Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

027 ;𝘩𝘰𝘸 𝘤𝘰𝘶𝘭𝘥 𝘺𝘰𝘶?

Treino. Casa. Dojô. Escola.

Juniper apenas seguia aquela rotina desde que decidiu focar em si mesma e na luta, levando a sério as recomendações do novo sensei. Ela não podia reclamar das dores que surgiam no seu corpo toda manhã depois de passar a madrugada treinando um novo golpe.

Mesmo com os seus pais dizendo que a perda de sono não era boa para ela, a garota dizia que estava tudo bem, pois estava feliz em treinar para ser a melhor da classe, e do torneio. Uma meta que definiu sozinha, sem a ajuda de terceiros, pois quando lutou o seu primeiro torneio ela era apenas uma iniciante, mas agora as lutas pareciam estar em outros níveis, fazendo ela querer superá-los em todas as suas formas.

Falcão apoiava a ideia, e todos os dias na escola escutava a amiga falando de estilos diferentes de luta, além de objetos e golpes usados. O garoto dizia que quando eles se formassem ela seria a primeira a abrir o próprio dojô, o que tirava uma risada sincera da loira ao imaginar como seria.

─ O que acha de comprarmos espadas? Seria legal parecer uma personagem de Game of Thrones. - Juniper comentou segurando a mochila no ombro direito, com um sorriso leve nos lábios.

─ É bom. - Falcão pensou virando o corredor. - Se quiser arrancar o próprio braço com elas!

─ Só se for o seu, idiota! - Exclamou rindo, deixando um tapa leve no braço do garoto, que passou a mão no local reclamando.

Quando olharam para a entrada do colégio, encontraram Miguel entrando com as sua mochila nas costas e um sorriso no rosto com as celebrações dos outros alunos. Depois de dias se recuperando e treinando as pernas, o garoto estava de volta, conseguindo andar sem a ajuda da cadeira de rodas ou muletas.

─ El Serpiente! - Falcão usou o apelido do amigo quando se aproximaram.

─ E aí? - Cumprimentou o amigo com um sorriso no rosto.

─ Bem vindo de volta. - Juniper disse com um sorriso animado no rosto, se intrometendo no meio dos dois para abraçar o garoto.

─ É bom estar de volta. - Comentou quando se separou dos braços da loira.

─ Está com pernas biônicas? - O de moicano perguntou olhando o amigo de cima a baixo.

Jesus! - A Davis sussurou, tentando segurar a risada com as próprias mãos cobrindo a boca.

─ Não, são as minhas pernas humanas. - Miguel explicou sorrindo, entrando na onda do amigo.

─ É? Pode lutar? Precisa defender o título. - Os dois brincaram de lutinha, enquanto a garota ria assistindo a cena. - Terá que me enfrentar antes.

─ Ele já fez. - Juniper alfinetou o amigo, com um sorrisinho afiado nos lábios.

─ Nem enche! - Ele disse, bagunçando os cabelos bem penteados dela, com os protestos da garota. - Cobra kai está arrasando. - Voltou a atenção para Miguel.

─ Eu queria falar com vocês sobre isso. - O Diaz disse, chamando a atenção dos amigos para o tom baixo de voz dele, mas antes que ele pudesse terminar, o sinal tocou. - Conversamos no almoço.

─ Não! Eu sou curiosa. - Juniper choramingou dramática, enquanto era puxada por Falcão até as escadas com as risadas de Miguel de fundo.

─ Vamos logo, loira!

• • •

O intervalo finalmente chegou, e com ele Juniper conseguiu se libertar das cansativas aulas de química que teve no dia. Para ela pouco importava as diferenças entre os ácidos e as outra baboseiras que não prestou atenção.

A garota permaneceu quieta enquanto comia o pacote de batatinhas em suas mãos. No seu ouvido esquerdo o fone de ouvido branco tocava alguma música da Taylor Swift, indo contra os gosto de Falcão, que compartilhava do outro fone com ela.

─ A próxima eu escolho. - Ele exclamou emburrado, mas Juniper conseguia ver os pés do amigo baterem no chão no ritmo de Bad Blood.

─ Vai sonhando. - Riu brincalhona, tomando um gole de refrigerante quando viu Mitch se aproximar deles com a sua comida na bandeja.

─ Foi mal. A mesa 'tá lotada. - Falcão disse, colocando o pé na cadeira vazia do seu lado.

─ E onde vou me sentar? - Perguntou confuso, tentando recorrer para a loira, que apenas desviou o olhar.

─ Na mesa dos rejeitados. - Apontou para a mesa no canto do refeitório, onde apenas alguns alunos estavam sentados, a mesma mesa que um dia sentou com o de moicano.

─ O que você 'tá olhando? Vai logo. - Juniper exclamou irritada quando ele demorou para sair, voltando a tomar o seu refrigerante quando o garoto deixou eles em paz.

─ Que otário. - Os outros colegas sentados na mesa riram, fazendo a loira revirar os olhos rindo baixo.

─ Ei, cara! - Falcão exclamou ao lado dela, fazendo a garota erguer o olhar para o outro lado, encontrando Miguel indo na direção deles.

─ Miguel! - Ela disse animada, pois ainda não tinha se acostumado com o garoto andando sem ajuda outra vez.

─ Soube o que aconteceu com o Demetri e a Serena. - Miguel foi direto ao ponto, seu tom de voz irritado fez os dois levantarem das cadeiras para conversarem com ele. - Como puderam fazer aquilo?

─ O que? - Juniper estava sem palavras, soltando uma risada incrédula da maneira que Miguel parecia estar irritado com o que aconteceu.

─ Devia nos agradecer por te vingar. - Falcão disse pela Davis, percebendo o silêncio da mesma. - Aliás, eles começaram a briga. Nós terminamos ela.

─ Não foi o que o sensei ensinou. - Miguel disse sério, mencionando Johnny Lawrence.

─ O mesmo sensei que abandonou a turma depois do que aconteceu? - A loira o olhou com os olhos levemente arregalados, surpresa com as palavras de ambos.

Juniper não estava brava, e não queria brigar com Miguel, pois perdê-lo outra vez era um passo para ficar completamente solitária, novamente.

─ Depois de tudo, vocês ainda vão trair ele? - Miguel vacilou o olhar entre os dois desacreditado.

─ Ele nos traiu. - Falcão insistiu irritado, fazendo Miguel respirar fundo antes de continuar pois, assim como a loira, ele não queria brigar.

─ Não é você falando isso. É o Kreese, ele entrou na cabeça de vocês. - O Diaz exclamou cansado. - Podem mudar isso, saiam do Cobra kai, e venha para o nosso dojô. Se vierem, os outros vão seguirão. Podemos mostrar que não somos valentões. Tudo pode ser como antes. - Olhou diretamente para Juniper, que desviou o olhar com a ideia.

Como antes. Ela amaldiçoou ele por fazê-la pensar em sair do dojô, apenas para ter um vislumbre das memórias que um dia conquistou com ele e os antigos amigos. O que seria uma farsa, pois ela estaria mentindo se estivesse tranquila em perdoar eles facilmente.

─ Ele tem um dojô? - Falcão perguntou confuso, focando na nova informação.

─ Ei, vejam esse cara! - A voz de Kyler soou pelo refeitório, fazendo os três olharem para ele e ignorarem a discussão. - Andando por aí com um pau na mão.

Kyler tinha desenhado no gesso de Demetri, uma brincadeira suja do valentão. O refeitório ria com a cena, enquanto Demetri saia do refeitório de cabeça baixa, sendo acompanhado por Serena, que tinha a mão coberta de gesso, assim como ele.

Juniper não sentiu nada além de nojo pelas idiotices de Kyler, e ódio por ter que aguentar ele no dojô agora. Ainda não gostava dele, mesmo que o garoto fosse parte do Cobra kai agora, ainda era um idiota, assim como os outros.

─ Esses são seus novos amigos? - Miguel perguntou, lançando o olhar decepcionado para os dois, logo saindo do refeitório em seguida, deixando os dois para trás.

Falcão encarou Juniper, como se esperasse ela falar algo que ajudasse ele a pensar direito sobre o que Miguel falou. Mas ela não abriu a boca. Ela não sabia o que falar, pois estava com medo de perder os dois ao mesmo tempo se tentasse. Mas sabia que não trocaria de lado, já que o Cobra kai era o seu lugar, e não sairia do mesmo lugar que

Ficar sozinha com uma guerra entre os dojôs rondando eles, era assustador pensar em não ter os amigos que conquistou desde o reformatório, desde que perdeu o controle da sua vida e perdeu Robby junto.

Ela apenas não podia ficar sozinha.

─ Tenho que ir para a aula. - Disse para o de moicano, levantando olhar confuso para ele, e saindo sem se despedir.

• • •

O resto das aulas foram cansativas, tudo por que a sua própria mente não ficava em silêncio. Miguel a olhando daquela forma deixou seus piores pesadelos mais reais, assim como ver o rosto confuso de Falcão, que parecia repensar sobre as suas decisões por breves segundos. Perder eles era como perder parte de si mesma.

A sua lealdade era o seu ponto fraco, e seria até ser apunhalada pelas costas. Todos tem os seus limites, e traição era o dela.

Seus pés caminhavam até a secretaria do colégio, pois a garota ainda tinha que entregar seus atestados, mesmo que todos soubessem o que aconteceu com ela. Seu celular vibrava pela quinta vez desde o término das aulas. Falcão a ligava várias vezes, além de algumas mensagens do Diaz, ambos falando do mesmo assunto, porém em lados opostos. Juniper queria estrangular ambos por colocarem ela naquela situação, por isso decidiu ignorar o mundo a sua volta e passar o dia assistindo alguma comédia romântica.

Quando chegou no destino, a garota tirou os papéis da bolsa quadriculada ─ cheia de enfeites coloridos ─ e se aproximou da bancada com um sorriso gentil.

─ Com licença, isso é para a diretora, sobre as minhas faltas recentes. - Disse para a mulher de cabelos brancos e óculos quadrados.

Sem dizer nada, a mais velha pegou os papéis, conferindo eles enquanto a adolescente tentava não demonstrar o quão entediada ela estava. Quando a mulher terminou de olhar cada papel, Juniper sorriu agradecendo, virando para poder pegar a sua moto e fugir daquele lugar antes de Falcão achasse ela.

─ Desculpa. - Ambos falaram ao mesmo tempo, e logo levantaram o olhar assustados.

─ Ethan, você... - Juniper tentou encontrar as palavras, abrindo a boca várias vezes sem saber o que falar enquanto olhava o garoto com os olhos levemente arregalados na sua frente.

─ Tenho que ir. - O Campbell avisou, pronto para correr de uma possível discussão.

─ Não! Espera, a gente tem que conversar. - A Davis foi atrás dele até o corredor, segurando o braço dele para fazê-lo parar de andar.

─ Eu não quero conversar, Juniper. Só vim pegar meus documentos para a universidade. - Tentou soar calmo, mas suas mãos trêmulas denunciavam que ele estava nervoso.

─ Mas eu quero. - Exclamou séria, encarando ele com os olhos escuros, mas sem o brilho de antes. - Ethan, você não pode fugir de mim para sempre, assim como fez aquela noite. Se você tivesse...

─ Se eu tivesse o quê? - O Campbell a cortou irritado. - Se eu tivesse ficado aquela noite? Acha mesmo que aquela noite mudaria algo? - Riu incrédulo, travando o olhar no rosto machucado da loira.

─ Talvez a sua irmã não tivesse feito o que fez. - Rebateu raivosa, as sobrancelhas juntas e as mãos fechadas em punhos do lado do seu corpo.

─ Nós dois sabemos que ela perdeu o controle por causa do idiota de moicano, e o estúpido traje de valentão dele. - Disse rápido, a discussão fervendo o sangue de ambos, o que fez Juniper respirar fundo para não brigar com ele. - Não posso pagar pelos erros dela. Mas te garanto que ela está pagando pelo o que fez, além das idas até a assistência social.

─ Como assim? - A Davis ficou confusa, pois sabia que ele não estava falando sobre o que ela fez.

─ Ela caiu em um brinquedo, e quebrou a mão, agora ela não pode treinar ou participar das atividades extracurriculares para a universidade. Satisfeita? - Suspirou baixo, passando as mãos no rosto por causa do nervosismo.

Ela não contou a verdade. Mas porque ela faria isso?

─ Não posso dizer que sinto muito. - Disse engolindo a seco as próprias mentiras. - Ela quase me matou, isso é pouco.

─ Era isso? Posso ir? - O asiático perguntou cansado de discutir com a garota, ignorando as últimas palavras dela.

─ Eu quero conversar sobre nós, Ethan. - Pediu baixo, tentando superar o próprio orgulho, vendo o garoto desviar o olhar rapidamente. - O que aconteceu aquela noite foi um mal entendido. Robby e eu não fizemos nada.

─ Não foi o que pareceu. - Afirmou triste. - Eu lembro muito bem de ver a sua mão sobre a dele. E aquele sorriso no seu rosto? Eu nunca vi você daquele jeito.

─ Eu era assim com você. - Juniper sussurrou sentindo seus olhos marejados arderem. - E eu ainda seria assim se você tivesse me escutado aquela noite.

O que você estava fazendo com ele para ter que ficar tão próxima dele? - Perguntou, tentando não parecer enciumado, e falhando quando percebeu os olhos dela vacilarem antes de responder.

─ Robby me contou o lado dele sobre o que ele fez, ou que ele não fez. Parece que ele não era o vilão da história esse tempo todo. - Riu sarcástica, sendo típico da garota encontrar graça nas tragédias da própria vida.

─ Isso não ajuda muito o seu lado, sabe? Apenas deixa mais claro que tinha algo rolando entre vocês dois. - Ethan comentou ácido, engolindo o bolo que se formou em sua garganta.

─ Nunca aconteceu nada entre eu e ele! - Juniper foi rápida em responder, dando um passo para frente para encarar o mais velho.

─ Mas vocês dois queriam! - Rebateu irritado, fazendo ela desviar o olhar para os próprios pés. - É tão óbvio agora, que eu me sinto um tolo de nunca ter percebido o motivo para você realmente odiar ele esse tempo todo. Você tinha sentimentos por ele, não por mim.

─ O que? - Ela levantou o olhar confuso, a boca entreaberta enquanto assistia o garoto rir desacreditado.

─ Se ele fosse um simples amigo para você, não teria te machucado do jeito que machucou. - Explicou, escolhendo as palavras certas para atingir a loira. - Você nunca gostou de mim. Pelo menos não do jeito que gostou dele, não é?

─ Ethan, eu... - Juniper não consegui falar, pois as palavras dele atingiram seu coração como facas, bem afiadas.

─ Não se preocupe, Davis, não vou ficar no entre vocês agora. - A olhou de cima a baixo, os olhos machucados encontrando o rosto confuso da loira antes de sair entre os corredores, não dando tempo para ela tentar responder.

Seu peito subia e descia rapidamente, a raiva fervendo o seu sangue a cada pensamento intrusivo. Ela queria correr até o garoto e gritar no seu rosto o quão machucada ela ficou depois do que aconteceu, e que tudo não era por causa de um sentimento bobo de crianças.

Ela se sentia estúpida por deixá-lo atingir os seus pontos fracos, mesmo que fosse inevitável, pois vê-lo se tornou um deles. Mesmo que Ethan não fosse a sua primeira paixão, ele ainda era seu primeiro namorado, o que tornava a situação mais cruel.

Juniper não esperou mais surpresas, saindo do colégio sem saber exatamente para onde ia. Seus planos de assistir uma comédia romântica foram extintos, pois ela sabia que apenas complicaria os seus sentimentos, que já eram confusos demais. Quando chegou na sua moto, a garota colocou o capacete rapidamente, montando na mesma antes de acelerar para fora do estacionamento.

Provavelmente ela estava em alta velocidade, mas ela não se importou com as multas. Sua mente estava em outro lugar, mais especificamente ela estava presa nas lembranças de rostos conhecidos.

Seus olhos piscavam várias vezes quando a moto finalmente parou, uma tentativa de prevenir que as lágrimas caíssem pelo seu rosto. Juniper olhou para a sua frente, notando que parou no topo de uma colina, onde ela tinha visão para parte da cidade, que era grande demais para que os seus olhos pudessem enxergar.

Sem se preocupar com a terra sujando o seu short jeans, a loira sentou-se no chão do lado da moto, os braços circulando os próprios joelhos em busca de conforto. O sol queimava os seus ombros descobertos, deixando eles e o seu rosto avermelhado, junto com as poucas lágrimas que caíram durante o caminho.

A mente da garota estava vazia, mas ao mesmo tempo ela pensava em tudo. Suas perguntas não tinham respostas, e seus problemas pareciam não ter solução, formando um grande nó dentro da sua cabeça.

Ela amava eles, do fundo do seu coração. A família Campbell foi o que ela precisou naquele momento, e Juniper agradecia Anne e a sua gentileza pelos meses que passou nos seus cuidados. Mas o que aconteceu com ela não tinha perdão, pelo menos não agora. E a loira não poderia simplesmente ignorar a presença dos irmãos Campbell e continuar visitando Anne.

Enquanto isso, a briga entre os dojôs parecia ter voltado com tudo. Com Miguel novo em folha, e cheio de determinação, o novo dojô de Johnny era uma ameaça para o torneio, assim como o miyagi-do. Porém, o que assombrava a Davis não era a rixa entre os senseis, na verdade ela só conseguia pensar que de um jeito ou de outro ela teria que escolher um lado para lutar, e de preferência o vencedor.

Ela sabia qual seu lado racional escolheria, pois uma vez que entrou para o cobra kai, não tem uma rota de fuga.

─ Porra! - Ela exclamou quando se assustou com o barulho do seu celular, pegando ele para atender a ligação. - Alô?

─ Junie! Como você está, querida? - Shannon disse animada do outro lado, tirando um sorriso triste dos lábios da garota.

Desde que entregou Robby nas mãos da polícia, a mãe do garoto passou a ligar para ela, tentando convencê-la de ajudar o garoto quando ele saísse. Mas Juniper fugia dos seus pedidos, com medo de ligar ou mandar cartas para ele. Não tinha um motivo plausível para o medo, apenas não conseguia mexer suas mãos quando tentou ─ pela milésima vez ─ escrever para ele.

─ Estou indo, e você? Ainda curtindo as aulas de yoga? - Juniper perguntou carinhosa, pois era isso que nutria pela mulher.

─ Óbvio que sim! Ainda espero pelo dia que você vai me acompanhar em uma aula. - Brincou, fazendo ambas rirem, até a mais velha suspirar do outro lado antes de continuar. - Querida, você já pensou no que eu te pedi? - Ela perguntou esperançosa.

─ Shannon, eu... - Tentou encontrar as palavras certas, tendo que respirar fundo para não soltar tudo o que sentia nas costas da mulher. - Me desculpa, eu não consigo vê-lo. Estou com medo. - Confessou, pois era a verdade.

Juniper podia mentir e dizer que Robby Keene não significava mais nada para ela, mas aqueles que conheciam ambos sabiam a verdade. O laço que criaram era forte demais para ser quebrado com o orgulho de ambos.

─ Você não precisa ficar com medo, Junie. Ele ainda é o mesmo garoto que quase colocou fogo no nosso cabelo tentando cozinhar. - Ela riu, enquanto Juniper fechou os olhos com um sorriso triste nos lábios.

─ Eu não posso me agarrar para sempre nas memórias de antes, Shannon. Nós mudamos, e fomos para caminhos diferentes. - Disse cabisbaixa, ouvindo a mulher andar do outro lado da chamada, indo para um lugar menos movimentado.

─ Eu sei o que ele fez. Ele me contou aquele dia, e fui boba em não ter notado a mudança antes de fugir. - Começou, tendo a atenção da loira em suas palavras. - Não posso dizer como se sentiu, mas acredito que foi horrível estar naquele lugar.

─ Ainda tenho pesadelos com os barulhos da polícia e das algemas. - Confessou, agarrando mais o seu próprio corpo. - Mas consegui superar.

─ E como você conseguiu? - Perguntou, parecendo levar a conversa para o ponto em que queria.

─ Eu tive ajuda. Um suporte. - A adolescente respondeu, já entendendo o que a mais velha queria dizer. - Shannon, eu não posso fazer isso. Peça para o Johnny ou Daniel, menos para mim. - Foi rápida em negar, o medo a consumindo.

─ Não posso pedir isso para eles. Eles não conhecem meu garoto do jeito que você conhece. - Rebateu desesperada. - Tudo o que eu te peço agora é para deixá-lo seguro, enquanto eu não posso.

Era um pedido desesperado de uma mãe, e Juniper conseguia sentir a dor da mulher em não poder ajudar seu próprio filho com os problemas dele. Seu coração doía só de pensar em vê-lo e receber outro olhar como aquele que recebeu quando o policial o tirou daquele jardim.

Mas por outro lado ela sentia que a responsabilidade de ajudá-lo sempre esteve nas suas costas. Johnny nunca foi um bom pai, e agora que Miguel estava bem, seria difícil para o homem medir os deus cuidados entre os dois. E Daniel tinha os seus próprios problemas, e não demoraria muito para despachar Robby outra vez. Enquanto Juniper carregava o peso de conhecê-lo, o suficiente para sentir a necessidade de ajudá-lo.

A loira respirou fundo, pensando se realmente estava com a cabeça no lugar, pois o que estava prestes a fazer parecia ser o ápice da sua insanidade.

─ Tudo bem, eu vou fazer o que pediu.

I. Oi, voltei! Tava ansiosa pra começar essa narrativa em the loneliest, mas ao mesmo tempo tô com medo da reação de vcs, então espero que gostem mesmo assim<3

II. Até breve!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro