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- ̗̀ ┊❛ 𝒫𝐫𝐨𝐥𝐨𝐠𝐮𝐞

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Coragem à Atlanta !

MAYA WINDWARD E sua irmã, Scarlett, poderiam dizer com vigor — e um pouco de lástima — que viviam uma vida simples. Simples até demais. Mas era de se esperar quando duas irmãs fugiram de casa para sobreviver e, não, não estou falando sobre o apocalipse zumbi que infectou o mundo inteiro, estou falando sobre os anos de abuso e maus tratos que viriam de seu padrasto William Jones se não tivessem fugido. Desde o dia em que fugiram, prometeram cuidar uma da outra para sempre.

Maya era a caçadora para uma loja de animais empalhados chamada Wild Memories Taxidermy, que não pagava muito, mas era o suficiente para colocar comida na mesa para sua irmã; Maya se contentava com as sobras da geladeira na maioria das vezes. Ela era magra e não era baixa, com braços compridos e fortes. Tinha olhos azuis e cabelos escuros sempre muito bagunçados e cheios. Sua irmã era igual, apenas uma versão mais jovem.

Elas não tinham muito, mas tinham o suficiente se estavam juntas. Muitos descobriram como sobreviver depois que os mortos tomaram conta da Terra, mas as irmãs Windward estavam sobrevivendo desde que nasceram. Nunca conheceram o pai, viviam com o padrasto e a mãe, que era uma alcoólatra e recusava enxergar que seu marido assediava e abusava de suas filhas. As duas fingiam não ter família, apenas uma a outra.

Quando Maya acordou na manhã quente e ensolarada da primavera, nossa história começa. Não havia tido forças há dias para sair da casa, não desde que Scarlett tinha sido morta pelos zumbis. Também não tinha tido forças para mata-la de verdade; enfiar uma faca em seu cérebro e acabar com seu sofrimento. Maya rosnou ao separar uma mochila com tudo que levaria embora daquela casa, da casa onde sua irmã morreu lentamente pela febre que a cozinhou viva.

Guardou algumas garrafas d'água, facas, barras de proteína e uma fotografia sua e de sua irmã lá dentro. Passou um instante segurando o choro em sua garganta antes de fechar o zíper da mochila e pendurar sua besta no ombro.

Dois minutos depois estava no andar debaixo, empurrando o sofá que colocou em frente à porta de casa quando os mortos tentaram entrar — uma das noites em que foram descuidadas e deixaram de cobrir uma das janelas, a luz refletiu, os mostrando o caminho até elas. Ela agarrou a maçaneta e abriu a porta, deixando um suspiro bem longo sair. Tocou a faca em sua cintura, apenas para ter certeza de que ela estava lá, como se sua ansiedade fosse capaz de fazer a arma desaparecer.

Maya estava decidida a deixar sua cidade e ir para Atlanta em busca de segurança. Iria acabar com aquilo de uma vez por todas, não poderia passar a eternidade naquele lugar. Poderia finalmente matar sua irmã, que vagava pelas ruas da vizinhança junto dos outros zumbis, conseguindo, enfim, tirar o sofrimento que as duas estavam guardando há tanto tempo.

Foi na esquina da rua que notou o primeiro zumbi da manhã, e talvez o único. A rua estava deserta como nunca esteve, chegava a ser desconcertante. Ela puxou a faca da cintura e ficou esperando que o morto-vivo viesse até ela. Ele andou, arrastando aqueles pés fedorentos no asfalto. Maya sentia a raiva palpitar em suas veias, sentia coçar seus ossos. Enfiou a faca no crânio do zumbi e o assistiu cair no chão.

Se aquele era o único zumbi que vagava pelo bairro, isso significava que Scarlett tinha partido? Teria caminhado infinitamente até estar bem longe? Maya piscou bem forte para expulsar os pensamentos. Sua irmã não poderia ter ido longe, não mesmo.

Maya cruzou a rua, e subiu mais uma. Só escutava o som dos esquilos e o farfalhar das folhas das árvores. As folhas balançaram e balançaram, até que pareciam estar próximas demais. Ela puxou a faca mais uma vez e apertou os dedos no cabo. Seus devaneios foram expulsos de sua mente por algo diferente. Algo não, alguém. Sua boca caiu, horrorizada, enquanto as lágrimas molhavam as bochechas. Scarlett vinha até ela, arrastando os pés no chão, seu cheiro era terrível e poderia ser sentido a metros de distância.

Maya sentia o estômago revirar; se tivesse comido algo, teria vomitado. Com certeza. Estava fechando o punho com tanta força na faca, que sentia os calos formando na palma da mão. O coração batia com força no peito, pensava que acabaria desmaiando. Ver o rosto angelical de sua irmã completamente sem vida foi como uma facada direta em seu estômago. A pele de Sky estava acinzentada e seus lindos olhos azuis eram tenebrosos.

Sem pensar mais que uma vez, enfiou a faca no crânio e segurou seu corpo pesado e hircoso, ignorando totalmente seu mau cheiro. Observou sua irmã em seus braços, sentindo os lábios trêmulos ao que se esforçava para não soluçar. Ela poderia ter se esforçado mais, mas os soluços altos e abalados estavam a dominando.

Ela largou a faca no chão e sentou-se quando sentiu as pernas bambas. Segurava o rosto de Scarlett, acariciando sua bochecha que uma vez já fora rosada. Um sorriso melancólico crescia, enquanto uma única lágrima traçava o contorno do seu rosto.

━━ Eu sinto muito. Foi tudo minha culpa, eu deveria ter lhe protegido melhor. ━ Ela suspirou, afastando um fio de cabelo da testa dela. ━ Me desculpe, Sky ━ sussurrou, como se quisesse que apenas ela escutasse.

Maya levou a irmã de volta até a casa e a deitou na cama de um dos quartos. Despediu-se com mais algumas palavras culposas e airosas, fechou a porta mais uma vez e se foi. Para sempre.

· 🏹🧫🪓 ·

MAYA JÁ TINHA cruzado a cidade inteira. Já andava por mais de seis horas, o sol da tarde fritava sua cabeça. Mas enfim, estava ali. Atlanta. Ela sentiu que andou infinitamente pela Rodovia Interestadual 85, sentindo um friozinho na barriga à medida que não via nada além de ruas desabitadas e inacabáveis. Apenas carros queimados e abandonados descansavam ali.

A mulher parou a apenas alguns metros da cidade, olhou para cima como se alguém a escutasse e suspirou ao encarar a cidade vazia.

━━ Essa é a minha única esperança restante. Seria interessante se eu tivesse uma ajudinha de Deus agora. ━━ resmungou para si. Ela nem sabia se acreditava mais em Deus, mas precisaria de ajuda. Ah, como ela vai precisar de ajuda.

Maya parou morta. Pavor a inundou. Olhou para a destruição que fora deixada na cidade — carros queimados, helicóptero quebrado, papéis soltos pelo chão e um cheiro terrível. Atlanta era mesmo o que o governo havia prometido antes dos canais de comunicações serem interrompidos? Com certeza não.

Malgrado o pavor que a consumia a cada milissegundo, não permitiu-se parar. Mesmo que Atlanta tivesse virado uma cidade fantasma, voltar seria pior, não é? Para o que ela voltaria exatamente? Para o corpo moribundo de sua irmã? Para mais uma cidade vazia? Não. Ela não recuaria.

Ela considerou muito difícil se concentrar em qualquer outra coisa quando assistia um tanque militar no meio da rua, com um cadáver pendurado no canhão do veículo de combate. O morto tinha sua carne sendo comida por corvos que corvejavam a cada bicada. Estava quase parando tudo e vomitando ali mesmo.

Maya permaneceu enraizada naquele mesmo lugar, piscando uma, duas, dez vezes para ter certeza de que tudo não passava de um pesadelo. Eu lamento em dizer que tudo era mais que real. Sinto muito, Maya. Sinto mesmo. Ela pensou estar ficando louca quando ouviu o relincho de um cavalo — o que um cavalo estaria fazendo aqui? — Então o grito de um homem veio logo em seguida.

Arrastou-se para baixo do tanque militar e deitou-se lá. O que quer que estivesse acontecendo, passaria por ela sem nenhum problema e ela estaria segura. Bem, era isso que ela imaginava pelo menos, mas não foi muito bem o que aconteceu. Segundos depois, viu os pés de um homem correndo do outro lado da rua, mas que vinha em direção ao tanque. Em apenas um momento, aquele homem com roupas de xerife estava deitado ao lado dela.

Ele parecia ainda mais assustado que ela, seus olhos estavam arregalados e o rosto magro e pálido estava aterrorizado. Como se fosse uma máquina para matar, ele levantou a pistola para o rosto dela, em um movimento imprudente.

━━ Não! Eu estou viva, seu animal! ━━ Berrou, mas estava assustada que aquela arma fosse acabar com ela ali mesmo.

Ele abaixou a pistola. Ele não parecia mais tão assustado, estava com uma pontinha de alívio. Ele também não queria morrer, mas questionava a presença dela ali. O alívio prolongou por apenas um tempinho, os mortos começaram a rastejar para baixo do tanque. Assombrosos, nojentos e bafiosos, rosnavam e batiam os dentes.

O homem pálido e esguio atirou na cabeça de três zumbis que tentavam agarrar seus pés, mas o estouro chamava mais deles, os rodeando de corpos moribundos. O lugar era muito estreito para que Maya conseguisse usar a besta, mas se esforçava ao usar a faca. De qualquer maneira, eram muitos. Iriam morrer devorados ou por exaustão.

━━ Não vamos conseguir! ━━ Exclamou, arrancando a faca do crânio de um deles.

━━ Tem razão ━━ concordou ele. ━━ Lori, Carl... eu sinto muito ━ levantou a arma à cabeça, pronto para acabar com tudo.

Tentando se trazer de volta aos pensamentos racionais, Maya observou em volta. Não tinha muito para olhar, além de mortos-vivos nojentos que tentavam arrancar sua pele.

━━ Aqui! ━━ gritou ela quando seus olhos subiram a uma entrada para o tanque militar.

Maya jogou a besta para dentro do tanque e se espreitou para dentro, puxando o homem consigo. Ela fechou a porta com força, escutando o barulho ecoando nas paredes.

Estavam ofegando, tentando juntar tudo que ocorreu. Trocavam olhares severos e assustados, enquanto seus suspiros se misturavam em um só. Não ousaram dizer uma palavra, não ousaram sair dali. Sentaram congelados ali, quase como os animais empalhados de antigo trabalho de Maya. O pensamento de que não havia salvação era inevitável. E se realmente estivessem perdidos para sempre?

Ele caiu com o olhar no zumbi que descansava no canto do tanque, não parecia estar vivo. Não mesmo. Ele engoliu seco, nervoso. Pensou se arriscaria pegar a arma do cadáver do ex-militar, decidiu que iria. Segurou a arma nas mãos, verificando seu cartucho.

━━ Ei! Ele está vivo! ━━ Maya gritou ao ver os dentes raivosos do morto-vivo batendo-se.

Uma ação imprudente o consumiu. Ele destravou a arma e a levantou para atira-lo. Maya tentou impedi-lo, mas já era tarde quando um zumbido ocupava sua cabeça e não a deixava ouvir mais nada. Ele se arrastou pelo chão, gemendo de dor ao cobrir as orelhas.

━━ Qual é o seu problema? Eu falei para não atirar ━━ estalou, passando as mãos nas orelhas. O zumbido estava distante em seus tímpanos.

━━ Me desculpe ━━ Ele murmurou. ━━ Qual é o seu nome?

━━ Maya. Maya Windward.

━━ Rick Grimes.

Maya soltou um suspiro pelos lábios apertados, sentindo seu maxilar tornar-se rígido, assim como seu corpo. Ela tinha o hábito de permitir que seu corpo inteiro tornasse tenso uma vez que estivesse irritada.

━━ Rick Grimes ━━ zombou. ━━ Tem alguma ideia de como vamos sair daqui?

Rick limpou a garganta, nervoso. Seu coração afundava, horrivelmente. Ele abriu a boca para responder algo, mas a verdade era que não tinha ideia de como responder esta pergunta. Rick estava se acostumando a este mundo havia apenas algumas horas, não pensava em nenhuma solução.

━━ Eu...

Um ruído veio por trás deles. Os dois espiaram por cima do ombro. O ruído ainda estava lá. Estava sintonizando ao rádio como se esperasse por algo.

Estavam imaginando coisas? Tudo isso não passava de um sonho ruim, muito ruim? Se sim... por que tudo parecia tão real?

━━ Ei, vocês! ━━ Falou um garoto pelo rádio. ━━ Panacas. Ei, vocês aí no tanque! Estão confortáveis aí dentro?

𝟶𝟷 - 🝯 ┊𝐨𝐧𝐞 '࣪˖ ๋ → Oiê! Espero que tenham gostado do prólogo.

𝟶𝟸 - 🝯 ┊𝐭𝐰𝐨 '࣪˖ ๋ → Essa é a minha primeira história publicada! (atualização 04.07.2024: estou reescrevendo ela - corrigindo alguns erros. )

𝟶𝟹 - 🝯 ┊𝐭𝐡𝐫𝐞𝐞 '࣪˖ ๋ → Interajam nos comentários, isso motiva demais.

𝟶𝟺 - 🝯 ┊𝐟𝐨𝐮𝐫 '࣪˖ ๋ → Lembrem de deixar seus votos, isso é muito importante.

𝟶𝟻 - 🝯 ┊𝐟𝐢𝐯𝐞 '࣪˖ ๋ → Obrigada por dar uma chance a 'The Archers! A gente se vê nos próximos capítulos ♡.

walkthdead

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