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𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 : 𝟎𝟑

Provavelmente nunca estive tão feliz na minha vida de lamentações como estou agora. O tão esperado dia do pagamento finalmente havia chegado, e devo admitir que era realmente uma maravilha receber a recompensa de tantas batalhas árduas que enfrentei durante as longas jornadas de trabalho no estúdio. 

Digo batalhas, porque diante de toda a bagunça em que me meti, parecia que eu estava matando uma verdadeira besta todos os dias para sobreviver. Em outras palavras, exercer o cargo que eu tanto almejava em um local tão reconhecido como a JT era mais exaustivo do que eu pensava.

No entanto, mesmo com as minhas expectativas sendo despedaçadas, ainda existia um ponto positivo que permaneceu intacto. Evitar aquele ômega foi extremamente fácil, fácil até demais para ser verdade. 

Ele quase nunca ficava no ambiente de trabalho e continuava mandando algum representante para agir em seu lugar sempre que podia, o que era totalmente compreensível para uma figura que precisava lidar com diversas ofertas exteriores. Claro, também não havia como evitar nossos encontros rotineiros pelos corredores do prédio, mas já era um avanço enorme não precisar falar com ele diariamente.

O ensaio que teríamos no dia exato que o universo decidiu conspirar contra mim foi adiado por motivos um pouco óbvios: Gojo simplesmente não queria participar dele. É realmente incrível como uma boa lábia e um rostinho bonito podem fazer milagres quando se trata de se esquivar de tarefas desconfortáveis. 

Depois de usar suas técnicas de carisma por apenas alguns minutos, ele conseguiu convencer os responsáveis pelo ensaio de que eu não era apta o suficiente para realizar um trabalho tão importante, e acabou fechando seu requerimento com chave de ouro ao exigir outro fotógrafo mais experiente.

Pode parecer uma ideia absurda, e os organizadores logicamente não aceitaram essa proposta de início, visto que eu possuía qualificação mais do que necessária para estar na direção das fotos. Entretanto, eles ainda pediram um tempo para que pudessem me testar até que estivesse preparada para estar no nível que Satoru desejava. 

Eu sinceramente desistiria na primeira semana se não precisasse desse contrato para ter uma boa base para iniciar no ramo como autônoma. Um pouco de paciência precisava ser utilizada em casos assim, e era uma pena que a minha já estivesse quase esgotada.

Não fui capaz de recusar o novo esquema temporário que eu teria que seguir, então venho fotografando apenas modelos mais comuns e menos influentes ultimamente, aqueles que não possuem nenhum reconhecimento e estão tentando crescer na carreira assim como eu. 

De fato, estar fazendo esse pequeno trabalho por enquanto não chegava a ser ruim de verdade, e até consegui me socializar com alguns contatos especiais que podem chegar a ter um grande sucesso no futuro. Nunca se sabe quem vai ser o próximo famoso do momento, e eles realmente tem um potencial assustador demais para serem ignorados.

Deixando os pensamentos das últimas semanas de lado, tudo o que eu precisava fazer no momento era me direcionar até a sala da chefe da agência para finalmente estar um passo mais perto da minha felicidade financeira. 

O cenário era quase perfeito. O corredor estava praticamente vazio, o sol da tarde que refletia os raios nas grandes janelas verticais me proporcionavam um momento agradável, e o silêncio do fim do expediente também era bastante acolhedor.

Estaria tudo verdadeiramente incrível agora se eu não tivesse cometido o erro de virar em uma curva diferente, me deparando com a pessoa mais querida que tive o desprazer de conhecer que caminhava em minha direção enquanto provavelmente tomava o trajeto contrário ao meu.

Ele não me reconhece de início por estar ocupado conversando com alguém no telefone de maneira distraída, o que me alivia em certo ponto. Aproveitando isso, eu tento dar meia volta ao ignorar a sua presença, mas percebo que poderia ser tarde demais quando escuto o som da chamada sendo desligada e sinto um olhar intenso recair sobre mim. 

Sem ter uma saída, eu respiro fundo e finjo que estou tirando foto de uma das plantas que estava no canto do espaço, ainda de costas para ele. Contudo, não demora para que seu rosto apareça na frente da lente, me dando um pequeno susto pela repentina aproximação.

─ Plantas não são nada interessantes, tire uma minha.

─ Para quebrar a lente da minha câmera maravilhosa com a sua cara feia? Não, valeu ─ continuo sorrindo apenas para ser cordial antes de me virar e concentrar a câmera em outro ponto que não estivesse próximo a sua figura, esperando que ele desistisse.

─ Hey! Sabe quantas pessoas pagariam para pelo menos estar na minha presença? Eu ainda estou te dando a honra de me fotografar, seja mais grata ─ ele insiste em seguir meus movimentos, voltando a ficar na minha frente novamente. Pela expressão em seu rosto e o tom de sua voz, eu poderia dizer que ele realmente ficou ofendido com o meu comentário, e parece que consegui atingir um nervo.

─ E eu estou te dando a honra de não socar o seu lindo rostinho, seja menos irritante ─ finalmente abaixo a câmera para o encarar seriamente dessa vez, não estando no ânimo ideal para lidar com ele.

─ Oh, eu sou bonito ou feio? Se decida ─ parece que nossas posições foram trocadas repentinamente, e agora ele que tinha um sorriso maldoso no rosto, quase cantarolando as palavras que saíam de sua boca.

─ Que tal parar de atrapalhar o meu trabalho, hein? ─ estreito os olhos enquanto minhas sobrancelhas se juntam, tentando transparecer a minha irritação ao chegar no ponto principal.

─ Sabe, seu trabalho é apenas tirar fotos de pessoas... ─ ele se aproxima com um sorriso ainda maior, parando ao lado da minha orelha para manter seu tom em um sussurro provocativo ─ Não faça nada extra que possa prejudicar seu desempenho fora do estúdio, eu ainda preciso de toda a sua energia para me fotografar.

Imediatamente sinto meus sentidos se aguçarem ao extremo com a sua voz enquanto permaneço imóvel, apertando a mandíbula com força para me manter calma. Aquela sensação não era de raiva ou algum sentimento semelhante. Era algo diferente. Ele sabia exatamente o que estava fazendo quando se aproximou, e sabia muito bem. Omêgas são os piores.

─ Céus, estou realmente doida pra acabar com você... ─ murmuro irritada, fechando os olhos com força enquanto cerro os punhos ao lado do corpo, incapaz de revidar.

Aquela voz não era a de comando e também não era tão poderosa quanto, mas lúpus puros ainda poderiam usá-la para demonstrarem sua classe e marcarem seu território. Um elemento semelhante ao cheiro, que despertava o lobo interior de qualquer indivíduo, e que se tornava realmente perigoso para os que não eram capazes de controlar sua própria natureza.

─ Como se você pudesse fazer isso... ─ ele solta uma risada baixa que refletia seu entretenimento na situação e finalmente se afasta, me dando um momento para respirar antes de me direcionar uma expressão presunçosa ─ Ah, mas olha só! Talvez você possa, afinal.

Eu franzo o cenho e inclino a cabeça para o lado de forma confusa, não pegando o que ele gostaria de apontar com essa afirmação por um momento. Logo, ele percebe e suaviza o tom pela primeira vez enquanto apoia uma mão na cintura.

─ Meu cio vai começar daqui a uma semana, é bom que você passe o tempo na minha casa.

─ Ah, isso... ─ eu desvio o olhar, mordendo levemente o interior da minha bochecha em uma resposta nervosa.

─ O que foi? Não achou que eu tinha esquecido, não é? ─ e lá estava seu usual tom brincalhão mais uma vez. Ele realmente não conseguia se manter sério por muito tempo em uma conversa.

─ Tá, tanto faz ─ ainda resmungo comigo mesma, voltando a virar a cabeça para encarar ele ferozmente. Essa interação estava começando a se estender demais ─ Me passa seu endereço, eu vou para lá quando seu cio começar.

─ Acho que não vou precisar disso, eu já tenho outros planos para você... 

Ele segura o meu queixo em um movimento rápido, aproximando seu rosto do meu enquanto me olha no fundo dos olhos. Eu me sentia uma verdadeira ovelhinha assustada nas mãos de um lobo faminto enquanto estava sobre seu controle agora.

 ─ Me encontre do lado de fora depois que terminar aqui. E não se atrase, ouviu? Eu costumo punir quem me faz esperar ─ ele finalmente me solta e pisca para mim antes de seguir seu caminho novamente, seus passos se assemelhando a de um modelo famoso na passarela. O que ele era, de fato.

Desgraçado.

Continuo assistindo ele se distanciar até que ele suma da minha vista, ainda me sentindo extremamente fraca diante dele. Eu odiava isso. Então, logo após essa proximidade desagradável, eu apenas solto um suspiro e retiro a câmera do meu pescoço, voltando a me concentrar no meu objetivo inicial: o pagamento. 

Faço o mesmo que Satoru e sigo meu próprio caminho até o escritório principal, parando na porta deste para dar algumas pequenas batidas com o intuito de evidenciar minha chegada antes de realmente entrar.

Mei Mei estava em pé ao lado de uma enorme prateleira de arquivos, provavelmente organizando os documentos dos últimos contratados. Ela abre um sorriso caloroso assim que levanta a cabeça e me vê, deixando a pasta que estava em sua mão de lado para vir ao meu encontro.

─ [Nome], querida! Eu estava te esperando ─ confessa animada, revelando a gaveta de sua mesa executiva que ficava no centro da sala e retirando um pequeno pacote de dentro dela para me entregar ─ Aqui está, é todo seu.

Não consigo deixar de arregalar levemente os olhos quando retiro o lacre do pacote e analiso o seu conteúdo. Era muito dinheiro. Realmente, até pensei que ela poderia ter se enganado e me entregado o que deveria ser de outro funcionário, mas ela ainda parecia bastante confiante enquanto fechava a gaveta e voltava para a posição anterior.

─ Isso é o suficiente? Temo que não possamos estipular um preço pelos seus serviços. Gojo não te dispensou como os outros, então acho que você deve ser bastante valiosa ─ ela pontua quando percebe a minha surpresa, ainda com seu sorriso característico.

─ Ele não me dispensou...?

─ Você não sabe? O antigo que estaria no seu lugar desistiu porque Gojo o intimidou antes mesmo de começar a trabalhar ─ ela estala a língua em um sinal irritado, como se estivesse acostumada a ter que lidar com esse evento a muito tempo ─ Sinceramente, aquele pequeno idiota...

A maneira como Mei Mei falava sobre ele me deu a leve impressão de que ela era a única que ousava o mencionar assim. Parando para pensar, até que faria sentido se funcionasse dessa forma, já que ela se mostrava bastante capaz de manter Satoru e os outros na linha. 

Ela era uma beta, afinal de contas. Betas não são afetados por nenhum dos aspectos hormonais, e podem viver uma vida considerada mais do normal, sem interferência de qualquer natureza interior. Então, pode-se dizer que eles são superiores a todos nós por terem essa vantagem em relação aos genes, sendo astutos o suficiente para não serem intimidados.

─ Bom, o contrato dizia que o fotógrafo deveria receber apenas o mínimo descrito, mas você pode nos informar quanto quer ganhar como um bônus por lidar com o Gojo. E não se preocupe, dinheiro não é problema para nós ─ ela continua.

─ Lidar com ele? ─ arqueio uma sobrancelha com um sorriso confiante, me recusando a aceitar a estranha oferta ─ Agora vou receber a mais apenas por fazer meu trabalho? Eu já lidei com clientes muito piores no passado, isso não é um problema.

─ Ah não, minha querida. Talvez você não entenda o peso disso agora, mas pode apostar que em breve vai saber do que estou falando ─ embora sua expressão estivesse serena, ainda consegui sentir a intensidade de suas palavras. Ela não estava brincando sobre o assunto ─ Além disso, dinheiro nunca é demais!

Tudo bem, eu posso estar mesmo sendo um pouco teimosa. Essa com certeza era uma oportunidade perfeita, e eu não poderia deixar passar por nada nesse mundo. Entretanto, eu também não deveria ser gananciosa demais e precisava estudar exatamente quem eu estava prestes a enfrentar quando requisitasse o aumento. Eu precisava descobrir quem verdadeiramente era Satoru Gojo antes de qualquer coisa.

─ Hmm... ─ pondero profundamente antes de continuar, coçando a nuca em um gesto ansioso ─ Mas eu ainda não tenho nenhum valor em mente. Posso te enviar um email depois de pensar um pouco?

─ Claro! Sinta-se à vontade, você tem até a data do próximo pagamento para se decidir ─ ela declara e abre uma pasta da prateleira distraidamente, mas logo se vira para mim novamente enquanto parece se lembrar de algo ─ Oh, e os próximos serão depositados na sua conta bancária, então esse encontro não será mais necessário. Ainda estava terminando de cadastrar os seus dados, me perdoe.

─ Sem problemas, eu agradeço a sua atenção. E se me permite, acho que já tomei bastante tempo, então vou deixar você voltar ao trabalho ─ imediatamente retribuo o seu sorriso amigável e me curvo em uma pequena reverência, me retirando da sala para que ela pudesse voltar aos afazeres.

Mei Mei parece não se importar em encerrar a conversa daquela forma e apenas acena a cabeça enquanto a porta se fecha, me deixando apenas com meus pensamentos mais uma vez. Agora, caminhando sozinha pelo mesmo corredor, um arrepio intenso percorre a minha espinha assim que me lembro qual seria o meu próximo destino no momento. 

O cio de um ômega lúpus não é exatamente fácil em certas ocasiões, e eu certamente terei problemas com isso muito em breve. Apenas a recordação desse fato foi o suficiente para que eu quase desistisse de sair do prédio, aquilo iria me matar.

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