Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

🕸️ .•° 𝟎𝟔: 𝓒𝐇𝐎𝐂𝐎𝐋𝐀𝐓𝐄 𝓠𝐔𝐄𝐍𝐓𝐄⃤


O SILÊNCIO que circulava pelo cômodo era tranquilo, mas parecia ser pesado de alguma forma. Grace não conseguira pregar os olhos desde que acordada durante a madrugada, após dormir durante duas horas seguidas, a garota acordara com um ruído baixo perto de si. Abrindo os olhos devagar e piscando diversas vezes ela percebeu ser Peter derramando lágrimas novamente. 

Não havia muito o que a Barnes pudesse fazer por ele, então, apenas o abraçou mais forte e ficou em silêncio até que o garoto se acalmasse novamente e voltasse a dormir. Mesmo longe de casa Grace pôde sentir o cheiro da fumaça das chamas que queimavam os cômodos pouco a pouco. Respirou fundo várias, e várias vezes, até que estivesse calma mas memórias ainda estavam vivas e com cores ardentes. 

Ela escutou May levantando as seis da manhã, provavelmente sem sono também, a mulher havia aberto a porta devagar e colocado apenas alguns centímetros do corpo para dentro do quarto. Grace sorriu sem humor para ela e a Parker mais velha a convidou para a acompanhar no café da manhã, a Barnes — com dificuldade — empurrara o corpo de Peter para o lado, observando se o menino iria acordar. Ela fechou a porta assim que passou por ela e desceu as escadas. 

— Bom dia — Grace começou a conversa. May ergueu a cabeça o suficiente para olhá-la e a cumprimentar novamente. — Como sabia que eu estava aqui? — Caminhou até a mulher. 

— Não consegui dormir muito, e escutei Peter durante a madrugada. Eu iria até o quarto dele, mas ele calou de repente. E o Peter não é de se acalmar rápido, não se estiver sozinho. Então, eu só liguei uma ponta a outra. — Ela explicou e apontou uma cadeira para Grace. 

— A senhora precisa de ajuda? Eu posso fazer o chá enquanto arruma a mesa. — A garota percebeu May abrir a boca, provavelmente para recusar, mas Grace já colocava a água para ferver em uma panela que estava de cabeça para baixo sobre a pia. 

— Como dormiu? — A Parker perguntou, o que fez Grace pensar em uma resposta.

— Bem.... — Ela deu um sorriso a mulher que suspeitou.

— Você avisou seus pais de que dormiria aqui? Eles podem estar preocupados. — A garota hesitou.

— Minha... Minha mãe morreu a um mês atrás. — Finalizou a frase em um tom baixo e com um suspiro no final. May ergueu os olhos para Grace, arrependimento brilhava em seus olhos.

— Sinto muito, eu não queria...

— Tudo bem. Não tinha como saber, e a propósito, eu nunca conheci meu pai. Então, não sei nada sobre ele. — Se virou e desligou o fogo. — Onde fica o chá?

— No armário de cima. — A Parker apontou, com os olhos brilhando novamente pelas lágrimas.

Tocar no assunto de morte a deixara sensível, com as lembranças e frases dos policiais lhe acertando com toda a força que possuíam. Nada e nem ninguém conseguiria retirar a dor de perder Ben de May, ou de Peter, Grace sabia disso melhor do que ninguém. E também sabia que máximo que ela poderia fazer, seria abraçá-los e acholhe-los em seus braços.

Tissila não havia saído para fora desde o acontecimento no meio da rua, ela não saira quando Grace havia ficado com Peter, e a Barnes suspeitou por ser as palavras dirigidas a garota momentos atrás. Peter estava com raiva e chateado com algum acontecimento desconhecido por Grace, mesmo que as palavras tenham doído nela, a garota ainda tentava entender o lado do Parker.

Quando May e Grace sentaram-se na mesa, com os chás postos em suas xícaras, Peter desceu as escadas com os olhos recém vermelhos e o corpo parecendo mole. Sua tia se levantou da cadeira com as mãos tremendo, e o abraçou apenas para o garoto a abraçar com força e ambos derramarem mais lágrimas de dor.

Grace fechou a porta do apartamento. Apenas jogara a mochila no chão da sala, e seguiu para a cozinha querendo comer algo. Havia saído da escola a algum tempo atrás, o dia fora movimentado demais novamente para o gosto da Barnes. Os ombros estavam baixos e cabeça parecia que iria explodir pela dor, a expressão que mantinha em seu rosto era caída.

Não existia ninguém com ela ali no apartamento, o que significava ninguém para mandar um sorriso. E isso foi o único motivo que fizera Grace ficar um pouco mais leve. Mesmo que o silêncio que rondava os cômodos poderia parecer assustadores as vezes, agora parecia lhe manter aquecida e relaxada.

Nenhum mísero grito de adolescente, ou confusão que Peter havia causado na escola com Flash. Nenhum diretor gritando com alunos, ou qualquer idiota lhe enchendo a paciência. Apenas o silêncio do apartamento pequeno, que, dessa vez, Grace se permitiu abraçar.

Resgatou uma caixa de leite da geladeira e fechou a porta, derramou o líquido dentro de um copo de vidro e depois o achocolatado, mexendo-o com a colher metálica. Tissila ainda permanecia dentro de si, sem soltar nem um ruído se quer.

Um som eletrônico soou do celular de Grace que o pegou de dentro da jaqueta, se apoiando no balcão e tomando um gole do leite. O alarme estava disparando, com o lembrete do passeio com Gwen no dia seguinte. A semana havia passado tão rápido que nem se quer percebera ser sexta-feira. Ela fechou os olhos suspirando, desligou o alarme e deixou o celular de tela virada para baixo sobre o balcão.

Apenas gostaria de cancelar todos os compromissos que ela havia pelo final de semana, e se trancar assistindo a maratonas de filmes de romances que ela era obcecada com um bom pote de sorvete para a acompanhar. Mas não faria isso, ela sairia com Gwen no sábado
— amanhã — e faria o máximo que pudesse para que fosse agradável, e para que a Stacy não a odiasse. Uma notificação fizera o objeto vibrar, Grace o pegou leu a mensagem que recebera.

Grace sorrira pequeno, desejando voltar a dormir profundamente. Mas tratou de deixar tal pensamento de lado, ela precisava respirar ar puro e talvez esse passeio lhe fizesse mais bem do que ela esperava.

Após terminar e desligar novamente o celular, Grace deslizou as pernas para fora do banquinho e se levantou. Caminhou até o próprio banheiro retirando a roupa pelo caminho, ligou o chuveiro e sentiu a água quente cair sobre seu corpo. Grace respirou fundo. Os olhos ardendo, e o corpo pedindo descanso.

Após finalizar seu banho, a Barnes fechou o registro e se secou. Colocou uma calça de moletom que havia achado no guarda-roupa e sobre o peito penas um cropped. O inverno estava quase chegando por completo, mas as colchas que decorava sua cama seria o suficiente para a aquecer.

Grace se deitou na cama. Puxou o ar com os lábios e passou a mão sobre os olhos. Todas as juntas de seu corpo doíam e pareciam a xingar pelo esforço e falta de descanso. Não demorou muito para ela adormecer. Após quatro segundos inteiros, Tissila ameaçara sair, e se enrolar do lado de Grace mas a sombra se encolheu dentro da garota e apenas ficou ali. Também indisposta para o mundo.

Grace não havia acordado no mesmo dia, estava cansada o suficiente para que conseguisse dormir o resto do dia todo, e isso causou com ela acordado as cinco da manhã de um sábado. A garota piscou, os olhos ardendo pelo sono que parecia não acabar, mas ela estava rolando pela cama tentando adormecer novamente a quase quarenta minutos. Então, a Barnes apenas desistiu. Se levantou e escovou os dentes, e, ao voltar para o quarto ela pegou seu livro de cima do criado mudo.

O sábado estava mais gélido do que o dia anterior, e Grace apenas se encolhera em cima da cama novamente com as cobertas e começou a ler até der algum horário mais tarde. Quando completou todo o livro lido, o horário bateu oito e meia da manhã. Percebendo que não havia como fugir, ela se levantou e se trocou mandando uma mensagem para Gwen no meio do caminho e sendo respondida alguns segundos mais tarde, com a loira lhe avisando que já estava a caminho da cafeteria.

A garota ainda olhava — ás vezes — dentro da própria jaqueta, procurando por Tissila mas sempre obtendo resultados negativos. Grace bufara quando certificou pela uma última vez antes de adentrar a cafeteria, logo avistando os cabelos loiros de Gwen em uma mesa distante. A Barnes caminhou até o local e sorriu para a Stacy, mas seu sorriso logo sumira quando percebeu não ser a garota.

— Caroline? — A mulher ergueu a cabeça, e a olhou com um sorriso.

— Oi, Grace. — A Barnes juntou as sobrancelhas, a respiração falhando.

A última vez que vira a mulher fora no velório de sua mãe, a despedida que ambas dera a Agnes. Grace piscou para tentar afastar as lembranças, que foram inúteis as tentativas.



🕸️.°• 𝐏𝐄𝐐𝐔𝐄𝐍𝐎 𝐄𝐒𝐏𝐀Ç𝐎 𝐃𝐀 𝐀𝐔𝐓𝐎𝐑𝐀

∘⋅⋆ ❛ one ▬ oi, bebês. O capítulo seria maior, realmente. Mas acabei tendo uma ideia de última hora, e aqui estamos. Beijos, até semana que vem❤️

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro