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𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 : 𝟎𝟔

Tive que fazer uma pequena pausa da minha pesquisa assim que meu celular vibrou sobre a mesa. Por um lado, estava mais do que agradecida pela interrupção, mas ainda me via com receio de ser alguém já conhecido. E embora esse medo realmente tivesse sido concretizado, aquela era uma ligação diferente. 

Apenas a visão da nova ligação me enviou um arrepio pela espinha e me fez atender o telefone sem qualquer tipo de hesitação.

─ O que aconteceu? ─ disparei quando coloquei o aparelho próximo a orelha, não me importando com cumprimentos amigáveis por saber exatamente o motivo do contato.

─ Eu não consegui pará-lo dessa vez, [Nome] ─ a voz firme de Toji se fez presente do outro lado da linha, me revelando aquilo que eu mais tentei evitar.

Eu sabia de quem ele estava falando; Apollo. Aquela maldita insistência dele havia se tornado tão recorrente que estava afetando minhas tarefas pessoais, e Toji acabou percebendo minha tensão durante uma reunião e se ofereceu para me ajudar a barrar Apollo para que ele não me encontrasse com tanta frequência, já que não aceitei a sua oferta inicial que na verdade seria matá-lo.

Não achava que tinha necessidade para algo tão drástico que poderia colocar o moreno em risco quando eu seria capaz de apenas ignorá-lo como sempre havia feito, mas Fushiguro era uma pessoa realmente intensa quando se tratava de lidar com incômodos que ele achava indispensável exterminar.

Além disso, mesmo que tivesse as melhores das intenções em relação a mim, Apollo era um alfa lúpus puro e ele era apenas um beta comum. Mas tendo em mente todos os fatores que o desfavoreciam em questão de força, eu não deixava de ficar surpresa de que ele ainda era o único que conseguia lidar com Apollo sem qualquer tipo de problema ou sem cicatrizes de alguma luta em potencial.

─ Onde vocês estavam? ─ questionei com urgência, e o som que ecoou pela sala me fez lembrar de que continuava na presença de Gojo, que apenas me encarava em silêncio de uma maneira desconfortável ─ Seja rápido, por favor.

─ Na minha casa, a uns vinte minutos. Megumi foi passar a semana com a mãe, então me senti melhor para agir livremente aqui.

─ Você ficou maluco? Levou ele pra sua casa? ─ não consegui esconder a surpresa, uma vez que Toji não costumava confrontá-lo em um ambiente familiar para ele.

─ Claro que não, foi ele que chegou na minha porta do nada me perguntando sobre você de novo.

─ Tudo bem, e o que você fez? Apollo não é do tipo que só pergunta algo pra alguém casualmente assim.

─ Além de dar um bom soco nele como sempre? Mandei ele se fuder ─ ele declarou, e eu conseguia saber com certeza que ele estava sorrindo vitorioso do outro lado ─ Mas eu também descobri algo que talvez possa ser útil pra você, amor. Ele tinha um rastreador instalado no seu celular e conseguia conferir a sua localização em tempo real. Um conselho? Eu trocaria de aparelho o mais rápido possível.

Minha mente parou de funcionar por breves segundos para processar a nova informação. Apollo sempre foi bom com tecnologia de uma maneira que dava inveja em qualquer um, mas jamais se passou pela minha cabeça que ele seria capaz de ir tão longe a ponto de precisar me rastrear apenas para que pudesse dá-lo outra chance quando eu claramente não queria mais ter nenhum tipo de interação com ele.

Novamente essa situação estava passando dos limites do aceitável, e agora me arrependia amargamente por não ter feito a ele uma ameaça mais convincente para mantê-lo longe antes de tudo começar.

Toji ficou um tempo em silêncio na chamada após isso assim como eu enquanto esperava minha resposta, e acabei desligando o telefone sem me despedir ou agradecer por estar tensa até mesmo para falar alguma coisa.

Se Apollo sabia da minha localização no momento, então o problema não seria apenas comigo, pois eu estava na casa de outra pessoa que não tinha nada a ver com minha situação.

Me apressei em me levantar para procurar um lugar longe dali, mas Gojo segurou meu braço abruptamente quando estava prestes a passar pela porta e me fez parar no meu caminho.

─ Ei, para onde vai? ─ ele perguntou baixo, e não havia nenhum tom de dominância em sua voz, mas sim uma curiosidade cuidadosamente preocupada.

─ Eu preciso sair daqui, é sério. Me dê apenas alguns minutos, e logo estarei de volta ─ puxei meu braço de volta, sem me preocupar de usar a força mais uma vez para me afastar dele.

─ Não, nada disso. Não sei o que aconteceu, mas você vai ficar bem aqui onde está, nada vai te incomodar enquanto estiver comigo ─ ele insistiu, entrando na minha frente com uma postura defensiva.

─ Você não tá entendendo, o problema é você! Sai da minha frente, eu tenho que ir.

─ Sem problemas, então. Mas só se você me disser quem é esse Apollo ─ ele cruzou os braços com os olhos estreitados, e vi sua expressão ficar séria pela primeira vez desde tivemos contato.

Talvez ele tivesse me escutado conversar no telefone, mas esse fato não dava o direito para que ele se intrometesse em meus assuntos dessa forma. Quanto menos pessoas soubessem de Apollo e da minha antiga relação com ele, melhor seria para que eu pudesse seguir em frente. E realmente não estava nem um pouco disposta a contar para Satoru, de qualquer maneira.

Assim que estava prestes a debater com ele sobre isso, o som de um carro parando do lado de fora da casa desviou nossa atenção para a janela e percebi que poderia ser tarde demais para que eu pudesse me afastar, já que não estávamos esperando nenhum outro convidado que eu soubesse.

─ Era por causa dele que você estava tão apreensiva em todo o caminho pra cá? ─ ele olhou novamente para mim devagar, como se estivesse estudando toda a minha reação com a nova presença.

─ Fica dentro da casa, me ouviu? ─ ignorei sua pergunta e não esperei para que ele pudesse me responder, colocando a mão em seu ombro para o afastar do caminho enquanto acelerava meu passo para alcançar o portão da casa.

Poderia muito bem fingir que eu não estava aqui, pois os muros eram bastante altos e escondiam perfeitamente todo o interior da residência, mas uma parte de mim ainda queria confrontá-lo diretamente de uma vez por todas. 

Foi exatamente por esse motivo que abri a porta da frente com determinação, me deparando com aquele carro azul fosco característico que Apollo tanto tinha orgulho de exibir pela cidade como um de seus troféus.

Como o esperado, era ele que havia chegado. Sua figura robusta saiu do carro com uma certa aura ameaçadora, e ele passou a mão pelos cabelos castanhos para jogá-los para trás antes de direcionar o olhar para mim. Logo o observei vindo em meu rumo com o que poderia ser confundido como uma sombra de desespero aparecendo em seu semblante.

─ [Nome], finalmente! ─ ele se aproximou para me abraçar, mas até o som de sua voz me irritava agora, então coloquei um braço de distância entre nossos corpos como um aviso silencioso.

Estar no mesmo espaço que ele depois de meses sem ter nem ouvido sobre seu paradeiro era um sentimento particularmente estranho, mas nada que eu não fosse capaz de lidar. 

Permaneci com a postura mais reta que consegui para compensar a imponência de sua presença naturalmente forte, pois realmente não poderia deixar que ele pensasse que estava sobre o controle da situação como todas as vezes.

─ O que houve com a gente? ─ ele continuou tentando sustentar seu contato e segurou meu pulso, levando meu braço para o lado para quebrar a barreira que eu tinha colocado ─ E por que você se recusa a atender todas as minhas ligações?

─ Vamos ser honestos aqui, e coloca de uma vez na sua cabeça que não existe mais a gente. Você me traiu, Apollo! ─ elevei meu tom, o empurrando para longe enquanto franzia o cenho em completo desgosto ─ Você nunca foi meu, pra começo de conversa.

─ E você sempre foi estupidamente teimosa pra nunca entender que eu não te traí da maneira como você pensa ─ ele rebateu, refletindo minha hostilidade ao mostrar seus dentes para mim em um quase rosnado.

Entendia que tinha que ser muito cuidadosa com as palavras que direcionava para ele em um cenário tão delicado como esse, apesar de estar na completa razão de descontar toda a raiva acumulada pela perturbação que ele estava me causando ultimamente.

Apollo era inegavelmente mais intenso e violento do que eu na hierarquia, e qualquer pequeno movimento ou discurso errado poderia ser um gatilho para despertar os instintos agressivos que um lúpus apresentava em momentos em que se sentia ameaçado, mas não consegui me controlar quando aqueles olhos dourados me encararam como se eu fosse apenas uma presa indefesa.

─ Ah sim, claro que não. A carta de confissão embaixo da sua cama e o menino com os mesmos genes que os seus com certeza não eram nada demais ─ zombei com um tom sarcástico, sentindo minha decepção crescer com a lembrança desses episódios ─ Não tente mentir, eu não sou idiota.

─ Eu não estou negando isso, o garoto era realmente meu filho. Mas ele ia ser nosso ─ a declaração pairou no ar como uma praga, e eu paralisei por um momento para processá-la enquanto ele continuava: ─ Você não podia ter filhos, e eu queria ser capaz de te dar um, mesmo que não fosse com a sua genética.

─ De onde você tirou essa ideia imbecil?!

─ Seu pai me contou que seu sonho era ter uma criança, e que eu precisava encontrar uma maneira de te manter por perto se quisesse continuar recebendo os benefícios. Eu apenas não queria decepcionar ele ─ ele confessou e deu de ombros de uma maneira que me surpreendeu.

─ Benefícios? ─ repeti em um sussurro, agora mais confusa do que qualquer outra coisa.

O que foi revelado a Apollo sem o meu conhecimento era totalmente verdade, não importava o que eu dissesse. Enquanto crescia ao redor de uma alcateia cheia de vida, eu sempre tive a vontade de criar uma família apenas para mim, mas nunca tive coragem suficiente de tentar construi-la de uma boa maneira sem que outros interferissem.

Me lembro de ter conversado com o meu pai sobre esse aspecto, mas não esperava que ele estivesse oferecendo bens para que alguém estivesse ao meu lado. E mais importante, não esperava que esse fosse o ponto que tivesse incentivado Apollo a cometer uma atitude tão suja somente para usá-la como desculpa.

─ Então, no final, você só estava comigo por causa da minha família? ─ questionei com receio, minha voz saindo mais quebrada do que eu pretendia.

─ E por que mais você acha que eu me envolveria com uma alfa tão instável? ─ ele sorriu presunçoso, como se fosse óbvio desde o começo.

Diante de sua exposição, fechei as mãos em punhos e respirei fundo uma e duas vezes até me acalmar enquanto tremia levemente pelo ódio que me consumia. 

Não me importava que tipo de covardia ele faria comigo caso eu reagisse, pois eu também estava quase explodindo para acabar com ele ali mesmo depois de tudo. Porém, quando pensei em levantar meu braço, Gojo apareceu novamente atrás de mim e segurou meu punho antes que eu finalizasse minha decisão.

─ Ah, mas eu não diria isso se fosse você ─ ele devolveu o mesmo sorriso para Apollo, se posicionando na minha frente como forma de proteção.

Essa ação me pegou totalmente desprevenida, e fiquei encarando suas costas por tempo o suficiente para perceber que era realmente ele que estava nos interrompendo.

─ Eu não mandei você ficar lá dentro? ─ murmurei contrariada, esticando minha mão para chamar sua atenção ao segurar em sua camisa.

─ Sinto em te informar que você não manda em mim... ─ ele se virou parcialmente para me olhar com uma expressão mais suave, me entregando uma pequena piscadela ─ Ainda.

Ele parecia muito mais calmo do que o normal, mas eu estava mais inquieta quando me dei conta dos detalhes. Essa era a pior hipótese de todas. A história de dois lúpus que não se davam bem em um mesmo local nunca terminava com um final feliz, e meu maior cuidado para não envolver Satoru nisso finalmente tinha sido totalmente descartado.

Apollo estreitou os olhos para Gojo, reconhecendo sua espécie rapidamente enquanto dava um passo para trás em uma postura alerta. Ele não ficava em silêncio quando era interrompido, então eu sabia o que ele estava planejando com sua inércia inicial. O aroma familiar de pimenta preencheu meus sentidos em questão de segundos, sem nenhum aviso de sua chegada. Feromônios.

O cheiro que ele liberava geralmente servia mais para intimidar do que para atrair outros ômegas, um detalhe que ele usava muitas vezes ao seu favor quando estávamos em uma discussão, pois aquilo também conseguia me afetar de certa forma. No entanto, minha preocupação maior no momento era que o ômega que estava ao meu lado tivesse danos maiores que os meus ao sentir esse cheiro chegar ao seu reconhecimento.

─  Nossa, o que é isso? Você está tentando me seduzir? ─ Gojo apenas levantou a sobrancelha em diversão, passando o braço ao redor dos meus ombros e me puxando para perto de si ─ É uma pena que você não chegou antes, porque agora eu já tenho a [Nome] e não preciso de mais um dominante em jogo.

─ Quem é esse cara? ─ Apollo olhou para mim, a confiança sendo rapidamente substituída pela raiva em suas feições.

O platinado não deixou que ele continuasse me confrontando, tomando uma iniciativa enquanto aumentava suavemente seu aperto sobre mim: ─ Não queria ser um estraga prazer, mas é melhor se retirar da minha propriedade por conta própria ou eu mesmo vou tomar algumas providências que você pode não gostar.

Conseguia sentir de longe que Apollo estava borbulhando por dentro, pronto para atacar Satoru a qualquer instante. 

Ele não era de recuar de algum objetivo quando queria ir até o fim, mas também não era estúpido em desafiar um lúpus em seu território para entrar em sérios problemas depois, então ele apenas apertou a mandíbula como forma de controlar sua fúria de instinto e me lançou um olhar quase odioso antes de virar as costas para entrar no carro sem qualquer outra palavra.

Gojo foi a pessoa que me livrou de uma grande dor de cabeça dessa vez, mas estava bem explicito que aquilo ainda não havia acabado, e eu tinha certeza de que ele não me deixaria em paz. Eu realmente tinha que dar um jeito de finalizar essa questão logo. 

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