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𝗘𝗸𝗼𝗹𝘂

❝𝖳𝗎𝖽𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝗏𝖺𝗅𝖾 𝖺 𝗉𝖾𝗇𝖺 𝗌𝗈́ 𝖾́ 𝖼𝗈𝗇𝗊𝗎𝗂𝗌𝗍𝖺𝖽𝗈 𝖼𝗈𝗆 𝗌𝖺𝖼𝗋𝗂𝖿𝗂𝖼𝗂𝗈.❞

Dilema.

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☪ ━ 𝖭𝗈𝖺𝗁'𝗌 𝗉𝗈𝗏'𝗌 ❖

Sina é uma pessoa muito fria, ela não liga para os sentimentos dos outros e nem se importa com as pessoas - a não ser com quem ela ama.

Mas eu vou mudar isso!

Depois do grito que eu dei no mercado, ela fingiu que não me conhecia e sempre que eu tentava falar com ela, a mesma me ignorava.

— Qual é, Sina! Aquilo não foi nada de mais. — falo tentando fazer com que ela fale comigo.

— Eu não te conheço. — ela diz olhando a data de validade de um pacote de biscoitos.

Sim, é biscoito! Quem discordar é amigo do Satanás.

— Se você não falar comigo, eu vou gritar de novo, só que dessa vez com o seu nome na frase. — ameaço e ela me olha.

— Já estou falando. — diz andando com o carrinho.

— E então, o que vamos comprar? — pergunto olhando ao redor do corredor.

— Como eu sei que você não deve ter uma alimentação saudável... — ela não terminar de falar, pois eu a interrompo.

— Quem disse que eu não tenho uma alimentação saudável? — perguntoindignado.

— Você tem? — pergunta e me olha.

— Não. — respondo dando de ombros.

— Foi o que eu pensei! Enfim, você pega os doces e sobremesas, que são as besteiras e eu pego as comidas saudáveis, como fruta e essas coisas. — explica e eu assinto.

— Eu preciso pegar um carrinho para mim, ou eu pego e trago para por no seu?

— Põe no meu. Pelo seu jeito, tenho certeza que você iria ficar correndo pelos corredores com o carrinho.

— Você adora julgar as pessoas, né? — pergunto cruzando os braços.

— Eu não julgo as pessoas, apenas digo a verdade. Julgar é você dizer algo de alguém sem ter certeza ou estar errado. — diz e sai andando com o carrinho.

Balanço a cabeça e vou à procura das besteiras. Pego até não caber mais nada nas minhas mãos e levo até o carrinho, nisso eu vou e volto seis vezes.

Depois que termino de pegar tudo, vou caminhando junto com a Sina apenas para não ter que ficar sem fazer nada.

— Não tem mais nada para pegar? — ela pergunta olhando para dentro do carrinho, verificando algo.

— Não, já peguei tudo que precisamos para ter uma alimentação horrível. — falo e ela me olha.

— Você pegou os ingredientes para eu fazer meus doces? — pergunta e eu fico ereto.

— Como assim? — pergunto confuso.

— Noah, eu vou fazer doces para dar para as pessoas de rua ou que moram em algum abrigo. — explica.

— Ah, sim! Bom, eu vou pegar os ingredientes que normalmente se usam para fazer doces. — falo e saio de lá correndo.

Pego tudo que me lembro e levo até o carrinho, vendo que Sina já estava quase terminando de pegar o que era necessário.

— Sina, posso te fazer uma pergunta? — pergunto andando ao lado dela.

— Já está fazendo. — diz sem me olhar.

— Estou falando sério.

— Pergunta. — diz ainda sem olhar para mim.

— Talvez eu esteja invadindo a sua privacidade, mas por que você é tão rancorosa? Por que não gosta do Natal? — pergunto curioso.

— O Natal é desnecessário. — diz e dá de ombros.

— Mas existe algum motivo para você não gostar dele. — falo e ela me olha.

— Eu só não gosto e pronto. — diz sendo grossa.

— Eu sei que você não está dizendo a verdade, pode se abrir comigo! Eu só quero te ajudar. — falo e ela se irrita, empurrando o carrinho e olhando para mim.

— Noah, eu não quero ajuda! Para de querer se meter onde não deve, você não pode... — ela não termina de falar, pois eu a interrompo.

— Sina... — a chamo, mas ela me interrompe.

— Não! Agora você vai me ouvir!

— Mas, Sina... — tento falar, mas ela me interrompe de novo.

— Cala a boca, eu vou falar agora! — diz irritada.

— SINA, O CARRINHO VAI BATER! — grito e ela olha para o carrinho.

Mas já era tarde demais, o carrinho já havia batido em uma pirâmide feita de caixas de bombons.

Tudo parecia acontecer em câmera lenta, o carrinho batendo, as caixas de bombom caindo, as pessoas olhando e a Sina ficando extremamente vermelha.

Eu só não sei se era de raiva ou de vergonha.

— Está vendo o que você fez? — ela pergunta irritada.

— Eu? Que eu me lembre não fui eu quem empurrou o carrinho. — falo indignado.

— Mas foi você quem começou a me irritar, e fez eu acabar fazendo isso. — reclama.

— Senhores, por favor! — um segurança nos chama.

Olho para Sina e ela estava com uma expressão séria. Seguimos o segurança até a sala do gerente e nos sentamos nas cadeiras em frente a mesa.

— Então, vocês poderiam me explicar o que aconteceu? — ele pergunta com seriedade.

Sina ficou em silêncio, então eu presumi que era para eu falar algo.

— Eu e a minha namorada tivemos uma briga muito feia antes de vir para cá. Eu estava tentando me desculpar e ela ficou tão irritada que nem percebeu que havia empurrado o carrinho com força. — minto e Sina me olha.

Se eu fosse falar a verdade, provavelmente iríamos ter que contar tudo sobre a nossa conversa e teríamos que pagar pelo dano.

— E por que vocês brigaram? — ele pergunta.

— Ela me pegou deitado com uma manequim e achou que fosse uma mulher. — falo a primeira coisa que vem em minha mente.

— Isso é estranho. — ele diz com o cenho franzido.

— Eu sei! Eu estava tentando fazer ela falar comigo, porquê não é justo ela querer terminar o nosso relacionamento só porquê acha que eu traí ela com uma boneca. — falo com a voz trêmula.

Eu sou um ótimo ator!

— Eu achei que era uma mulher, tenho o direito de ficar irritada. — Sina diz.

Nossa, eu pensei que ela só ia ficar calada.

— Era uma boneca, Sina! — finjo me alterar.

— Que podia ser uma mulher! — se altera também.

— Senhores, por favor... — o gerente tentar dizer, mas eu o interrompo.

— Eu nunca te trairia! Eu te amo, mas parece que você duvida do meu amor por você. — falo fingindo estar irritado.

— Eu duvido, porque você já me traiu uma vez. — diz e cruza os braços.

Eu não sei porquê, mas acho que vi um pouco de verdade em seus olhos.

— Eu estava bêbado! — grito.

— Não importa! Você me traiu! — grita.

— Chega! — o gerente grita e olhamos para ele. — Resolvam o problema de vocês em casa, se quiserem levar a compra de vocês é só ir no caixa e pagar. Não precisam pagar pelo prejuízo das caixas, já vi que não foi a intenção. Agora saiam da minha sala, por favor!

Saímos da sala em silêncio e fomos até o carrinho. Pegamos ele e fomos até o caixa.

Pagamos pela comprar e saímos do mercado com as sacolas nas mãos.

— Quem diria que Sina Deinert é uma ótima atriz. — falo e ela me olha.

— O quê? — pergunta confusa.

— Você atuou muito bem. Eu pensei que você fosse ficar quieta enquanto eu bancava o dramático. — falo olhando a mesma.

— Ah... — é a única coisa que ela diz.

— Desculpa por querer me intrometer na sua vida... Eu devia saber que você se sente desconfortável por falar do seu passado. — falo e olho para baixo.

— Está tudo bem, só não quero que me force a falar algo que eu não quero. — diz e eu olho para ela.

— Prometo que vou não fazer mais isso. — falo e ela assente.

Seguimos o caminho de casa em silêncio. Assim que chegamos, colocamos as compras na cozinha e fomos para a sala, onde todos estavam.

— Por que demoraram tanto? — Nour pergunta quando nos sentamos no sofá.

— Tivemos um pequeno problema no mercado. — falo e eles me olham confusos.

— Que problema? — Bailey pergunta.

— É melhor vocês não saberem. — Sina diz.

— Bom, a Savannah e o Krystian já separaram os quartos e só estávamos esperando vocês para eles contarem. — Heyoon diz e assentimos.

— Inclusive, colocamos as malas de cada um nos respectivos quartos. — Krystian avisa e Savannah concorda.

— Lá vem merda. — Sina cantarola.

— Calma, você vai gostar. — Savannah diz sorrindo.

— Já vi que vou odiar. — Sina diz e revira os olhos.

— A Heyoon e o Lamar vão ficar na segunda suíte, pois eles são um casal que não merecem ser separados. — Krystian diz ignorando o comentário da loira.

— O Krystian e o Bailey vão dividir um quarto com duas camas de solteiro. — Savannah explica.

— Não precisam nem continuar. — Sina diz.

— Por quê? — Savannah pergunta.

— Se o único casal daqui vai ficar na segunda suíte, e o Bailey vai ficar no mesmo quarto que o Krystian, está mais do que óbvio que vocês armaram para o Noah e eu dormirmos no mesmo quarto. — ela explica e faz uma expressão debochada.

— Como tirou essa conclusão? — Nour pergunta.

— Porque se não fosse isso, o Lamar e a Heyoon ficariam na primeira suíte, a Savannah e o Krystian tirariam proveito e iriam dormir na segunda suíte, o Noah e o Bailey dormiram no mesmo quarto e a gente também. — diz e eu concordo com ela.

— Tudo bem, você está certa. Eu e a Nour vamos dormir no mesmo quarto, onde tem duas camas de solteiro e você e o Noah vão dormir na primeira suíte. — Savannah diz e revira os olhos.

— Já tentou ser detetive? — pergunto para a loira.

— Não sirvo para isso, só descobri isso tudo porquê conheço os meus amigos. — diz e dá de ombros.

Depois de tudo aquilo, ficamos conversando por um tempo.

O dia passou rápido, já que quando eu fui olhar o relógio eram oito e meia da noite.

— Vamos pedir uma pizza? — pergunto.

— Uma não, seis. — Bailey diz.

— Eu vou ligar para a pizzaria. — Lamar diz e se levanta.

— Bom, eu e o Lamar vimos um abrigo aqui perto e tivemos a ideia de juntar doações para dar a eles no Natal. — Heyoon explica.

— Acho uma ótima ideia. — Nour diz e concordamos.

— E você, Sina? — Savannah pergunta, chamando a sua atenção.

— O quê? — ela pergunta confusa.

— O que achou da ideia da Heyoon e do Lamar? — Krystian pergunta.

— Ah, pode ser. — diz dando de ombros.

— Você está bem? Está meio distante. — Nour comenta.

— Só estou cansada. Aliás, eu acho que vou me deitar. — diz e sobe as escadas, já que as duas suítes ficavam no andar de cima.

— Você fez algo com ela? — Nour me pergunta.

— Nada para deixar ela nesse estado. — falo e levanto as mãos em sinal de rendição.

— O que aconteceu naquele mercado? — Bailey pergunta.

— Nada de muito gra... Espera, acho que já sei o que pode ter acontecido. — falo e me levanto.

— Onde você vai? — Krystian me pergunta.

— Conversar com ela, mas só se ela quiser. — falo e começo a subir as escadas.

— Escrevam o que eu estou falando, eles vão ser um casal. — escuto Savannah dizer antes de eu chegar no segundo andar.

Balanço a cabeça em sinal de negação e dou um pequeno sorriso. Vou até o final do corredor e dou uma leve batida na porta antes de abrir.

— Estou entrando! E por precaução, de olhos fechados. — falo e entro no quarto.

— Pode abrir os olhos. — ela diz e assim eu faço, fechando a porta logo em seguida.

— Eu prometi que não ia me intrometer na sua vida, mas eu só quero te ajudar. Se não quiser responder, tudo bem, eu vou entender. — falo e me sento ao seu lado na cama.

— Pode perguntar. — diz olhando para baixo.

— Alguém já traiu a sua confiança, né? — pergunto já sabendo a resposta.

— Sim... — responde em um sussurro.

— Não vou te perguntar mais nada, só queria tirar essa dúvida. — falo e ela suspira.

Vejo que ela estava se segurando para não chorar, e eu sinto uma enorme vontade de abraçá-la, mas tenho medo que ela não se sinta à vontade.

— Pode. — ela diz me deixando confuso.

— O quê? — pergunto confuso.

— Pode me abraçar, eu deixo. — diz e olha para mim.

Sem pensar duas vezes, eu a abraço e ela encosta a sua cabeça em meu peito. Sinto as suas lágrimas molharem a minha camisa e eu faço carinho em seu cabelo.

— Sinto muito por você estar passando por isso. — falo mesmo sem saber o que era.

Mas espero descobrir em breve.

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Tadinha da Si...

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