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⎧ 𝟬𝟬𝟳. 𝗦𝗖𝗘𝗡𝗘 𝗦𝗘𝗩𝗘𝗡

SEVEN
SEGREDOS NÃO DURAM
PRA SEMPRE

O DIA AMANHECEU CINZENTO, a neblina ocupava todo o ar abaixo das nuvens e a fina garoa atingia as ruas da agitada Nova York. Num cemitério, próximo ao rio, o corpo do tio de Josh estava sendo carregado, o caixão foi colocado num buraco de terra com uma lápide charmosa. Não haviam muitas pessoas ao redor, apenas dois velhos amigos de Ben, o loiro e sua tia, além de seus amigos: Nour e Krystian.

Porém um carro misterioso parou na beira da rua, por detrás dos arbustos. Os olhos chorosos de Beauchamp lutavam para enxergar quem era a pessoa que se movimentava em sua direção ao descer do automóvel, e para pleno espanto do jovem, nos segundos seguintes descobriu ser Any Gabrielly, a musa de suas fotos, aquela com quem havia conversado apenas uma única vez no museu, mas ainda assim ela estava ali, e teve certeza que não era nenhuma miragem, seus cabelos encaracolados voaram contra suas bochechas e em direção ao vento. Ele escondeu o rosto, tentando limpar as lágrimas, com os olhos ainda avermelhados, quando sentiu um toque macio em seus ombros, se virou encarando aqueles olhos castanhos, por um mísero segundo recuperou sua paz.

— Eu sinto muito, Josh! — a morena o puxou para um abraço apertado, naquele instante o cheiro amadeirado em seu pescoço invadiu suas narinas, era reconfortante tê-la em seus braços.

—  A.G... Não esperava que viesse... — soluçou.

—  Eu sei. Me desculpa por nunca ter prestado atenção em você antes, você parece ser um garoto bem legal, Josh! Não queria que tivéssemos nos reencontrado nessas circunstâncias, meus sentimentos pelo seu tio!  — ela sussurrou.

— Tudo bem. Nós vamos encontrar um jeito de seguir em frente... — considerou, pensando a respeito de seus poderes secretos  —  Todos nós... Por falar nisso, essa é a minha tia May! —  o garoto a apresentou, vendo as mulheres de sua vida se cumprimentarem, depois contemplou Gabrielly dar um tímido "tchauzinho" para seus colegas.

— Eu só vim aqui mesmo pra prestar minhas condolências, mas já tenho que ir... Infelizmente. O meu pai tá precisando de mim no escritório, tá uma correria por lá! Me diga quando estiver se sentindo melhor e pronto para conversar, e ru estarei aqui dessa vez.

— Pode deixar! Espero que o Noah não se importe... — se lembrou, ele queria evitar todos os problemas possíveis agora, porque já tinha um tanto deles sobrando.

— Noah e eu terminamos. — revelou.

Por um momento Beauchamp se sentiu péssimo por estar feliz com aquilo, mas também não podia dizer que "sentia muito", Urrea sempre foi um babaca com Any, nunca soube valorizá-la da forma com a qual ele esperava fazer um dia.

—  Eu não sabia... Bom, ouvi dizer que amanhã tem um festival asiático no centro da cidade!

— Você vai? Pensei que não estivesse em condições... —  a morena o encarou, angustiada.

— Na minha família, pra que a alma descanse em paz, lidamos com funerais como uma etapa de passagem, onde o espírito se desloca para um mundo especial e feliz. Então acho que não tem motivos pra ficarmos tristes, agora meu tio tá num lugar muito melhor... Se nada sair do meu controle, estarei lá amanhã! —  confirmou.

— Tá bom. Vai ser legal ter você por perto... —  ela deixou um sorriso contagiante escapar, antes de retornar ao seu carro.

Josh não pode parar de pensar nas palavras de sua paixão secreta conforme retornava para sua casa. Todos haviam se despedido dele e de sua tia com muita empatia e carinho. No apartamento, restou apenas os dois e um espaço vazio, um eco sem sentido, o espaço que seu tio costumava ocupar e que, seria insubstituível. Se bem que o som do tilintar da campainha o preencheu por um mísero instante, fazendo com que ele corresse em direção à porta para atendê-la, não podia imaginar quem havia se lembrado deles assim de tão  última hora. Quando puxou a maçaneta, seu coração se agitou num pulsar incontrolável, estava realmente acontecendo? Aquela pessoa havia batido em sua humilde casa?

— Josh Beauchamp, estou certo? — era Gerald Morris, com seus óculos intelectuais e uma maleta preta, da qual o loiro jurava que saíria algum holograma de algum de seus projetos revolucionários.

Ele estava em todo o canto, nos comerciais da TV, nos outdoors pelos centros de Nova York, nas reuniões escolares quando ia representar seu colega de classe Lamar, de quem era tio. E agora estava ali de frente para a sua cara completamente estabanada, ali dentro de sua casa. E foi entrando, com um jeito nato de conquistar todo o ambiente a sua volta, naquela facilidade invejável.

—  Senhor Morris?

— Me chame apenas de Gerald, garoto! — informou simpaticamente, sentando-se no sofá.

— JOSH! Quem é? —  os passos de tia May foram ouvidos, ela que havia ido pegar um pequeno copo d'água com açúcar na cozinha, retornou e então o deixou escapar entre seus dedos, explodindo no chão, atordoada ao reconhecer o homem diante da mesma — Gerald Morris?

— Muito prazer, minha bela dama! —  ele a cumprimentou com um beijo na mão —  Ah, a propósito, meus pêsames pelo falecido... Enfim, não quero incomodá-los, vim aqui porque preciso conversar urgentemente com o seu jovem sobrinho...

— Comigo?! —  Josh se espantou.

—  Ele fez alguma coisa errada? — May entrou na defensiva, preocupada.

— Não, nada de errado. Que tal dar uma volta?! A senhora tem um menino bastante especial, sabia?  —  Morris apertou seu ombro, como se fosse da família —  Só precisamos ter uma conversa em particular. Josh pode lhe explicar melhor depois que terminarmos... O meu chofer está lá em baixo agora, a sua espera.

—  Tá, tudo bem, mas é que...

— Tia, pode ir... Eu dou conta! — ele estava curioso a respeito, e apesar de se sentir morto de vergonha, não queria contrariar alguém na posição do senhor Morris.

— Tá certo, então, eu vou, indo?... —  sorriu, sem graça, caminhando até a saída.

Josh ficou sozinho com o homem, interessado no que ele tinha a lhe dizer. Começou com um gentil bombom ofertado pelo mesmo, o qual não conseguiu dispensar. Depois partiu para o discurso, que o loiro se esforçaria em acompanhar.

— Olha, filho, eu vou direto ao ponto. Eu vi o que você fez ontem a noite no banco central da cidade. —  revelou, sem timidez. Fazendo o Beauchamp se engasgar com a própria saliva, tentando inutilmente rebater aquela informação —  Espere! Apenas me deixe terminar, acho que jamais presenciei algo igual a isso em toda a minha vida. Tenho certeza de que algo, ou algma força especial, seja ela qual for, te escolheu...

O que ele poderia dizer afinal naquelas circunstâncias? O pânico o dominou, seu segredo mais secreto havia sido descoberto, de uma forma que não imaginava:

—  Eu não sei do que o senhor tá falando...

— Ah, céus! Nós vamos partir pra esse tipo de retórica assim de cara? Vai ficar um pouco cansativo, não acha? —  franziu a testa —  É melhor admitir logo que era você. Eu sei, garoto, que tá assustado. Mas não se preocupe, eu não quero o seu mal, sou um bom investidor, acho que já ouviu falar. E com certeza, vi algo em você... — ele aguardou, vendo Josh se esquivar.

— Quem te contou que era eu? O garoto, do banco? — o loiro paralisou, sabia que não teria como fugir daquela situação.

— Eu vi. —  Gerald pescou algo em seu bolso, o que o outro logo notou ser um celular de última geração, lhe passando a imagem de alta qualidade, na cena em que ele abandonou a máscara preta num beco e escalou o prédio como se estivesse subindo uma simples escada — Vi você no beco naquela noite, através do meu drone particular de alta capitação. Eu sei que foi você quem deixou aqueles homens no chão. A questão agora é, como?

Ele desviou o olhar:

— Senhor, se me permite dizer, nem mesmo eu sei. Só, aconteceu. Eu comecei a desenvolver habilidades... Talvez tenha sido escolhido por uma força, como você mesmo disse. —  comentou, decidido a não revelar o fato da aranha, Josh jamais confiou cem por cento nos homens de terno, sobretudo investidores e políticos.

— Sei, sei... Então foi isso. — seus olhos se arregalaram, entusiasmado.

Por um instante, o loiro sentiu que aquela conversa estava sendo gravada.

— O que o senhor quer em troca? Sei que deve ter algo. Não pode sair por aí dizendo que fui eu quem fez aquilo... Sou só um jovem. Os policiais, bom, eles vão me prender! E, e, as pessoas, elas vão começar a vir atrás de mim e da minha tia... Vai ser um total pesadelo!

— Eu sei, garoto. Não se preocupe com isso. Sua imagem comigo está completamente segura. Contanto que, você aja de acordo com o dom que recebeu.

— O quê quer dizer com isso?

— Estou disposto a te ajudar a combater o crime desta cidade com minha tecnologia. Você vai ganhar um bom salário, vai ser meu estagiário. —  a proposta pareceu tentadora, se não fosse tão sombria — A única coisa que eu lhe peço é que, se esforce para conquistar minha confiança e salvar cada cidadão de bem dessa cidade...

— O quê?! Isso é loucura! —  retrucou, sentindo o choque inicial fazer efeito em suas veias —  Por que o senhor tá me pedindo uma coisa dessas? As pessoas...

— As pessoas não tem o suficiente para se sentirem protegidas! Os policiais cometem falhas o tempo todo... São tempos difíceis, meu caro Josh! Houveram muitas perdas. A humanidade está fragilizada! As pessoas sempre quiseram um super-herói, alguém com habilidades especiais para as protegerem. Acho que chegou o momento certo, mas tudo, depende de você, é claro!

— Se eu não entrar pro seu time? O quê acontece comigo? O senhor vai divulgar a minha imagem? —  a ansiedade invadiu seu peito.

— Quando você tem a melhor bomba em mãos não pode usá-la logo de cara. Entenda, eu gosto muito de você. Vejo muito do meu sobrinho em você, eu adoro os jovens, quando me disseram que um dia eles seriam o futuro desta nação, acreditei fielmente. Agora sei que não estava totalmente errado. Eis aqui você! Pense bem na escolha que vai tomar, mas eu não vou parar por aqui, quero você no meu time. E, a propósito, eu trouxe algo para te incentivar. Um uniforme adaptável com tecnologia de ponto. —  ele abriu sua maleta, ao apoiá-la na mesa central, havia uma roupa vermelha, com algumas linhas brancas, bastante semelhante ao do personagem "Homem-Aranha".

— Um uniforme? Do Homem-Aranha? —  se espantou.

— Sim, e a partir de hoje você será o nosso "Homem-Aranha"! Um passarinho me contou que você foi picado por uma... Acho que a vida está tentando imitar a arte, mais uma vez.

— Isso é loucura! —  sentou-se, atordoado.

— Ninguém disse que não. Mas pela primeira vez, as pessoas não vão olhar para o Homem-Aranha como um animador patético dessas festas idiotas ou um super-herói inacessível dos quadrinhos. Você será o nosso herói! E a sua identidade estará guardada comigo, pra sempre, contanto que nos proporcione isso! — afirmou.

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