01.
(grafico feito porautoraxdybala)
𝐉𝐔𝐋𝐈𝐄𝐓𝐀, 𝑝𝑜𝑖𝑛𝑡 𝑜𝑓 𝑣𝑖𝑒𝑤
𝑀𝑎𝑖𝑜, 2024
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O MEU MUNDO sempre foi muito corrido, com a vida me levando a vários lugares pelo mundo e me trazendo a experiência de conhecer novas culturas, idiomas e pessoas. Com meu trabalho de levar diversão às pessoas através das minhas músicas, eu podia dizer que estava na minha melhor fase. Minha vida parecia estar se encaminhando perfeitamente.
Sorri ao ver Manuela me contar sobre Fórmula 1 tão animadamente. Além de ser minha irmã, ela também era minha empresária.
— Então, um dos seus patrocinadores, que tem parceria com a Ferrari, ofereceu um convite pra você ir na próxima corrida em Mônaco. Você vai aceitar? — ela perguntou, os olhos fixos no tablet. —
— Não sei. Mal entendo desse esporte e, sinceramente, não vejo o que isso acrescentaria pra mim — respondi, dando de ombros. —
— Dinheiro. Muito dinheiro. Eles vão te pagar muito bem só por estar lá representando-os — ela retrucou com um sorriso confiante. —
— Bom, isso eu já tenho. Não sei se ir pra ver uma corrida me interessa tanto assim.
— Isso vai ser ótimo pra sua imagem, July. Além do mais, me disseram que Mônaco é lindo. Eu adoraria conhecer — ela disse, tentando disfarçar a expectativa na voz. —
— Tentando usar chantagem emocional pra cima de mim, Manuela? — perguntei, arqueando a sobrancelha. —
— Eu? Claro que não. Só estou dizendo que queria conhecer lá. Quem sabe eu não esbarro com algum piloto, ele pede meu número, a gente sai pra jantar, ele me pede em namoro, depois casamos, temos dois filhos e eu acompanho todas as corridas dele... — ela começou a dizer, com os olhos brilhando enquanto descrevia seu sonho. —
— Você já criou toda a história na sua cabeça! Meu Deus, você não tem jeito mesmo!
— Bom, é o meu sonho, virar uma WAG da F1 — ela declarou, sem um pingo de vergonha. —
— Então iria me abandonar? — fingi estar ofendida, colocando a mão no peito. —
— Desculpa, July, mas estamos falando do meu sonho — ela respondeu, séria, antes de rir. —
— Ok, já entendi que sou segunda opção.
— Nunca segunda opção. Só prioridade diferente, sabe? — ela piscou, tentando aliviar. —
Suspirei e me joguei no sofá, já sabendo que Manuela ia insistir até me convencer. Era sempre assim. Além do mais, Mônaco não parecia ser uma ideia tão ruim assim.
— Tá bom, tá bom. Eu vou. Mas só porque você quer tanto.
— Eu sabia! — ela comemorou, jogando o tablet na mesa e me puxando para um abraço. —
— Você só quer saber dos pilotos — brinquei, rindo da empolgação dela. —
— E quem pode me culpar? Talvez eu encontre o amor da minha vida.
— Ou um novo contrato pra mim — acrescentei, rindo. —
— Também... quem sabe você não encontra alguém por lá? — Manuela sugeriu, com um sorriso malicioso. —
— Você sabe que um relacionamento não está nos meus planos agora, Manu. Não tenho tempo pra isso.
— Quem tá falando de relacionamento? Só ficar com alguém não vai te prender a nada — ela rebateu, dando de ombros. —
— Você fala como se fosse tão fácil achar alguém que preste. Essa vida é muito complicada — comentei, cruzando os braços. —
— Bom... ou talvez seja só você fugindo de viver um amor, Juju — ela provocou, com aquele tom que só irmãos sabem usar. —
— Tá bom, talvez seja... Mas chega de falar desse assunto complicado. Me conta mais sobre esse convite — cortei, querendo mudar o rumo da conversa. —
Manuela sorriu, satisfeita por ter conseguido me deixar desconfortável com o tema, mas decidiu seguir em frente.
— Certo. O convite inclui entrada VIP para o paddock, hospedagem em um hotel de luxo e acesso a eventos exclusivos. Além disso, eles querem que você participe de um jantar com os pilotos e patrocinadores.
— Jantar com os pilotos? Isso tá parecendo uma estratégia pra me fazer mudar de ideia — brinquei, arqueando a sobrancelha. —
— Talvez seja... — ela riu. — Mas sério, Juju, é uma ótima oportunidade. Não só pelo dinheiro, mas por ampliar sua rede de contatos.
— Tá bom, você me convenceu. Vou dar uma chance pra Mônaco. Mas só se você prometer que vai comigo.
— É claro que vou! Você acha que eu ia perder essa chance? — ela exclamou, quase pulando de alegria. —
O barulho da campainha ecoou pela casa, e eu me levantei para atender.
— Deve ser o Pepe. Ele disse que viria nos fazer uma visita — comentei, caminhando até a porta. —
Assim que a abri, lá estava ele, exatamente como eu esperava.
— July, que saudades! — Pepe me puxou para um abraço caloroso. —
— A gente se viu semana passada, nem faz tanto tempo assim pra sentir saudades — rebati, rindo. —
— Para de ser coração de gelo. Eu sei que você sentiu minha falta também. Aliás, trouxe chocolates pra você e pra Manuzita, mesmo ela não merecendo.
Ele já tinha entrado em casa quando Manuela, olhou para ele de um jeito cético.
— Eu ouvi, seu espanhol ridículo. Pode ir embora, já que não gosto de você — ela retrucou, cruzando os braços com uma expressão falsa de indignação. —
— Não trago mais nada pra você, mal-agradecida — Pepe devolveu, fingindo estar ofendido. —
— Não traga, eu nem pedi nada mesmo — Manuela rebateu, erguendo o queixo como se tivesse vencido a discussão. —
— Acalmem-se, crianças. Vamos sentar e conversar sem brigar — interrompi, segurando o riso. — Obrigada pelos chocolates, Pepe. Você é uma gracinha.
Pepe sorriu, parecendo orgulhoso, e entregou os doces para mim antes de se jogar no sofá como se fosse dono do lugar. Era uma das coisas que eu mais adorava nele, a capacidade de estar em casa em qualquer lugar.
— Então, o que vocês estavam falando antes de eu chegar? — ele perguntou, abrindo um sorriso curioso. —
— Sobre Mônaco. Um dos patrocinadores da July quer que ela vá à corrida — Manuela explicou rapidamente. —
— Mônaco? Que chique! E você vai?
— Vou. A Manuela praticamente me obrigou — respondi, lançando um olhar acusador para minha irmã, que apenas riu. —
— É claro que obriguei. Ela precisa viver um pouco e sair desse casulo de "casa-estúdio".
— Concordo com a Manuzita. Você merece aproveitar um pouco, July. E quem sabe não encontra alguém interessante por lá? — Pepe riu. -—
Suspirei, já sabendo que esse seria o assunto da vez.
— Vocês estão impossíveis hoje...
— Bom, eu só quero que você seja feliz. E é quase um milagre eu concordar com algo que o Pepe fala — disse Manuela, me lançando um olhar significativo. —
— Posso te mostrar alguns lugares por lá. Conheço Mônaco e posso garantir que você vai se apaixonar assim que pisar naquele lugar — Pepe acrescentou, com um sorriso confiante. —
— Ah, claro! E quem foi que disse que você vai? — Manuela perguntou, arqueando uma sobrancelha enquanto o encarava. —
— E quem disse que eu preciso da sua permissão? Sou um homem livre, querida — Pepe retrucou, debochado, arrancando um riso de mim. —
— Ok, chega vocês dois. Não transformem minha viagem em mais uma das suas brigas — falei, tentando conter o riso. —
— Não são brigas. É só o amor que a gente não admite sentir um pelo outro — Pepe provocou, piscando para Manuela. —
— Amor? Só se for o de irmão mais novo irritante que eu nunca quis ter — ela devolveu, jogando uma almofada nele. —
Pepe riu, desviando facilmente.
— Tá vendo, July? É isso que eu ganho por ser generoso e trazer chocolates.
— Você adora provocar, Pepe. Não reclama — comentei, revirando os olhos com diversão. —
Apesar da troca de farpas, a energia na sala era leve, como sempre era quando estávamos juntos. Eu ainda estava um pouco reticente sobre a viagem para Mônaco, mas com a insistência de Manuela e o entusiasmo de Pepe, comecei a pensar que talvez fosse uma boa ideia.
— Bom, já que estão tão animados com Mônaco, me ajudem a planejar. Não quero chegar lá sem saber o que fazer além do trabalho — falei, decidida. —
Manuela abriu um sorriso vitorioso, enquanto Pepe levantou a mão como se estivesse em uma sala de aula.
— Eu posso cuidar da parte do turismo. Confia em mim, você vai adorar — Pepe disse, abrindo um sorriso cheio de confiança. —
— Não confia tanto assim. Eu conheço ele e sei que só quer te levar pra festas — Manuela bufou, revirando os olhos. —
— Talvez... mas isso faz parte da experiência, não faz? — Pepe retrucou, piscando para mim. —
— Experiência? Pra você, experiência é sair de festa em festa até esquecer seu próprio nome — Manuela rebateu, cruzando os braços. —
— E pra você, experiência é ficar sentada num café qualquer, fingindo que tá trabalhando enquanto espera que algum milionário te note — Pepe provocou, com um sorriso debochado. —
— Melhor isso do que passar vergonha dançando em cima de uma mesa, que nem você fez em Ibiza no ano passado — ela devolveu, sem hesitar. —
— Espera, Pepe... você dançou em cima de uma mesa? — Eu gargalhei, tentando imaginar a cena. —
— Não foi bem assim — ele respondeu, fingindo indignação. — Foi numa cadeira, e a música era boa demais pra ficar parado.
— Claro, porque isso faz toda a diferença — Manuela respondeu, sarcástica. —
— Ah, e você é santa, né? Esqueceu quando tropeçou no tapete vermelho de Cannes porque tava tentando andar com aquele salto de 15 centímetros? — Pepe atacou de volta. —
— Pelo menos eu tropecei em algo caro e elegante. Você tropeça porque bebe demais — ela retrucou, com um sorriso vitorioso. —
— Ok, ok, chega vocês dois. Vocês não conseguem passar cinco minutos sem brigar, é impressionante. — Eu levantei as mãos, rindo. —
— Não é briga, é amor — Pepe respondeu, dando um sorriso travesso enquanto Manuela fazia uma careta de desgosto. —
— Amor, meu querido, só se for amor próprio, porque com você não dá — ela devolveu, jogando uma almofada nele. —
— Um dia você vai admitir que não vive sem mim, Manuzita. — Pepe a pegou no ar e jogou de volta, rindo. —
— Só se for pra te expulsar da minha vida — ela retrucou, mas não conseguiu segurar o sorriso. —
Eu balancei a cabeça, divertindo-me com a dinâmica dos dois. Era impossível não me sentir leve quando estava com eles, mesmo em meio a provocações.
— Tá decidido. Vocês dois vão comigo pra Mônaco, mas com uma condição: sem transformar minha viagem em um reality show de brigas.
— Prometo me comportar... um pouco — Pepe disse, piscando. —
— Eu também, mas sem garantias — Manuela acrescentou, rindo. —
— Só espero que vocês não se matem nessa viagem.
— Sabia que você não ia aguentar ficar sem a minha presença iluminando sua viagem — Pepe disse, jogando o braço em volta dos meus ombros, como se já tivesse vencido. —
— Não se iluda tanto, Pepe. Só estou levando você porque a Manuela não ia me dar paz até eu aceitar — respondi, empurrando-o de leve. —
— Ei! Não me use como desculpa. Ele só tá indo porque ninguém mais quis — Manuela provocou, rindo enquanto mexia no tablet. —
— Ou talvez porque eu sou a melhor companhia que vocês poderiam ter — Pepe retrucou, fingindo estar ofendido, mas com um sorriso estampado no rosto. —
— Melhor companhia? Nem pensar. Você vai acabar gastando meu dinheiro todo comprando souvenirs inúteis — Manuela disse, erguendo a sobrancelha. —
— Primeiro, eu tenho meu próprio dinheiro. Segundo, ninguém compra coisas inúteis como você. Quem precisa de uma miniatura de torre Eiffel feita de glitter? — ele rebateu, arrancando uma gargalhada minha. —
— Não era inútil! Era decorativa! — Manuela retrucou, jogando outra almofada nele. —
— Tá bom, tá bom! Vocês são como duas crianças — interrompi, rindo. — Mas, sério, vocês vão me ajudar a planejar tudo, ok?
— Planejar? Eu só preciso de uma mala e do meu charme — Pepe disse, piscando novamente. —
— Você precisa mais do que isso. Tipo um pouco de bom senso, talvez? — Manuela zombou, já abrindo uma lista de coisas no tablet. —
— Bom senso não cabe na minha bagagem, mas agradeço a sugestão — Pepe respondeu, despreocupado. —
Eu suspirei, divertida, enquanto os dois continuavam trocando provocações. Apesar de parecerem brigar o tempo todo, eu sabia que a amizade deles era sólida, e a nossa viagem tinha tudo para ser inesquecível, pelo bem ou pelo caos.
— Ok, última condição, se vocês causarem qualquer escândalo em Mônaco, eu juro que deixo vocês lá e volto sozinha.
— Escândalo? Eu? — Pepe colocou a mão no peito, fingindo indignação. — Nunca!
— Vou fingir que acredito — respondi, rindo. —
Com a viagem oficialmente decidida, a sala se encheu de um clima leve e animado. Eu só podia torcer para que Mônaco trouxesse boas surpresas, e que esses dois não transformassem tudo em uma completa confusão.
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A viagem toda até Mônaco eu passei dormindo. Preferi aproveitar o tempo para colocar o sono em dia. Ontem ainda fiz meu último show da semana, e o próximo seria só daqui a sete dias. Queria aproveitar essa pausa para descansar, porque a correria dos shows, por mais gratificante que fosse, também me deixava exausta. Sentir a energia do público era algo único, mas meu corpo precisava de uma pausa.
Acordei no meio do caminho, a tempo de apreciar um pouco da paisagem de Monte Carlo. O lugar era de um requinte impressionante, com uma sofisticação que quase parecia inalcançável. As pessoas nas ruas esbanjavam elegância, os carros mais luxuosos circulavam, e as casas gritavam exclusividade. Esse lugar definitivamente era feito para quem tinha dinheiro, e muito.
Assim que chegamos ao hotel, saí do carro sem me preocupar com as malas, já que um funcionário do hotel logo viria cuidar disso.
— Olha só isso... aqui é ainda mais bonito pessoalmente — Manuela comentou, deslumbrada, olhando ao redor. —
— Por favor, só não quebra nada. Não é porque temos dinheiro que eu quero gastar à toa — brinquei, sabendo que ela sempre tinha fama de desastrada. —
— Credo, vira essa boca pra lá, Juju! Eu não vou quebrar nada! — ela rebateu, ofendida, mas rindo. —
Olhei em volta, procurando por Pepe.
— Ele não deveria nos encontrar aqui? Cadê ele? — perguntei, entrando no saguão junto com Manuela. —
— Daquele lá eu não sei de nada. Só sei que ele postou foto numa festa ontem — respondeu, balançando a cabeça com um sorriso de leve. —
Suspirei, já imaginando que ele estava atrasado porque provavelmente tinha exagerado na farra. Enquanto fazíamos o check-in, Manuela continuava olhando o hotel com olhos brilhantes.
— Sério, eu não quero mais voltar pra casa. Vamos morar aqui? — ela brincou. —
— Claro, se você pagar o aluguel... ou casar com um milionário daqui, como sempre sonhou — provoquei, recebendo um empurrãozinho de leve. —
— Sem graça, sabia que os pilotos estão hospedados nesse hotel.
— Não faço ideia, você acha que sou uma fofoqueira?
— Pra sua informação eu não sou fofoqueira e sim bem informada
— Claro, "bem informada" — falei, apoiando meu braço no balcão e pegando o celular para ver se tinha alguma mensagem do Pepe. —
Chequei rapidamente, mas nada. Suspirei, deixando o celular no balcão por um momento enquanto conversava com Manuela. Antes que pudesse me preocupar mais, Pepe apareceu no saguão, com o mesmo ar teatral de sempre.
— Cheguei! Podem comemorar, porque o melhor de Monte Carlo já está aqui — ele anunciou, abrindo os braços como se fosse o centro das atenções. —
— Finalmente, Pepe! Achei que tivesse esquecido de nós — Manuela provocou. —
— Jamais! Como eu poderia esquecer vocês duas? Além disso, trouxe meu charme pra iluminar esse dia de vocês — ele respondeu, jogando charme para Manuela, que revirou os olhos. —
— Vamos logo, porque temos muita coisa pra fazer hoje — falei, tentando apressá-los enquanto pegava minha bolsa e as chaves do quarto. —
Assim que saímos, percebi algo estranho.
— Espera... cadê meu celular? — perguntei, já revirando a bolsa. —
— Não é possível que você perdeu de novo — Manuela resmungou. —
— Acho que deixei no balcão da recepção. Volto em um minuto! — falei, correndo de volta para dentro do hotel. —
Quando cheguei ao balcão, a recepcionista estava atendendo outro hóspede, então esperei por um momento antes de perguntar.
— Com licença, eu acho que deixei meu celular aqui. Por acaso, alguém encontrou?
Antes que ela pudesse responder.
— Este aqui? — Uma voz masculina ao meu lado disse. —
Virei-me e vi um homem segurando meu celular. Ele tinha um sorriso discreto e uma postura tranquila, mas o olhar atento e a confiança chamavam atenção.
— Ah, sim, é meu! Muito obrigada — falei, aliviada, enquanto pegava o aparelho. —
— Não precisa agradecer. Eu vi você saindo apressada e notei que tinha deixado ele aqui. Achei que seria útil devolver — ele disse, ainda sorrindo. —
— Foi um descuido meu. De novo, obrigada... — pausei, esperando que ele dissesse o nome. —
— Charles. — ele respondeu, estendendo a mão para um cumprimento. —
— Julieta. — respondi, apertando a mão dele, ainda um pouco sem graça. —
— Um prazer te conhecer, Julieta. Espero que aproveite sua estadia aqui em Monte Carlo — ele disse, com um leve sorriso, antes de acenar e se afastar com uma naturalidade desconcertante. —
Fiquei parada por um momento, observando-o caminhar até o elevador, como se estivesse em câmera lenta. Algo sobre aquele homem me intrigava.
Por que sinto que não será a última vez que verei esse tal Charles?
— Oie amores, primeiro capítulo postado, espero que tenham gostado, batam a meta para que eu possa voltar.
— Desculpa qualquer erro ortográfico. Espero que estejam gostando da Fanfic.
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