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ᝬ 🥀 𖠵 𝘱𝘳𝘰𝘭𝘰𝘨𝘶𝘦.𓄹

Com cada pequeno desastre

Deixarei as águas se acalmarem

Leve-me a algum lugar real

Porque dizem que lar é onde o coração se grava em pedra

É onde você vai quando está sozinho

É onde você vai para descansar seus ossos

Não é só onde você encosta sua cabeça

Não é só onde você faz a sua cama

Contanto que estejamos juntos, importa aonde vamos?

GABRIELLE APLIN - Home

MABEL QUEEN

Alguns meses atrás...

SEMPRE TIVE SONHOS ESTRANHOS, MAS desde o final da guerra, no mês passado, sonhos deram lugar a pesadelos, que me faziam acordar gritando em desespero no meio da madrugada. Era impossível ignorar tudo que havia acontecido, todas as pessoas que vi morrer por causa dos Titãs e da hipocrisia dos deuses.

Encarei o teto velho do chalé, o som do mar violento havia me acordado do pesadelo, evitando a pior parte dele que ainda estava por vir.

Demorei alguns minutos para criar coragem de levantar, um arrepio atravessou o meu corpo quando meus pés tocaram as tábuas gélidas de madeira do chão. Caminhei lentamente até o outro quarto, vendo que a porta estava aberta e não havia sinal algum de Percy ali.

Tia Sally havia decidido que nós dois precisávamos tirar uns dias para descansar depois de tudo que havia acontecido e aparentemente, não havia lugar melhor para isso do que Montauk.

Éramos apenas nós dois ali por uma semana inteira, tínhamos meu carro velho se precisássemos comprar mais suprimentos ou ocorrer alguma emergência, o que eu rezava para não acontecer.

Suspirei baixinho, já sabendo exatamente onde meu melhor amigo estava.

Me enrolei mais no moletom velho de Percy que havia roubado, estava frio naquela madrugada e o mar parecia revoltoso do lado de fora do velho chalé em Montauk.

Parei na porta, observando ele sentado próximo ao mar, olhando as ondas que ficavam cada vez mais furiosas, não tinha dúvida de que era Percy que estava provocando aquilo, mesmo que talvez ele não percebesse. Era todo o ódio e mágoa que a guerra havia provocado nele, mas ser o herói nunca permitiu que ele deixasse aquilo atingir a superfície.

Demorou alguns minutos para criar coragem e me aproximar, precisava chamar sua atenção antes que ele acabasse criando um verdadeiro tsunami.

Ei.

Percy não se virou ou fez qualquer movimento que reconhecesse a minha presença enquanto eu sentava ao seu lado, sentindo a areia tocando a minha pele. Abracei as minhas pernas, decidindo encarar a água também.

— Eu entendo que está chateado, mas... Pode conversar comigo.

Ele suspirou.

— Eu sei.

Timidamente, apoiei a cabeça em seu ombro, ele não se afastou.

— Eu pensei que ela ia escolher a gente — sussurrou amargo — pensei que ela nunca ia nos abandonar e nos trocar por algo tão estúpido quanto uma imortalidade qualquer. A gente não faria isso com ela, então porque ela fez isso com a gente?

Ela.

Percy estava falando da garota loira e espertinha que era nossa melhor amiga desde os doze anos, com quem havíamos ido em diversas missões insanas e confiado nossas vidas mais vezes do que gostaríamos. Nós dois faríamos qualquer coisa por ela, tínhamos um maldito pacto de que nunca iríamos nos separar, mas isso aparentemente não foi o suficiente para ela.

Enquanto eu estava me sentindo traída, Percy estava com o coração partido, mesmo que não admitisse.

Annabeth havia aceitado a proposta da deusa Ártemis e se tornado uma caçadora, nenhum de nós dois estava esperando por aquilo e foi como um golpe. Ela nem sequer nos olhou enquanto aceitava a proposta da deusa, não nos deu nenhuma explicação.

O golpe doeu mais do que qualquer um de nós estava preparado para aguentar.

— Apesar de estar magoada também, não sabemos o que se passa na cabeça das outras pessoas, Percy. Não entendemos o motivo pelo qual ela fez a escolha, infelizmente. Mas isso também não muda o fato de que ela quebrou a nossa promessa.

Tentar confortar um coração quebrado era e é de longe uma tarefa impossível, mas, por mais que eu soubesse disso, precisava pelo menos tentar.

Sinto um arrepio pelo meu corpo quando bate um vento forte, estava frio naquela madrugada.

Segundos mais tarde, sinto algo sendo colocado sobre meus ombros e pelo canto do olho vejo que Percy havia colocado uma manta sobre mim. Meu coração se aquece com aquele simples ato e evito de dar um suspiro apaixonado.

Não importa o que aconteça, Percy, eu prometo, diante do Rio Estige que jamais irei te abandonar.

Ele olhou nos meus olhos após minha fala, me encarando intensamente, como se pudesse ver até o fundo da minha alma. Desviei o olhar envergonhada e senti seus lábios em minha testa, aquele singelo ato fez com que meu coração acelerasse.

De repente, Percy se levantou e tirou sua camisa, correndo em direção ao mar e imergindo naquela imensidão azul, observei o mar atentamente, me sentindo relaxada e em paz. Era raro eu me sentir em paz depois de tudo que aconteceu, a guerra deixa marcas e cicatrizes profundas, feridas que jamais serão curadas. Sentia falta quando a minha única preocupação era escolher a cor do esmalte que iria usar.

A lua brilhava intensamente no céu junto com milhares de estrelas que eu nunca conseguia ver no meio das luzes da cidade.

Percy apareceu novamente no meu campo de visão e veio andando na minha direção, quando ele se aproximou o suficiente, percebi uma concha na sua mão, um sorriso se formou em meus lábios ao perceber isso.

— Fazia algum tempo desde a última vez que te dei um. — Ele explicou ao ver o meu olhar.

— Confesso que senti falta disso. — Revelei ao pegar a concha e abri-la, tirando de dentro a linda pérola que havia nela.

Retirei a pulseira do meu braço que havia sido um presente dele logo no nosso primeiro ano de amizade, a pulseira havia vindo diretamente do palácio do deus dos mares. A pérola se encaixou magicamente, observei atentamente todas as outras pérolas que haviam na pulseira, lembrando de todas as vezes que Percy me deu uma.

Era uma tradição nossa.

— Vem, já está tarde. Vamos entrar. — Percy me estendeu sua mão a qual eu prontamente peguei e levantei.

Ele passou seu braço pelos meus ombros e começamos a caminhar em direção ao chalé. Era de madrugada, ainda estava escuro e frio e a única luz além da lua e a luz que vinha de dentro da casa.

Entramos no chalé e eu tranquei a porta, caminhamos juntos até a porta do meu quarto.

— Boa noite, Bel. — Percy falou ao me deixar em frente a porta do meu quarto, depositou um beijo sobre minha testa e se virou para sair.

— Fica aqui comigo essa noite, não estou conseguindo dormir bem. Os pesadelos estão sempre rondando.

Minha voz não passava de um mero sussurro, eu me sentia uma idiota por pedir isso a ele, mas realmente, eu precisava dormir.

— Claro.

Ele concordou prontamente, entrei no quarto e deixei a porta aberta, dando espaço para ele entrar em seguida. Fechei a porta e o calor do local me invadiu, respirei fundo e caminhei em direção a minha cama, deitando nela e me virando para o outro lado. Senti a cama afundar quando Percy deitou ao meu lado, eu sentia minhas mãos suarem por estar tão perto dele.

Não era a primeira vez que dormíamos na mesma cama, já fomos obrigados a dividir espaços pequenos para dormir nas missões que fomos, mas de algum modo, hoje parecia algo mais íntimo.

Eu nunca conseguia entender porque continuava assim sabendo que nunca irei tê-lo.

Infelizmente, Percy Jackson nunca será meu.

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