🕸️ .•°𝟎𝟐: 𝓐𝐑𝐀𝐍𝐇𝐀𝐒 𝐄 𝓢𝐎𝐌𝐁𝐑𝐀𝐒⃤
AINDA NO mesmo dia, Grace havia pedido pizza de calabresa e queijo, sua preferida, para o almoço. Seria a primeira vez que a garota comeria a receita após o acidente com a mãe, ela havia derramado algumas lágrimas e em seguida começara a comer. Em seguida seguiu para o banheiro e retirou as roupas, permitindo-se sentir o ar gélido tocar sua pele totalmente nua.
Enfiou-se para baixo da água quente do chuveiro que caía em uma cascata de cor invisível e inexistente. O líquido tocou sua pele a fazendo suspirar pelas queimaduras leves que deu no início, até que Grace se acostumou por completo com a temperatura da água. Escutou o celular tocar com o alarme que havia configurado para começar com os estudos. Mesmo que provavelmente a garota acabasse deitada sobre a cama e enroscada com cobertores e um bom livro clichê de romance pairando sobre as mãos, com um bloco de post-it ao lado do braço.
A Barnes era estudiosa de fato, mas ultimamente ela não estava tendo ânimo ao menos para respirar quando sua respiração automática se desativava após ela perceber. Sentou-se na cama e puxou o travesseiro para o próprio colo colocando o notebook por cima. Com o celular pronto para pesquisas também, Grace respirou antes de pegar cadernos e livros.
Fazia exatamente um mês desde que perdera Agnes Jones, sua mãe, e ainda não sabia como acordar no dia a dia sem ter a recepção da mulher com um café da manhã sobre a mesa que ficava no meio da cozinha. Grace havia se mudado para Nova Iorque a fim de se distrair e não se permitir afundar, o que não estava dando muito certo. Ela realmente esperava que o resto da semana fosse b melhor do que havia sido aquele primeiro dia na escola.
Grace continuou assistindo vídeo aulas de algumas matérias que estava com dificuldade e anotando em algumas partes do caderno, usando os papéis coloridos como destaque. Levou o indicador para o aparelho novamente e moveu-o fazendo a seta balançar na tela, a matéria Richard Parker e Doutor Connors, chamou a atenção da garota que entrou na página. O sobrenome Parker, era o mesmo de Peter e o outro homem era um cientista que Grace sempre admirara bastante.
Agnes nunca entendeu o fascino que a filha havia pela ciência, mas sempre a ajudou o máximo que pôde para dar os materiais necessários para Grace estudar as coisas que amava e admirava.
GENÉTICA DE CRUZAMENTO DE ESPÉCIES
Ficção científica ou fato científico?
Grace mudou para outra notícia de anos atrás assim que o sobrenome Parker brilha em frente aos seus olhos novamente.
Queda de avião mata Richard
e Mary Parker
A Barnes pesquisou pelo nome do científico Connors e começara a passar as diversas matérias que aparecia em sua tela, grandes e pequenas, até que uma que havia sido publicada recentemente chamou sua atenção mais do que as outras.
Doutor Curt Connors orienta futuros genereticências mas indústrias Oscorp.
Inscrições para estágio encerradas.
Grace observou o prédio enorme a sua frente, os vidros estavam escuros fazendo a impressão de que o local era completamente preto por fora, o que provavelmente poderia ser apenas resultados de alguma reflexão de luz errada pelo ângulo que estava o prédio.
A Banner colocou o capuz sobre os fios negros ondulados e as mãos dentro dos bolsos do moletom. Respirando fundo diversas vezes ela entrou no local, a primeira coisa que sentira fora o ar gelado gerado pelos ar condicionados do prédio. Em seguida funcionários andando rapidamente de um local para o outro e escadarias que levavam para o andar de cima. Ela pôde observar adolescentes de sua idade as subindo, aqueles provavelmente seriam alguns estagiários do Connors.
Grace deu um passo para trás quando um funcionário de terno quase trombou contra seu ombro, o que resultou na garota esbarrando em outra pessoa. Uma mão foi de encontro ao seu braço direito enquanto outra, que segurava um skate, enrolou os dedos nós pulsos da garota mantendo estabilizada e em pé. A Banner girou o pescoço se encolhendo apenas para encontrar um rosto familiar que abrira um pequeno sorriso assim que a reconheceu.
— Peter — O cumprimentou e se afastou, virando-se por completo para o garoto.
— Grace.
— O que está fazendo aqui? — Passou a língua entre os lábios.
— Com licença? — Ambos viraram os pescoços em direção ao balcão com a recepcionista, e ser aproximaram — Posso lhes ajudar?
— É... — Peter a olhou pelo canto do olho — Eu vim falar com o doutor Curt Connors.
— O mesmo que ele. — Grace respondeu assim que a moça a olhou esperando sua resposta.
— Claro, é só vocês procurarem seus crachás ao lado.
A Banner olhou para a mesa branca, e avaliou os objetos. Os olhos encontraram um nome feminino no quadrado e o pegou. Ao voltar para o Parker, Peter ainda olhava para a mulher sem entender e isso fez com que Grace colocasse a mão sobre a boca tentando tampar o sorriso pequeno.
— Você veio por causa do estágio? — A recepcionista o olhou com desconfiança e a Banner torceu para que ambos não fossem descobertos e muito menos expulsos do prédio.
— Vim. — Peter raciocinou e balançou a cabeça.
— Então, pegue seu crachá a esquerda.
— Ah, — Ele observou os nomes dentro dos objetos que estavam escritos nos papéis.
— Está com dificuldade para achar? — Grace respirou e pegou o primeiro crachá com nome masculino que vira frente e o levantou até os olhos da mulher.
— Não, ele já encontrou. É que mudou recentemente de óculos e ele ainda está acostumando com os graus. Obrigada, pela atenciosidade, tenha um bom dia. — Banner puxou Peter pela manga da blusa de frio e o puxou para trás os afastando do balcão.
— Acostumando com os graus? — Peter soltou uma risada assim que eles chegaram a escada rolante.
— Você estava perdido, não sabia o que fazer. Essa foi a primeira desculpa que achei. Aliás, desde quando usa óculos? Não vi você os usando hoje pela manhã.
Peter engoliu e balançou a cabeça, mudou o skate de mão e se balançou sobre os pés.
— Não uso, pelo menos não usava. Era... Era do meu pai, eu encontrei hoje. — O Parker cutucou a armadura do óculos e franziu os lábios.
— Bem vindos, as indústrias Oscorp. — Uma voz robótica soou assim como imagens em 3d apareceram em uma parte da pilastra que ficava ao lado da escada rolante.
Peter apoiou o braço na escada e olhou para baixo, inquieto. Ele estava ansioso, Grace pôde reparar nisso. Não é como se ela não estivesse, mas em dúvidas ela conseguia esconder melhor do que o garoto a sua frente. Ela deu um tapinha no ombro do Parker que a olhou assim que sentiu, levantou as sobrancelhas e Inclinou a cabeça.
— Que foi?
— Relaxa, não vão nos descobrir. Não se atuarmos bem o suficiente para acreditarem. Então, Parker. O que está fazendo nas indústrias Oscorp? — Ele a olhou confuso.
— Falar com o doutor Connors. — Grace juntou as sobrancelhas.
— De verdade.
— Ah... as escadas acabaram, nós chegamos. — Peter apontou com o queixo para trás da garota e ambos seguiram para a pequena roda que os estagiários haviam formado no andar.
— Bem vindos, a Oscorp. Meu nome é Gwen Stacy, estou no último ano do ensino da escola Medital e sou chefe dos estagiários do senhor Connors. — Grace moveu o pescoço minimamente e respirou fundo assim que reconheceu a garota. — Eu acompanharei vocês em sua visita, aonde eu for vocês vão.
A Banner conseguiu ver Peter mexer nos óculos e abaixar a cabeça diversas vezes.
— Essa é regra básica, se lembrarem disso vai ficar tudo bem, mas se esquecerem aí... — Gritos no andar de baixo cortaram a garota loira e todos olharam para baixo. Uma menina e um menino estavam sendo arrastados para fora, enquanto ambos diziam seus nomes
— Já vi que não preciso dizer o que vai acontecer de esquecerem disso. Vamos lá?
A Stacy sorriu e o grupo começou a andar seguindo ela, Peter e Grace seguiram atrás e trocaram um olhar cúmplice. Então uma pessoa apareceu mais a frente fazendo ela trancar a respiração.
— Boa tarde, Gwen.
— Oi, doutor Connors. — Peter se mexeu ao lado da morena.
— Bem vindos, meu nome é Curt Connors. E caso estejam curiosos, eu sou canhoto sim. — Risadas soaram — Não sou aleijado, sou cientista e a maior autoridade mundial em hepertologia que é: estudo de répteis, caso vocês não saibam.
Grace pegou todas as coisas que sabia até aquele momento sobre a matéria, e começara a organizar dentro de sua própria mente.
— Eu quero criar um mundo sem fraquezas, alguém arriscaria um palpite de como conseguir isso? — Um estagiário levantou a mão.
— Células tronco?
— Promissor, mas a solução que estou pensando é bem mais... Radical. Ninguém?
Então, Grace piscou e se lembrou das pesquisas que havia feito antes de chegar as indústrias.
— Cruzamento genético de espécies — A Banner olhou para Peter que mantinha os olhos na garota, ambos haviam respondido juntos. A rodinha de abriu dando espaço para o Connors e a Stacy os olharem.
Grace indicou para o garoto explicar por completo para o homem e manteve os olhos em Gwen que olhava nos papéis que ela carregava nos braços, provavelmente procurando o nome de ambos ali.
— O Peixei zebra tem a habilidade de regenerar células quando necessário, se conseguir dar essa habilidade para a mulher que o senhor falou resolve tudo, aí... Ela se cura sozinha. — Grace piscou os cílios e virou para o Parker, encantada. Ela estava encantada com a explicação que Peter havia dito e simplesmente extasiada.
— É só vai ter que ignorar as garras no pescoço. — Alguém disse e os outros alunos riram, mas logo Curt fez resmungo para pararem.
— E quem é você? — Grace engoliu quando o Parker não respondeu, sem saber o que dizer, mas ela tomou a frente.
— Ele é um dos melhores e mais brilhantes alunos da escola Medital. — Connors a olhou.
— É?
— Hunrum, é o segundo melhor da turma. — Peter a olhou.
— Segundo?
— É.
— Tem certeza disso? — A Banner puxou o ar.
— Absoluta. — Os olhos de Grace prenderam nos de Peter e apenas se soltaram quando um barulho soou.
— Infelizmente o dever me chama, deixarei vocês sob o comando da senhorita Stacy. Foi um prazer conhecê-los. — Então, ele saiu de cena e a loira sorrira e um holograma apareceu ali no meio deles.
Grace jamais se acostumaria com tamanha tecnologia, ela era simplesmente apaixonada por tal coisa e nunca parecia ser real quando via ao vivo e de perto. A árvore possuía algumas aranhas de um lado. A Banner não pôde aproveitar mais da vista quando fora puxada pelo cotovelo, Peter a puxou.
— O que está fazendo? — Ela sussurrou.
— Oi. — Grace paralisou e puxou Peter de novo assim que a voz de Gwen soou atrás de ambos. — O que estão fazendo, Rodrigo e Michelle?
Ambos ficaram confusos por alguns segundos e então se lembraram dos crachás.
— O que estão fazendo aqui?
— Eu trabalho aqui. Não trabalho aqui. — Grace moveu os olhos para o garoto que parecia nervoso — Eu iria dizer que trabalho aqui, mas já que você trabalha aqui deve saber que eu não trabalho aqui.
— Céus. — Grace murmurou e riu baixo.
— Tá me seguindo?
— Não, não. Eu não tô te seguindo não. Eu não sabia que você trabalhava aqui.
— E por que está aqui? — A única coisa que a Banner fazia era mover os olhos de Gwen para Peter e vice versa.
— Eu me infiltrei porque... Eu amo ciência. — Gwen moveu os olhos para Grace que sorriu para ela.
— O mesmo para você, certo? — Ela balançou a cabeça. — Sou Gwen.
— Grace, Grace Barnes. — Segurou a mão da garota que estava estendida.
— Eu preciso guiar esse grupo, depois faço mais algumas perguntas para vocês. Não se metem em confusão.
— Nós não vamos, prometemos — Grace respondeu.
A dupla seguiu andando sem ser virarem, e Peter trombou com um homem que trajava um terno de três peças. O garoto se desculpou pegando os documentos que havia derrubado passando tempo demais observando-os.
— O que foi isso? — O Parker olhou-a, e indicou o homem e começou a segui-lo. — O quê? Peter...
Ela o chamou mas o garoto seguiu em frente, Grace resmungou a deu uma pequena corrida até Peter. Eles passaram por corredores com as paredes feitas de vidros, e outros lugares. Até que Parker a segura os escondendo atrás de uma parede, enquanto observava o homem fazer a senha da porta. Uma dupla de machos com roupas brancas luvas amarelas saíram da porta e logo em seguida o trio seguiu corredor a frente. Peter seguiu até o aparelho de senha e discou-a, fazendo ela abrir. A Barnes levantou as sobrancelhas.
Ambos entraram e Peter fechou a porta novamente, máquinas estavam trabalhando ali dentro. A sala era completamente branca e havia uma porta com luzes azuis, para qual o Parker seguiu. Grace olhou para o lado direito e havia outra porta, ao contrário da anterior, essa era escuta e sem iluminação por dentro. Ela se virou a tempo de ver o menino empurrar a porta.
— Eu vou... — Apontou para a porta sem iluminação — não mexa em nada.
Peter a olhou como se fosse um absurdo ela dizer aquilo, e seguiu para a porta. Grace empurrou-a e engoliu assim que se pós para dentro. O local era escuro mas havia algumas iluminações, mesmo que mínimas. A Barner se arrepiou ao enxergar algo preto se mover mais a frente, não fora um vulto. Ela sabia disso. O formato eram como faixas que voavam, mas feitas de névoa e eram negras.
Ela deu um passo a frente e sentiu outro arrepio passar pelo corpo, estremecendo Grace acabara por esbarrar em uma alavanca que abriu a porta de vidro. Sombras saíram de dentro do cubículo e seguiu em disparada em direção a garota. Barnes ofegou quando as névoas colidiram contra seu corpo. Ela abriu os olhos pensando que elas haviam simplesmente evaporado e sumido, mas logo em seguida a visão ficara turva e o ar parecia não ser o suficiente.
Grace sentia que estava em uma queda infinita, seu corpo caiu para trás e ficara leve. Ela pôde jurar que sentiu vento bater contra seus fios de cabelos, assim como em seu rosto. Mas tudo já havia virado escuridão e ar.
🕸️.°• 𝐏𝐄𝐐𝐔𝐄𝐍𝐎 𝐄𝐒𝐏𝐀Ç𝐎 𝐃𝐀 𝐀𝐔𝐓𝐎𝐑𝐀 ⤵
∘⋅⋆ ❛ one ▬ Me desculpem pela demora,
não desistam de mim. Enfim,
fiquem com o meme de brinde:
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