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𝟎𝟐𝟒┆𝖺𝗍 𝗅𝖾𝖺𝗌𝗍 𝗐𝖾 𝗁𝖺𝗏𝖾 𝖾𝖺𝖼𝗁 𝗈𝗍𝗁𝖾𝗋

↱₊˚.்⸙𝑷𝒐𝒗 𝑺/𝒏 𝑯𝒐𝒍𝒎𝒆𝒔 ₊˚.்⸙↴

Ofegantes, entramos num aposento sombrio, sujo e abarrotado, que mais parecia um forno que um quarto. Em uma parede lateral havia várias capas e mantos pendurados; para nos escondermos mais rápido, nós fomos para as dobras escuras. Tremendo, com as minhas mãos cerradas, fiquei observando a porta da frente, esperando para ver se meu suborno seria bem-sucedido.

-- Esconda-se debaixo da mesa! -- Tewky sussurrou.

Balancei a cabeça, preparada para fugir, olhei pela porta da frente e a janela, vendo que pessoas tinham se espalhado, abrindo caminho, enquanto o assassino e seu ajudante, chegavam até o meio da rua e olhavam em todas as direções. Vi o grande rufião agarrar um vagabundo pelo colarinho, quase erguendo o homem do chão, gritando com ele. O pobre sujeito apontou em nossa direção.

Agora estávamos fritos. Onde será que a senhora Culhane se meteu?

Mas lá estava ela de novo, de costas para mim, parecendo uma tartaruga xadrez com um avental flácido.

O nosso inimigo com cara de lua cheia e seu seguidor caminharam em passos largos até ela. Avançaram de um jeito arrogante. Até mesmo o Estridente parecia mais alto que ela.

Mas a velha não se mexeu. Ficou parada na porta, como uma barreira. Eu a vi balançar a cabeça. Eu a vi gesticular e apontar para o fim da rua.

Vi a porta iluminada pelo sol formar uma auréola gloriosa ao redor dela.

Vi os dois bandidos irem embora.

Agarrada a uma antiga capa de alguém para me apoiar, eu me recostei na parede, suspirando aliviada. Já Tewksbury dobrou-se como um cavalete, afundando no chão.

A senhora Culhane, muito sensatamente, não entrou de uma vez. Ela ainda passou um tempo de frente a porta. Quando entrou, eu já tinha recuperado minhas forças, encontrando uma sala nos fundos com uma torneira de água e enxarcando um retângulo de flanela vermelha desbotada para passar no rosto de Tewky.

Ele arregalou os olhos quando me aproximei de seu rosto para limpá-lo.

-- O que está fazendo? -- perguntou ele nervoso.

Arqueei uma sobrancelha pelo seu nervosismo. Sorri zombeteiramente e balancei a cabeça.

-- Eu tô limpando seu rosto. -- respondi suavemente.

 -- O que achava que era? Que ela iria te beijar? -- perguntou Enola cruzando os braços.

Ele negou com a cabeça e olhou para os próprios pés.

Corei de vergonha.

Depois de limpar seu rosto, pedi para que ele se sentasse na cadeira para que eu pudesse limpar seus pés. Me ajoelhei e peguei seu pé machucado. Eu estava esfregando o trapo para que saísse a sujeira e sangue sem machucá-lo muito, analisando os solados doloridos, em carne viva, quando nossa salvadora entrou, fechou e trancou a porta da loja, abaixou a cortina e se aproximou de mim.

-- Então um dia vocês são viúvas chorosas e no outro se transformam em duas descabeladas fugitivas do Cutter e do amiguinho dele.

-- É mesmo? -- perguntou Enola, de um modo sarcástico. -- E quem são os cavalheiros? Não fomos apresentados.

-- Não duvido. Aliás, é a minha cinta de barriga que você está usando como trapo.

Me levantei rapidamente.

-- Creio que eu  recompensei você por isso.

-- O que você me deu foi para os vizinhos que viram vocês.

Percebi que aquilo era parcialmente verdade. Ela havia saído da porta para pagar as pessoas que assistiram a cena.

Mas pelo brilho de seus olhos, eu sabia que também era parcialmente falso. Ela devia ter prometido alguns xelins ou no máximo algumas libras. Ainda assim, havia certa honestidade em seu rosto severo quando ela me disse:

-- Espero que tenha mais que isso. Cutter vai me virar do avesso se souber, não tenha dúvida. É a minha vida que estou colocando em risco por você.

-- Se você providenciar o que precisamos -- diz Tewksbury, se levantando da cadeira. -- Haverá mais do que imagina, senhorita.

[...]

No dia seguinte, Tewky, Enola e eu escapulimos pela porta dos fundos da loja, fortalecidos e transformados. Tínhamos nos refugiado em sua cozinha imensamente suja -- pois ela morava em três quartos no primeiro andar, em cima da loja -- e aceitamos do seu mingau encaroçado com gratidão. Nós dormimos lá, Enola teve que dormir no sofá pequeno e eu e Tewky tivemos que dormir juntos num colchão estendido no chão. Tewksbury ficou preocupado porque era duro. Ele queria que eu dormisse em um lugar mais confortável, mas não tivemos escolha. Tomamos banho de esponja. Apliquei a pomada nos pés dele e depois enfaixei com bandagens. Nos vestimos com trajes do Empório de Roupas Usadas Culhane, queimando nossas roupas no fogão da cozinha.

Nós não conversávamos muito. Nossa anfitriã de rosto azedo não fez perguntas, também não oferecemos nenhuma informação. Tewky e eu nem conversamos entre nós, para que ela ouvisse o mínimo possível. Eu não confiava nela; Não lhe daria a oportunidade de arrancar todo o meu dinheiro, se descobrisse onde eu guardava. Portanto, jamais tirei minhas roupas em sua presença, muito menos meu espartilho, que usava até para dormir. Aquela peça que eu desprezava tanto tinha se tornado meu objeto mais valioso. Sua proteção de aço havia salvado minha vida.

Bom, estávamos indo em direção a antiga hospedaria que eu havia me instalado. Eu acabei deixando algumas bagagens e tenho que ir buscar. Entrei lá e estranhei não ver a velha coroca na recepção tosca e imunda. Melhor ainda que não tenho que lidar com ela.

-- O quarto é pior do que eu pensava -- diz Tewky olhando em volta. -- Eu consegui um lugarzinho bem melhor do que esse.

Dei de ombros e fui arrumar o resto da bagagem. Tewksbury havia se sentado na cama barulhenta.

-- Você guarda jornal velho? -- diz ele, pegando os jornais em mãos.

-- Cuidado! -- exclamou Enola na porta. -- Não terminamos de ler ainda.

Tewksbury sorriu e virou o jornal para mim.

-- Eu estou nele.

Sorri sem graça e me virei de costas.

-- Está mesmo.

Um breve silêncio reinou no quarto. Enola pigarreou.

-- Irei fazer um chá. 

Então, ela se retirou do quarto.

-- Porquê guarda tanto jornal velho S/n Holmes?

Suspirei e olhei para minhas próprias mãos. Vale a pena eu tocar nesse assunto com ele? Um garoto que mal conheço?

Vou desabafar com ele. Preciso fazer isso e sinto que ele é a pessoa certa para confiar.

-- A minha mãe. -- me virei para encará-lo. -- Estou esperando ela mandar uma mensagem para mim. Ela ainda não mandou...

-- Mensagens? Que..?

-- Códigos. Palavras com códigos que precisam ser decifradas.

Me sentei ao seu lado, preparando meu psicológico para conversar sobre minha mãe.

-- Porquê ela mandaria uma mensagem?

Meu peito doeu pela pergunta. Ele vai ter pena de mim. Tenho certeza. 

-- Porquê ela me abandonou. Eu pensava que ela queria que eu a encontrasse, mas eu não tenho mais certeza. Mandei uma mensagem para ela e estou torcendo para ela responder. Por isso que guardo jornais. Para checar.

Enquanto eu organizava, acabei derrubando-as no chão. Tewky se abaixou para pegar mas fui mais rápida.

-- Pode deixar! -- me ergui novamente para olhá-lo.

Fiquei séria quando vi o modo que ele me olhava. Eu conheço esse olhar. É de pena. Foi uma péssima ideia de eu ter falado tudo isso para ele.

-- Não olhe para mim assim. -- me virei seriamente. 

-- Me desculpe...

-- Eu não quero sua pena.

Me virei para ver seu rosto novamente mas ele não parou de me encarar com esses olhos que me hipnotizam tanto que fico até com ódio.

-- Se não parar de olhar para mim assim visconde irritanterry, marquês implicanterry! Eu mato você!

Sua cabeça virou rapidamente para o outro lado, para a janela. Não demorou muito para ele olhar para mim novamente.

--  Parece que não nos querem, não é? -- ele perguntou tristemente.

-- Não.

-- Mas apesar de tudo, pelo menos temos um ao outro.

Meu coração palpitou ao ouvir a frase. Eu queria pedir para que ele repetisse mais uma vez, para e ter certeza se o que eu escutei foi a versão certa. Por um momento, deixei meus sentimentos me consumirem e minha emoção fluir. Percebi que meu rosto se aproximava ao dele, fazendo ele entreabrir a boca. Ele levou a mão ao meu rosto, e aproximou seu rosto mais e mais perto...

De repente, um barulho alto nos fez despertar. Arregalei os olhos para ele e me levantei da cama. Ele fez o mesmo.

-- Que barulho foi esse? -- perguntou ele preocupado. -- Onde está Enola?

‐- Enola! -- a chamei prestes a descer a escada.

Enola apareceu no começo da escada e pediu desesperadamente para subir de volta.

-- ENTRA NO QUARTO -- ela subiu a escada rapidamente.

Fechamos a porta do quarto. Pude ouvir passos pesados correndo perto da escada.

-- Empurra a estante! -- Enola empurrou junto comigo.

-- O que houve? -- Tewksbury nos ajudou a empurrar.

-- Lestrade, ele descobriu tudo. Ele quer nos levar para Mycroft.

Arregalei os olhos. Como assim aquele homem que sabe tanto sobre meu irmão Sherlock estava trabalhando para o estúpido do Mycroft?

A porta se bateu contra a estante. Tivemos que segurar com mais força.

-- Abra a porta agora senhorita Posy! -- diz Lestrade do outro lado da porta. -- Ou devo dizer Senhorita Holmes!

-- Como ele sabe que estou aqui? -- perguntei baixo para Enola, que olhou para mim.

-- Aquela velha coroca nos descobriu e disse a ele. Tem cartazes nossos espalhados pela cidade. Quem nos achassem ganharia mais de dez libras!

Eu sabia exatamente o que aconteceria se Lestrade chamasse alguém para ajudá-lo a abrir a porta. Olhei para a janela atrás de mim.

‐- Prestem atenção! -- olhei para Tewky e depois para Enola. -- Não tem aquela janela ali? Ela vai dar pro telhado. Vocês precisam passar por ela e fugirem daqui.

-- E deixar você? -- perguntou Tewky abrindo a boca indignado.

-- Eu preciso segurar a porta!

-- Maninha, eu não posso fazer isso. Estamos nessa juntas -- Enola retirou uma das mãos da borda para tocar a minha mão.

-- Por favor vá com ele. Proteja-o. Mantenha ele vivo. Não falhe.

-- Você tem certeza disso?

-- Tenho. Vai!

-- Se despeça dele antes.

Demorei para raciocinar o que ela havia me dito. Me afastei da borda da mesa e Tewky fez o mesmo.

-- Fuja. Se eles lhe pegarem, sua vida corre perigo. E se eles me pegarem, eu só vivo uma vida que não quero. Ande logo!

-- Eu não quero te abandonar S/n!

Dei um abraço rápido no mesmo. Contemplei seu abraço por cinco segundos. Me afastei dele e apontei para a janela.

‐- Vai!

Ele assentiu e foi até a janela. Ele passou uma perna para o outro lado e olhou para mim. Ele negou com a cabeça, entrou novamente no quarto e se aproximou-se de mim.

Foi tudo muito rápido. Ele encostou seu lábio no meu em um selinho rápido. Fechei os olhos rapidamente e depois que ele se afastou, eu abri. Eu estava sufocada e não queria deixá-lo ir depois dessa. Ele passou pela janela, deixando um vazio reinar meu coração.

Segurei a estante e mandei Enola ir. Ela assentiu e me deu um beijo na testa, mas antes ela teve que falar uma gracinha.

-- Finalmente o paspalhão virou homem e tomou uma atitude mesmo em uma situação como essa.

Revirei os olhos e olhei para porta, que continuava batendo contra a estante. Enola saiu do quarto, me deixando totalmente sozinha.

Agora vou ter que lidar com as consequências.

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NOTES

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❋ ࣪ ࣭ ⬞ Olá minhas jujubinhas, como estão?

❋ ࣪ ࣭ ⬞ Tenho um aviso para vocês. Eu assisti Enola Holmes 2 e adorei. Que filme incrível. Então sim, vai ter a continuação dessa fic. Vou postar o cast hoje. Fiquem ligados!❤️‍🩹

❋ ࣪ ࣭ ⬞ Finalmente criei vergonha na cara e atualizei KKKK espero que tenham gostado!

❋ ࣪ ࣭ ⬞ Amo vcs❤️

xoxo, nih💐

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