𝘁𝘄𝗼.
𝗡𝗘𝗦𝗦𝗔 𝗢𝗡
a fanfic foi publicada á pouco tempo e já chegou a vinte estrelinhas o primeiro capítulo- sério, muito obrigada <3
━━━ Acorda logo, Nessa, o ônibus já está esperando você lá em baixo para te levar para a escola. ━━━ Abro lentamente meus olhos, tendo uma onda de cansaço florescendo pelo meu corpo. ━━━ Se você perder mais uma aula por conta da sua preguiça toda, você irá vez o que irá de acontecer. ━━━ Meu pai me ameaçou, batendo a porta em seguida.
Não é preguiça, apenas não tenho motivação para sair dessa cama e fazer algo, penso, suspirando logo em seguida e cambaleando até ao banheiro.
Tomo um duche rápido e me visto em menos de cinco minutos, lavo a cara e tento fazer com que as grandes bolças negras por debaixo dos meu olhos desapareçam, batendo levemente em minhas bochechas de seguida para que elas fiquem com um corzinha.
Sem mais demoras, pego na minha mochila, já toda cheia de buracos e suja, e saio do quarto partindo em direção á saída de casa, não pensando sequer em comer ou em dizer adeus para meu pai.
Dou 'bom dia' ao motorista do ônibus, que apenas resmungou algo e logo deu partida quando eu me sentei no fundão do ônibus.
Abri o pequeno compartimento da minha mala, tirando os fios entrelaçados dos meu fones de ouvido e tendo a maior paciência do mundo — não tanta assim — para os desembaraçar. Coloquei ambos os fones nos respetivos ouvidos e logo clico numa música aleatória, sendo atingida com a música Runaway de Lil peep.
Com certeza está música representava maior parte dos adolescentes.
Não dando muita atenção para nada, passei o caminho todo olhando pela janela e vendo as árvores passaram pela mesma, pensado que só de tarde irei falar com Charli.
Suspiro, seria um longo dia até lá.
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━━━ Vamos lá, turma, abram o livro na página 107. ━━━ A professora de história instruiu. ━━━ Janessa, pode começar a ler.
Era só o que me faltava.
━━━ Renascimento, Renascença ou Renascentismo são os termos usados para identificar o período da história da Europa aproximadamente entre meados do século XIV e o fim do século XVI. Os estudiosos, contudo, não chegaram a um consenso sobre essa cronologia, havendo variações consideráveis nas datas conforme o autor. ━━━ Minha voz sai trêmula e insegura, logo agradecendo mentalmente pela professora ter pedido para outra pessoa ler.
━━━ A voz dela é ridícula! ━━━ O grupinho de garotas ao meu lado sussurram umas para as outras.
━━━ Sim! A voz dela parece uma voz de criança de tão fina e aguda. ━━━ A garota ruiva ri maldosamente.
━━━ E vocês já viram que ela deixou crescer o cabelo? Ridículo. ━━━ Foi a vez da morena rir, sendo acompanhada pelas outras.
Eu sabia que minha voz era horrível, mas não pensei que fosse tão mal assim.
Suspirando, abaixei minha cabeça e me encolhi no canto, sentindo meus olhos marejarem e tentando rezar para que aquele dia logo acabasse.
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━━━ Atende, atende, atende.. ━━━ Sussurro esperançosa que Charli atendesse, me desiludido em seguida quando foi para a caixa postal. ━━━ Bolas.. ━━━ Me atiro para trás na cama.
Tinha acabado de chegar da escola depois de todas as aulas secantes do dia. Tinha alguns deveres de casa para fazer, mas não estava com paciência para fazer isso agora e a única coisa que eu queria nesse momento, era que minha namorada me atendesse.
O pior de tudo era a diferença de horário entre nós duas. A diferença era de três horas, e se agora era uma e meia da tarde aqui, lá já eram quatro e meia da tarde, o que dificultava um pouco as coisas.
Normalmente a gente só falava como era o dia de cada uma, e falávamos de como nossas aulas eram secantes. Tinha vezes que eu via Dixie — irmã de Charli — nas chamadas de Skype que eu fazia com Charli, elas eram bem chegadas e a diferença de idades delas não mudava nada.
Frustrada, caminho até ao banheiro, tirando o moletom grande do meu corpo. Me encaro no espelho e tento evitar olhar para meus braços e pulsos.
Fazia um mês que eu não me cortava, mas todos aqueles comentários maldosos hoje na aula fizeram eu me sentir mil vezes pior do que eu já me sentia.
Eu recebia todo o tipo de comentários maldosos possíveis em cada dia da minha semana, mas eu sempre tentava ignorar e seguir em frente. Ainda por mais, eu não estava me cortando por conta dela. Ela me fazia forte, mesmo não sabendo disso.
Chacoalhando a cabeça, levo minhas duas mãos até meu cabelo e lembro do que aquelas garotas falaram do meu cabelo, estava na hora de mudá-lo.
Vasculho por todas as gavetas do meu banheiro até achar uma tesoura e uma tinta branca, logo comentando a preparar tudo. Sem remorsos, pego na tesoura e a levo até meus cabelos da frente, tentando fazer umas curtain bangs.
Demorou algum tempo até ficar de um jeito que eu gostasse, mas logo passei para a fase de deixar meu cabelo longo ir.
Cortei as pontas e variei de várias formas como cortei o cabelo. Ao finalizar tudo, estava na hora de pintar o cabelo.
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━━━ Oioi amor! ━━━ Comprimento Charli, posicionando o celular na escrivaninha e me endireitando na cadeira, sorrindo carinhosa quando apareceu a figura de D'amelio em frente á câmera.
━━━ Oi! ━━━ Ela fala animada. ━━━ Desculpa não ter respondido antes, estava tendo aula de dança. ━━━ Charli passa a mão pela testa e morde os lábios. — Hoje a professora pegou tão pesado que eu estou quase morrendo aqui. — Ela dramatiza, rindo em seguida quando eu gargalho. — É sério! — A de cabelos curtos ri mais.
— Você é tãooo dramática. — Sorriu enquanto vejo pela tela do celular a garota pelo qual sou apaixonada, revirar os olhos e sorrir em carinho.
— Mas e o que você fez enquanto eu estava fora? — Charli questiona, pegando o celular e o levando com ela até ao que eu consigo ver ser uma cozinha.
— Terminei os meus deveres de casa. — Dou de ombros, mexendo, distraidamente pela beleza de D'amelio, minhas madeixas.
— Uau! Minha bebê está estudiosa! — Charli bate palmas e agora é minha vez de revirar os olhos.
— Não venha com essas piadas para cima de mim. — Rio. — Também achei melhor mudar meu cabelo, algumas garotas da minha turma falaram mal sobre ele e acho que elas tinham razão. — Dou de ombros mais uma vez.
— Meu Deus! Só agora que eu reparei! — Ela diz do outro lado da tela com os olhos em cima do celular. — Você tá gostosa demais! Ainda bem que é todinha minha! — Charli pisca o olho se afastando da tela com um sorriso sacana estampando na sua cara.
— Para.. — Desvio os olhos envergonhada enquanto sentia minhas bochechas corarem.
— Mas você estava falando que mudou por conta das garotas que falaram mal do seu cabelo? — Assinto. — Babe, você sabe que elas estavam apenas falando mentiras! Você estava perfeita antes como também está agora. Elas só queres que você se sinta mal mas eu não vou deixar elas ganharem, sim? Você é linda e todinha minha, por isso não liga para o que as outras dizem. — D'amelio termina o seu discurso com um sorriso triste nos lábios, sabendo o quanto eu sofria todos os dias no colégio.
— Você e seu poder de me fazer chorar. — Balanço a cabeça com os olhos marejados, sorrindo mais uma vez para a pessoa que me acabou de convencer a lutar mais todos os dias.
— Ah! Então vou utilizá-lo mais vezes porque sempre que você chora, você franze o seu nariz e eu acho a coisa mais fofa do mundo! — Charli diz em adoração e agora eu me sentia como uma pimenta, literalmente.
A conversa se prolongou e assim as horas também. Desligamos por volta das cinco da tarde cá e lá em Portugal por volta das oito da noite.
Mais uma vez naquele dia, enquanto jantava totalmente alheia a mais uma das discussões do meu pai e da minha mãe, quem me veio à cabeça foi Charli. A garota que nunca me deixa cair no fundo e sempre me ajuda a levantar quando a vida passa por cima de mim.
Sem novidade nenhuma, naquela noite, como em todas as outras, eu falei sobre minha namorada para a lua, que me escutou até ser bastante tarde e eu finalmente ter pegado um pouco de sono.
Por mais que eu ás vezes pense que a lua está farta de me ouvir falando sobre Charli, eu não consigo evitar realçar todas as suas características. Não importa o quão secante a lua me ache por estar falando sobre D'amelio, eu irei sempre, pelo resto da minha vida, falar no quando Charli me tira da escuridão.
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