silver encontrou a defesa de Chozen, os pés da Davis correram até a mesa. Seu corpo estava de costas para os dois quando suas mãos bateram na mesa, devido ao desespero, o som alto dos golpes e os resmungos dos dois quase a fizeram perder o rumo. Mas, com um simples toque na tela, Juniper terminou a sequência e apertou o "confirmar" em seguida, assistindo a tela da senha sumir antes de olhar para a televisão e encontrar a câmera da sala do Silver. O borrão que a loira julgou ser Demetri deu um pulo antes de digitar no computador, enquanto o outro se preparava para se defender dos intrusivos que entraram no cômodo.

Atrás dela os senseis estavam se tornando uma confusão de socos e chutes enquanto outra se formava fora do cômodo. Mesmo com as tentativas falhas de derrubar Chozen para chegar até a adolescente e impedi-la, Terry era surpreendido com a defesa inabalável dos braços do adversário. Mas, em um deslize, Chozen deixou-se ser atingido pelo pé do inimigo, caindo à alguns centímetros dele. Para sua surpresa, ao levantar o olhar, ele encontrou Juniper correndo na sua direção para ajudá-lo a levantar enquanto Silver mexia os braços para de preparar.

─ Isso é decepcionante. - Silver julgou, rindo de escárnio ao assistir a adolescente ajudar o sensei. - Achei que seria um desafio maior que o Larusso.

Seus olhos voaram para a loira, quase saltando para fora devido ao ódio que transbordava pelas íris escuras. Ele esperava que seus alunos e a sensei Kim terminassem o trabalho no dojô, pois o seu trabalho ali estava apenas começando.

Saia daqui. - Chozen pediu para a aluna, olhando para Terry com as energias e a confiança recuperadas.

Sem pensar duas vezes, a Davis concordou com a cabeça repetidas vezes antes de correr na direção da janela, ignorando um grito de Silver ao tentar impedi-la de fugir, mas quando seu corpo passou para o outro lado, ela não olhou para trás, mesmo que estivesse morrendo de curiosidade. Seus pés corriam o mais rápido possível na direção dos portões, e seus pulmões ardiam pelas longas puxadas de ar e os suspiros que soltava durante o caminho.

Ah, merda! - Juniper parou com as mãos no joelho ao passar pela portão, tropeçando no processo.

Agora ela só tinha uma missão: ir ao dojô lutar.

• • •

O dojô estava um completo caos. Desde que parte do grupo saiu para checar o barulho desconhecido, uma briga se instalou entre o Cobra kai e o Miyagi-do, consequência de uma traição vindo de um aluno do Miyagi-do. Todos estavam espalhados pelo local tentando não acabar jogados no chão. Miguel e Robby lutavam juntos contra uma grupo de garotos, incluindo Kenny, que estavam tentando pegar o tablet das mãos de Anthony ─ devido ao descuido de Falcão que levou o aparelho ao chão ─ de outro lado Sam começou a ajudar Tory a se defender da sensei Kim, que apareceu no dojô após sair da casa do Silver antes da Davis.

Assim como os outros colegas, os Campbell's lutavam contra quatro adversários no canto direito do local. Serena segurava um com as mãos enquanto chutava outro com os pés, jogando pelos braços o garoto no maior deles, que estava prestes a acertar Ethan, deixando-o livre para desviar do soco de um ruivo e dar uma rasteira nele ao mesmo tempo que a irmã derrubava o garoto que segurava no chão. Ambos se olharam, dando passos para trás quando os quatro começaram a se juntar novamente, recuperando as energias e prontos para lutar outra vez.

─ O que tem no suco desse lugar? - A garota julgou impressionada, se preparando para bloquear os golpes.

─ Boa pergunta, mas espero nunca descobrir. - Ethan disse, soltando o ar aos poucos. Os punhos estavam cerrados a centímetros do próprio rosto, apenas esperando o próximo movimento dos adversários.

O mesmo ruivo que o Campbell derrubou deu um passo para frente, esticando o braço na direção de Serena para acertá-la, mas ─ surpreendendo ele e os outros ─ outra pessoa entrou no meio, segurando o seu braço e rodando ele em seu próprio corpo, deixando-o no chão de barriga para baixo. O cabelo loiro foi o bastante para que os irmãos reconhecessem Juniper de costas quando a mesma bloqueou um chute do moreno com o antebraço, aproveitando a deixa para apoiar-se nos ombros dele para acertar o seu amigo que ousou dar um passo para frente, derrubando o mesmo antes de rodar no chão com o outro até que ela ficasse por cima para acertá-lo com um soco no nariz. Ela não se preocupou se havia quebrado, girando o corpo para olhar os Campbell's, encontrando o último adversário sendo acertado com um chute giratório da Serena.

Porra, isso foi bom! - A morena exclamou exausta, respirando fundo enquanto arrumava os fios longos que caiam no seu rosto.

─ O que aconteceu com o seu rosto? - Ethan perguntou para a Davis, que tentava parar em pé ignorando a dor no seu abdômen.

─ Só um arranhão. - Fez pouco caso, passando o dedo pelo machucado na sua testa, notando o líquido vermelho escorrer por ela. - Cadê o Robby?

Quando ela perguntou, Ethan e Serena apontaram com a cabeça para a pequena roda que se formava no tatame. Miguel, Robby e os outros protegiam Anthony, que segurava o tablet onde carregava o vídeo da acusação. Tinham muitos alunos do Cobra kai em volta deles, enquanto poucos do Miyagi-do cercavam o garoto, tentando protegê-lo com a técnica que aprenderam com o sensei Chozen.

Ah, merda! De onde eles surgiram? - Juniper reclamou com os olhos arregalados e ofegante.

─ É uma longa história. - Serena revirou os olhos sem paciência. - Cuidado!

Em questão de segundos, o garoto que a Davis derrubou no chão estava atrás dela, pronto para acertá-la pelas costas. Serena foi rápida em puxar a loira pelos braços e entrar na sua frente, enquanto Ethan chutava o braço do adversário e em seguida o seu abdômen. Logo os amigos do garoto também levantaram, ainda desnorteados, mas mesmo assim entraram em posição de luta.

─ Obrigada. - A Davis sussurrou para a amiga, ambas fechando os punhos para se defenderem.

Serena não teve tempo de responder, pois os garotos começaram a avançar de forma mais brutal e rápida, deixando os três sem alternativas além de tentarem segurá-los pelo máximo de tempo possível. A Davis desviou de um soco, chutando a parte lateral do abdômen do mais alto, virando o corpo para empurrar a perna de outro com os braços. Ao seu lado direito, Ethan foi acertado no ombro, fazendo o garoto olhar o adversário irritado, partindo para o contra-ataque e acabando no chão depois de jogar o mesmo por cima dos seus ombros.

Eles não perceberam quanto tempo passou durante o combate deles com o pequeno grupo de alunos do Cobra kai, o qual aumentou com o tempo, deixando cada um lutando contra três adversários. Juniper tentava a todo custo não olhar para o outro grupo do Miyagi-do, para não deixar os Campbell's sozinhos e ir atrás do namorado, mas ─ em um deslize seu ─ seus olhos pararam no Keene rodeado de pessoas enquanto tentava não ser acertado pelos golpes. A imagem revirou o seu estômago, pois ela mal podia vê-lo por causa dos outros em sua frente, fazendo-a se distrair por um segundo e dando a oportunidade para que um dos garotos ao seu redor acertasse um chute em seu rosto.

O impacto fez o seu corpo curvar pela dor que se alastrou pelos lugares que já estavam machucados. Sua distração foi o bastante para que os outros dois segurassem os seus braços, ao mesmo tempo em que ela levantava a cabeça e sentia o sangue descer pelo o seu nariz ─ além do corte na testa ─, mas aquilo fez um sorriso fraco e cheio de soberba aparecer em seus lábios.

─ Pensamos que a ex queridinha dos senseis fosse lutar melhor. - O que a chutou julgou seu estado.

Ele tinha o dobro do seu tamanho, sendo o mais alto entre os outros dois. Juniper não conhecia nenhum deles, mas julgou serem da nova leva de alienados do Silver, fazendo a loira soltar uma risada ácida, por saber que a decepção deles seria muito maior que a dela.

Vocês não sabem de nada. - Disse entredentes, erguendo a cabeça com o olhar provocativo passando pelos três.

Ela estava se remoendo de raiva por ser segurada, então não demorou para bolar um plano. Quando o garoto na sua frente deu um passo para frente, Juniper segurou com força os braços dos outros que a prenderam, apoiando-se ali para levantar as pernas e chutar com os dois pés o tórax do outro. Assim que ele caiu no chão, ela não esperou para passar a perna pelo joelho do adversário à sua direita e aproveitar a distração do outro para dar-lhe uma cabeça diretamente no nariz. No momento em que seus braços ficaram livres, ela arrumou os fios loiros e estancou o sangue do seu nariz, fazendo uma careta de nojo pelas reclamações dos três garotos jogados no chão.

Já na entrada do dojô, Anastasia e Brian ficaram apavorados com a situação do local. Depois de uma noite conturbada, os dois se reencontraram quando Arraia buscou as mulheres e em seguida foi atrás de Brian e Daniel, que foram abandonados pelos amigos quando se recusaram a surpreender Silver. Eles tinham motivações em comum, mas para Brian a principal era tentar ser um melhor exemplo para a filha.

Por isso, quando soube o que estava acontecendo, tentou ─ junto da esposa ─ ligar para a filha até chegarem no dojô. Ao entrarem a situação era caótica, mas ambos buscaram a garota pelo olhar enquanto Daniel corria separar a confusão centralizada. E, assim que a encontraram, jogando três garotos no chão do outro lado do lugar, não pensaram duas vezes antes de correrem na direção dela.

─ Filha! - Anastasia gritou, chamando a atenção dela, que a olhou surpresa.

A mais velha pediu silenciosamente para o marido separar a briga que os Campbell's estavam envolvidos, pois eles mal conseguiam enxergar quem era quem naquele momento. E assim ele fez, sem pensar duas vezes ao se enfiou no meio pedindo para eles pararem, enquanto mãe e filha se abraçaram aliviadas.

─ O que aconteceu? Por que vocês vierem até aqui? - A mulher soltou todas as perguntas entaladas na sua garganta ao soltar a filha e segurar o seu rosto preocupada com os machucados. - Isso vai precisar de alguns pontos, ah, e não me fale desse roxo na sua bochecha. - Sua expressão de choque quase fez a loira rir se a sua atenção não mudasse para o som que saia dos autofalantes do dojô.

─ Preciso falar com você. - Era a voz da Nichols.

O dojô ficou em completo silêncio, todas as cabeças viraram para a televisão onde a gravação da câmera de segurança passava. Juniper se juntou com os pais e os Campbell's ─ que se livraram com a ajuda do mais velho ─, deixando os alunos do Cobra kai se resolverem sozinhos enquanto eles iam até Amanda e Carmen.

─ Nichols, como posso ajudar? Está animada para a próxima etapa? - Agora Silver estava falando.

Pra que? Você vai pagar para eu vencer de novo.

Imediatamente os alunos do Cobra kai se entreolharam incrédulos e alguns murmúrios rodaram entre eles. Os adultos olharam para os três adolescentes ao lado deles, como se perguntassem se era verdade, e os três mexeram a cabeça afirmando. Logo a Davis buscou a Nichols entre eles, encontrando ela do outro lado com a mão machucada apoiada na outra. Elas precisavam conversar.

─ Então sabe sobre o árbitro. - Ele não negou a acusação. - Contou a alguém?

─ Ainda não. - Tory tinha respondido como se fosse óbvio. - Não vai negar? - Questionou.

─ De forma alguma. Paguei para garantir a vitória do Cobra kai. - Silver falou sem um pingo de arrependimento. - Era um seguro. Você venceu mesmo assim.

A situação era bem clara para todos, e não restava dúvidas de que Silver não passava de um mentiroso. Brian sentiu pena da filha ao vê-la segurar as emoções com o assunto delicado, abraçando o seu ombro em forma de apoio, deixando com que Anastasia fizesse o mesmo com Ethan e Serena, já que Anne não estava presente.

─ É isso? Esse era o seu grande plano, Larusso? - A voz de Silver fez um arrepio subir pela espinha da Davis, que olhou para o homem ao mesmo tempo que todos os presentes. - Invadir o meu dojô para roubar uma gravação que não muda nada?

O círculo de pessoas se abriu, deixando o sensei desmascarado no centro. Juniper aproveitou a deixa para dar um passo a frente, deixando os pais irem com Carmen e Amanda para o lado de Daniel, e sendo seguida pelos Campbell's.

O plano não foi dele. - Ela contou em alto e bom som, fazendo os olhares se voltarem a ela.

Robby, que estava do outro lado com Miguel e Falcão, sentiu seu peito se acalmar ao vê-la outra vez e ─ quase imediatamente ─ começou a se enfiar entre as pessoas para chegar até ela.

─ O plano foi nosso. - Tory terminou a frase, se aproximando de Ethan.

─ E isso muda tudo. - O mesmo aproveitou a fala para terminá-la, dando um passo para frente quando Silver ameaçou se aproximar da garota.

O homem não conseguia acreditar no que estava acontecendo, pois um sorriso fraco recheado de falsidade tomou os seus lábios ao se afastar dos adolescentes.

─ Nossos inimigos acham que podem nos atacar sem sofrer consequências. - Ele começou, soando desesperado na escolha de palavras. - E o que o inimigo merece? - Perguntou, mas não houveram respostas.

Nem mesmo os seus alunos mais fiéis, como Kenny, ousaram abrir a boca para responder, acertando em cheio Terry. Nesse momento, a Davis sentiu a mão de Robby em suas costas, e ela quase soltou um suspiro aliviado ao vê-lo do seu lado, aproveitando para encostar nele enquanto escutava as manipulações do sensei.

─ Acham que sou o único disposto a ir tão longe? - Ele questionou mais desesperado. - Os senseis deles invadiram a minha casa hoje, e colocaram uma aluna para acessar as câmeras de segurança. Na minha casa! - Ele quase gritou, apontando para Daniel e Juniper.

A adolescente tentou não demonstrar, mas ela sentiu os olhares dos seus amigos vidrados nela. O Keene não conteve a surpresa em seu rosto, fazendo a loira fingir que não era com ela para não ter que se preocupar com esse "pequeno" detalhe naquele momento.

─ Me atacaram sem motivo algum! Mas aqui estou. Sou o único que sobrou. - Ele disse, e a realidade atingiu com tudo a Davis.

Onde estava o Chozen e o Johnny? Ela se desesperou, olhando para Daniel em busca de respostas, mas encontrou o sensei na mesma situação que a dela.

─ Eles acham que têm direito à vitória, porque o jeito deles é correto e o nosso é o errado, mas não é assim que funciona. Não há morais nem finais felizes nessa história. - Suas palavras fizeram o estômago da Davis revirar. - A vida não é um conto de fadas! É uma competição! O certo e o errado não existem! - Ele disse enquanto gesticulava com as mãos, tentando ganhar a confiança dos alunos com as suas palavras. - Há somente vencedores e perdedores. O Cobra kai molda vencedores porque estamos dispostos a fazer de tudo para chegar no topo.

O final fez a Davis refletir sobre as palavras que Kreese se contou mais cedo. Silver nem sempre foi assim, o Cobra kai moldou a sua vida de um jeito que nem mesmo as diversas derrotas e avisos poderiam reverter o estrago. Ele apenas se importava com a vitória, e talvez fosse aquilo que Kreese tentou lhe alertar mais cedo. Toda vitória tem o seu preço.

─ Tudo que você fez para tentar me impedir só trouxe dor. - Silver disse diretamente para o Larusso, dando alguns passos na sua direção. - Você levou uma surra, Daniel. - Zombou. - Pode aceitar isso ou posso dar outra surra em você.

─ Estamos com você. - Amanda sussurrou para o marido o que todos queriam lhe dizer. - Faça o que tiver que fazer.

Os alunos de ambos os dojôs ansiavam pela briga quando Daniel deu alguns passos para frente, tirando um sorriso sádico dos lábios de Terry, que se preparava para a luta ao subir as mangas da própria blusa. Os dois se olharam fervorosamente andando em círculos, deixando todos ansiosos.

─ Primeiro, cuidei do Chozen. Agora cuidarei de você. - Contou maldoso. - É aqui que o Miyagi-do vai acabar.

─ O Miyagi-do existia antes de nós e existirá depois que fomos embora. Se as raízes são forte, a árvore sobreviverá. - Daniel disse, entrando em posição de luta enquanto Terry zombava das suas palavras.

Como o esperado, Silver que atacou primeiro com dois socos e um chute, os quais Daniel defendeu estrategicamente antes de acertar em cheio o rosto do adversário com a mão, fazendo-o cair no chão de forma patética. Aquilo apenas intensificou a raiva no peito dele. Ao levantar o mesmo se preparou e logo avançou com os mesmo movimentos, mas de forma mais rápida, assim como a defesa do Larusso. Quando Silver esticou o braço, Daniel aproveitou para segurá-lo e passar por baixo dele para acertar o seu joelho por trás e derrubá-lo de joelhos ainda segurando o seu braço.

O platinado tentou contra-atacar com o golpe de prata, mas Daniel já esperava e conseguiu segurar a sua mão com o joelho e o braço, em sequência acertando um soco no rosto dele. Depois disso Silver perdeu o controle que nunca teve na luta, ao levantar e tentar acertar Daniel novamente, o mesmo foi acertado em cheio no tórax pelas mãos do adversário, deixando-o com falta de ar. Ele não desistiu, e logo foi pegar um dos troféus na parede para usar como arma, mas, ao virar o corpo, foi surpreendido com o golpe da garsa de Daniel, fazendo o seu corpo bater com tudo no painel de vidro do Cobra kai, em seguida caindo no chão com os cacos de vidro. E ali ele ficou, esparramado no chão com os próprios arrependimentos e dores.

Todos começaram a se dispersar aos poucos, Brian e Anastasia foram com a Carmen para o lado de fora tentar ter notícias de Johnny e Chozen, enquanto os Campbell's e Tory se misturaram com os outros aos poucos. Pela primeira vez na noite Juniper sorriu de forma genuína, seu sorriso foi tão largo quanto os seus braços ao contornarem o corpo de Robby em um abraço, e logo os braços dele passaram pela cintura dela ao mesmo tempo em que seu rosto se escondeu na curvatura do seu pescoço. As batidas dos seus corações estavam sincronizadas, uma forma pura e genuína de demonstrar o quão satisfeitos eles estavam com a presença um do outro.

─ Me desculpa por não ter contado. Eu precisava fazer isso, mas eu sabia que você não me deixaria ir sozinha, e eu nunca te colocaria em perigo. - Ela sussurrou delicada, seus dedos traçando um leve carinho no ombro dele.

─ Você me conhece demais, e esse é o seu único defeito. - Robby disse a contragosto, soltando uma risada baixa que causou vibrações pelo pescoço da loira antes dele desfazer o abraço, embora os seus braços ainda estivessem conectados um nos outros pelo toque das suas mãos. - Por favor, nunca mais faça algo parecido. Passei a noite toda preocupado com você, e eu não conseguia me concentrar em nada por não saber onde você estava.

─ Se ajuda em alguma coisa, eu também não conseguia me concentrar sem você do meu lado. - Ela contou, seus olhos suavizando com o sorriso que saiu entre os lábios dele. - Acho que não consigo mais viver sem você do meu lado.

Bom, eu posso dizer o mesmo e um pouco mais. - O Keene disse exibido, fazendo a namorada arquear as sobrancelhas curiosa.

─ Tipo o que, Keene? - Ela perguntou, sentindo a sua boca se curvar em um sorriso involuntariamente.

─ Quanta curiosidade, Davis. - Ele disse meio envergonhado, respirando fundo antes de continuar. - Depois de hoje eu percebi que nada tem sentido se você não estiver comigo, nem mesmo as piadas do Miguel ou Falcão tem graça sem a sua risada escandalosa. Eu não quero ter um futuro sem você do meu lado apoiando cada decisão, até mesmo as mais idiotas como qual filme a gente vai assistir em uma sexta feira aleatória. - Suas palavras saiam rapidamente em um tom suave que fazia o coração da Davis quase sair pela boca pela ansiedade de algo que ela não sabia o que era. - O que eu tô tentando dizer é que eu te amo, Juniper Davis.

O mundo desapareceu para os dois naquele momento. Enquanto a briga entre dojôs parecia ter um fim com os alunos do Cobra kai saindo e os alunos do Miyagi-do celebrando a vitória em algum canto, Juniper e Robby estavam perdidos no próprio mundo. A garota não conteve o quão surpresa ficou com a revelação, pois ─ mesmo com as diversas declarações ─ ouvir aquelas três palavras saindo da boca dele se tornou o melhor som que ouviu desde que nasceu.

Robert Swayze Keene, você é real? - Ela questionou com os olhos brilhando, enquanto seu peito subia e descia sem parar. - Antes de tudo, quero que você saiba que nunca mais eu quero saber que você pensou em uma vida sem eu do seu lado, porque nem mesmo a morte vai me impedir de amar você pelo resto da minha vida e além dela. E é isso que eu estou fazendo desde que um garoto com o cabelo igual o do Justin Bieber bateu na minha porta e perguntou se eu queria ser amiga dele. Eu te amo desde que a gente reformou a casa na árvore e você encenou uma cena de Enrolados comigo porque é o meu filme favorito. Eu te amo desde quando eu percebi que respirar sem sentir o cheiro do seu perfume não é a mesma coisa. Eu te amo porque você é você, e isso é o que importa para mim.

Nenhuma palavra foi necessária para Robby mostrar o quão mais apaixonado ele estava ─ se era possível─, pois seu sorriso chegou a esmagar as covinhas em suas bochechas e fechar as extremidades dos seus olhos, os quais brilhavam mais que a luz da lua e das estrelas. Juniper não estava diferente, já que suas bochechas pareciam dois pimentões apertados pelo sorriso largo em seus lábios. Eles esqueceram de todos os machucados e problemas que passaram aquela noite por poucos segundos, pois sempre que estão juntos nada mais importa.

Com mais uma risadadinha fraca e envergonhada da Davis, Robby puxou ela pela nuca para um beijo caloroso, mas carinhoso. Eles se perderam nos próprios sentimentos enquanto seus lábios estavam colados um no outro, até que o barulho das sirenes fez os dois voltarem para a realidade aos poucos.

─ Você me achava parecido com o Justin Bieber? - Foram as primeiras palavras que Robby perguntou ao se olharem depois do beijo, fazendo a loira gargalhar jogando a cabeça para trás.

─ Acha que eu aceitei o seu pedido de amizade por quê? - Ela arqueou uma sobrancelha de forma provocativa, enquanto se afastava aos poucos, no processo segurou a mão dele de forma delicada.

─ Pegou no meu ponto fraco, Nie. - Ele disse fingindo estar chateado, colocando a mão no coração quando ela revirou os olhos rindo.

Ainda de mãos dadas, a loira deu um selinho rápido nele antes de começarem a andar para o lado de fora onde a confusão já estava controlada. Juniper mal olhou para Silver caído no chão, porque pela primeira vez ela se sentiu livre do que lhe foi ensinado. Vencer nem sempre era tudo, e Robby foi quem fez ela perceber isso. Quando chegaram na entrada do dojô os policiais já estavam entrando no local, enquanto outros ficaram do lado de fora escutando as diferentes versões do que aconteceu naquela noite. Algumas ambulâncias também chegaram depois de alguns minutos, e logo os adolescentes foram atendidos, incluindo a Davis, que descobriu estar com um roxo maior que a sua mão na costela, a qual quase quebrou ao ser jogada na mesa.

A enfermeira que a examinava saiu depois de aconselhar a mais nova sobre os cuidados antes de ir falar com Brian e Anastasia que aguardavam ao lado da ambulância. Juniper viu de longe o namorado ir conversar com Keeny, e resolveu deixar os dois sozinhos, pois sabia que eles tinham assuntos pessoais para discutir. Serena e Falcão conversavam com Anne perto de uma viatura, os dois pareciam tentar encenar como foi a loucura dentro do dojô, pois o de moicano gesticulava e demonstrava os golpes com a aprovação da namorada, o que fez a loira soltar uma risada fraca.

Ainda sentada, ela enxergou Tory e Ethan sentados em uma das ambulâncias dividindo um cobertor enquanto conversavam baixinho, mas a conversa cessou quando a Nichols encontrou o olhar da Davis ao desviar o olhar. Juniper sorriu fraco antes de levantar com cuidado por causa dos machucados, e logo Tory também estava em pé andando na sua direção depois de sussurrar algo para o Campbell e deixá-lo na ambulância com o cobertor deles.

─ Tá tudo certo entre vocês? - Juniper perguntou interessada quando estavam próximas, mas não de forma ciumenta, apenas curiosa sobre a relação dos dois.

─ Sim, ele queria ter certeza que os enfermeiros dessem uma olhada na minha mão. - Ela respondeu, soltando uma risada fraca ao relembrar o quão insistente ele foi para ficar ao seu lado.

─ E como isso aconteceu? - Perguntou com uma careta confusa, olhando a mão enfaixada da Nichols com pena. - E não adianta falar que foi um acidente de treino. Você nunca se machucaria assim treinando.

Tory respirou fundo com as palavras dela, tocando a mão machucada com leve receio, lembrando do treino que a sensei Kim e Silver fizeram especialmente para ela.

─ Isso não importa mais. O Cobra kai perdeu. - Suspirou, levantando o olhar para a loira, que a encarava como se entendesse o sentimento.

─ Eu sinto que te devo uma desculpa pelo o que aconteceu na noite passada. - Juniper começou, engolindo o próprio orgulho ao se desculpar. - Eu não deveria ter agido daquela maneira, principalmente porque eu sei como é estar no Cobra kai. Você não era o alvo da minha raiva, e eu errei em ter culpado você naquele momento. - Tory parecia surpresa, pois não esperava que a garota fosse falar desse assunto outra vez.

─ Eu não culpo você, essa situação foi tão desastrosa, e qualquer um reagiria daquele jeito. - A Nichols sorriu fraco, sendo retribuída pela Davis. - O lado positivo é que isso acabou de uma vez por todas.

─ É, mas antes eu queria te contar uma coisa. - Ela suspirou, abraçando os próprios braços por causa do frio. - Eu sabia sobre a gravação deletada, mas também sabia sobre a outra gravação. - A confissão pegou a loira de surpresa novamente, e a mesma levou alguns segundos para ligar os pontos na própria cabeça.

Você conversou com o Kreese. - Não foi uma pergunta, mas sim uma afirmação que saiu pela boca da Nichols, que estava levemente surpresa pela determinação da Davis.

─ Eu tomei algumas decisões arriscadas, mas no final deu certo. E isso eu devo a você e a sua coragem para falar sobre a gravação que o Kreese me contou. - Juniper disse com um sorriso doce nos lábios. - Eu confiei em você porque sei que você é uma boa pessoa que apenas teve alguns problemas no caminho. E eu espero que você saiba disso.

A Nichols não entendeu porque Juniper estava sendo tão legal com ela depois dos últimos acontecimentos, principalmente depois do torneio. Porém ela se sentiu bem ao ver que a Davis não estava brava com ela, e que aquilo significava um recomeço para a amizade delas.

─ Você também é, Juniper. - Tory não sabia expressar os seus sentimentos e, felizmente, a loira sabia disso, por isso abriu mais o sorriso em seus lábios.

─ Espero treinar mais vezes com você, o Miyagi-do está de portas abertas ainda. Talvez você consiga convencer aquele cabeça dura a treinar também. - Apontou para Ethan revirando os olhos.

─ Talvez, Davis. Apenas talvez. - Ainda estava receosa sobre o assunto "Miyagi-do", mas não descartava a opção.

─ Tudo bem, isso basta para mim. - Riu mexendo a cabeça para os lados no mesmo segundo que enxergou Robby ser dispensado por Kenny. - Eu tenho que ir, mas a gente se vê por aí, Nichols. - Ela acenou rapidamente para a adolescente, que fez o mesmo soltando uma risada fraca antes de voltar ao lado do Campbell.

Em poucos segundos Juniper chegou onde Robby estava parado e, como se sentisse a presença dela, ele virou o corpo com uma feição abatida que começou a suavizar ao encontrar o sorriso da namorada. Ele nunca perderia a chance de admirá-la, por isso ficou parado esperando a mesma chegar nele, apenas para ter a visão do seu sorriso e nariz vermelho por causa do frio.

─ O que foi? - Ela questionou sem entender a expressão no rosto dele.

─ Nada não. - Robby mexeu a cabeça para os lados enquanto soltava uma risada fraca, se aproximando dela para segurar as suas mãos.

─ Kenny ainda está bravo? Pensei que tudo isso ia fazer ele acordar e perceber o quão problemático o Silver é. - Juniper perguntou, olhando para o garoto, agora sozinho, em uma das ambulâncias.

─ Acho que agora o problema não é comigo ou com o Silver, e sim com ele mesmo. - Seus lábios fecharam em uma linha fina, ele estava preocupado com o garoto, e era nítido em seus olhos.

─ Bom, a Mabel  vai voltar logo do acampamento e, levando em consideração as milhares de mensagens que eu recebi dela no meu celular, ela já sabe o que aconteceu. Talvez ele apenas precise da melhor amiga dele do seu lado. - Ela deu de ombros, fazendo um carinho na mão do namorado.

Melhor amiga? - Robby a olhou sugestivo, fazendo ela revirar os olhos.

─ Não podemos falar nada! Demoramos mais do que eles para perceber a verdade. - Ela disse arregalando os olhos ao lembrar o quanto demoraram. - Mas valeu a pena.

─ É, valeu mesmo. - Robby sorriu apaixonado, encarando todos os rosto da Davis.

Juniper riu envergonhada, mas não demorou para juntar os seus lábios em um beijo rápido e sentimental, apenas para demonstrar o quão feliz ela estava. Quando se separaram não demorou para Serena e Falcão se juntarem com eles, e os quatro começaram a conversar sobre alguns detalhes da noite, mas de forma engraçada, para não pesarem o clima.

─ Não, mas você tinha que ver a cara do Kyler quando o Demetri derrubou ele no chão! - Falcão exclamou animado, olhando para a Davis, que arregalou os olhos surpresa.

─ Merda! Eu queria ter visto isso! - Ela xingou baixo, mas logo começou a rir com o de moicano e o Keene.

─ Ei, gente! - Serena chamou a atenção deles, fazendo os três olharem o que ela estava olhando.

Silver saia do dojô sendo segurado por dois policiais e com as mãos algemadas, além dos outros policiais que acompanhavam atrás dele para fazer a escolta. Todos pararam para olhar a cena, pois estavam ansiosos para o desfecho daquela noite, e não poderia ser melhor do que o vilão sendo carregado para o carro da polícia.

─ Eu acho que é isso. Cobra kai já era. - Falcão exclamou aliviado, passando o braço pelo ombro da namorada.

─ É, agora não temos um dojô inimigo para declarar guerra. - Serena concordou com o namorado.

─ E que continue assim. - Robby olhou para ela rapidamente, mas logo voltou a sua atenção para a Davis. - Tudo bem, amor? - Ele perguntou em seu ouvido.

Juniper encarava a viatura em que Silver entrava com uma mistura de sentimentos em seu peito. Ela não sabia porque parte de si ficou decepcionada ao perceber que era o fim do Cobra kai. Independente disso, ela estava se sentindo realizada por conseguir ter o que queria, pois acabar com a vida de Terry estava em seus planos desde que foi descartada no torneio. Mas não parecia que era o fim.

─ Sim, só estou feliz em saber que acabou. - Ela contou, virando o rosto para ele com um sorriso fraco nos lábios.

Robby aceitou a resposta e sorriu de volta, não demorou para os quatro começarem a andar na direção dos adultos para poderem ir embora. Durante o caminho, Juniper se questionou sobre o que falou e se perguntou se ela queria que fosse o fim do Cobra kai, mas não houveram respostas concretas ou elaboradas. Ela sentiria saudades da emoção de ter com quem competir no dia a dia, mas ao mesmo tempo estava cansada e desejava ter uma vida sem o drama do caratê a seguindo por todos os lados.

E o sekai taikai parecia uma boa oportunidade para provar seu talento sem precisar se proteger de inimigos o tempo todo fora do tatame. Era aquela emoção que ela desejava, a emoção de saber do próprio potencial e ter como mostrá-lo para o mundo todo. Ela estava pronta para encarar o torneio mundial, e nem mesmo os fantasmas do seu passado poderiam impedi-la de chegar no pódio. Aquela era a sua chance de vencer.


I. PODEM SOLTAR FOGOS PORQUE O CAPÍTULO VEIO AI! Passei muito tempo escrevendo e arrumando os pequenos detalhes dele, então espero que tenham gostado!

II. Fun fact: A senha de acesso "C0C0C0" é o código da cor prata! Por isso eu escolhi ela para o enredo ficar mais engraçado e descontraído.

III. Agora vamos falar sério! Com o fim do ato cinco, the loneliest vai entrar em pausa até o final da sexta temporada e, infelizmente, eu não posso prometer que em fevereiro já vão ter novos capítulos. O último ato tem que ser memorável, e eu preciso de um bom tempo para analisar a última temporada para fazer um bom aproveito dela. Espero que entendam os meus motivos!

IV. Prometo que vocês não vão ficar sem conteúdo, já que no meu tiktok eu ainda vou postar edits de the loneliest! E em breve eu vou publicar minha nova fanfic de cobra kai, então fiquem ligados no meu mural e no meu tiktok!

V. Um beijo e até o próximo ato de the loneliest <3

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