Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

𝟎𝟎𝟑┆𝖻𝗋𝗈𝗍𝗁𝖾𝗋𝗌


↱₊˚.்⸙𝑷𝒐𝒗 𝑺 / 𝒏 𝑯𝒐𝒍𝒎𝒆𝒔 ₊˚.்⸙↴


Um pouco antes do jantar, o garoto de dezessete anos veio me entregar a resposta de meus irmãos:


▀▄▀▄▀▄ ____________________

CHEGANDO AMANHÃ EM CHAUCERLEA NO PRIMEIRO TREM.

FAVOR BUSCAR NA ESTAÇÃO.

M & S HOLMES

____________________▄▀▄▀▄▀

Chaucerlea. Uma pequena cidade com a melhor estação de trem. Ficava a dezessete quilômetros de Kineford.

Então para chegar lá para dar tempo de pegar o primeiro trem, tenho que ir de madrugada.

A primeira coisa que eu tenho que fazer nessa tediosa noite é tomar um banho antes de dormir. Foi realmente um incômodo pra mim tirar a banheira de metal que estava debaixo da cama, arrastá-la e colocar perto da lareira. Mesmo no verão, a Sr Lane insistiu em montar uma fogueira em meu quarto. Ela continuava reclamando para os gravetos de que só duas pessoas realmente malucas, iriam tomar banho a essa hora da noite tão úmida.

Eu ainda precisava de ajuda para lavar o meu cabelo, já que ele era um pouco cumprido. Enola tinha tomado banho primeiro e depois foi a minha vez. Então, pedi ajuda pra ela.

-- A Sr Lane se preocupa demais com a gente -- disse Enola secando o meu cabelo. -- Minha vontade é de dizer pra ela que sabemos nos cuidar sozinhas.

-- Ela só está preocupada por causa da nossa mãe -- confessei olhando pros dedos. -- Mamãe não gostaria se chegasse em casa e visse nós duas mal cuidadas ou doentes. E eu até acho que Sr Lane tem um certo carinho enorme por nós duas.

-- Acho que pode estar certa maninha -- disse ela dando uma batidinha no meu ombro. -- Vamos dormir. Já está tarde.

Todas as noites, mamãe vinha nos ajudar a se deitar, nos cobrir com um lençol quentinho, beijar a nossa testa e desejar um Boa Noite. Mas ela não está aqui para fazer isso. É isso o que me dói.

Mas me surpreendi com Enola apontando para o meu lado da cama. Arqueei uma sobrancelha e me levantei da cadeira. Ela continuou com uma feição neutra, apontando ainda para a cama vazia.

Me deitei na enorme cama de casal que eu e Enola dividimos desde pequenas. Não nos importávamos de dormir juntas, já que mamãe disse que tinha feito um quarto só para Enola. Enola negou a parar de dormir comigo naquela época e até hoje ela nega.

Senti um enorme afeto e uma vontade de chorar quando Enola deu um sorriso sem mostrar os dentes e me cobriu com o lençol. Ela me deu um beijo na testa e sussurrou:

-- Boa Noite maninha -- disse ela, se afastando para me olhar -- Sei que não é a mesma coisa por causa da mamãe. Mas acho que precisava disso antes de dormir para se sentir em um dia normal e se sentir... Amada.

Acho que só Enola poderia me deixar vulnerável. Lágrimas já escorriam sob as minhas bochechas sem eu ao menos perceber. Enola se agachou ao me lado e me olhou suavemente.

-- Não chore maninha. Ela vai voltar, tenho certeza. E se ela não voltar, eu estarei aqui com você. Mesmo mamãe falando que deveríamos sofrer sozinhas. Eu te amo minha irmã. Não fica assim tá bom? Amanhã, tenho certeza que Sherlock saberá aonde mamãe está.

Assenti e falei eu te amo de volta.

Enola se deitou ao me lado, fiquei de frente com ela e ela me abraçou, me puxando pra um abraço. Nem me dei conta de quanto tempo ficamos abraçadas por que logo capotei, fechando os olhos.

Acordei antes das cinco horas. Me levantei devagar, porque por incrível que pareça, eu e Enola ainda estávamos abraçadas. Mas minha tentativa de não acordá-la foi em vão.

-- Pensou mesmo de que eu não iria com você? -- perguntou ela abrindo os olhos. -- Com certeza, eu quero ver a cara de pau dos dois quando nos virem.

Enola sempre questionava o porque de que nenhum dos nossos irmãos viriam nos visitar.

Assenti, rendida.

Escovei meu cabelo umas cem vezes antes de colocar o laço branco que combinava com o meu vestidinho branco de babados simples. Moças de alta sociedade devem usar branco. Peguei mais peças de roupa para colocar na parte de baixo do vestido e peguei meias pretas e meus sapatos.

Enola optou por um vestido azul marinho de manga cumprida que na gola, tinha alguns botãozinhos. Na cintura do vestido, continha vários detalhes amarronzados de flores bem delicado. Enola não se importou de colocar meias e nem de ajeitar o cabelo. Ela só deixou ele solto com uma fitinha azul.

Comemos um café da manhã cheio de frutas saudáveis. Na maioria das vezes eu gostava de fruta no café da manhã. Comemos depressa e saímos da casa, acenando para Sr. Lane.

Pegamos as nossas bicicletas e pedalamos o mais rápido possível até a estrada que dava o início a Chaucerlea.

Enquanto pedalava, eu descobri que andando de bicicleta por aqui, nos permite não ter medo de esconder nossas expressões faciais. Eu ainda me perguntava se mamãe estava bem e onde ela poderia estar.

Tentando não me agarrar a essas perguntas, pensei se eu acharia realmente o caminho da estação de trem e principalmente meus irmãos.

Eu me perguntei o por que, entre tantos nomes comuns, justamente minha mãe colocou o nome deles como " Mycroft" e "Sherlock". De trás pra frente é lido Tfotcym e Kcolrehs.

Me perguntei se mamãe tinha juízo.

É melhor pensar em Mycroft e Sherlock.

Me perguntei também se eu os reconheceria na estação. Já que faz muito tempo que os vi. A última vez foi no funeral de meu pai quando eu e Enola só tinhámos quatro anos. Me lembro deles com suas cartolas e roupas pretas reluzentes, seus sapatos de marca chamando a atenção do povo. Eles eram novos de idade.

Será mesmo que meu pai morreu de febre e pleurisia? Ou ele morreu de mortificação da minha existência, como as crianças do vilarejo gostavam de me dizer?

Agora uma última pergunta, será que ele nos reconheceriam depois de doze anos?

Como eu falei, eles não vinham nos visitar e muito menos íamos visitá-los, isso é de fato. E eu sei o por quê de eles não fazerem isso, é por causa da desgraça que eu causara a família só pelo meu nascimento. Mycroft era um homem ocupado e influente, com uma carreira ao governo de Londres, e o outro, Sherlock era um famoso detetive inteligentíssimo que até escreveu um livro que se chama Um estudo em vermelho. Mamãe havia comprado uma cópia.

Não pensa na mamãe S/n!

Depois eu,Enola e mamãe lemos. Por aí que comecei a sonhar com Londres, o grande porto, a base da monarquia, o centro da alta sociedade. Londres é a cidade dos homens com gravatas brancas e mulheres vestidas e enfeitadas elegantemente com jóias. Crianças felizes correndo pela rua. De acordo de um dos meus livros prediletos que se chama Beleza negra Londres, onde os estudantes liam no Museu Britânico e multidões rondavam os teatros, querendo ser hipnotizados. Mas também era a cidade de ladrões, criminosos. Meu irmão Sherlock que ainda é chamado pela realeza, se aventurava nesses casos de escravidão, de crimes. Ele é um herói. Eu queria ser uma heroína algum dia...

Pensei em tanta coisa que nem percebi que chegamos no nosso destino.

A multidão estava agitada pela rua de paralelepípedos. Me assustou de fato que as pessoas são bem barulhentas e agitadas. Tinham várias pessoas nas calçadas, umas vendendo doces,cigarros. A rua passavam-se carroças que vendiam bebidas, cervejas. Nela é claro que continha cavalos que rinchavam com certeza cansados. Como vou encontrar a estação de trem ao meio dessa multidão agitada?

Olhei pra Enola e ela deu de ombros.

Espera. Vi algo acima do telhado, como uma fumaça cinza ao longe. Ela subia e descia como a de um trem. Apontei para a entrada e Enola assentiu, permitindo que eu fosse na frente.

Pedalei em direção da fumaça que logo chegou mais perto com um ruído de um motor de locomotiva a vapor. Chegamos na plataforma na mesma hora que o trem.

Apenas uns passageiros desceram da locomotiva antes de meus irmãos que logo deduzi ser dois homens extremamente altos, que usavam trajes de cavalheiro apropriados para o campo: terno de tweed escuro com gravata macia e chapéu-coco. E luvas. Só pessoas aristocratas usavam luvas no auge do verão. Um dos meus irmãos estava mais robusto, o que deixava à mostra parte de seu colete de seda. Esse devia ser Mycroft, imaginei sete anos mais velho. O outro, Sherlock, parecia alto como um palito, musculoso e usava seus trajes chiques pretos e suas botas.

Eles viraram a cabeça para o lado e pra outro na tentativa de nos encontrar mas seus olhares passaram reto por nós.

Enquanto isso, as pessoas os fitavam com uma certa curiosidade.

Me irritei quando desci da bicicleta e meu simples vestido enganchou e quando eu saí, acabou rasgando um pouco embaixo e agora balançava sob a minha bota esquerda. Enola olhou para o meu vestido e me olhou de olhos arregalados, mas depois cobriu a boca com a mão.

Peguei em sua mão e fui em direção aos dois Londrinos que ainda estavam nos procurando.

-- Sr. Holmes -- chamou Enola ainda se aproximando junto comigo. -- E, hum, Sr. Holmes.

Dois pares de olhos cinzentos nos olharam com curiosidade.

-- Mandaram um telegrama -- falei com toda coragem que tinha. Eu estava um pouco envergonhada, já que faz tanto tempo que os vejo. -- Para encontrá-los aqui.

-- S/n. -- Arfimou Sherlock. -- E... Enola.

Mycroft arqueou uma sobrancelha e depois olhou para Enola e depois pra mim.

-- Meu Deus! -- exclamou Mycroft pasmo. Por que ele se comportou assim? Não entendi. -- Olhe só! Estão tão desleixadas.

Olhei para Enola confusa.

-- Onde estão o chapéu e as luvas? -- perguntou Mycroft ainda pasmo apontando para as nossas mãos e cabeça.

-- Eu tenho chapéu -- confessei despreocupadamente -- Mas coça a cabeça.

-- Eu não tenho luvas -- disse Enola mais despreocupada ainda.

-- Ela não tem luvas!

Sherlock o olhou parecendo não se importar com a nossa aparência.

-- É evidente Mycroft -- disse ele dando de ombros.

-- O que vocês estão fazendo aqui? -- perguntou Mycroft impaciente. -- Por que não mandaram uma carruagem?

Não respondemos a pergunta. Por que estávamos destraídas olhando uma pra outra.

-- Achei que fossem meninas de rua -- resmungou Mycroft. O que que ele tem? Ele já está ficando insuportável!

-- De bicicletas? -- me ousei a perguntar.

-- Por que vinheram de bicicleta? Cadê a carruagem?

Carruagem... Havia sim uma carruagem velha em empoeirada na cocheira, mas não temos cavalos faz anos desde que vendemos o último cavalo irlandês.

-- Nós poderíamos ter alugado cavalos de fato -- disse Enola. -- Mas não saberíamos conduzi-los até aqui.

Mycroft exclamou mais uma vez.

-- Então por que estamos pagando um garoto para cuidar dos cavalos e um cavalariço?

-- Que? -- perguntei confusa.

-- Está me dizendo que não há cavalos?

Antes que Enola respondesse, Sherlock a interrompeu.

-- Depois Mycroft. EI você! Uma carruagem por favor!

O garoto assentiu e Sherlock lhe jogou uma moeda como recompensa.

-- Melhor esperarmos lá dentro -- disse Mycroft sério -- Aqui no vento, o cabelo delas ficam parecendo um ninho de gralhas. Fico me perguntando, aonde estão as roupas decentes e apropriadas? Vocês são jovens damas agora.

Arqueei uma sobrancelha e revirei os olhos sem que ele visse.

-- Mas acabamos de fazer dezesseis anos.

-- Mas estamos pagando uma costureira...

Que papo é esse? Não tem costureira nenhuma!

-- Vocês deviam estar usando sais longas desde os doze. O que a mãe de vocês estavam pensando? Imagino que ela deve ter se entregado de vez às sufragistas.

-- Eu não sei aonde ela está -- murmurrei.

Logo começou a escorrer lágrimas no meu rosto novamente.

❁ ════ ❃• - •❃ ════ ❁

❋ ࣪ ࣭ ⬞ENTÃO AMORES, ESSE FOI MAIS UM CAPÍTULO DE HOJE!

❋ ࣪ ࣭ ⬞ESPERO QUE ESTEJAM GOSTANDO DA FIC.

❋ ࣪ ࣭ ⬞VOTEM E COMENTE, PLEASE! KKK

❋ ࣪ ࣭ ⬞DÁ VONTADE DE DÁ UMA VOADORA NO MYCROFT NÉ?😒


Xoxo💐

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro