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𝐗𝐈𝐈. 𝐔𝐌 𝐔́𝐋𝐓𝐈𝐌𝐎 𝐄𝐒𝐓𝐎𝐔𝐑𝐎

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Um último estouro !

JÁ FAZIA UMA semana desde que pisaram na fazenda Greene pela primeira vez. Até mesmo Carl já estava recuperado, ajudando Lori a alimentar as galinhas e estender as roupas no varal. Hershel, por outro lado, não gostava nem um pouco daquilo. A estadia deles havia se estendido por muito mais tempo que o esperado e ele queria que fossem embora.

Era uma manhã como todas as outras, bem ensolarada e sem uma nuvem no céu. T-Dog, Maya e Dale conversavam na frente do trailer, sentindo as gotas de suor dentro das roupas. Eles gostariam de dizer que havia um lugar mais fresco, mas não havia nenhum.

Glenn veio do outro lado, carregando uma cesta de pêssegos. O cabelo suado escapava por baixo do boné, conforme o sol esquentava a pele.

━━ Bom dia! ━ exclama Glenn, com um sorriso.

━━ Bom dia, garoto ━ diz Maya, bagunçando o cabelo fino e escuro ao tirar-lhe o boné velho da cabeça.

━━ Trouxe pêssegos pra vocês.

Ele apoiou a cesta nos braços e estendeu para que cada um pudesse pegar um pêssego. Dale foi o primeiro a agarrar um, ansioso para dar uma mordida na fruta rosa e aveludada.

Glenn era um garoto gentil e bem humorado, talvez uma das pessoas mais amáveis que já tinham conhecido. Seu sorriso genuíno era como ele escolhia passar a maioria dos seus dias, mesmo que fosse difícil de vez em quando. Maya sentia como se ele fosse um alívio, uma dose tranquilizante no meio de tanta confusão e caos. Glenn sempre sabia exatamente como arrancar um sorriso dela, e só ele sabia como fazer aquilo.

Glenn ajeitou a cesta nos braços mais uma vez e sorriu quando todos já tinham agarrado um pêssego. Os pêssegos estavam muito rosas com um tom belíssimo de laranja, como um pôr do sol um pouco rosado. Pareciam deliciosos.

━━ E aí? Qual é a boa? ━ perguntou T-Dog, tocando o ombro de Glenn ao morder o pêssego.

━━ E aí o quê? Nada. Não tem nada de diferente ━ disse Glenn, de repente suando frio.

O rosto dele tornou-se pálido e ele saiu apressado dali, tropeçou em alguma coisa no chão e olhou para trás apenas para ter certeza de que ninguém o seguia. Quando ele estava longe o suficiente — incrivelmente ainda espiando por cima dos ombros — Maya, Dale e T-Dog se olharam, confusos, com as sobrancelhas tortas. Ficaram o assistindo ir embora até Maya dar de ombros e dizer:

━━ O sol atingiu o cérebro dele.

Daryl era o motivo pelo qual Hershel deixava que eles ficassem em seu terreno por mais um tempo, ainda que já estivesse um pouco melhor desde o dia do acidente. Os ferimentos já estavam cicatrizando e criando a camada protetora.

Daryl se revirava todas as noites sobre o saco de dormir, tentando achar uma posição em que seu corpo não doesse tanto — o que, na maioria das vezes, não era tão fácil assim —, o obrigando a se contentar com uma posição que o fazia desejar que tivesse morrido naquele rio. Pelo menos já estava conseguindo dormir em sua própria cabana! Se é que isso serve de consolo para alguém... Ele preferia mesmo era aquele colchão confortável do quarto de visitas de Hershel. Até considerou mentir sobre a seriedade dos seus machucados.

Maya entrou na cabana de Daryl, lançando-lhe um sorrisinho e um aceno. Ela levantou a mão com o pêssego, mas ele não esboçou nenhuma reação. Ele estava com aquela expressão de saco cheio de sempre, mas tinha se dissolvido um pouco agora que ela estava ali. A verdade era que saber que Maya se preocupava com ele tinha mudado a relação dos dois. Mesmo que apenas um pouco.

━━ Bom dia, raio de sol ━ disse Maya, sentando-se no chão com as pernas cruzadas.

Daryl deitava naquele saco de dormir que odiava tanto, com as duas mãos debaixo da cabeça. Os músculos dos braços dele pareciam maiores agora por algum motivo. Uma gota de suor escorria pela testa, a faixa amarrada na cabeça estava úmida também.

━━ Te trouxe um pêssego. ━ Ela jogou a fruta e ele agarrou no ar. ━━ Você tem que manter sua força e não é só para ficar comendo esquilos.

━━ Sai do meu pé, Maya ━ resmungou Daryl, ajeitando-se no saco de dormir.

Maya soltou uma risada. Ela tinha aprendido a levar a amargura dele como uma piada, o que o deixava um pouco irritado às vezes, mas ela não se importava. Glenn era quem sabia fazê-la sorrir de propósito, mas Daryl fazia sem se esforçar. E toda vez sentia aquela sensação doida e fervente no peito.

No almoço, quando um galo cantava bem distante no galinheiro, estavam todos sentados em volta da fogueira apagada, comendo. Carl devorava a carne e os pedaços de tomate em seu prato. Uma brisa fresca e rápida passou, agitando o cabelo de Maya, mas ela estava mais do que agradecida por sentir um vento frio depois do dia abafado. Ela sempre esperava que a noite chegasse logo, assim poderia aproveitar o clima fresco e olhar as estrelas brilhantes no céu. Era tudo muito quieto na fazenda. Era bom.

Glenn estava ansioso, estava ansioso desde de manhã, e Maya pôde perceber. Na verdade, qualquer um que tirasse os olhos da carne e do tomate no prato poderia perceber também. Glenn não era o tipo de pessoa que conseguia esconder as coisas, ele sempre mentiu muito mal, talvez por sempre ter deixado os segredos de suas irmãs escaparem quando seus pais o pressionavam para contar. Então, finalmente, ele limpa a garganta e diz:

━━ Hum... Pessoal. ━ Ele ficou parado em pé por um instante, engoliu em seco e sentiu-se enjoado quando todos estavam o olhando. ━━ O celeiro está cheio de zumbis.

Ele falou de uma vez só, quase como se fosse uma única palavra. Olhou para a varanda da casa e sentiu-se ainda pior quando Maggie parecia saber exatamente o que ele tinha feito. Ela bufou e deu as costas, sumindo pela porta branca.

Maya estava com os olhos bem abertos, tão abertos que pensou que poderiam pular para fora. Era um alívio ela não ser a única que estava assim, porque todos estavam do mesmo jeito, talvez ainda piores. Shane largou o prato de comida para longe e começou a correr. Os outros vinham por trás e Glenn estava começando a pensar que não tinha sido uma boa ideia contar sobre os zumbis no celeiro.

Em minutos, estavam todos circulando o celeiro. Sinceramente, era absurdo como não tinham notado antes, já que o cheiro dos mortos e os rosnados estavam por toda parte. Maya aproximou-se do portão e colocou os olhos entre uma brecha na madeira, quase caiu para trás quando um olho amarelo, podre e nojento a encarou de volta. Ela voltou para perto do grupo com uma mão tocando o peito, sentindo o coração disparado acalmar aos poucos.

━━ Tem zumbis lá? ━ perguntou Lori, segurando a mão de Carl.

━━ Ah, tem. Pode ter certeza ━ responde Maya, ainda abalada.

As opiniões que vieram depois devem ter sido ainda piores que os andarilhos presos no celeiro. Shane pisava no chão com força, decidindo que deveriam retomar o caminho à Fort Benning. Quando Carol mencionou Sophia, era quase como se Shane fosse perder qualquer tipo de calmaria que ainda estivesse sobrando no corpo. Ele achava que Sophia estava morta, mas, mesmo que ainda estivesse viva, ele não mudaria de ideia em relação a Fort Benning. Rick não conseguia concordar com ele, por mais que quisesse. Ele não poderia ir embora até ter certeza de que a garota estava morta ou, se Deus fosse caridoso o suficiente, de volta aos braços de sua mãe.

Até então, os zumbis no celeiro não fizeram mal algum e talvez continuassem assim se não houvesse alarde.

Horas depois, o alarde veio. Shane não aguentava. Ele lutou contra todas as vontades de seu corpo para não abrir aquele portão e matar cada zumbi. Um por um. Mas ele parecia ter perdido o controle quando estava segurando uma picareta na mão, agarrando o cadeado que prendia os mortos lá dentro.

━━ Não, Shane! ━ gritou Rick, sua mão tentando agarrar a camisa de seu amigo. 

Shane bateu a picareta no cadeado e sentiu o corpo borbulhar de ódio, deixando-o mais forte, mais descontrolado, perturbado. Ele puxou e escancarou o portão. Os zumbis começaram a sair, rosnando, atropelando uns aos outros. Para os Greene, não eram apenas zumbis, eram sua família. A mulher de Hershel, mãe de Beth, meio-irmão de Maggie. Todos que tinham perdido. Eram todas as pessoas que se amavam. Estavam todos ali.

Não demorou muito até os estouros começarem a ecoar e perturbar a mente daqueles que estava perto demais para presenciar. Além da família de Hershel, outros zumbis estavam aprisionados ali dentro. Zumbis que Hershel achou que poderia curar desta doença infernal. Os mortos giravam com a pressão das balas furando seu crânios e caíam no chão.

Maggie estava paralisada, quase morta, nos braços de Glenn; as lágrimas desciam pesadas e molhavam as bochechas. Beth e Patricia seguravam uma na outra, virando o rosto para o outro lado, horrorizadas. E Hershel? Por Deus, Hershel tinha caído de joelhos, com o olhar perdido e destruído. Ele tinha, finalmente, entendido que aquilo não eram pessoas. Não mais. Seu coração afundou terrivelmente quando uma bala acertou o peito de sua esposa e viu que ela ainda estava andando, mas não era ela. Uma pessoa doente não seria capaz de fazer isso.

Maya teve que ajudar a matá-los, mesmo que soubesse exatamente como era difícil ver aquilo, ainda mais de uma forma tão cruel. Ela sabia como era ter a pessoa que mais amava sendo tirada dela por esses mortos-vivos, que pareciam mais fazer parte do exército do diabo. Mas ela tinha que ajudar a matar, senão seria ainda pior.

Então todos os zumbis estavam mortos. Os corpos deitavam no chão, assombrando a mente. Os estouros tinham sido interrompidos pelos soluços de Maggie, Beth e Patricia. Shane poderia achar que estava fazendo a coisa certa, e talvez estivesse mesmo, mas certamente não daquele jeito. Foi tudo muito rápido, violento e bruto. Ele estava tão focado em sustentar sua raiva que não pensou em como os outros ficariam. Mas desde quando ele pensava em alguma coisa?

Eles ficaram parados um minuto em silêncio, debaixo do sol forte e caloroso, olhando para os mortos e sentindo o peito subir e descer bem rápido. De dentro do celeiro, mais um rosnado crescia. Era um rosnado baixo, mas bom o suficiente para fazê-los levantar as armas de novo.

Os olhos de Carol estavam começando a embaçar, mas ela tinha certeza do que via. Ela sentiu um arrepio percorrer o corpo inteiro como um choque e o estômago revirou da pior maneira possível. Ela arquejou e um instante depois estava berrando, chorando, enquanto Daryl a segurava nos braços, porque quem passava pelas portas do celeiro era sua filha. Sophia. Mas não era mais ela. Sophia estava com o rosto todo machucado e cinzento, rosnando ao arrastar os pés calçados com um tênis roxo no chão.

━━ Sophia! ━ Carol gritava do topo dos pulmões. As lágrimas pareciam ácidas em contato com a pele fervente.

Era sua amada filha. Sua queria Sophia. A pequena esperança que tinha de sua filha estar viva tinha ido embora, porque a verdade estava bem ali na sua frente. E, no fundo, ela sempre soube que sua filha não estava viva.

Então, um último estouro. O tiro que derrubou Sophia no chão, atravessando bem no meio da testa. Carol soluçava, desolada e devastada. O sentimento de perder o filho não é nada comparado a qualquer outro sofrimento do mundo.

Carl chorava nos braços de Lori. Sua melhor amiga estava morta e ele se culpava por não ter feito nada para impedir. A dúvida de quanto tempo sua amiga sobreviveu na floresta era corrente. Mas não importava, ela tinha partido e nunca mais voltaria, nunca mais.

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