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𝗢 𝗽𝗲𝘀𝗰𝗮𝗱𝗼𝗿

O vento da tarde sussurrava entre as folhas das árvores, um murmúrio suave que acariciava a pele da bruxa que seguia pela trilha. Era como se o próprio ar quisesse compartilhar seus segredos, envolvendo-a em sua dança invisível.

Cada rajada trazia consigo o aroma da terra, misturado com o perfume das flores silvestres. Os cabelos da adolescente se agitavam, rebelando-se contra a gravidade, enquanto os raios dourados do sol filtravam pelas folhas e criavam padrões de luz e sombra no chão.

Os passos eram leves, quase flutuantes, como se a trilha fosse um tapete mágico que a conduzia para algum lugar desconhecido.

Lara sentia-se levemente segura em Nestoria. Apesar de estar longe de casa, algo naquele lugar a fazia sentir que era seu segundo lar. Coisas de bruxa, pensou ela, sorrindo para si mesma. Afinal, bruxas têm uma afinidade especial em alguns lugares.

Os passos de Lara eram calmos, quase imperceptíveis sobre o solo de pedra. Seus olhos, atentos e perspicazes, captavam cada movimento ao seu redor, como se gravassem na memória o caminho que havia percorrido. A brisa suave acariciava seu rosto, e ela inspirou profundamente, enchendo os pulmões de ar fresco. O treino de teleporte, uma habilidade natural que deveria ser sua especialidade, estava temporariamente suspenso. Aegus de Nestoria, o sábio mestre, havia lhe informado sobre um jovem Ardoni que a salvara de um afogamento iminente. Seu nome era “Achillean”. Lara estava determinada a expressar sua gratidão ao Ardoni Nestoris, mas agora, ela só podia esperar que ele estivesse no local indicado pelo mestre.

Seu coração pulsava com uma ansiedade contida. Ela não era uma aventureira impulsiva; estava ali por um único propósito: conhecer Achillean.

O nome ecoava em sua mente, uma promessa de gratidão e um encontro breve. Ela não esperava mais do que isso. Afinal, bruxas como ela não se envolviam em relacionamentos duradouros. Sua vida era uma jornada solitária, guiada pela curiosidade e pelo desejo de desvendar os mistérios do mundo.

O local isolado de pesca era um refúgio tranquilo. As águas límpidas refletiam o céu, e o som suave das ondas acalmava seus nervos. Lara avistou Achillean à distância, sentado de costas para ela. Suas marcas amarelas, quase douradas, destacavam-se contra a pele negra. Ele parecia absorto na contemplação da linha de pesca, alheio à sua presença.

Ela se aproximou, os passos silenciosos. O vento brincava com seus cabelos, e ela respirou fundo, preparando-se para o encontro. Achillean não era um estranho qualquer; ele era um Ardoni que a salvou.

Lara parou a poucos metros dele. Seu semblante permanecia neutro, mas seu coração acelerava. Ela não sabia como começar, nem como expressar sua gratidão. Mas ela não podia recuar.

— Você deve ser Achillean.

Sua voz saiu suave. Ele se virou, olhos profundos encontrando os dela.

— ... Sim, sou eu. E quem é você?

A bruxa se aproximou, ficando um pouco mais perto do Ardoni.

— Meu nome é Lara Longbottom. Eu sou 'A bruxa'.

A expressão curiosa do Ardoni se tornou surpresa, fazendo ele se levantar e largar a vara de pesca.

Ele se virou e curvou levemente a sua postura, com os olhos fechados ao se apresentar.

— Meu nome é Achillean Nestoris, e é um prazer conhecê-la. Ouvi muitos rumores da senhora, rumores bons, é claro.

Ao finalizar ele arrumou a postura, abrindo os olhos e a olhando nos olhos, o que causou um leve desconforto para a bruxa, e por isso ela desviou o olhar.

— Por favor, pode me chamar de Lara. Não sou mais velha para se direcionar a mim como "senhora".

O Ardoni sorriu, simpático, balançando a cabeça levemente para cima e para baixo.

— Certo. Lara, então.

A mencionada suspirou, balançando a cabeça para cima e para baixo, com seus olhos ainda desviando do olhar do Nestoris.

— Eu... Vim agradecer por ter me salvado. Acho que se não fosse por você, eu possivelmente teria me afogado.

— Não precisa agradecer, só fiz o que qualquer um faria.

A bruxa deu um leve sorriso, finalmente tendo coragem para encará-lo.

Depois de um minuto se encarando, ambos desviaram o olhar um do outro, envergonhados por terem se encarado por tanto tempo.

— ... Bom... Obrigada, novamente. Eu ... É um prazer conhecê-lo.

Gaguejou a bruxa, botando as mãos em suas costas, com os olhos se direcionando para o chão.

— Não tem de quê. Se precisar de mim, estarei aqui.

Ela balançou a cabeça para cima e para baixo, dando um passo para trás e dando de costas para o Nestoris.

— Eu digo o mesmo. Se precisar de alguém com magia, pode me procurar.

Antes mesmo de se distanciar, achillean segurou seu braço, fazendo-a virar seu rosto para ele com a expressão confusa e um pouco incomodada.

— Eu- quero dizer... Você quer ajuda?

— Ajuda?

— Sim...

Ele deu uma pausa rápida.

— Você não deve conhecer Nestoria. O que eu quero dizer é, se você gostaria que eu te mostrasse o lugar.

Lara mirou seu olhar para a mão do ardoni, que ao seguir seu olhar, arregalou levemente os olhos, retirando a mão do braço da bruxa.

— Ah, perdão!

— Bom ... Se estiver disponível, gostaria muito.

Respondeu à sua última pergunta, percebendo o sorriso satisfeito do ardoni.

Agora ambos caminhavam lado a lado, afastando-se da beira da água. O sol lançava sombras longas sobre a terra, e o vento salgado brincava com os cabelos de Lara. Minutos se transformaram em horas, e ela absorvia cada detalhe dos lugares que Achillean lhe apresentava. Outros Nestoris cruzavam seu caminho, e o ardoni os cumprimentava com um sorriso amigável. Lara admirava sua gentileza e senso de humor. Era raro encontrar alguém tão justo e simpático. Ela sentia que, talvez, finalmente tivesse encontrado um amigo. A solidão parecia menos opressiva agora.

Achillean sentia-se intrigado pela presença silenciosa da bruxa. Ela permanecia calada na maior parte do tempo, respondendo apenas quando ele a questionava. Era um contraste curioso, mas não lhe causava desconforto. Achillean supunha que ela simplesmente não tinha vontade de falar, e ele respeitava sua quietude. Após apresentar os pontos de interesse de seu lar, o ardoni conduziu-a de volta à casa do Mestre Aegus, onde a bruxa desfrutaria de seu período de “férias”. Ele tinha que se lembrar de indagar sobre os costumes das bruxas, algum dia.

Eles pararam diante da caverna do Mestre Nestoris, trocando olhares significativos antes de se despedirem. Lara, antes que Achillean iniciasse sua partida, agradeceu.

— Obrigada por me mostrar este lugar.

O ardoni sorriu, captando suas palavras, e respondeu.

— Não há de quê. Foi um prazer.

Ele hesitou por um momento e acrescentou.

— E… caso queira conversar ou precisar de ajuda, estarei no mesmo local onde me encontrou.

Com essas palavras, ele se afastou, deixando Lara sorrindo em sua direção. Parecia que ela verdadeiramente tinha encontrado um amigo. Ela girou e adentrou a caverna, reconhecendo os móveis familiares. A nova vida em Ardônia começava a se enraizar nela. Ela foi em direção a porta do quarto onde dormiria e a abriu, adentrando o quarto e a fechando com um baque suave. Sentando-se na cama, prestes a se deitar, Lara se questionou.

— Como os Ardoni se alimentam?

Ela possuía conhecimento sobre algumas espécies do lugar, mas, infelizmente, nunca havia se interessado pelos costumes alimentares ou pela rotina deles. Na época, estava mais concentrada em estudar feitiços e aprimorar suas habilidades. Agora, porém, lembrava-se de que não deveria revelar sua magia das sombras a qualquer um. Embora diferente da magia negra, era igualmente mal vista pela sociedade. Com esses pensamentos, ela fechou os olhos e finalmente adormeceu.

...

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