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ㅤㅤㅤ𝑜. 𝗃𝗎𝗌𝗍 𝖺 𝗊𝗎𝗂𝖼𝗄 𝗋𝖾𝖼𝖺𝗉.

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𝖯𝖱𝖮𝖫𝖮𝖦𝖴𝖤, 𝖯𝖱𝖤-𝖲. 𝖮𝖭𝖤
𝟬𝟬 ▹ 𝗝𝗨𝗦𝗧 𝗔 𝗤𝗨𝗜𝗖𝗞 𝗥𝗘𝗖𝗔𝗣.

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ㅤ ㅤㅤ ㅤ TRAUMAS DE INFÂNCIA, poderes sem explicação e uma lista longa de relacionamentos falhos: características em comum que quase todas as crianças que fizeram parte da Umbrella Academy tinham ━ caso encontrem algum que tenha sido genuinamente feliz naquela época, é provável que tenha sido enganado e viveu em uma mentira. Acreditem, esse tipo de coisa é recorrente por aqui, não fiquem surpresos.

Além do sobrenome, obviamente.

Hargreeves, vindo de Sir Reginald Hargreeves.

Aquele velho desgraçado... pode acreditar, sua morte foi uma verdadeira alegria para muitos.

Vocês devem pensar: "uau, quem é essa insensível que está feliz com a morte de um pobre idoso" ou podem até estar tentando entender do que estou falando. Bom, para a primeira pergunta, se preparem, aqui vai: Olá, sou Charlotte Hargreeves, é um prazer. Ou, para os fãs da velha Umbrella Academy ━ se alguém ainda lembrar dessa época ━ e não reconhecem o nome, eu era a número Oito. E, bom, se eu estou falando com vocês, significa que algo definitivamente está errado, o que nos leva para a segunda pergunta e, para ela, temo que a resposta seja um pouco mais elaborada, então vamos recapitular.

Alguns poderiam dizer que os problemas daquela semana tiveram início há anos atrás, quando Cinco desapareceu misteriosamente após uma briga com Reginald Hargreeves durante o jantar sobre seus treinos ou quando Ben, o número Seis, foi morto em missão, o que acarretou na fuga de Charlotte e Diego no auge de sua adolescência. Para a número Oito, tudo começou bem antes, em 1 de outubro de 1989 especificamente, quando um excêntrico velho rico ━ com pouco ou nenhum apreço por bebês, adolescentes ou qualquer que fossem suas outras variações ━ decidiu adotar oito dos mais distintos recém-nascidos que tiveram o azar de nascer naquele dia em específico.

O motivo daquela adoção... bom, alguns diriam que poderia ser uma maneira de alimentar seu ego, cuidando de pobres órfãos que não tinham nome, apenas um número de identificação e poderes magníficos que eram usados para combater o crime. Para outros, era um movimento calculado para ficar ainda mais rico ━ duas possibilidades que Charlotte considerou por anos, mas nunca chegou a descobrir a verdade. Afinal, quem poderia ter a resposta disso? Quem poderia saber das loucuras que se passavam naquela mente diabólica?

Bom... Charlotte sabia que Pogo teria.

E para referências futuras ━ que poderão ser muitas ━, Pogo é, simplesmente, o nome de um chimpanzé que virou uma espécie de mordomo da família ━ para alguns, talvez Luther e Diego, mas eu sempre o imaginei como um mascote de Reginald. Como dito mais cedo, o velho era excêntrico... e muito, muito rico.

Mas Pogo... ah, Pogo era fiel, uma característica que a Hargreeves sempre zombava mas, no fundo, tinha uma certa admiração. Pogo nunca trairia seus ideais apenas para matar a curiosidade de uma mulher adulta rancorosa, alcoólatra e com problemas de família. Agora, a segunda pessoa que poderia lhe responder era o próprio Reginald, mas elu temia que aquela fosse uma pergunta onde a resposta nunca seria revelada por dois simples motivos: um, elu não falava com Sir Reginald Hargreeves há anos ━ mesmo antes da fuga de casa, por motivos que serão explicados mais à frente, mas é algo aparentemente óbvio demais se prestar atenção no que eu disse até agora ━ e dois, porque... bem, ele estava morto.

Pelo menos era o que dizia no noticiário.

A dona da pensão onde Charlotte morava parecia ter como únicas ocupações ver televisão e se intrometer na vida alheia ━ na vida de seus hóspedes, para ser mais preciso, já que todos os vizinhos evitavam ficar tempo demais ali. Não era mistério algum que Charlotte tinha pouco carinho pela idosa, mas por um aluguel barato, boa localização no centro, refeições agradáveis e um aquecedor que funcionava quando precisava, a Hargreeves conseguia manter a boca fechada e ignorar as ações da idosa... na maior parte do tempo.

Naquele fim de tarde, ela desceu a escada central com sua bagagem, pronta para mais uma de suas viagens. A mensagem recebida no dia anterior, pelo telefone público, foi clara e objetiva: Charlotte deveria entrar em contato novamente apenas quando a lista de nomes fosse concluída ━ de preferência, ainda naquela semana. Com um pagamento adiantado dentro de um envelope pardo deixado no correio ━ contendo não apenas o dinheiro, mas também os dados das vítimas e algumas instruções adicionais ━, ela percebeu que não teria problema algum em seguir o pedido à risca. Era mais um trabalho, um pouco mais longo, mas apenas um trabalho.

E pela quantidade de dinheiro dada, eu poderia até dar um toque especial. O que posso fazer? Apesar dos poderes maneiros, eu ainda sou humana, suscetível à ganância e luxúria, como todos vocês. Além do mais, como eu poderia manter um estilo tão distinto sem dinheiro?

Oda, com seus cabelos ruivos desbotado, dando margem ao branco, e os óculos retangulares na ponta do nariz, desviou o olhar da televisão para observar a loira descer com a bolsa no ombro. Com sua curiosidade sempre em alerta, não pode deixar de notar um papel branco nas mãos da mais jovem, que foi em sua direção logo que deixou o último degrau da escada.

━━ O que é isso? ━━ a idosa questionou, apontando para o que a loira segurava. ━━ Já vai viajar de novo? Você voltou há dois dias.

O tom de julgamento e repreensão em seu tom era óbvio, fazendo Charlotte apertar as mãos ao redor da alça da bolsa com indignação, se segurando para não revirar os olhos e receber uma lição de moral sobre o quão desrespeitoso aquilo era.

Acreditem, passar quase uma hora ouvindo como as pessoas eram mais gentis com os idosos antigamente não é muito agradável, mesmo para alguém paciente como eu.

━━ Boa tarde pra você também, Oda. Eu estou ótima, obrigada por perguntar. ━━ a Hargreeves falou em um tom mais alto por causa do problema de audição da idosa, apoiando o braço na bancada de madeira e deslizando o envelope em sua direção. ━━ Isso aqui é o seu dinheiro dessa última semana. Você deveria usar pra comprar um aparelho auditivo melhor. Ou, quem sabe, contratar alguém mais experiente pra trabalhar aqui.

━━ Mais experiente? ━━ ela resmungou, pegando o papel das mãos alheias e analisando seu conteúdo. ━━ Sabe há quanto tempo eu trabalho aqui?

Desde a primeira guerra mundial, no mínimo.

━━ Desde 1969! Meu avô trabalhou nesse hotel, cuidou de seus filhos aqui, isso é negócio de família! ━━ ela guardou o dinheiro no bolso do vestido (que parecia mais um pijama chique), sem parar de murmurar. ━━ Contratar alguém... ha! Até parece... eu trabalho aqui desde que tinha dez anos, garota. Arranjar alguém pra quê? Me roubar?

━━ É só um conselho, Oda. Até porque você não tem filhos. O que vai acontecer quando você morrer?

Não levem à mal, apesar da minha linha de trabalho envolver sangue, ossos quebrados e assassinatos, e pela implicância diária com Oda, eu sou uma boa pessoa! Não é como se eu saísse por aí matando gente apenas por se meterem em meu caminho (bom, talvez não tão literal assim, mas vocês entendem); eles cometeram crimes, alguns até mesmo imperdoáveis, e meu trabalho é fazer justiça pelos incapacitados, então, caso você seja pró-vida ou algum outro desse tipo (e, consequentemente, compartilhando um traço de personalidade com meu irmão menos favorito, Luther), sinto muito em dizer isso, mas talvez vocês estejam no livro errado. Andy Hopper é aquela com coração puro e que apenas machuca quem lhe provoca.

Agora... se vocês se importam mais com a criança que perdeu os pais por causa de um ladrãozinho (uma triste referência ao senhor e senhora Wayne, se assim for mais fácil de simpatizar) ou com o bebê que foi sequestrado da casa dos avós pelo pai abusivo que assassinou a mãe, sinta-se à vontade para permanecer por essas bandas!

E se estiver se perguntando porque eu ainda estou nessa pousada ao lado de Oda, é porquê eu sou terrível com mudanças drásticas, graças à minha adorável família (por favor, peguem a ironia, seria terrível se alguém pensasse que eu me importo com todos esses delinquentes insuportáveis). E, além do mais, se eu me mudasse, teria que cortar laços com essa solitária idosa irritante que conhece tudo e todos naquela cidade. E, considerando que vocês talvez não saibam, a maior fraqueza que se pode existir é deixar alguém valioso como ela ir. É tudo questão de prioridades.

Além disso, temos um certo histórico. Seria inconsequente ir embora de vez com ela sabendo tanto sobre mim e meu serviço.

━━ Seus pais não te deram educação, garota?! Na minha época, se eu aumentasse a voz para os mais velhos, meus pais me deixavam de castigo ajoelhada em grãos de milho.

━━ E aqui vemos a romantização do abuso infantil... ━━ Charlotte sussurrou com um sorriso falso sem a fitar, caminhando alguns passos até a maquina de salgadinhos, afim de pegar um para comer em seu caminho ate o aeroporto.

Na televisão, o jornalista fala algo sobre a morte de um magnata nos Estados Unidos, o que chamou a atenção de Charlotte e ela se virou, seu olhar fixado na televisão presa à parede do outro lado do balcão (uma medida contra ladrões, Oda disse uma vez). Charlie ainda esperava ver a foto de Diego naquela tela algum dia já que eles dois tinham profissões similares, a única diferença era que elu ganhava dinheiro com isso e pelo o que ouviu falar, Diego estava indo mal financeiramente.

A foto de Sir Reginald Hargreeves, seu pai, em preto e branco pairava ali, na pequena tela de Oda enquanto a jornalista continuava a explicar alguns feitos do homem. Em sérvio, a palavra 'morte' em meio à frase foi o que chamou a atenção da loira, que precisou ler e reler algumas vezes para ter certeza de que era real, e não seu cérebro lhe pregando peças.

━━ Parece que você viu um fantasma. ━━ ela ouviu Oda falar alguns segundos depois, mas apenas desviou sua atenção do telejornal quando mudaram de notícia, falando sobre algum festival que teria na cidade na próxima semana.

━━ Era um fantasma, com certeza. ━━ murmuro em meio a um suspiro; uma leve ardência a fez querer coçar o pulso, bem onde a tatuagem de um guarda-chuva havia sido feito há quase duas décadas atrás, quando elu ainda era uma criança.

━━ Você conhecia ele?

Charlotte respirou fundo, a mão sendo aberta e fechada em punho e a boca aberta com um sorriso de lado enquanto pensava em como responder tal pergunta, lembrando de momentos específicos de sua infância e adolescência onde usar o termo 'conhecer' seria banal. Momentos que acabaram a levando até onde estava hoje, momentos que a transformaram em nada mais que em uma máquina de matar, que, ironicamente, sempre buscava ajudar ao próximo ━ mesmo que fosse de sua maneira exótica e sangrenta, como seu pai lhe ensinou.

Ela havia tido a infeliz sorte de ser acolhida por ele.

━━ É, podemos dizer que sim.

Oda percebeu o olhar de Charlotte, o mesmo olhar que sua mãe tinha por seu pai e que ela própria tinha por seu falecido marido ━ um horrível homem que teve o azar que cruzar caminho com a pessoa errada. Aquele era um olhar de raiva, de ódio... um ódio tão puro que ela não conseguia julgar ou criminalizar, apenas simpatizar. Então, ao invés de fazer algum comentário ácido à respeito da loira e o homem falecido, a idosa apenas balançou a cabeça, mudando de canal.

━━ E o que você vai fazer agora? ━━ questionou, fingindo desinteresse enquanto apertava os botões do controle em busca de algum programa que lhe agradasse.

━━ Eu? Urgh, infelizmente eu tenho um funeral para ir.

contagem de palavras: 1941.

001. prólogo postado e podemos
ver um pouco de Charlotte! como
puderam notar, nossa querida
manipuladora de metal quebra
a quarta parede, eu achei um
toque legal pra adicionar e aqui
estamos! o que acharam?

002. perdoem qualquer erro de
escrita, apesar de ter sido revisado,
alguns erros podem passar
despercebidos.

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