
52.
LANDO NORRIS
📍 Dubai, Emirados Árabes Unidos
"Ano novo"
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(Cumpram essa meta e do capítulo anterior)
— Eu deveria começar a ter medo dessas suas surpresas? — Emily perguntou, hesitante, enquanto eu a guiava com as mãos sobre seus olhos. —
— Você me magoa falando assim, Lily — Fiz um falso tom dramático, mas segui sorrindo. —
Ela suspirou, mas continuou andando, confiando em mim. Segurei sua mão com firmeza até finalmente pararmos.
— Pronta? — Perguntei, já me divertindo com a impaciência dela. —
— Você que está me guiando, então suponho que não tenha escolha. — Ela resmungou. —
Soltei uma risada antes de tirar as mãos dos olhos dela. Assim que abriu os olhos, Emily piscou algumas vezes, assimilando a cena à sua frente. Um campo de golfe se estendia diante de nós, o gramado impecável sob o céu aberto. Alguns equipamentos estavam separados ao lado, prontos para serem usados.
Ela franziu o cenho.
— Não. — Disse, direta. —
Cruzei os braços, tentando conter a risada.
— Como assim “não”?
— Não, Lando. — Ela repetiu, soltando um suspiro teatral. — Você me trouxe para jogar golfe? Sério?
— Sério. — Respondi, ainda rindo. —
— Você tem ideia do quanto eu sou péssima nisso?
— Exatamente por isso que estamos aqui. — Peguei um taco e entreguei para ela, que o segurou com a ponta dos dedos, como se estivesse prestes a se livrar dele a qualquer momento. —
— Você quer que eu passe vergonha?
— Eu quero que você se divirta. — Me aproximei, encostando a mão na dela para ajustar a posição dos dedos no taco. — Prometo que vou ser um ótimo professor.
Ela me lançou um olhar desconfiado.
— Se eu acertar a bola, já vai ser um milagre.
— Então vamos fazer história hoje. — Pisquei para ela e me posicionei atrás, guiando seus braços. — Apenas relaxa e segue o movimento.
Emily bufou, mas obedeceu, ainda segurando a pose de resistência.
— Se eu errar, a culpa é sua.
— Eu assumo toda a responsabilidade.
Ela respirou fundo, concentrou-se e… errou completamente a bola na primeira tentativa.
Fiquei em silêncio por um segundo, segurando o riso ao ver sua expressão de puro desgosto.
— Você tá proibido de rir. — Ela apontou o taco para mim. —
Não consegui segurar mais e acabei soltando uma gargalhada.
— Ok, ok, sem risadas… mas você precisa admitir que foi engraçado.
Ela revirou os olhos, mas um sorriso quase imperceptível apareceu em seus lábios.
— Se eu acertar essa bola na próxima tentativa, você me deve um jantar.
Cruzei os braços, desafiador.
— Fechado. Mas se errar de novo, você que vai me pagar um jantar.
Emily estreitou os olhos.
— Isso não parece justo.
— Eu sou um homem de oportunidades, Lily. E agora você tem a sua.
Ela suspirou, voltando a segurar o taco com mais firmeza.
— Tá bom… mas se eu perder, quero revanche.
Sorri, sabendo que, no fundo, ela já estava começando a se divertir.
— Fechado.
Emily respirou fundo, ajeitando a postura. Eu me posicionei atrás dela de novo, segurando levemente suas mãos para guiá-la.
— Relaxa, Lily. — Sussurrei perto do ouvido dela, sentindo seu corpo enrijecer levemente antes de soltar um suspiro. — Confia em mim.
— Isso é difícil quando você me coloca em situações onde eu sou péssima. — Ela murmurou, mas dessa vez sem tanta reclamação. —
— Você pode ser péssima no golfe, mas é excelente em muitas outras coisas. — Respondi, sorrindo. — Tipo… me deixar completamente louco por você.
Ela virou a cabeça para me encarar, o olhar carregado de desconfiança.
— Você acha que essas cantadas baratas vão me distrair?
— Você sorriu, então acho que estão funcionando. — Dei de ombros. —
Ela revirou os olhos, mas dessa vez, segurando um sorriso.
— Tá bom, vamos acabar logo com isso. — Disse, determinada. —
Eu soltei suas mãos devagar, observando enquanto ela fazia o movimento mais uma vez. E, para minha surpresa, dessa vez a bola finalmente saiu do lugar, rolando alguns metros à frente.
Emily arregalou os olhos, surpresa.
— Eu acertei?
— Você acertou! — Exclamei, animado, batendo palmas como se ela tivesse acabado de ganhar um torneio. —
— Foi péssimo, mas eu acertei! — Ela riu, se virando para mim. —
— E isso significa que eu te devo um jantar. — Cruzei os braços, fingindo derrota. —
— Exatamente. — Ela ergueu o queixo, triunfante. —
— Mas antes… — Peguei outra bola e a posicionei no lugar. — Que tal mais uma rodada? Você pode estar melhorando, sabia?
Ela hesitou por um segundo, mas depois pegou o taco de novo, mordendo o lábio.
— Só pra mostrar que eu consigo ganhar de você, Norris. — Ela ergueu uma sobrancelha, desafiadora. —
— Você pode tentar, Sainz. — Respondi com um sorriso de canto, provocando. —
Ela revirou os olhos, posicionando-se para a tacada. Eu cruzei os braços, observando enquanto ela se concentrava. Sua postura estava um pouco melhor do que antes, e eu sabia que, se continuasse desse jeito, logo pegaria o jeito.
Ela respirou fundo e golpeou a bola. Dessa vez, ela foi mais longe do que da última vez, rolando na direção do buraco.
— Você viu isso? — Ela se virou para mim, um brilho de orgulho nos olhos. —
— Vi, e confesso que estou impressionado. — Aplaudi de leve, divertido. —
— Tá vendo? Eu sou melhor do que você pensa. — Emily sorriu vitoriosa. —
— Eu nunca duvidei disso, Lily. — Respondi, dando um passo mais perto. — Mas sabe o que é ainda melhor? Receber um beijo seu, Arabella.
Ela estreitou os olhos, cruzando os braços.
— Você não cansa, né?
— Nunca. — Sorri, inclinando ligeiramente a cabeça. — Mas você gosta disso.
Emily soltou um suspiro exagerado, fingindo estar exausta da minha insistência. Mas o canto da boca dela tremia, denunciando a vontade de sorrir.
— Certo, mas só porque você tá sendo insuportavelmente fofo, Lando. — Ela disse, se aproximando antes de selar nossos lábios em um beijo suave. —
Eu sorri contra a boca dela, aproveitando cada segundo daquele momento que, meses atrás, eu pensei que nunca mais teria.
— Acho que nunca vou cansar de dizer que te amo. — Sussurrei, roçando nossos narizes. — E de te agradecer por ter dado uma segunda chance pra gente.
Emily abaixou o olhar por um instante, como se estivesse assimilando minhas palavras, e então sorriu de leve.
— Aliás, eu ainda odeio golfe. — Ela disse, se afastando um pouco. —
Soltei uma risada baixa, já esperando essa resposta.
— Claro, não esperava menos de você.
Ela cruzou os braços e me olhou com um ar de desafio.
— Mas posso admitir que você conseguiu tirar um pouquinho da visão chata que eu tinha sobre golfe.
Arqueei uma sobrancelha, fingindo surpresa.
— Isso já é um avanço! O Carlos nem vai acreditar quando eu contar.
Emily revirou os olhos, mas o sorriso ainda estava ali.
— Bom, ele vai fazer o típico drama dele de irmão mais velho, mas ok…
— Vai dizer que não acha engraçado?
— Na verdade, acho um saco. — Ela riu. — Mas já me acostumei.
— Você sabe que ele só quer te proteger, né?
Ela suspirou, olhando para o horizonte por um momento. O céu começava a ganhar tons alaranjados, e o vento fresco bagunçava alguns fios do cabelo dela.
— Eu sei… Mas às vezes parece que ele não confia que eu posso tomar minhas próprias decisões.
— Ele confia, só tem medo de te ver se machucar de novo.
Ela me olhou nos olhos, e por um instante, um silêncio confortável se instalou entre nós.
— Você também tem esse medo?
A pergunta me pegou de surpresa. Respirei fundo antes de responder.
— Tenho. Mas a diferença é que eu confio em você. Sei que, se você escolheu estar aqui comigo agora, é porque quer isso tanto quanto eu.
Emily segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos.
— Eu quero.
Aquelas palavras eram tudo o que eu precisava ouvir.
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Enquanto eu terminava de me arrumar no banheiro, Emily estava no quarto se preparando. Tínhamos combinado de encontrar Kika e Pierre às nove no hall do hotel para irmos à praia celebrar a virada do ano. Quando saí do banheiro já pronto, meus olhos foram direto para Emily. Ela estava simplesmente deslumbrante, e a única coisa em que eu conseguia pensar era em como eu era sortudo por tê-la ao meu lado.
Aproximei-me sem pensar duas vezes e a abracei por trás, sentindo seu perfume inconfundível.
— Você está linda, Lilian. — Murmurei contra sua pele, deixando um beijo em seu ombro. —
Ela riu baixinho, inclinando a cabeça para me olhar.
— Você sempre fala isso, Norris.
— Porque é verdade. — Dei de ombros, sorrindo. — E preciso te perguntar... Você tá de verde por acaso já pensando no nosso futuro filho?
Emily bufou, revirando os olhos.
— Ah pronto, lá vem você com essas superstições idiotas.
— Não são idiotas! Todo mundo sabe que verde no Ano Novo significa gravidez.
Ela cruzou os braços, tentando manter a expressão séria, mas o canto da boca tremia, denunciando que estava segurando o riso.
— Isso é coisa do Natal, Lando. Ano Novo não tem nada a ver com isso.
— Eu discordo. — Falei, fingindo indignação. — Mas já que você não acredita, quer me dizer o verdadeiro motivo de ter escolhido essa cor?
— Simples. Porque eu quis. — Ela piscou. — E também porque fica perfeito em mim.
Soltei uma risada baixa e peguei sua mão, entrelaçando nossos dedos.
— Bom, isso é inegável. Mas se daqui a nove meses tivermos uma surpresa, já sabemos o motivo.
Emily me deu um tapa no ombro, rindo.
— Você é insuportável.
— E você me ama.
Ela suspirou, puxando-me pela gola da camisa e selando nossos lábios rapidamente.
— Isso que me irrita.
— O quê?
— Que eu te amo mesmo.
Sorri contra seus lábios antes de dar mais um beijo nela.
— Vem, senão a Kika e o Pierre vão achar que desistimos de ir.
Saímos do quarto de mãos dadas, e eu não conseguia parar de sorrir. Tê-la ao meu lado de novo era algo que eu não conseguia, e nem queria, esconder.
Assim que entramos no elevador, puxei Emily mais para perto e deslizei os braços ao redor de sua cintura.
— Você tem noção do quanto eu sou apaixonado por você? — Sussurrei contra seu cabelo, sentindo seu perfume. —
Ela soltou um suspiro dramático, mas não tentou se afastar.
— Tenho, sim. Você faz questão de lembrar a cada cinco minutos.
— E vou continuar lembrando pelo resto da vida. — Respondi, apertando-a mais contra mim. —
Ela finalmente me olhou, os olhos brilhando de uma forma que só me fazia amá-la ainda mais.
— É um exagerado, Norris.
— Sou só um cara completamente apaixonado. — Falei, inclinando a cabeça. — E um pouco grudento também.
— Um pouco? — Ela arqueou uma sobrancelha. —
— Tá, muito. Mas você ama isso.
Emily revirou os olhos, mas um sorrisinho escapou antes que ela pudesse esconder.
— Só não me faz passar vergonha na frente da Kika e do Pierre.
— Eu? Vergonha? Imagina! — Brinquei, segurando seu rosto com delicadeza. — Mas eu já avisei que vou te beijar na virada, né?
— Jura? Nossa, eu nem desconfiava.
— E que eu quero passar todos os próximos anos novos ao seu lado?
Ela piscou devagar, e por um instante, seu olhar suavizou.
— Isso eu não me importaria…
Sorri e encostei minha testa na dela.
— Bom saber, porque eu já fiz planos pro nosso futuro inteiro.
— Ah é? E como seria esse plano?
O elevador apitou, anunciando que havíamos chegado, mas eu ainda roubei um selinho antes de responder:
— Eu, você me acompanhando em todas as corridas… e um pequeno Norris correndo pelo paddock.
Emily arregalou os olhos e me empurrou de leve.
— Você não cansa dessa ideia, né?
— Nunca. — Pisquei. — Mas não se preocupa, podemos conversar sobre isso daqui a alguns anos.
Ela soltou uma risadinha e entrelaçou nossos dedos antes de me puxar pelo corredor.
— Vamos logo antes que a Kika venha nos buscar pelo pescoço.
Sorri, sentindo meu coração bater mais rápido. Eu já tinha tudo o que queria bem ali.
Descemos até o hall do hotel, onde Kika e Pierre já nos esperavam. Kika tinha os braços cruzados e uma expressão de falsa impaciência.
— Até que enfim! Achei que tinham desistido da virada pra ficar namorando no quarto. — Ela provocou. —
Emily revirou os olhos, mas Pierre riu.
— Se fosse pelo Norris, com certeza. Ele tá mais grudado do que nunca.
— Vocês estão só com inveja porque não têm uma Emily pra chamar de sua. — Falei, passando um braço ao redor dos ombros dela. —
— Ainda bem. — Kika brincou. — Uma já é difícil o suficiente de lidar.
Emily sorriu vitoriosa e Pierre estendeu as mãos.
— Tá bom, tá bom, vamos logo antes que percam a melhor parte da noite.
Saímos do hotel e fomos em direção à praia, onde já havia um clima animado de ano-novo. Pessoas caminhavam descalças pela areia, luzes brilhavam ao longo da orla, e uma brisa fresca deixava tudo ainda mais agradável.
Emily parou por um momento, observando a cena, e eu aproveitei para entrelaçar nossos dedos.
— Tá feliz? — Perguntei baixinho. —
Ela me olhou e sorriu de canto.
— Tô.
— Ótimo. — Apertei sua mão. — Porque hoje eu só quero ver você sorrindo.
Ela suspirou, fingindo impaciência.
— Você não desiste de ser fofo nem um segundo, né?
— Nunca. — Respondi, puxando-a para perto. —
Pierre e Kika nos chamaram para uma barraca de drinks na areia, e passamos os minutos seguintes rindo, conversando e aproveitando o momento juntos.
Enquanto a música tocava ao fundo, nos sentamos na areia com Kika e Pierre. O clima estava animado, todos conversando e aproveitando a festa. A lua brilhava no céu, refletindo suavemente sobre o mar, criando uma atmosfera perfeita para a virada do ano.
— Eu ainda não entendi como você consegue ser tão fofo, Lando. Sério, eu deveria estar com vergonha de estar com alguém tão meloso. — Emily riu, brincando. —
— Não tem vergonha não, né? — Falei, olhando para ela com um sorriso. — Eu sou praticamente um imã de fofura, você vai ter que aprender a lidar com isso.
Ela rolou os olhos, mas não conseguiu esconder o sorriso.
— Claro, você é um imã de fofura até demais. Acho que você me conquistou com essa obsessão por me fazer rir.
— Eu tento ser persistente. — Respondi com um sorriso malicioso. — E como você sempre diz, eu nunca desisto.
Pierre e Kika estavam discutindo sobre qual música deveria tocar a seguir, mas logo a atenção deles se desviou quando ouviram uma conversa nossa.
— Ok, Lando, mas não exagera. — Kika brincou, tocando o braço de Pierre. — Ele realmente te faz rir o tempo todo, Emily?
Emily assentiu, ainda com um sorriso leve.
— Sim, o problema é que eu dou risada até das coisas mais bobas que ele diz. Não tenho controle.
— Isso é só porque você é muito fácil de conquistar. — Falei, me aproximando dela. —
Ela arqueou uma sobrancelha, desafiadora.
— Eu? Fácil de conquistar? Acho que você tá confundindo as coisas, Norris.
— Ah, eu sei o que estou dizendo. Eu sou simplesmente irresistível. — Disse, sem perder a pose. —
Kika deu uma risadinha e Pierre soltou um suspiro teatral.
— Lando, você é impossível. Mas, Emily, a gente te entende. Às vezes, é difícil resistir a esse charme todo.
Emily me olhou de canto, mas logo desviou o olhar, tentando manter a compostura.
— Eu ainda acho que ele é uma mistura de fofura e tortura.
Aquela frase me fez sorrir ainda mais.
— Você só fala isso porque, no fundo, está começando a gostar do meu lado fofo.
— Eu nunca vou admitir isso. — Ela respondeu com um sorriso maroto, olhando para mim. —
Pierre ergueu um copo de drink, fingindo fazer um brinde.
— Ao casal mais fofo e impossível de todos os tempos!
Kika e Emily levantaram seus copos, acompanhando o brinde, e logo todos rimos juntos, deixando o resto da noite seguir com risadas e diversão. A brisa suave do mar e a música ao fundo davam o tom perfeito para a virada do ano.
— Vamos pegar mais bebida e já voltamos. — Kika falou, puxando Emily para longe de mim. —
Pierre olhou para a direção em que as duas se afastaram e, com um sorriso brincalhão, comentou:
— Cara, quem dera que vocês voltassem tão rápido, não sabia que seria tão fácil assim.
— Bom, estamos dando uma segunda chance, mas estou indo com calma, sem apressar muito. Pra Emily ainda é tudo muito recente, então estou tentando ser o mais calmo possível. — Respondi, dando de ombros enquanto olhava para onde elas estavam indo. —
Pierre me olhou, com uma expressão mais séria agora, como se estivesse realmente refletindo sobre o que eu disse.
— Eu sei que as coisas com a Emily não foram fáceis, Lando, mas você está fazendo certo. Às vezes, o melhor é mesmo ir com calma, dar espaço e esperar que as coisas aconteçam naturalmente. — Ele disse, com um tom de compreensão. —
Eu assenti, agradecido pelo apoio de Pierre. Era bom ter um amigo que sabia o que eu estava passando, especialmente quando se tratava de alguém tão importante quanto Emily.
— É, estou tentando ser paciente. Não quero forçar nada, não importa o quanto eu queira estar com ela.
Ele sorriu de forma divertida, tentando mudar o clima.
— Bom, se você fosse mais rápido, talvez ela já tivesse aceitado um pedido de casamento, né?
— Vamos com calma, cara. Só de estarmos aqui juntos, passando esse tempo, já é um grande passo.
A conversa continuou descontraída, e logo Emily e Kika voltaram, ambas com novos drinks na mão. Emily parecia sorrir mais à vontade, algo que me fazia acreditar que a paciência estava realmente valendo a pena.
— Voltamos! — Kika disse, animada. — E agora estamos prontos para a próxima rodada.
Emily me olhou com um sorriso suave, quase como se soubesse o que estava se passando na minha cabeça.
— Então, o que vai ser agora, Norris? — Ela perguntou, se aproximando com o drink em mãos. —
— Vamos aproveitar a noite, o que mais? — Respondi, oferecendo-lhe um sorriso sincero. —
Enquanto Emily se sentava ao meu lado, não pude evitar olhar para ela com aquele sorriso bobo no rosto. Ela estava tão linda, com o olhar relaxado e a energia leve, me fazendo esquecer de tudo ao redor. Ela notou meu olhar, e o canto de sua boca se curvou em um sorriso divertido.
— O que foi? Está me olhando assim como se tivesse me visto pela primeira vez? — Emily perguntou, com um tom brincalhão. —
Eu ri, meio sem jeito, e balancei a cabeça.
— Não, é só que… você é incrível, sabia? — Respondi, tentando disfarçar a vergonha, mas sem conseguir esconder o brilho nos meus olhos. —
Ela arqueou uma sobrancelha, claramente divertida.
— Ah, claro, agora ficou tudo muito romântico, né? Você vai me dar flores e escrever poemas também, Norris?
— Se você quiser, posso até fazer isso. — Brinquei, ainda com aquele sorriso bobo no rosto, sem conseguir tirar os olhos dela. —
Emily deu uma risadinha, pegando seu copo e dando um gole.
— Acho que não precisamos de flores e poemas, só de mais momentos assim, com calma e sem pressa. — Ela disse, com uma sinceridade que me fez sentir uma mistura de alegria e alívio. —
Eu assenti, ainda olhando para ela, como se nada mais importasse naquele momento.
— Eu gosto disso, gosto da gente assim, sabe? Sem pressa… apenas aproveitando as coisas. — Falei, me aproximando um pouco mais, como se o mundo inteiro fosse só ela e eu. —
Ela sorriu, os olhos brilhando.
— Então vamos aproveitar, Lan. Não tem nada mais importante do que isso. — Emily respondeu, tocando suavemente minha mão, e eu senti meu coração acelerar. —
— O casalzinho parou até nos estamos nos sentindo uma vela aqui. — Pierre brincou, sorrindo com a cara de quem estava se divertindo com a nossa interação. —
— Vocês são muito fofos, mas dá pra amenizar o romance aí. Lando, para de babar. — Kika disse com um sorriso travesso, levantando uma sobrancelha enquanto olhava para mim. —
Eu dei uma risada, sem conseguir esconder a cara de bobo que estava fazendo. De fato, eu estava completamente encantado por Emily, e ela parecia ser a única pessoa que me fazia perder um pouco a compostura.
— Desculpa, Kika. Não consigo evitar. Ela é impossível de não admirar. — Falei, olhando para Emily, que retribuiu meu olhar com um sorriso cúmplice. —
— Eu sou realmente um pouco difícil de resistir, né? — Emily disse, fazendo uma careta divertida para os dois, mas sem perder a suavidade no tom de voz. —
Pierre, que não perdia a oportunidade de nos provocar, começou a rir.
— Eu já estou começando a ficar com inveja de tanto amor no ar. Vamos fazer alguma coisa antes que eu precise de óculos de sol para não ver tanto brilho! — Ele brincou, arrancando uma risada geral do grupo. —
Kika, com seu humor afiado, respondeu logo depois.
— Verdade, pessoal, eu estou começando a sentir que estou em um filme de romance agora. Vamos só dar um tempo nesse show de fofura, por favor?
Eu só ri, sentindo aquele calor no peito enquanto olhava para Emily. Mas mesmo com as brincadeiras dos amigos, eu sabia que esse momento com ela era especial e que não ia deixar as piadas dos outros estragarem a magia. Eu estava apenas aproveitando o agora, e isso era o que mais importava.
— Vocês são terríveis, sabia? — Emily disse, se afastando um pouco e brincando com os dois, mas sem deixar de olhar para mim, com aquele olhar que me fazia sorrir automaticamente. —
Eu dei uma leve risada e, com um sorriso, me levantei da cadeira.
— Que tal darmos uma volta pela praia? Pode ser bom para todos nós. — Propus, tentando mudar o foco das brincadeiras, mas sem deixar de sentir aquela alegria crescente por estar com ela. —
— Concordo! Vamos lá. — Pierre respondeu rapidamente, já se levantando. —
Kika apenas assentiu, sorrindo.
— Agora sim! Eu precisava de uma caminhada para tirar esse tanto de amor do meu campo de visão. — Ela brincou. —
Eu apenas ri, balançando a cabeça, enquanto sentia Emily segurar minha mão de leve, entrelaçando nossos dedos sem nem perceber.
— Ah, Kika, não tem jeito… quando a gente ama, a gente demonstra. — Falei, piscando para Emily, que revirou os olhos, mas com um sorrisinho no canto dos lábios. —
— Só não exagera, Norris, ou daqui a pouco o Pierre e eu vamos começar a nos sentir figurantes no próprio passeio. — Kika brincou, apoiando a cabeça no ombro de Pierre, que riu. —
— Eu? Figurante? Jamais. — Ele disse, fingindo indignação. — Mas confesso que vocês dois estão no nível casalzinho de filme adolescente.
Eu e Emily rimos, e ela aproveitou a oportunidade para se encostar mais em mim enquanto caminhávamos pela areia macia, sentindo a brisa quente da noite de verão.
— Não posso negar, estou gostando desse seu lado romântico. — Ela murmurou baixinho, só para que eu ouvisse. —
Meu peito se aqueceu, e eu sorri de canto, puxando-a levemente para mais perto.
— E eu estou gostando de te fazer gostar. — Respondi no mesmo tom, fazendo-a rir baixinho. —
O tempo foi passando enquanto caminhávamos, conversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo, como se estivéssemos em nosso próprio mundinho. De vez em quando, Emily jogava areia em mim de brincadeira, e eu fingia estar ofendido, só para vê-la rir ainda mais.
Quando os primeiros sinais da contagem regressiva começaram a soar pela praia, olhei para ela, que estava com os olhos brilhando diante das luzes coloridas refletidas no mar.
— Pronta para um novo ano? — Perguntei, observando-a como se tentasse guardar aquela imagem para sempre. —
Ela virou o rosto para mim, os lábios curvados em um sorriso sincero.
— Desde que seja com você.
E ali, com a contagem chegando ao fim e os fogos estourando no céu, eu soube que aquele era só o começo do nosso melhor ano juntos.
Assim que a contagem chegou ao zero, a praia se iluminou com os fogos de artifício, refletindo no mar e deixando tudo ainda mais mágico. O barulho das ondas misturado com os gritos animados das pessoas ao redor criava a atmosfera perfeita para aquele momento.
Eu não pensei duas vezes antes de segurar o rosto de Emily com as mãos e puxá-la para um beijo. Foi um beijo calmo, cheio de significado, como se cada segundo ali fosse uma promessa silenciosa de que aquele ano seria nosso.
Quando nos afastamos, Emily riu baixinho, passando os dedos pelos meus cabelos de leve.
— Acho que nunca tive uma virada de ano tão bonita.
— Também não. E eu vou me esforçar para que todas as outras sejam assim com você. — Falei, ainda segurando sua cintura. —
Ela me olhou por alguns segundos antes de se aconchegar contra meu peito, e eu a envolvi em um abraço apertado, sentindo seu coração bater rápido contra o meu.
— Feliz ano novo, Norris.
— Feliz ano novo, Sainz.
Por outro lado, Pierre e Kika também se beijavam, compartilhando aquele momento a dois. Quando se afastaram, Pierre passou um braço pelos ombros de Kika e olhou para nós com um sorriso provocador.
— Vocês dois realmente não cansam de ser melosos, né?
Emily apenas riu, sem se afastar de mim.
— E vocês? Vão fingir que são menos românticos do que a gente?
Kika deu de ombros.
— Eu só sei que esse ano promete.
— Então vamos aproveitar. — Falei, segurando a mão de Emily novamente e guiando-a pela areia. —
A noite ainda estava só começando, e eu não poderia desejar um jeito melhor de iniciar aquele novo ano.
001. Eu atualizei mesmo sem a meta batido, então peço que cumpram a do capítulo anterior e essa amores, obrigada.
002. Desculpa qualquer erro ortográfico. Espero que estejam da Fanfic. Votem e comentem!!
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