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1.01- THE POWERS

Taylor nunca foi um exemplo a ser seguido quando se tratava de esportes. Sempre foi a última a ser escolhida na educação física. Não era forte. Não era ágil. Muito menos rápida.

Era sempre a primeira a ser acertada na queimada. Nunca defendia ou fazia um gol no futebol. Nunca passava da metade da escalada.

Odiava qualquer tipo de bola. Qualquer tipo de corda.

E, mais do que tudo, odiava correr.

O pega pega era uma tortura para ela. Além de entrar em desespero por precisar correr, controlando sua respiração o suficiente para que sua barriga não doesse, também se apavorava com a ideia de ser perseguida.

Ter alguém correndo tentando a alcançar a causava um grande pânico. Esse era um dos motivos pelos quais tinha certeza que nunca sobreviveria em um filme de terror.

Em um cenário como Scream estaria mais para Casey do que para Sidney Prescott. A primeira a ser alcançada. A primeira a morrer.

E para ela estava tudo bem. Nunca foi a pessoa com mais sorte que conhecia. Preferiria acabar com tudo de uma vez a ficar prolongando um inevitável fim de dor e sofrimento.

Mas não pensava assim naquele momento. Não quando aos 11 anos corria na direção oposta à escola, rumo à própria casa. Torcia para que não fosse alcançada.

O suor escorria por sua testa. Sua respiração já não a correspondia mais, sentia cada vez mais falta de ar. Suas pernas não apenas doíam, como formigavam.

Mesmo assim ela não parou de correr.

— TAYÇOEIRA! – gritou uma das meninas que corria atrás de si – Você não irá aguentar correr por muito mais tempo!

— E vamos de bater até você implorar assim que te alcançarmos, Lentaylor. – a outra garota avisou

Taylor olhou para trás, continuando a correr o mais rápido que conseguia como se sua vida dependesse daquilo.

E, naquele momento, para ela, dependia.

Desde que se lembrava, sempre sofreu com o bullying de suas colegas. Às vezes eram coisas comuns como apelidos maldosos criados para a provocar. “Lentaylor” era um deles, criado por seu ex-colega de sala, Flash Thompson, por ela ser lenta demais.

A criatividade das crianças não era muito longa. Taychata, Taylixo ou Tayboba eram comuns de se escutar no dia a dia. Mesmo sendo algo idiota, aquilo ainda machucava a criança.

No começo eram apenas provocações, até começarem a excluir a garota totalmente. Durante os trabalhos em grupo, fingiam que eram seus amigos, mas assim que a aula terminava a evitavam totalmente. Pior do que isso, faziam questão de excluí-la e jogar na cara dela como necessitava da aprovação deles para ter uma amizade.

Tudo piorou quando decidiu tomar uma atitude e responder seus bullys. Além de psicológico, começaram a atacar fisicamente. Por mais que tentasse revidar, sempre acabava da mesma forma: com ela fugindo para casa o mais rápido possível.

Às vezes conseguia, as vezes não.

Temia ser aquela uma das vezes que não conseguisse. Estavam tão irritados com ela por ter dedurado o bullying que faziam com outra garota que criaram um novo apelido.

Tayçoeira era novidade. Uma mistura de Taylor com traiçoeira. Tudo por ter delatado que tentavam roubar o dinheiro do almoço de uma garota dois anos mais nova.

Ao ouvir o barulho de uma alta buzina, a Patterson virou seu rosto para frente novamente. Estava no meio da rua sem nem ao menos perceber, o caminhão que buzinou próximo a si. Prestes a atropelá-la.

Não teve outra reação senão apenas fechar os olhos e continuar a correr, tendo uma falsa esperança de não ser atingida pelo automóvel. Mesmo assim, esperou o impacto, certa de que seria morta de vez.

Mas os segundos pré-falecimento passaram como minutos. Taylor simplesmente parada, sentindo o vento em seu rosto esperando o impacto.

Foi quando aconteceu pela primeira vez.

A Patterson reuniu coragem para abrir os olhos e se arrependeu instantaneamente. O caminhão não estava mais ali. Nem o farol alertando que os pedestres estavam proibidos de passar. Na verdade não tinha nada, nem mesmo estava na mesma rua que antes.

— Eu devo estar morta… – murmurou Taylor

Essa era a única explicação que encontrava para o estranho ocorrido. Não tinha como Taylor ter saído das ruas agitadas de Nova York para aparecer em uma fazenda, sabe-se lá em que cidade.

Não tinha explicação lógica para aquilo.

Até Taylor descer seu olhar para sua mão que mexia involuntariamente de um lado para o outro. A vontade de chorar se instaurou nela quase no mesmo instante. Se movia mais rápido do que qualquer outra pessoa poderia pensar.

Tão rápido que parecia apenas um borrão.

Levou algumas horas de tentativa para Taylor conseguir correr da mesma velocidade que correu para sair de Nova York, para voltar até lá.

Não falou sobre isso para ninguém. Nem para May Parker, sua babá da época, para seu padrasto, irmãzinha ou mãe. Ficou em silêncio guardando o acontecimento misterioso para si.

Até porque, caso contasse, seria chamada de louca.

Na verdade, pensou que realmente havia ficado maluca.

Até acontecer pela segunda vez.

Ainda tinha a mesma idade. Estava no prédio em que seu padrasto, Ishaan, trabalhava. Ele estava passando um tempo com ela no shopping quando teve uma ligação de emergência.

Taylor estava sentada assistindo televisão quando o ataque a Nova York de 2012 aconteceu. Quando os Vingadores se uniram pela primeira vez. As janelas do lugar foram destruídas pelos alienígenas, fazendo com que a menina se levantasse quase no mesmo momento.

O desespero tomou conta do local por completo. Pessoas gritando e correndo preencheram o vazio. Por mais que ela procurasse por qualquer rosto conhecido na multidão de pessoas que se preparavam para sair do prédio, em nenhum momento o encontrou.

— ISHAAN? ISHAAN!

Ela tentou o chamar algumas vezes, mas não obteve resultado algum. Como poderia obter? Estava um caos ali dentro. Mesmo se seu padrasto estivesse por ali, nenhum dos dois conseguiriam se enxergar.

Ela estava quase sendo pisoteada por outros adultos.

Então, Gwendoline fez a coisa mais lógica que passou pela sua mente naquele momento. Se escondeu embaixo de uma das mesas esperando que tudo aquilo passasse.

Estava certa que enlouquecera novamente. Claro, já tinha visto super heróis na televisão antes. Tony Stark, um bilionário de armadura;  Capitão América, uma lenda dos anos 40; Thor, literalmente um Deus. Mas ela não era nenhuma super heroína, era impossível ela ter poderes.

Mais impossível ainda os alienígenas invadirem a Terra.

Estava certa, não é? Tinha de estar.

— EVACUEM O PRÉDIO! O CAPITÃO AMÉRICA ESTÁ ORDENANDO EVACUAREM O PRÉDIO! – ouviu a voz de um homem falar

Iria se levantar para obedecer, quando mais janelas foram quebradas. Taylor grudou no chão ao ver os alienígenas invadirem o local.

Sua mão tremia. Não pela velocidade em que se movia, mas por puro medo. Prendeu a respiração no próprio peito, morrendo de medo de fazer qualquer tipo de barulho.

Precisou de alguns minutos para tomar coragem e espiar o que estava acontecendo. O mesmo homem que ordenou que todos saíssem de lá agora  acertava diversas flechas contra os aliens.

A garota abriu a boca em um ‘O’ perfeito. Estava impressionada com a agilidade de Clint Barton atirando flechas como se fosse algo do cotidiano.

Mas não pôde o admirar por muito tempo, visto que seus olhos focaram em uma coisa nada boa que estava fora da visão dele: um homem de olhos azuis brilhantes pronto para o atacar por trás.

— CUIDADO! – o grito que saiu pela boca da Patterson foi o suficiente para que Clint se virar em sua direção

Ela se levantou instantaneamente. O mundo ao seu redor parecia estar em câmera lenta. Os olhos do Gavião Arqueiro sendo fechados lentamente para piscar, o homem erguendo uma faca lentamente.

Taylor sabia que precisava agir. Precisava salvar o Gavião Arqueiro daquele homem que, sabe lá Deus porquê, queria o matar quando ele estava os salvando.

Foi então que a ideia surgiu na mente daquela criança que correu até uma cadeira de rodinhas a erguendo e correndo em direção a ele, acertando-a contra sua cabeça.

De repente tudo voltou ao normal. O que para Taylor havia levado quase um minuto, para Clint Barton e o homem desacordado passou apenas dois segundos.

Ela olhou para o Gavião Arqueiro, o homem olhou confuso para ela.

O coração de Taylor parou por um segundo. Sentiu que iria desmaiar. Se ele a encarava daquela forma, significava que aquilo realmente havia acontecido.

Que não foi só uma coisa da sua cabeça.

— Quem é você? – Clint perguntou, encarando a criança antes de acertar uma flecha em outro alienígena

Ela abriu a boca, gaguejando. Não respondeu. Estava atordoada. Aquilo realmente tinha acontecido.

Então, sem respostas, ela saiu correndo em direção a saída e tudo o que Clint viu foi um raio roxo sumindo pelo lugar.

Isso e um crachá com o nome de “Taylor Gwendoline Patterson”, dado a ela por ser enteada de Ishaan, que estava caído no chão.

Assim que chegou a rua, Taylor quase vomitou. Não porque a velocidade a fez mal, mas sim por ela existir dentro de si. Foi algo que não deveria ter acontecido.

Aquilo não deveria existir dentro dela.

O que diabos estava acontecendo com ela? Por que de um dia para o outro ela havia se tornado uma… Aberração?

— TAYLOR! – ouviu a voz de Ishaan a chamar – TAYLOR!

Se virou quase instantaneamente com lágrimas nos olhos. Procurou seu padrasto pela multidão.

— ISHAAN! ISHAAN! – a menina de 11 anos o gritou desesperada

O recebeu com um abraço assim que ele a alcançou. O homem a olhou preocupado.

— Tay, você está bem? Está machucada? – foi o que ele disse assim que percebeu a menina chorando

— Não. Só assustada. – disse ela, honestamente

Ishaan tremia muito quando segurou as mãos de sua enteada. Um suspiro logo saindo dos lábios do indiano quase instantaneamente ao analisá-la e perceber que ela realmente estava bem.

O homem deu um beijo nos cabelos de Taylor.

— Eu fiquei muito preocupado. Pensei que poderia ter acontecido algo com você. Algo muito, muito ruim. – ele admitiu – Não conseguia te encontrar. Sinto muito. Sinto muito.

— Está tudo bem, Ishaan. Eu estou bem. Você está bem? – Taylor perguntou

O homem concordou com a cabeça.

— Acredite, estou muito melhor agora que sei que você não se machucou. – Ishaan disse

— Achei que nunca mais ia te ver. – ela admitiu – Te procurei lá dentro.

— Eu te procurei aqui fora. Deveria ter saído com os outros.

— Fiquei preocupada. Com medo de te deixar para trás e você… – ela não terminou de falar – Ishaan, você é como um pai para mim.

Se o homem em algum momento tentou segurar o choro, desabou naquele momento. As lágrimas rolaram sem que ele nem ao menos percebesse.

Nunca tinha ouvido aquelas palavras saírem da boca de Taylor. Significava muito para ele. Ela era uma filha para ele.

Ela era filha dele. Mesmo que não fosse de sangue.

— Você é minha filha, Tay. – Afirmou o homem – E eu te amo muito. Ficou feliz que tenha se preocupado comigo.

Taylor segurou o choro ao ouvir as palavras do homem.

— Eu também te amo, Ishaan. – Ela disse

Antes que a conversa de ambos pudesse prosseguir, Ishaan localizou o Capitão América e a Viúva Negra com o olhar. Ambos lutavam e se aproximavam da porta daquele prédio cada vez mais.

Ele olhou para a Patterson.

— Vamos sair daqui, ainda é muito perigoso. – Ishaan disse

E eles saíram.

Taylor tentou não pensar mais em seus poderes depois de fugir do local com Ishaan, mas era quase impossível. Quanto mais fugia de quem realmente era, mais ele aparecia.

E aquilo deixava ela completamente maluca.

Os Vingadores venceram de Loki e seu exército naquele dia. Mas a cidade demorou a se recuperar dos estragos causados. Eram prédios danificados, ruas com buracos maiores do que ônibus, lojas caídas aos pedaços.

O trânsito ficou pior do que nunca.

Era quase um milagre Ishaan conseguir dirigir em uma avenida sem carros, mesmo meses depois do acontecido, para levar Taylor e Advika, sua filha mais nova, para assistir um musical.

Mesmo com o rádio do carro ligado, o som vindo do tablet de Advika no banco traseiro se sobressaia. Taylor tentava ignorar, mas era quase impossível.

Ishaan também não parecia feliz com aquilo.

— Ad, por favor, desligue o tablet. – o mais velho pediu

— Eu tô quase passando de fase. – a menina de 7 anos disse

Um barulho estranho saiu de sua boca em seguida.

— Você pode jogar quando voltarmos para casa. – Ishaan disse – Desliga isso aí logo, você sempre fica enjoada quando mexe no tablet enquanto anda de carro.

Mesmo com resmungos em protesto, Advika desligou o tablet, o deixando ao seu lado. A música se sobressaiu no rádio.

Taylor sorriu, apoiando sua testa no vidro frio da janela enquanto encarava as estrelas.

— Que foi? – Advika perguntou ao ver a expressão de sua irmã

— Nada, tô vendo as estrelas. – Taylor respondeu, dando de ombros

— Eu adoro ver as estrelas. – Ishaan disse – Nos faz perceber como o universo é esplêndido. E grande.

Taylor riu.

— Eu também.

— Grande? – Advika perguntou, fazendo careta enquanto encarava – Parecem tão pequenas.

Ishaan ainda dirigia e encarava a estrada quando respondeu:

— Gigantesco. Metade das estrelas que você está olhando estão mortas, Ad. Mas você nem ao menos percebeu, pois a luz delas perduram por milhares e milhares de anos.

— Uau. – a mais nova disse, em choque

Taylor sorriu olhando para a mais nova. Mas seu semblante se fechou quando a viu soltar o cinto de segurança e foi até o meio deles.

— Coloca o cinto, Ad. – alertou

— É rápido! – a mais nova disse – Quer dizer que demoram anos para sumir a luz? Mesmo mortas continuam brilhando?

— Gosto de pensar que o brilho delas continua a existir porque ainda tem pessoas que se lembram da existência delas. – Ishaan comentou

Taylor concordou com a cabeça.

— É um belo pensamento. – a filha mais velha disse

— E faz sentido. – a mais nova concordou – O que vamos assistir mesmo?

— Wicked. – Taylor respondeu a mais nova

Advika franziu o cenho.

— Sobre o que é? – A Khatoon perguntou

— Sobre a história da bruxa verde do mágico de Oz. –. A Patterson respondeu

— O que é o mágico de Oz? – Advika perguntou, mais confusa ainda

Taylor virou a cabeça para a irmã mais nova.

— Você não sabe o que é o mágico de Oz?

— Não! Parece muito chato. Não quero ver isso.

— Uma pena que é a minha vez de escolher.

— Não é não! Você escolheu a última vez.

— Você escolheu fãs duas últimas vezes, Ad. É a minha vez!

— Meninas… – Ishaan tentou intervir

— Não é justo! – Advika falou

— Claro que é! Para de ser mimada, Ad. – Taylor disse – Na próxima vamos assistir o que você quiser.

— Mas eu quero ver outra coisa hoje!

— Querer não é poder.

— MENINAS! – gritou Ishaan, olhando para as duas – Vamos ver Wicked hoje. Foi o que sua irmã escolheu, Ad. É a vez dela. Combinamos isso dias atrás. Semana que vem você escolhe.

Taylor sorriu debochada para a mais nova, se virando para frente novamente.

Seus olhos se arregalaram instantaneamente. Um carro em alta velocidade fazia o cruzamento, furando o farol vermelho.

— CUIDADO! – Taylor gritou

Ishaan pisou no freio assim que percebeu o carro à sua frente, mas já era tarde demais. O impacto estava prestes a acontecer quando Taylor fechou os olhos, até ela perceber o formigamento em seu corpo inteiro novamente.

O para-choque do carro de Ishaan já encostava no do carro vermelho, mas não havia nada grave ainda. Taylor olhou para o lado, seu padrasto e sua irmã quase não se mexendo.

Foi a primeira vez que agradeceu pelos super poderes que tinha.

Taylor tirou o cinto de segurança, virando para o lado e pegando a irmã mais nova com as duas mãos antes de abrir a porta e correr para o outro lado da avenida. Ela deixou a menina de 7 anos em segurança e, então, se virou para correr em direção ao carro.

Ela precisava tirar Ishaan também. Precisava salvá-lo.

Taylor correu. Correu como se sua vida dependesse disso, torcendo para seus poderes não falharem naquele momento, torcendo para ser rápida o suficiente.

Mas assim que encostou na porta do carro, o impacto se fez presente. Os carros bateram por completo e o carro vermelho, que estava com a tampa de gasolina aberta, explodiu.

Taylor foi jogada para trás com a explosão. Seus ouvidos apitavam pelo barulho tão próximo enquanto seu corpo voava para longe.

Bateu as costas contra o chão, ficando desacordada quase no mesmo momento. Ela só teve tempo para concluir uma coisa:

Não havia conseguido salvar a vida de Ishaan.

Taylor Gwendoline Patterson não era uma heroína.

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